Poemas com Rimas
Que bom que há versos nobres de um latim esmerado e que no casebre ao lado residam os verbos pobres...
Se um ao outro descobre qual parentesco de rimas, os dois vivem o mesmo clima com liames e convergências...
Curvar-se é uma reverência e não uma subestima...
Enquanto eu tiver voz gritarei por liberdade
amor, respeito, justiça e igualdade
Em deus busquei a verdade
combater a negatividade
Ser justo e ter coragem
para não me iludir em bobagens
feliz é aquele que sorrir na simplicidade
Quando se trata de morte o sistema não têm erro
só darão sua liberdade no dia do seu enterro
profetas mentirosos que iludem o tempo inteiro
pregando que só têm deus aqueles quem dão dinheiro.
►A Vida Sem Você
Eu gostaria de escrever sobre você
Pois, a muito tempo deixei de viver
E, contigo eu sentia isso, a vida
A mesma que já não me gera mais alegria,
A mesma que deixou de ter aquela nostalgia.
Aqui, agora, eu não escrevo minha felicidade
Tão pouco minhas aventuras e amizades
O máximo que consigo soletrar é a criatividade,
Aquela que me salva de um mundo de várias faces
De um mundo de pessoas que parecem,
Mas que não são amigáveis.
Eu gostaria de escrever sobre você
Talvez por sentir falta, não sei dizer
Mas, precisa de um motivo?
Talvez eu esteja apenas me sentindo sozinho
Talvez você seja importante para mim
Ou quem sabe eu só esteja cativo.
Ficar observando os carros indo e vindo é uma tortura
Pois, sei que não a verei em um Gol ou Fusca
As luzes da cidade são lindas e me ofuscam,
Enquanto a saudade por ti, chama
Eis que me vejo em um dilema, em chamas
Enquanto sofro a ausência de minha dama,
Da pessoa que meu coração tanto ama
E que se debate de saudade por todas as semanas.
►Por Isso
Eu não sei o que fazer
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo me conter
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo esconder
Pois te amo, mas tenho medo
Eu não sei se devo te dizer
"Eu te amo, mas tenho medo".
Por isso escrevo, do meu jeito
No momento em que sinto um beijo
Vindo de tão longe, através do vento
Pesco um momento do próprio tempo,
Apenas para descrever um sonho sereno
Desatento eu me sento em nuvens de versos
"Eu te amo", soletro sobre o céu plano,
De um papel velho como um antigo pano.
Confesso, sonho com você, sobre você, para você
Estou à mercê de um sentimento que não quer se desprender
Estou querendo descontroladamente te ver
Sinto algo aqui, no meu peito, gritando
"Amor, paixão, desejo, intenção"
Meu pensamento é seu, aceite-o
Esses meus versos também, são meigos
Deixe-os entretê-la, assim como deixará em meu sonho
Eu não sei o que fazer
Pois te amo, mas tenho medo de perdê-la
Por isso tenho medo.
LU- Curas
Essa coisa que trago e que me traga
essa desmesura de luz que aporta
Em meu cais aberto às embarcações
vindas do nada, trazendo sua mercadorias
Catraias, saveiros, navios mercantes
diferentes idiomas, trazem consigo
Variados fusos e confusões diárias
esquecendo o silêncio profundo da alma
Sim, me tragam, sugam e devoram
parte dos restos em entropia latente
naus perdidas em águas, como gente
Num ato antropofágico e ambivalente
num vai e vêm interminável e angustiante
Ah! Que saudade de um novo Dante
Do Estige, hoje, paraíso revisitado
de círculos que poderiam não girar
Nessa coisa que traga, engole, rumina
Labaredas de um fogo eterno e nuclear
que só jaz quando o silêncio solitário
Traz a paz para uma reflexão
Que a vida me trague e me traga, então.
Luciano Calazans.
►Malévola
Pois é, meu querido caderno
Magoei-me de novo, como sempre
Fui enganado por um rostinho meigo e esperto
Mas, estou bem, nada mudará entre a gente
Estou escrevendo sem lágrimas, feliz?
Acho até que, desta vez, fui até sagaz.
Eu não quis acreditar no início
Pensei que deveria ser uma brincadeira, "Ah, era isso"
Mas, não, a realidade me magoou novamente
Caderno, ainda procuro a sinceridade, pacientemente
Não sei, talvez eu sofra tanto por tentar ser diferente
Talvez eu devesse ser mais recluso, antissocial
Qualquer coisa para me afastar deste mal.
Tem se tornado difícil escrever, meu amigo
Se eu te usar como sempre usei, irei lhe tatuar
"O quanto estou me sentindo sozinho"
Não sei o que fazer, todos estão me machucando
As mentiras me envolveram e me sufocaram, como uma sucuri
Tenho medo que elas consigam me engolir
Minha mente está frágil, caderno, muito frágil
Mesmo com o clima natalino, me sinto para baixo
Cabisbaixo, desorientado, desanimado, opaco
Preciso da luz, caderno, preciso tanto dela
Desta vez o vilão se tornara as belas Cinderelas
Talvez eu devesse me apaixonar pelo dragão, pela Malévola
Talvez assim, eu não sofra mais pelas quedas.
Transolhar
(ou olhar transmoderno)
No fundo
do olhar
o findo mar
no infinito
do sal
da lágrima
da rima
final.
Escrevo como quem lê.
Descrevo, tento entender,
Se é dever ou sina,
Ou como funciona,
essa conexão que prevê
uma rima entre eu e você.
Ao virar da página
te vejo em cada verso
e se me deparo
com uma pagina em branco
eu não me importo
pois a poesia esta em meu coração
que faço para ti
rimando o verso da canção
que nunca terá fim
A distância invade e o peito se abre
Coração dilacerado no ritmo da batida
É como descobrir uma rua sem saída
Mesmo com a mente confusa
Mantenho a cabeça erguida
Levo isso como regra de vida
Escolha seus sonhos por mais loucos
Que sejam.
