Poemas com Rimas de minha Rua
O sistema limita nossa vida de tal forma que tive que fazer minha escolha: sonhar ou sobreviver. Os anos se passaram e eu fui me esquivando do ciclo vicioso, porém, o capitalismo me obrigou a ser bem-sucedido. Acredito que o sonho de todo pobre é ser rico. Em busca do meu sonho de consumo, procurei dar uma solução rápida e fácil pros meus problemas: o crime. Mas é um dinheiro amaldiçoado. Quanto mais eu ganhava, mais eu gastava. Logo fui cobrado pela lei da natureza. Vixe, 14 anos de reclusão.
Mesmo que tudo que eu faça tenha como fim à minha própria pessoa, que seja por algo maior do que meu ego.
Se essa fosse minha carta de despedida: diria deque tudo que me pertence, fique com parte do meu coração é apenas isso que possuo de valor.
Resgatar antigos conceitos, conselhos... me apego aos meu apelos, por aquilo que aquece minha alma; me cura do trauma; são pessoas vivendo uma vida coletiva de forma individualista, pega e coloca na sua lista suas prioridades de vida. Ninguém se importa com quem está no fundo do poço. Prefiro ser verdadeiro, reflexivo, emocional; faço de cada frase meu livro sagrado, cápsula temporal, atemporal, meu manual. Escrito no milênio da mudança; esperança só é valida se existir um horizonte na rota - se for pra viver pra fazer foca bater palmas, prefiro acabar com tudo, quem sabe um dia sintam a tristeza do mundo.
Sem fronteira, sem barreira: esse é o mundo que eu queria - um só coração: é minha filosofia… a gente devia viver como um só, embaixo do céu todo mundo igual.
Vou dizer para os alienados o que vi na luz fora da caverna, nem que isso custe minha própria vida.
Me abstraio no tempo enquanto possível, antes que queime o fusível e minha luz se extinguia do corpo.
A palavra tem força criadora, minha mente é mais do que o agora; refiz meus conceitos, quando ouvi conselhos; me refiz, aprendiz, eu mesmo; vertente de pensamento, eu prego o respeito, me fiz desse jeito; revejo o que eu vejo; não limito minha mente, limpo, vívido, simplesmente benevolente; água ardente descontente - sorri alegremente - plantei a semente, quebrei a corrente - olhe pra minha gente - sou um entre quantos? Julgado um delinquente, só quero a felicidade, dês de poucos anos de idade; enfrentei os vilões da minha cidade, inveja, a trama é vaidade, precioso seja o poder da ação: que gera a reflexão.
Me desliguei da matéria pra ouvir o que minha consciência diz. É tanto barulho e imagem que mesmo ela gritando eu não ouvia.
Minha função é a mesma de quem se compromete com a existência além do próprio lucro. Devemos observar este mundo artificial que criamos e entender que ele deve ser ignorado para que possamos pensar no verdadeiro mundo natural, aonde ser tem mais valor do que qualquer objeto criado pelo homem.
A filosofia me levou a questionar Deus que era minha única certeza, fui cético ao ponto de perceber que foi isso que ele quis.
Rompi os limites do incompreensível. Administrei a vida sabiamente; me vi com o ego e ele na minha mão; olhei com os olhos de quem vê a verdade nas entrelinhas: de quem respira o sentimento de clareza, que se derrete no amor da tristeza. Frente a versos a beleza fria e quente de um tom rosado que mostra a beleza da natureza, o sol que toca a atmosfera nessa esfera solitária onde Deus habita no centro da alma.
Ouvi todas as orações do mundo. Me baseio em águas densas de sabor árduo, frente minha navegação crônica de fatos repassamos. Me mostrou que sei do valor do sentimento. Vivendo sempre livre. Pensamento que organiza a matéria. Criado da plebeia, referência da alcateia, resumo de uma vida. Só quem sofreu sabe. Relance ao alcance. Me liberto quando crio; vivo sobre meu domínio.
Uso minha mente pra quebrar todas barreiras destruo limites e fronteira imaginação processo de criação olho minha volta a medusa se encontra na coxa de correios chega mais algumas contas transformo chumbo em ouro sou besouro deste formigueiro me vigio o tempo inteiro frequência de desabrochamento relaxamento perante o sofrimento variedades de sabores, cores e caloria liricismo prático tático didático pra quem sabe etimologia dente de sabre fisiologia representatividade atividade flexibilidade homenagem pra quem me observa fiz da minha ente minha vida a minha selva.
Cansei de ter que me explicar. Tive momentos em que sonhar era minha única fuga, me senti como uma bola de sinuca prestes a ser encaçapada; sorriso em um olhar que me permitia viver; foi na escrita
que comecei a me conhecer, no invisível se encontra a identidade do ser; conselhos de um amigo que se preocupa comigo, lembretes de uma mente que tem se esquecido, viagens as quais nunca teria vivido. Me preocupo comigo quando me preocupo contigo, quando me preocupo com tudo; o todo que me insere em realidade emprestada. Se sou o dono do mundo me tiraram esse direito. Recebi um aviso de dentro do peito, me aceito como um infeliz que responde aos outros que está tudo bem.
Fonte criadora, minha luz inspiradora: olha tudo que fizeste, olhe ao redor tudo aquilo que pensas-te, no corpo está contido o segredo. Olhares sem medo. Deslumbrar o amor a morte. Fragmentar a existência em ocorrências; movimento, pensamento articulado; sentimento, pensamento guardado que pelas brechas tem falado, comentando ano após ano. Tudo instantaneamente vai se apresentando. Dês da traição, Cronos vem se alimentando.