Poemas com Rimas

Cerca de 2378 poemas com Rimas

Nodo norte e nodo sul.
Já fui morte, já fui ao azul
nublado e à dourada estrela
enquanto ardia em chamas púrpuras. Treda
sou, a verdade eu prego.

Neste planeta ou em outro,
não importa. Pra sempre eu
serei horrivelmente bela,
magnificamente torta.

Tu bem sabes que não adianta
mentir pra ti mesmo.
Nesta vida e em outras,
tal mania te trará autodesemprego:
vazio de ti, teu não-ser comandante do caos orquestral.

“Corre, e vê se acelera!
Te apressa que essa chance única
é escorregadia. Tu não merece nada além disso, vadia!”

E, assim, a lúdica ilusão te encarcera.

Inserida por sinestesiam

Pela Lei

Eu não tenho que falar contigo.
Não me chama de amor.
Compreendi mas não me importo com tua dor.
Tu nunca mais serás possível abrigo.

Te odeio. Tu mentiu!
Não escutarei nada que disser
pois me causará febril
estado de ser.

Te anule e nem assim me importarei.
Só quero que cale a boca e suma!
Sou a inquebrável lei
e, tu, frágil pluma.


Enferma

Não vou voltar!
E, se voltar, não vou ficar.
Não, não, não. Tu pinicas
minha pele, como enfermidades finitas.

Se caso me curar,
longe de ti quero estar.

Tortura

Não sei porque te aguento,
nem como. Pra que serve
minha diminuição-lamento?
Tu diz me amar mas quando teu sange ferve
me torno tudo aquilo que não presta.

É falta de consideração o jeito
que me tratas. Agora a fresta
fresca aberta nas vísceras minhas dói feito
as ardentes palavras por ti proclamadas.

Inserida por sinestesiam

Incontáveis vezes apertei o play
Para ouvir a voz de quem não vem
Imaginando se com você me enganei
Doçura e carinhos excessivos, em silêncio desaparecidos
Ainda assim, despertam aquele desejo proibido
No delírio do ardor
Despercebi que morcego não beija flor
Sem pena, é apenas predador
Ingenuidade pensar ser verdade
Que você seria raridade
Igualmente a todos
Satisfez tua vontade
Somente mais um voo em minha paisagem
Só mais uma rima na minha viagem.

Inserida por CristinaMarafiga

Coleira

José é dono de Kiwi
e o nutre com rações de qualidade.
Embora custe caro, a felicidade
recompensa enquanto amor tiver.

Tudo certo, tudo indo
até que Kiwi não consiga mais
respirar. O carinho mútuo permanece infindo,
assim como a dor de José,
que investe saúde mental de dez
vidas, e o cachorro nem consegue ficar de pé!

Kiwi morre, José desidrata
de tanto se lamentar: “pobrezinho do bichinho!”
Agora tu vira-lata é, senhor.
Fareja teu ex-lar
afim de te encontrar.

Os dois eram um.
Eram, no passado,
porque agora José é nenhum
e Kiwi tornou-se alado.

Inserida por sinestesiam

Pseudomoda

Fácil seria se tu me odiasses,
mas não tenho a coragem necessária
para adotar outras faces.
Te quero bem perto e bem longe, emoção hilária
esta! Tu já estás imersa em meu ser
e canta numa distância saudosista. O que adianta
te querer como quero, se essa mista
vontade-amor-dor já é finalista
nesse concurso de identidades não-santas?
Berrantes, eufóricas, barrocas, eu-fora
do eu-dentro. Adentro o pseudo-eu
que sou eu mesma. Perco-me nesse desfile
cruel, frio, pegajoso, estridente.
Pois não sou nada,
mas sou todas concorrentes.

Inserida por sinestesiam

Absoluto Tu

Pela ponte, pelo rio,
pelo trem, pela rua.
Pela casa, pelo quarto,
pelo país, pela lua.
Por tudo e em tudo
está a inquietude do mudo
querer-te. Teu sufocante som
vocal a embalar
minha alma fragmentada. Com
graciosidade, meu descanso ponha-te a cantar.

Não bebo água,
não como cenoura.
Não respiro nem guardo mágoa
porque tu é tudo que guardo. Agoura
alma, tu te tornou minha fonte vital.