Sonetos de José Guimarães
Noite
Ó noite perversa que não me deixa dormir
Que me mantém acordado pensativo e
angustiado
Devolva-me a paz e não me deixe
amedrontado
Preocupado com o rumor que vem lá de
fora.
Nunca sei se é riso o clamor da rua que
ouço
Ou desentendimento dos passantes
apressados
Mas como fico pensativo com os sentidos
ligados
Penso sempre no pior e com isso menos
adormeço.
O rádio do carro que passa tão alto me
acende
Revigora minha energia, mas de deixa
impaciente
Porque o barulho me faz ainda mais ficar
acordado.
Vozes que vem lá de fora que parecem de
pessoas brigando
Aguçam-me o sentido e de repente me
descubro espionando
O que não me interessa e com isso me
mantenho acordado.
Sonetos de José Guimarães
https://www.amazon.com.br/dp/B019HU5238
Vir.
Vida,
Planeta,
Grande teatro,
Palco de ilusões,
Parecem ter corações,
Mas sempre vivem em aflições.
Precisamos de boas intenções,
Já Chega de falar palavrões
Necessitamos de perdões,
Mais colaborações,
Boas funções,
Boas ações,
Canções,
Morte,
Fui.
D'ia clareou
E'ntendeu?
L'ugar lindo,
Ì'amos juntos,
R'ua parada,
I'gual ontem,
O'utros viram,
S'ua face.
A'manhece o dia,
L'abor a seguir,
I'nsvetirdor contagia,
V'endo amor,
I'igacões e mensagens,
O'nde me pedem.
Quando a chuva cai,
O vento vai,
Saudade do pai,
Chove de novo,
Fim de um dia,
Saudade judia,
Vida vazia,
Longe de tudo,
No seu mundo,
De sabedoria.
Flor,
Belo dia,
Regue minha alegria,
Lave minhas vaidades,
Encontre minhas verdades,
Me ajude a descobrir ruindades,
Saudades,
Da horas passadas,
Da vida tempestiva,
Que imperava,
minha alma vagava.
Pelos doces sorriso se encantava.
Sorte,
Vem vindo,
Vejo alguém sorrindo,
Não pode ser trote,
Fico pensando,
Que sorriso lindo,
Vou logo falando,
Vem de onde?
Pergunto,
Do infinito,
Retruca,
Paro de novo,
Sem entender,
No meio do povo,
Algum querer,
Ganhar ou perder?
Em tudo.
Numa discussão,
Pra não perder a razão.
Numa batida,
pra não perder a briga.
No casamento,
Vê se aguento?
Provar ser melhor.
Como se vai morrer?
Ser o mais forte.
Pra que ?
O mais bonito,
O tempo mostra ser finito,
Tantas disputas,
Que no fim toda luta,
Sessa no extinguir,
Do respirar,
Até atingir,
Alguém a enganar,
Enganar alguém,
Engana a si mesmo,
A vida passa e nos provará,
Todo dia alguém vai pra lá,
E tudo torna - se,
Abstrato,
Novamente.
Para os viventes,
Que continuam eloquentes,
Achando muita vida pela frente.
Como sempre.
Cada um vem e faz o que quer,
Cada um vive como lhe aprouver,
Alguns tomam seu mé,
Outros dizem que é,
Muitos têm sua fé,
Outros gostam de mulher,
Alguns comem de colher,
Outros a se recolher,
No infinito saber,
Querendo crescer,
Para enfim poder ver,
O grande ser,
Que quer,
Ser,
Você...
Gostaria de viver,
Sair desta prisão,
Falo no ser,
Do EGO a negação,
Que nos aprisiona,
Nos torna ignorantes,
Vive em nós de carona,
Nos torna inconstantes,
Raivosos e medrosos,
Egoístas e mesquinhos,
E até em idosos,
Que andam sozinhos,
É possível ver seus traços,
Grande problema,
Vivemos aos pedaços,
Esse dilema,
Precisa respirar,
Sair desta doença,
Para aproveitar,
O livrar desta sentença,
E então permitir,
Algo no ser consciente,
dentro de nós agir,
Em favor de toda gente,
Caminhar e sentir,
Sentir e tocar,
Parar e assistir,
As nuvens no ar,
Estrelas no céu,
O Sol brilhante,
O gosto do mel,
A vista adiante,
As pessoas ao todo,
Um mundo diferente,
Aceitar o incômodo,
Que Vive entre a gente,
As águas passageiras,
A brisa suave,
Vidas hordeiras,
A beleza das aves,
A lua enluarada,
O verde Constante,
Daí a tarefa pesada,
Fica distante,
De todos nós,
Tudo fica agradável,
Até quando estamos sós,
O valor de ser saudável,
A vontade de servir,
Sem receber em troca,
E poder então sentir,
Algo que te provoca,
O despertar da consciência,
O renovar da ação,
Tudo isso com paciência,
Em meio a multidão,
Uma viagem incontável,
Só quem vive pra saber,
Algo tão formidável,
Engrandece nosso viver.
Alcançar o infinito,
Enquanto vivemos,
O que era aflito,
Já esquecemos.
Uma missão,
Com propósito,
Uma ação,
Para o próximo,
Passos de anjos,
Vida de luz,
Entender os arcanjos,
Também a Jesus.
A paz e o amor,
Saber se conduzir,
Por onde for,
Poder refletir,
Em meio a natureza,
Verdadeiramente ser,
E mostrar sua beleza.
Finalmente querer,
Essa possibilidade,
Então entender,
Nossa humilde,
Igualdade.
Na
Eternidade