Poemas Cantiga de Amor
O Amor Bate na Aorta
Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
que não ouso compreender...
Cantiga de Amor
Mulheres neste mundo de meu Deus
Tenho visto muitas — grandes, pequenas,
Ruivas, castanhas, brancas e morenas.
E amei-as, por mal dos pecados meus!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!
Andei por São Paulo e pelo Ceará
(Não falo em Pernambuco, onde nasci)
Bahia, Minas, Belém do Pará...
De muito olhar de mulher já sofri!
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!
Atravessei o mar e, no estrangeiro,
Em Paris, Basiléia e nos Grisões,
Lugano, Gênova por derradeiro,
Vi mulheres de todas as nações.
Mas em parte alguma vi, ai de mim,
Nenhuma que fosse bonita assim!
Mulher bonita não falta, ai de mim!
Nenhuma porém, tão bonita assim!
A Manutenção do Amor
Você cantou um cantiga da amor
E provocou um chororô em mim
E com minhas visitas trêmulas eu vi
Que a canção que tu cantastes
Comovera a todos aqui
A cantiga que tu escrevestes
Foi inspirada em mim
Sua voz suave, afinada
Seus olhos em lágrimas
Eu não estava enganada
Você tentava disfarçar
Mas meu coração
Com toda convicção
Se perguntava
Por que não assumir
Quem tanto a gente ama
Amor não esconde
Amar não foi feito pra disfarçar
E quanto o amor é de verdade
O mundo nos mostra felicidade
O amor
Nos dar prazer
E nos quer bem
O amor
Nos faz bem
Vamos aprender
Em nunca querer
Esconder o amor
O nosso amor é como parafuso de rosca sem fim
Porém ele pode se quebrar
Não esqueça que essa rosca se desgasta
E pode acontecer de aluir
Tem que haver lubrificação
Manutenção
Tem que ter cuidado
Por ti
Por mim
Deixemos o amor nos invadir
E quando ele quer ele não pedi
Então vamos nos permitir
Vem pra mim
Vem pra mim
E me invadi até o fim
De nossas vidas
Ah eu só quero ouvir coisas boas vindas de você
Meu grande amor
16 de março de 2016.
Cantiga de Amor
Como és belo ó flor que vi nascer
Teu perfume e tua feição me cativou
Como és bela ó flor que me encantou
Teu interior irrompe tanto amor
Amor nascimento inexplicável
Veio habitar o meu ser e o teu ser
Como imagem e semelhança do criador
Nossos frutos terão nosso sabor
Juntos somos a construção do mundo
Nossa missão é viver o amor
Na terra, dentro de nós mesmos
Seja onde for, o Amor existe.
Nem as águas da torrente apagarão
A energia que nos faz crescer
Por sua causa somos seres infinitos
E ao criar nos fez para brilhar.
Vinho
A cada beijo fica mais transparente
Mesmo fria sinto seu doce sabor
Sendo seca me das mais vigor
De todas és a mais atraente
Minha melhor amiga
Minha melhor amante
Venha deixar-me fumegante
Sem rodeios ou intriga
Contigo tenho mais chance
De ser o que sempre quis
Boêmio e sempre aprendiz
Viverei este eterno romance
Só tu entende este semblante
Que em minha vida és constante
Primeiro Réquiem
Só a loucura faz sentido
Só ela serve de abrigo
Deixe a sanidade em seu jazigo
E o bom senso perdido
Olhe meu amigo
Um mundo distorcido
Seja bem vindo
E venha comigo
De valores invertido
Há de ficar enrubescido
Com o que digo
Palavras em castigo
Fique de orgulho ferido
E ache o próximo artigo
Por tudo que tu destruiu
Por tudo que tu não cumpriu
Por tudo que tu não assumiu
Por tudo que tu consentiu
Por tudo que tu não assentiu
Por tudo que tu viu
Por tudo que tu substituiu
Por tudo que tu intuiu
Por tudo que tu deferiu
Por tudo que tu extraiu
Por tudo que tu concluiu
Por tudo que tu subtraiu
Por tudo que tu descobriu
Por tudo que tu traiu
Morra sem dar um piu
Por que não me queres?
Oh minha senhora, por que não me queres?
Oh minha senhora de olhos castanhos
De pele morena, de perfeita silhueta
De cabelos de fogo, por que não me queres ?
Por ti andei todo o mundo e faria de novo
Oh senhora, você me faz levantar todo dia
Por ti faço tudo e ainda sim pergunto
Por que não me queres ?
Viajo ao te tocar.
Abra os olhos ou durma.
Te sentir, oportunidade dada pelos deuses
não te troco, te mudo, me mude meu mundo.
