Poemas com Rimas de minha Rua
Eu poderia escancarar algumas verdades olho no olho, mas prefiro deixar minha ausência responder que mentiras contadas são tapas sobre a máscara que mais dias menos dias ela cai.
Se você sentir minha língua em outras línguas,se eu estiver de olhos fechados, estou evitando que meu olhar seja legendado.
Se souber ler em braile vai descobrir porque fujo tanto,minha pele tem mensagens deixadas por quem se foi.
Ainda que ousem calar minha voz, a minha mente barulhenta protestará,e minhas mãos inquietas escreverão verdades nos muros do tempo.
Me chamam de rebelde, só porque me rebelo contra o que ameaça tirar minha essência, ou minha existência.
Vai entender,hoje minha barriga dói,de tanto que eu rio,pelo mesmo motivo que um dia minha cabeça doeu,de tanto que chorei.
Sopraram muito forte em minha direção,não sabiam que minhas raízes eram seguras no chão,e minhas sementes espelhei no vento.
Sobre o muro de cacos ao meu redor,não é tão culpa minha,fizeram de cacos o meu coração,eu só os coloquei lá.
Meu trato com minha paz,foi de não perder meu tempo com gente rabugenta,minha palavra continua de pé.
O pente fino que minha mãe passava em mim quando criança,hoje continuo passando,tirando quem não soma,deixando quem interessa.
Se não valorizou os sorrisos que te abri,não volte na minha porta atrás de drama,ou te indico o cinema mais próximo.
Quando ouço os aplausos da minha chegada,olho fixamente para reconhecer,quem estava no trajeto eu quando tropecei.
Não perco meu tempo com gente imbecil contando minha versão da história,deixo o tempo contar por mim.