Poemas Campos
Quinta do Malhão -
Saudade, triste saudade,
me ficou no coração
daqueles campos sem vaidade
da Quinta do Malhão ...
Nogueiras, altas Nogueiras,
se erguiam naquelas terras
campos longos de laranjeiras
povoados de tristes pedras!
Ai saudade, triste saudade,
do cheiro a terra lavrada,
da sua infinita bondade
ficou minh'Alma marcada.
Recordo ainda aquela Nora
e seu triste Coração,
os alcatruzes eram fora
chorava a Quinta do Malhão ...
Tanta sombra, tanta Paz,
tantos sonhos e fantasias ...
Quando eu era rapaz
tinha a Alma cheia de Poesias!
E na terra macia
adormecia no chão,
voa, voa Poesia,
sonha, sonha Coração,
era assim que eu vivia
na Quinta do Malhão!
E os primeiros Amores
que minh'Alma encerra
nasceram como as flores
na memória daquela terra ...
Cada canto mos recorda,
cada tronco, a minha infância,
mas sinto ainda uma corda:
apesar já da distância,
passa sempre e morre um beijo
nesta memória em cadência ...
E das Nogueiras, folhas secas,
folhas secas, folhas mortas ...
No chão caidas, que m'importa
se secas estão as folhas mortas!
Nogueiras, altas Nogueiras,
Laranjeiras e Figueiras
que em criança me vistes,
já não podes agitar as altas franças,
guardai então os sonhos tristes
desta triste criança ...
Maria da Graça -
Nos longos madrigais
destes campos do Alentejo
andam moças aos Ais
de-desejo-em-desejo ...
Campos de trigo, campos de seiva,
plantados com suor por esta gente!
Que a Senhora da Orada lhos proteja,
hoje aqui e para sempre ...
E no Outeiro da saudade,
junto à Monsaraz do Coração,
há hortas, campos de piedade,
vinhedos, imersos em solidão!
E ouve-se ao longe, no Outeiro, uma canção!
É uma jovem com ternura e encanto
que canta e encanta a ilusão
ao ponto de calar até o pranto!
Agita-se-lhe o canto na garganta,
sai-lhe pela boca graciosa,
e toda a gente se espanta
ao ouvi-la cantar tão formosa...
Seus olhos quando chora,
sua boca quando ri,
são graciosas auroras,
pedras preciosas: esmeraldas e rubis.
E quando feliz ela passa
pela porta das gentes,
chamam-na: "- Maria da Graça!
Canta lá o que sentes ..."
Que Graça, que encanto, que ternura
levava a Maria no Coração,
qu'inda hoje, na memória, perdura,
a jovem Graça e a sua canção ...
(À graça, à ternura e ao encanto, da sempre jovem, Maria da Graça, minha Mãe .)
Alembradura -
Horas convulsas
da minha
aldeia!
Noites sem
Lua,
dias sem
Sol,
campos de
flores,
trigo e aveia,
tantas sementes
que o espaço
alteia ...
E um monte
de estevas,
ergue ao longe,
na umbra,
uma Terra audaz!
"- Ó menino,
tu não te
atrevas ir
sozinho a
Monsaraz!"
Dizia meu Avô!
Dizia minha Avó!
Montes e vales,
rochas traiçoeiras,
hortas e vinhedos,
cercas perturbantes,
bichos e cobras,
por aí, nas eiras,
onde eu andava
dantes ...
No Outeiro!
Na minha Aldeia!
Criança sem rumo,
pelo orvalho,
diziam meus Avós,
atormentados:
"- o menino
não levou
agasalho! ..."
E quando regressava
dessas voltas,
sempre, de meus Avós,
preocupados, escutava
um ralho!
E hoje, mais só,
que dura saudade!
Desse Tempo ...
Desse Espaço ...
De meu Avô ...
De minha Avó ...
Saudade que perdura,
nessa Casa da Infância,
nesta fria-alembradura ...
A liberdade vive na luz do pôr do sol, nos campos verdes e floridos, e na neve
branca, vive na alma e no coração, vive e perpetua-se no tempo e no espaço porque é livre
e isso é o suficiente.
Cânticos matinais à luz do campanário
Novos campos viçosos e orvalhados
Acalanto de minha alegria plena
Poemas, poesias e orquidários
Risos no infinitivo
Namorado definitivo...
Tudo muito preciso.
Moça
Oh! Moça
Moça dos olhos azuis.
O mar te inveja.
Verdejantes campos te cortejam.
