Poemas Carinhosos para a Pessoa que Ama
“” Era somente
Uma gota de saudade
Mas inundava
O coração
Se vier pelos olhos então
Ai sim
Eiras de uma grande paixão...””
“” Liberdade. Sobre todos nós.
A história carrega o mundo.
Tirano, em fugaz trajetória.
Expoente, de sina e glória.
Moeda e soberbo sal
Satisfaz o ardor da guerra
Penso em tudo até na dor
Mas não encontro o seu amor
Sobre colinas me estendo em sombras
Desertas nessas manhãs de outono
Onde folhas verdes viram fumaças
Nas cortinas que escondem mordaças
Sereno regaço
No afã dos caminhos destrata
O rio que molha meus pés
Ou a chuva que rola em viés
Mortos vivos subiram o topo
Em verte que não sucedeu
Simplesmente
Perdeu... ””
Pai Filho
Meu passado... Sinto frio
Ter, aquele a admirar
Mas o senhor me ignora
Me expõe a esmolar
Sinto fome
Fala, fala meu coração
De carinho, de amor
Mesmo sangue no interior
Porque nada me dizia
Suspiro? Cigarro revolta
Mais um dia que a cigarra assovia
Seu canto sozinha
A ponto de explodir
Seca seus olhos
Mas não quer, se dividir
Em palavras
Pai Filho
Que liberdade muda
Tens que ter um sentimento profundo
Porque nada me dizia
Brigas, saindo fora de si!
Possuído bebia
Há pontas de cigarro no chão
Que perfuras meu pulmão
Meu coração
Aos poucos me sinto chão
Perdoai-me Pai
Numa palavra
Há um novo verão
Para libertar-se,
e me chamar de filho
Porque nada me dizia
Só sofria... E eu sentia.
" Se a solidão bater em sua porta
Não a deixe entrar
Que retorne de onde veio
E fique lá pra nunca mais voltar...""
Já amei certo, já amei errado,
Já amei simples e já amei complicado,
Já amei de tudo quanto é jeito
Mas ai cansei, agora é minha vez de ser amado.
LEMBRANÇAS
Lembrança é algo que passou
O mundo dá voltas e acho que estou
Antes de tudo doce é o meu amor
Menina meu coração se apaixonou
Lembranças, doce lembrança
Sentimento lindo que brotou
Pra quem jurava amor eterno
Lembranças...apenas o que restou
Ainda mora em meus pensamentos
Não se deixa de amar assim
Insiste em não ser nada, mas poderia ser tudo pra mim
Mas no fim tudo se acerta,
Cada coisa em seu lugar
Certo mesmo é viver e não apenas lembrar
"" Como um sonho que viaja ao infinito,
solto meu grito,querendo te encontrar,
então me lanço em mares nunca navegados
e encontro em ti, porto seguro pra ancorar...""
Todas as cores retidas em um só olhar
Ventos geridos de uma tarde primaveril
Sorrisos e sons colorem o azul
Nas águas espelhos refletem
Um tempo bom
..
O cheiro do café
A pulseira amarela em seu calcanhar
A chuva que veio sem avisar
A canção de cordel
..
A chave o pingente
As asas do vento
E as nuvens doces de algodão.
..
O afago
Inesperado e gentil
O cafuné despretensioso
E o jeito de dizer um tchau
..
“” Abrem-se as cortinas do futuro
Num jogo duro, de cartas marcadas.
Mas sempre com densa harmonia
Segue a trama, dia a dia
.
Mergulham rosas em eternos espinhos
Aromas e cores desfilam nesses caminhos
São apenas sóis a nos alentar
Entre tantas noites, queremos sonhar.
.
Roucos privilégios, de âmbar levado
Acima do poço, há um pouco cerrado.
Lamentações. veneram a alma
Acalma, emudece, palidez fria.
.
Sinceramente penso em nós
Noutroras que temos ainda
E finda a mágica do tempo
Quando de repente já é amanhã..””
"" A ginga estapafúrdia confundia até a si mesma
Quando moldava sua eira silenciosa
Malandragem simbólica
Ou astúcia descomunal
Controvérsias destilam a poesia
Do esmo a se revelar
Seria um caso de autofagia
Ou mágica a moldar
Não sei o quanto te resta
Mas é óbvio que não se tratam de sombras
Ainda mais nessa fresta
De onde ouço o insano falar.
Por ruelas estreitas e pagãs
Anjos circulam livremente
Seus sinais vindos do espaço
Marcam o compasso da música a tocar...""
O bêbado
"" Chegou assim do nada e mandou
Mais uma. Mais outra e nunca a saideira.
Já foi acusado de tudo, até passar a bebedeira.
Nem presta, nem morre.
Só fala besteira
Cambaleando nas rimas da boêmia
Como reza, religião
Isso faz , todo santo dia
Sua eterna trama, sua paixão
E trabalhar nunca foi principio de maneira
Nem caminha por onde pudesse se ajudar
Mas sobe lado a lado a ladeira
Nas mãos a garrafa, afasta
O que por amor
Perdeu a vida inteira
Mas ainda há tempo de sair
Dessa banheira
E lavar na alma
O mérito da zombeteira
Traduzindo o gosto amargo
Num final de sexta feira...""