Venha, vá. Volte para cá.
Fuja! Fique! Faça-me chique:
cubra-me com carinho, caso
queira descansar. Dormir, despertar.
Morrer e voltar.

De ti, nunca me verei livre
visto que tu estás em tudo
e meu coração é teu lar-veludo.

Inserida por sinestesiam

Capa de chuva num dia ensolarado
porque, no altar, forte é a tempestade.
De acordo com o combinado,
os membros todos vestidos de ambiguidade.

Na igreja eles rezam, rudimentam-se e roem
suas próprias vísceras. Comida não há
e a sanidade os destrói.
As portas de madeira, lacradas. Lá
no céu, os portões enferrujaram.

“O altar está em chamas!
Socorro! Não quero morrer
tido como louco!”

“A água benta evaporou!
Deus, me perdõe
mas para o inferno sei que vou!”

E berram até perderem a voz
aqueles que não desmaiaram de pavor.
Morrerão, sim, todos. Nós
assistiremos tal sacro-divertimento sem respingo de dor.

Inserida por sinestesiam

►Moça

Se soubesse como te prezo
Se soubesse como rezo
Para que fiquemos juntos,
Sentir teus lábios de caramelos
Tuas curvas, como um deserto
Causando-me, a cada olhar,
Uma miragem em delírios perversos.

Moça, eis que te peço
Um pedacinho de tua harmonia
Apenas para cultivar a tal alegria
Aquela que outrora, outro ano,
Eu sentia, sem pesar, em boemia
Amo o teu sorriso ao luar
As pequenas mãos a me tocar,
Pequenas, mas imponentes
Afastando a solidão que tanto me almeja
Devorar.

Adormeça, em prol de sonhos belos
Enquanto aqui, eu remanejo versos
Eternos ao seu olhar castanho pinho
Não se perca, suplico, quando chorar
Eis aqui meu ombro, o chame de amigo
Busco silenciar minha luxúria
Um beijo, um abraço, uma ganância suja
Uma súplica, um beijo, à musa.

Sempre que admiro seu retrato,
Confesso, sem a necessidade,
Que meu coração palpita desenfreado
Grita em antiga e vivida felicidade
Desculpe-me, mas sinto tanta, tanta
Vontade de beijá-la, vontade tamanha
Que a razão implica, zangada, insônia
Resmunga em favor de meu, afastamento.

Esta cama aqui, pequena e solteira, chama
Afim de aquecê-la nas noites tristes
Os fios encaracolados que minha visão tanta ama,
Espalhados sobre o travesseiro,
Desta pequena e solteira cama.

Moça, como és linda, por Deus
Um pedido a mais para ele,
Para que eu seja somente teu
Mal sabes como meu mundo sofreu,
Quando partires sem uma carta
Mas, as malas estão intocadas
Nossas memórias, nossas palavras
E cá estou, te desejando ardentemente,
Enquanto busco uma tática inusitada,
Para fazê-la repousar em minha casa
Tolo, iludido, ou quem sabe louco
Mas o que sinto por ti nunca será pouco
Pois então, termino dizendo isto,
Que meu amor por ti, Moça, é um tesouro
E que eu jamais o perca,
Eu te amo.

Inserida por AteopPensador

Ah essa palavra que tanto nos temos escutado, desde criança sendo influenciado, a dar e receber amor !

Vivo a pensar como uma coisa boa dessa, pode a alguém machucar

o que ninguém sabe e quando a pessoa amada ira encontrar.

Sera que em algum canto, dessa imensidão, alguém ira me amar?

Ah então vivo a pensa e escrever, o que tanto queria te falar !

Sim nessa imensidão a uma pessoa em que não paro de pensar!

Ela que vou, todo meu amor lhe dar !

Farei de tudo pra lhe conquistar !

Para que em nosso lar, nosso amor tenha frutos e possa continuar !

Inserida por leandro_hungria

Fumaça


Tudo sei, tudo conto;
nada sinto, nada vivo.
Sou apenas corpo a dançar pelo trilho.

E o trem vem chegando,
apitando apressado.
Meu rodopio é longo
e desengonçado.

E me assusta quando apita
E me angustia quando apita
E me corrói ao apitar
porque não tenho como escapar.

