Poemas com Rimas
Incontáveis vezes apertei o play
Para ouvir a voz de quem não vem
Imaginando se com você me enganei
Doçura e carinhos excessivos, em silêncio desaparecidos
Ainda assim, despertam aquele desejo proibido
No delírio do ardor
Despercebi que morcego não beija flor
Sem pena, é apenas predador
Ingenuidade pensar ser verdade
Que você seria raridade
Igualmente a todos
Satisfez tua vontade
Somente mais um voo em minha paisagem
Só mais uma rima na minha viagem.
Coleira
José é dono de Kiwi
e o nutre com rações de qualidade.
Embora custe caro, a felicidade
recompensa enquanto amor tiver.
Tudo certo, tudo indo
até que Kiwi não consiga mais
respirar. O carinho mútuo permanece infindo,
assim como a dor de José,
que investe saúde mental de dez
vidas, e o cachorro nem consegue ficar de pé!
Kiwi morre, José desidrata
de tanto se lamentar: “pobrezinho do bichinho!”
Agora tu vira-lata é, senhor.
Fareja teu ex-lar
afim de te encontrar.
Os dois eram um.
Eram, no passado,
porque agora José é nenhum
e Kiwi tornou-se alado.
Pseudomoda
Fácil seria se tu me odiasses,
mas não tenho a coragem necessária
para adotar outras faces.
Te quero bem perto e bem longe, emoção hilária
esta! Tu já estás imersa em meu ser
e canta numa distância saudosista. O que adianta
te querer como quero, se essa mista
vontade-amor-dor já é finalista
nesse concurso de identidades não-santas?
Berrantes, eufóricas, barrocas, eu-fora
do eu-dentro. Adentro o pseudo-eu
que sou eu mesma. Perco-me nesse desfile
cruel, frio, pegajoso, estridente.
Pois não sou nada,
mas sou todas concorrentes.
Absoluto Tu
Pela ponte, pelo rio,
pelo trem, pela rua.
Pela casa, pelo quarto,
pelo país, pela lua.
Por tudo e em tudo
está a inquietude do mudo
querer-te. Teu sufocante som
vocal a embalar
minha alma fragmentada. Com
graciosidade, meu descanso ponha-te a cantar.
Não bebo água,
não como cenoura.
Não respiro nem guardo mágoa
porque tu é tudo que guardo. Agoura
alma, tu te tornou minha fonte vital.
Venha, vá. Volte para cá.
Fuja! Fique! Faça-me chique:
cubra-me com carinho, caso
queira descansar. Dormir, despertar.
Morrer e voltar.
De ti, nunca me verei livre
visto que tu estás em tudo
e meu coração é teu lar-veludo.
Capa de chuva num dia ensolarado
porque, no altar, forte é a tempestade.
De acordo com o combinado,
os membros todos vestidos de ambiguidade.
Na igreja eles rezam, rudimentam-se e roem
suas próprias vísceras. Comida não há
e a sanidade os destrói.
As portas de madeira, lacradas. Lá
no céu, os portões enferrujaram.
“O altar está em chamas!
Socorro! Não quero morrer
tido como louco!”
“A água benta evaporou!
Deus, me perdõe
mas para o inferno sei que vou!”
E berram até perderem a voz
aqueles que não desmaiaram de pavor.
Morrerão, sim, todos. Nós
assistiremos tal sacro-divertimento sem respingo de dor.
Quando calamos toneladas de verbos para não entrar em polêmicas desnecessárias é porque vemos com clareza, que, infelizmente a maioria não tem entendimento de texto.
Mal leem algo e já opinam, se arvoram em analistas de algo que nem assimilaram.Querem mesmo é ter razão, mas felizmente numa poesia autoral e verdadeira nada pode ser mudado. O poeta é rima, é criador e criatura e tem licença poética para cumprir sua missão. Tão boa ela é, faz mergulhar em nuvens ou voar sem asas sobre abismos, faz colher as miríades e iluminar seu próprio caminho !
Mesmo que siga só, tropeçando em vírgulas e adjetivos, ele segue. Foi escolhido pela arte, não a escolheu, é um pupilo que respira e expira a poética, noite e dia.
Numa noite escura
Minha mente fica nula
Nesses versos ascendentes
Minh'alma fica ardente
Sol, chuva
Noite, rua
De pensamento aberto
minha vida um roteiro.
Quem tem boca fala o que quer, escuta
Quem tem ouvido, cada um é cada um
Todos tem seu compromisso
As suas escolhas e o seu dever, sua maneira
De fazer, eu já fiz a minha parte, então só falta
Você.
Cada um com suas viagem, cada um com suas
Loucuras, uns quer morar em Dubai ou Nova York
E outros é morador de rua
Se você pensasse e refletisse, mudaria a sua
Conduta, se você pensasse melhor e refletisse
Mudaria a sua conduta.
A rua é minha escola, e foi nela que tudo eu
Aprendi, o ser humano é todos hipócritas, um
Pior que o outro, que a cada momento se
Contradiz.
Eu não quero ser melhor ou pior que ninguém
Apenas quero ser diferente, e a vida foi quem
Me ensinou assim, desse jeito, e ainda levo a
Honra de ser brasileiro.
Eu não estudei o português, inglês, irlandês, quanto
Menos matemática, biologia e francês, pra da aula
E querer ser professor, mas fazer oque? Se a rua quem
Me ensinou, eu vim de lá, foi de lá que eu vim doutor
Acredito que, a maioria dos sonhos de um menor um
Dia é ser jogador, acredito que, a maioria dos sonhos
De um menor, um dia é ser jogador.
Se muitos de nós tivesse a mesma sintonia, telepatia
Tudo seria melhor, se a gente se colocasse no lugar do
Outro
Mas, só vejo de mal a pior, eu vejo que nunca vai mudar
Nunca vai ser melhor, porque o que está faltando mesmo
Dentro de nós, é mais amor, o que tá faltando dentro de
Nós, é mais amor.
É que eu tenho muita coisa pra falar irmão, e se eu for
Escrever tudo isso, dá mais de 100 livros, e nunca vai
Acabar com isso não, nunca vai acabar não.
A confiança é o segredo, a insegurança atrai o
Medo, o terror dos seus sonhos se tornando em
Pesadelo.
Será que nesse filme tu encontra um verdadeiro?
Da até pra contar nos dedos, se eu te falar que só
Existe você mesmo.
Seja como os pássaros que voam alto, mais tão
Alto, porque só o céu é o limite, é azul e infinito e
O mundo não tem fim, assim como o oceano, se
Eu não me engano, é que tem muitos pra querer
Saber seus planos.
Vai na fé, só olha pra frente, não olha pra trás
E nem pros lados, segue a tua direção, escuta
A voz da tua alma e o teu coração.
Vai na reta, porque eu sei que as ondas do mar
Vai chegar, tu só não pode navegar contra à maré
Ou quer ser como caranguejo, que só anda pra trás
De lado, dando marcha ré.
Eu não sei se é uma música, eu não sei se é uma história
Tá parecendo até que é um Rap da hora, é que tem
Versos e poemas, rimas e poesias, cada palavra
Cada coisa que eu falo, vem da minha ideologia.