Olhos que brilhan no céu sem a lua;
Olhos que reluzem em minhas noites escuras;
Olhos que fazem meu coração latejar;
Olhos que candeaim estrelas;
Olhos que emergem das galáxias e seduzem o luar.
A poesia que faço entra em guerra com os próprios versos que inspiro.
Os versos perdem sua timidez.
Vorazes são as asas que voam em busca do teu encanto.
Palavras rodopiam pelo ar,
E a inspiração contínua não perde o vocabulário.
Eu e a ilusão,
Somos aliados no verbo Querer.
Quero-te no meu Poema;
Quero-te para isso ofertar;
Quero-te nem que seja uma única vez.
Para o meu amor á ti,
Entregar.
Moça!...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Nos campos vastos, onde o sol se debruça,
A fome espreita, cruel e implacável,
Desafia a terra, a ciência e a esperança,
Numa dança onde a vida se debate.
Numa noite serena, entre sonhos envolventes, finalmente te encontrei.
De campos verdejantes, emergiu minha Bela Adormecida, entre suspiros radiantes.
Seus cabelos dourados como trigo maduro, seus passos leves como brisa, tão puros.
Seus olhos azuis e radiantes como o céu.
Ela era do campo, da terra e do sol, seu sorriso, um raio de luz que envolvia o arrebol.
Num jantar em minha casa, sua presença floresceu, trazendo consigo a essência do campo, da paz e da alegria, que em meu coração permaneceu.
Uma vez em sonho, encontrei o amor que minha alma ansiava, tão querido.
Que ao despertar, se assim for a vontade de nosso Deus, te encontre ao meu lado, afinal,
Pois contigo, meu amor, a vida é um conto sem igual.
Viena
Talvez... Talvez sim.
Talvez isso passe, olhe, veja,
que belos campos verdes,
Paciente é o tempo.
Paciência de um fim de tarde.
Paciência de um ponteiro que bate.
Paciência de um casal em um parque.
Paciência de brisa que assopra a árvore.
Talvez... Talvez sim,
talvez com paciência, isso passe.
Nos campos verdejantes, a vida dança,
o vento sussurra entre os trigais,
o sol dourado acaricia a esperança,
ea natureza canta em seus rituais.
O verde se estende em vastidão,
um tapete de vida e de cor,
onde a alma encontra sua canção,
e o coração se enche de fervor.
Entre as folhas, segredos se escondem,
flores desabrocham em sinfonia,
e os riachos, suaves, nos conduzem,
a um mundo de pura harmonia.
Nos campos verdejantes, a alma voa,
entre sonhos tecidos de brisa e luz,
e ali, na quietude que nos abraça,
encontramos a paz que nos conduz.
Força Gaúcha: Uma Homenagem ao Povo do Rio Grande do Sul
Nas terras do sul, onde os campos se encontram com o céu, um povo guerreiro enfrenta tempos de prova e dor. O Rio Grande do Sul, conhecido por sua bravura e labor, hoje sofre com as marcas de um desastre sem igual.
Frente a chuvas implacáveis, casas, pontes e barragens se desfizeram, mas o espírito gaúcho permanece indomável. Este povo, unido por objetivos comuns, não conhece a palavra desistência. Trabalhadores incansáveis, estarão juntos na resistência.
As vidas marcadas pela tragédia, os desaparecidos entre escombros, as famílias desabrigadas clamam por nossa solidariedade. Enquanto choramos os que se foram, também celebramos a força daqueles que permanecem, reconstruindo, dia após dia, o solo que tanto amam.
Ao povo do Rio Grande do Sul, oferecemos nosso apoio incondicional e nossa admiração. Que a prosperidade retorne aos vossos lares e que a união continue a ser a vossa maior força. Estamos convosco, hoje e sempre, na reconstrução de cada pedra, cada ponte, cada casa e, em cada oração e em cada gesto de apoio.
Com respeito e esperança,
No calor do pampa, no vento sul,
O Rio Grande do Sul clama por paz.
Em seus campos verdes, sob o céu azul,
O coração gaúcho pede mais.
Que a solidariedade seja nossa lança,
Para lutar contra a dor e a aflição.
Que a compaixão por toda criatura alcança,
Nos ensine a sermos melhores com o coração.
Sejamos porto seguro para os desamparados,
Uma mão estendida para os necessitados.
Porque toda vida é preciosa, mesmo dos animais amados,
E juntos, como um só povo, seremos abençoados.
Que o amor seja nossa bandeira,
Para que o ódio não tenha espaço.