Inserida por sinestesiam

Pesadelo

Acordo suada
com coração acelerado.
A porta está lacrada
e, o medo, ao meu lado.

Tudo que vejo é nada;
nada é tudo que vejo.
Vejo apenas nada,
sinto apenas medo.

Cavo com dedos já sangrentos
o teto onde piso.
Estou presa num cubo e lento
é meu movimento não-liso.

A escuridão me consome,
luto, agonio, rejeito, atrofio;
mas o vazio preto me come,
na podridão me crio.

Inserida por sinestesiam

Boneca de Pano

Que tal ficarmos na nossa?
Que tal fingirmos tudo?
Será que fazer vista grossa
vai silenciar o sofrimento não-mudo?

Sou marionete num jogo adulto,
vejo cordas a sufocar corações em luto.
Enceno a peça teatral perfeita
onde não sei pra que fui feita.

Todas vezes que o vigário traiu
fui atriz secundária;
a principal foi ilusão em navalha
e, a mensagem, mera falha.

Mas me libertarei.
Despedaço, destruo, desintegro
o frágil pano do qual me criei.

Inserida por sinestesiam

►Devore-me, Tempo

Tempo, eu não te odeio
Também não tenho receios
Sei o quão brutal você consegue ser
Também sei como é difícil te entender
Mas, acho que eu estava precisando de você
Estava precisando me reinventar, amadurecer.

Tempo, se me ceder um pouco mais,
Acho que as tristezas ficarão para trás
E eu conseguirei ficar em paz
Mas sei que irá me ajudar,
Nesta minha recente jornada ao mar.

Tudo o que escrevi nas nuvens, desapareceu
Aquela serenata que escrevi, morreu
O meu coração, tempo, se aborreceu comigo
Estamos sem nos falar, sem palpitar
Estou indo de lábios a lábios sem me importar
Sem dizer amor, sem sentir calor, sem valor
Estou afogando minhas desilusões debaixo do cobertor
Sem me importar com quem estou.

O vazio, tempo, o vazio
Ele está, dia após dia, acabando comigo
Não estou conseguindo destruí-lo
Se tornou um detestável inquilino
E ele está me persuadindo,
A enxergar o amor como um inimigo.

Tempo, ultimamente eu tenho refletido
Pensado um pouco mais sobre o que sinto
Pensado sobre a maneira que vivo
Passei por uma crise mental e social
Mas, agora estou melhor, retornei ao normal
Porém, tempo, às vezes tenho pensamentos repetidos
Aqueles que me deixam depressivo
Não sei se conseguirei silenciá-los permanentemente
Temo que ressuscitarei eles a qualquer momento.

Meus textos decaíram, tempo
No começo eu escrevia em passatempo
Agora mal passo perto do caderno
O que aconteceu comigo, tempo?

Quero que você passe, para me curar
Quero que você passe, para me ajudar
A sarar este meu coração, que grita de dor
Quero que seja meu amigo, que me ajude a deixar o amor
O amor que doei e não recebi
O amor que lutei e me iludi.

Pois então, tempo, apenas passe
Sei que de qualquer jeito irá, será saudável
Apenas... passe, me dilacere
Maltrate.

Inserida por AteopPensador

►Linda Estrela

Não estou conseguindo lidar
Sua ausência está me devorando
Meus lábios desejam te beijar
Meus pensamentos almejam te amar.

Tenho escrito tão pouco, linda
Tenho ficado tão cabisbaixo, sem vida
As estrelas perderam o seu brilho
Viver sem você perdeu o sentido
Desculpe se pareço submisso, abatido
Sinto apenas saudade de seu abraço,
De como era a vida sobre seu doce sorriso.

Linda, espero que esteja bem
Não irei procurá-la em outro corpo
Pois sei que jamais haverá alguém,
Que consiga me beijar como você
Que consiga invadir meus sonhos, apenas você
Que dirá palavras belas quando eu estiver prestes a chorar
Eu temo que nunca terei outra chance,
De abraçar um anjo, sentir seu aconchego.

Linda, viva feliz, pois é merecedora
Tentarei viver sem ti, linda Olga
Flora, Aurora, Amora
Deixo neste pequeno papel, meu adeus
Adeus, amor meu,
Em te conhecer, agradecerei sempre a Deus.