Ao amigo
Nem tinha me dado conta do quão valioso é à nossa amizade. Nasceu de um simples comentário, criou raízes e está crescendo. Cada dia, em sua companhia, percebe-se que uma parte de mim está se moldando em você e outra parte de você em mim.
Estréia.
Ele estava lá me esperando
Como um encontro marcado
Cheguei de nada e aos seus pés tremi
O palco agora opaco e frio me convidava a subir
Um pensamento, dois. E os pés, degrau por degrau subiam
Uma angustia de estréia tomou conta e subitamente pensei em desistir
Mas estava só... Quem seria testemunha de meu fracasso ou sucesso?
E continuei firme como quem quisesse conquistar algo mais.
No meio do palco o microfone desligado e a platéia de bancos vazios e silenciosos, parecia dormir.
Então o recitador emulou a primeira palavra e num ato seguinte toda penumbra se fez poema, ditando um dilema...Pra quem?
A euforia tomou conta do espetáculo e silenciosamente os versos foram a todos os cantos e como num encanto.
Nos bancos as almas solitárias e emocionadas se levantaram
e aplaudiram em pé.
"" Quanto tempo perdido com coisas que não podem mudar a vida para melhor.
Quantas vezes ainda vou tentar?
Talvez todas que o tempo me deixar...""
Já imaginou, que louco seria a vida em preto e branco? Sem vermelho, azul ou amarelo...
Que maluca seria a vida apenas com inverno e verão, sem outono ou primavera...
Que delirante seria a terra orbitando sem a luz da lua, do sol ou das estrelas...
Mas tudo isso é racionalmente plausível e razoável;
Insano mesmo é fantasiar uma vida sem você.
Mesmo que tudo me diga pra parar,
Irei prosseguir.
Mesmo que tudo esteja desabando,
vou continuar de pé.
Porque sei que no fim do caminho existe uma resposta pra tudo.
Mesmo que na primavera não floresça as flores do meu jardim,
E não me aqueça o verão,
Ou nem mesmo folhas restem pra cair do meu outono;
Mesmo que no inverno o frio não venha;
Não me permitirei deixar de acreditar que cada coisa tem seu tempo.
Que nada é eterno.
Mas que eu saiba encontrar a beleza contida em cada sensação,em cada momento,
em cada estação.
Sim,No frio me aqueci desejando que o calor voltasse o mais rápido possível.
No verão,desejei um dia frio para ler um livro,ver um bom seriado de Tv
,tomar chocolate quente,como nos filmes.
Vi folhas caídas ao longo do caminho,e pensei que a arvore estava morrendo.
Mas na primavera entendi o seu verdadeiro significado:
Pra todo fim existe um recomeço.
Talvez não devêssemos viver tão ansiosos assim,esperando que o amanha chegue logo,
ou que os anos passem;
Pois cada estação tem sua beleza,a sua particularidade,sua essência.
Experiências vividas e aprendidas no verão,te servirão de cobertor no inverno.
Todos ciclam seu próprio ser,recomeçam uma,duas,trêz vezes sua própria existência.
Mas,como isso seria possível,se estamos presos à uma casca que de fato,não nos pertence?
Como reprogramar o tempo se ele nunca para?
As respostas das perguntas mais complexas existentes estão nas coisas mais simples possíveis,
Tão perto.
Estão Dentro de você,de mim,de cada um.
O tempo não Para,é verdade!
Mas quem disse que todo ponto,é um ponto final?
Talvez se perder nas palavras também seja um dom tanto quanto o de encontrar-se nelas.
Talvez a vida seja mesmo assim,esse encontro e desencontro contínuo e incerto.
Talvez,encontrar-se seja apenas um mero detalhe,existem outras coisas,outros meios,outros fins.
37 palavras.Esse foi o numero de palavras,antes que eu escrevesse 37 palavras.Não sei o que isso quer dizer.
Talvez tentar compreender seja complicado demais.
É.A vida deveria ser mais fácil.Sem Números,sem porquês,Sem Planos,sem pontos finais.
Talvez os números não sejam tão certos assim.
Quantas vezes eu me perdi?
Quantas vezes eu me encontrei?
Quantas vezes eu Respirei desde o meu primeiro respirar?
Quantos erros eu cometi pra cada acerto?
Talvez se perder nos números seja um dom tanto quanto o de
entendê-los.
120 Palavras.
Um Relógio,Uma Parede,Um quarto escuro,Um tic –Tac,Um Silêncio.
Uma pagina,Algumas letras,um livro qualquer,em lugar nenhum, um ponto de interrogação.
Talvez seja um talvez,mas olhando assim meio que de perfil seja uma vírgula,Pensando bem,quando olho de frente assim,parece três pontinhos,ou seja lá que diabos aquilo seja.
Talvez sejam palavras,Talvez sejam números.
Talvez o sim seja um talvez,ou o não seja o talvez,ou quem sabe o não seja o sim,ou o não seja o não mesmo e as palavras sempre estiveram certas,como os números.
Talvez a única certeza que exista é que toda certeza que existe seja um talvez.