A tua respiração é o som do meu universo.
Fazendo oscilação entre o bem e o mal.
No bem te aqueço.
No mal te desejo com toda a intensidade do meu amor
te escolho todos os dias.
CANTIGA PRA AMAR
Quando o coração de amor chora
os olhos no olhar se tornam breve
embora, cada gota, a alma deve.
Não me leve!
Se acaso a ilusão for senhora
e carregar na mão a emoção
deixe-me ir embora
pois, vazio vai estar a paixão.
Então, me leve por aí afora
e me ensine como recordar:
como o amor tem a sua hora
e amando é que se deve amar...
Assim, quimeras terei no pensamento
no corpo, a pele a arrepiar
e não o terei no esquecimento.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
15 de março de 2018
Cerrado goiano
------------Cantigas-------------
Vejo sua boca me chamar enquanto canta
será que eu te canto?
Ou canto, cantarei para você as mais belas sobre amor.
"Amor, estou contigo para onde você for",
por favor, sem brigas eu imploro quem perde com isso? Nossa relação
Relação?
Mas, em relação a você, como está?
Como anda?
Não fala comigo há tempos, será que outro te canta?
Você me encanta,
Mesmo que me deixe de canto
Não canso de dedicar canções mesmo chorando em pranto
Mas desculpa se te cantei errado
Não quis ser dissimulado
Grosseria da minha parte não ter te cantado
Ou contado o que sou de fato
Que sou uma pessoa fatídica
E deveria ter deixado a verdade explícita
E que não sabia se um dia realmente eu te amaria
— Desculpa por não ser o que você merece.
NO MUNDO
Quando eu sair pelo mundo
Assobiando essas cantigas
Que por amor aprendi.
Andando por caminhos ermos
Entre os cupinzeiros demarcados
Entoando os meus delírios
Que no meu violão arpejo.
Quando eu andar pelo mundo
Chorando dessas cantigas
Silvando, que pássaro serei?
Aprendendo com a falta dela
Eu acho até que mereço
Contar por meus sofrimentos
Em lugar nenhum ainda dei.
Ficando eu pelo mundo
Lembrem de mim como eu sou
Um passarinho roçando o rosto
Nos galhos molhados da chuva
Sibilando um canto lindo.
Lembrem de mim na canção
Não me tomem por assombração
E terá doído mais um desgosto.
Cantiga do Ódio
O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
O amor se fez em trova enganando a dor acompanhou a melodia em uma cantiga bonita.
Serei seu trovador e cantarei os versos mais bonitos em que você mereça a trova entoa com um singelo canto.
E com beleza lhe faz luzir com clareza e admira-la com a intensidade de uma melodia extraordinária.
Réquiem 2
Para falar da morte
Tem que se falar da vida
E o que nela é contida
Tendo o amor de estandarte
Alegrias e dores também fazem parte
Em suma vontades sem sentido
Faz da razão um bandido
Tornando a vida uma arte
Sem certo ou errado
Onde nada é proibido
Para um coração inspirado
Na pratica um pecado
Por conta da libido
Então o amor é desferido
Quando eu de olhei
eu juro que apaixonei
quando voce me olhou
eu juro que foi amor
agora voce se foi
deixando comigo a dor
agora toda as canção
me lembra voce
e eu morro na solidão, na solidão
na solidão....na solidão...
EU-JORGAL
Ó trovador que abre seu lábio antigo,
Diga a musa que ouve doce as cantigas de amigo:
Assim como tu sabes que mente para si,
És tola e eu tolo, mesmo sem a tua harpa,
Minha harpa é tua harpa, pois é para ti.
Chego até querer ir a tua corte com lira de maldizer,
Porem tua íris céu, cabelo ouro e branca rosada,
Expulsa de mim a sátira grosseira a cavalgada
Feito Segrel e seu cavalo perdido em toada .
Desde as melodias da antiguidade
Os trovadores sopravam realidades.
E tu dama a mim desfere lira de escarnio
Enquanto minha harpa compõe amor em grande ensaio.
Minha alma canta em alegria.
E meus lábios seguem a cantiga.
Com meus olhos a brilhar.
Sempre que contigo vou falar.
CANTIGA PARA MINHA ALMA GÊMEA
"Quando você me amar
Serei tua casa
E você a minha.
Dividiremos a vida
E o amor,
Seremos dois corações
E um ninho
Sem espaço
Para outros beijos,
Fiéis e constantes
Mesmo que sozinhos.
E enquanto te espero
Alma gêmea minha,
Sigo sozinha, sem pressa
Sendo por enquanto
De ninguém.
Apenas minha."
Lori Damm
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