Inserida por AteopPensador

►Entardecer

Querida pombinha, abra sua janela
Estou aqui fora, na primavera
Veja, as flores estão voando, abra sua janela
Quero contemplar o seu sorriso, abra ela
Querida pombinha, que saudade que me deixou
Por onde você esteve por toda a minha vida?
Levou a minha tristeza embora
Para dar lugar a sua alegria.

Querida tulipa, desculpe pelas rosas
Tentarei conquistar seu coração de outro jeito
Mas tenho receio de me apaixonar mais, ora
Você me enfeitiçou, tulipa, com certeza sonharei contigo
Em navios titânicos me afundarei, em seu bel-prazer.

Ah, mal sabe o quanto desejo sentir seu aroma
Seu perfume, que minha mente tanto ama
Pudera eu ser capaz de explicar, o quanto eu quero
Como quero abraçá-la, beijá-la, torturá-la
Com vários mimos, chamegos, em arrepios
Sua pele vibrando e você sussurrando
Chamando pelo meu nome, enquanto digo que te amo
Enquanto assistimos, lá de longe, o sol se pondo.

Inserida por AteopPensador

EU LABIRINTO

Minha mente é um labirinto
entre!
E se perderá
Não queira mofar
Nas elevadas confusões
Em minhas indecisões
Sentado num chão
Caído em círculos
Fruto da dialética
Da saída, Não sentida
Rápida despedida
Lembrança apoiada
Em travesseiro inquieto
Se te olho me desperto
Se me esbarro, lembro
E se me perco, me encontro
Sou assim
Se quero dou as pistas
E você encontra o caminho
Entre tantas
Inacabadas saídas

Inserida por lisandrapereiraFS

FANTASIA DE CRIANÇAS
A magia dos cinemas
Os deixa á imaginar
as crianças da cidade
Vivem a fantasiar
Pra molecada da fazenda
Aventura é o que há
E nos tempos de chuva
Não há mais o que inventar.

Na hora do pôr-do-sol
As brincadeiras na fadiga
Vamos nos preparar
Para a hora da cantiga.

Inserida por lisandrapereiraFS

Atrevida

A ausência é atrevida
Frívola intrusa
Desmerecida
De mera atenção sequer
Uma pena é espaços
De difícil ocupação
Pois procuramos matérias
Da mesma qualidade
E mesma dimensão
Mas desde que o mundo é mundo
Quando a terra se apaixonou pelo céu
Se sabe
Que até melhor se encontra
Mas nunca igual
Pois a forma feita a ferro
Molda, levada a criar
Volta a esmaecer
E o ferro criador
Com grande potencial
De inúmero valor
Criar, peças únicas faz
Aquece e funde
Para a nova fórmula
Poder, capaz-se tecer

Inserida por lisandrapereiraFS

Amigos de coração!

Sinto o sentimento que faz sentir
Sinto que meu sentimento me faz refletir
Sinto aqui na alma meu coração pedir
Para dos meus amigos do peito não me despedir
Sinto que é mais forte do que eu,
E ainda é meu amigo, até o que já morreu
pois a amizade é uma coisa eterna
e não uma coisa boba que o coveiro enterra.

Amizade se conquista e se faz
Os inimigos da minha vida eu passo pra traz
Deixo a vida me levar até onde conseguir
Pois tenho meus amigos pra me seguir
Com eles tenho a maior segurança
Pois nossa amizade vem dês de criança
Estamos juntos dês de sempre e assim continuará
Pois nossa amizade é grande de mais pra se acabar
Nem ventos fortes nos derrubarão
Pois somos verdadeiros amigos de coração.

Inserida por lisandrapereiraFS

Incógnita.

Tão perfeita e sinistra
De mecanismo circular
Tudo é independente
Das mãos humanas, a trabalhar
Natureza misteriosa...
Tu me fazes pensar
Que o mais sábio
É o nosso Deus
Que a este mundo tenebroso
Veio embelezar
Quando do verbo fez real
E a ti, se pôs a desenhar
Matemáticos eficientes
E cientistas inteligentes
Ainda procuram...
Tua formula desvendar.

Inserida por lisandrapereiraFS