Que sejamos uma só família inteira,
Unidos, em qualquer embaraço.
Que a fé nos guie, que a esperança nos leve,
Por entre as vicissitudes da vida.
Que o Rio Grande do Sul floresça e revele,
Sua força, sua luz, sua lida.
Que a bondade seja nossa virtude,
E a fraternidade nossa fortaleza.
Que o vento sul traga a esperança, em atitude,
Para que juntos, possamos construir a nossa natureza.
Que o Rio Grande do Sul, forte e valente,
Encontre em cada um de nós, o seu sustento.
Que a união faça-se presente,
E que o amor vença cada desafio, a todo momento.
A obscuridade a todos os campos da humanidade
Em nós a o traço da maldade
Os pensamentos se torna quente e traz a libertinagem
E no fundo a sensação de arrebatar com o sangue escorrendo por todo lugar
Fico atento expressivo a quela pele tocar e fascinado
Com todo cheiro no ar
Sou um louco um assassino ou é só psicopata ?
Caraá, joia rara do sul do Brasil,
Terra de encantos e beleza sutil.
Com teus campos verdes a se estender,
És um presente que a natureza nos deu para viver.
Teu nome, que encanta e envolve,
Evoca histórias de amor que se dissolve
Entre montanhas e vales tão serenos,
Onde repousam sonhos e destinos plenos.
Oh, Caraá, cidade de riquezas naturais,
Teu cenário deslumbra, é um festival visual.
Com teus rios cristalinos a me embalar,
Sinto-me abraçado pela paz a me acalentar.
Tuas trilhas e caminhos convidam a explorar,
A descobrir segredos e tesouros a desvendar.
Em cada recanto, uma surpresa a desabrochar,
Em cada passo, uma jornada a se revelar.
E nas tuas praças, encontro a comunidade,
Um povo acolhedor, cheio de fraternidade.
Unidos pelo amor à terra e à tradição,
Preservam tua história com dedicação.
Caraá, és um tesouro a ser valorizado,
Teu charme e singularidade são consagrados.
Em teu solo, a alma gaúcha floresce,
E tua essência, eternamente enriquece.
Que sejam celebrados teus encantos e brilho,
Caraá, fonte de inspiração, és meu abrigo.
Com orgulho, exalto tua beleza e poesia,
Minha amada cidade, em ti encontro alegria.
Sinto francamente bastante apreço por lindos campos floridos de boas vibrações, fortalecidas todos os dias pelo sol com a sua grande luz, como se esta fosse a sua demonstração sincera de amor pra uma natureza tão singela e muito inspiradora que prontamente é avivada e a sua beleza torna-se um contínuo esplendor que divinamente agrada com cada vívido girassol.
Os girassóis são encantadores com uma precisão muito satisfatória de detalhes, que renovam ânimos, deixam olhares radiantes, corações emocionados, almas exultantes, portanto, tais florescimentos amarelos são simplesmente amáveis, impactantes com uma essência de muita vitalidade, confortante, mostrando uma resplandecência de felicidade.
Então, está bem claro que o encanto que van Gogh tinha pelos girassóis era inevitável e não foi sem razão, tanto que lhe serviram várias vezes de muita inspiração, retratada em algumas obras da sua arte que até hoje transmitem força, resistência e graciosidade, uma parte das bênçãos do Senhor a partir do primor amarelo na existência de um belo e simples girassol.
“Desejo a você a brisa e a luz do sol. O vento nos seus cabelos, como naquele dia nos campos de canola. Que você nunca perca a alegria de viver e tenha força e coragem para perseguir seus sonhos.”
Erik para Amy no livro O Sonho Verde
A luz do sol desponta sobre os campos de algodão,
Onde um passado sombrio deixou sua marca, uma nação.
Na cenzala, os negros sofriam na dor da escravidão,
Mas suas almas, fortes e resilientes, buscavam redenção.
Na vastidão do cosmos, a ancestralidade se revela,
As estrelas testemunhas da luta pela liberdade tão bela.
Negros valentes, com suas raízes profundas,
Carregam consigo a herança que os conduz.
Era um tempo em que o sonho de liberdade ecoava,
E os tambores ressoavam, a resistência se mostrava.
De mãos calejadas e corações incansáveis,
Negros almejavam o fim da opressão inaceitável.
A alma negra, erguida em busca da igualdade,
Encontrava na solidariedade a sua maior verdade.
De um negro que quebrou as correntes da opressão,
A voz da memória e da luta,
Cronista da esperança que jamais se abjura.
Que essas palavras sejam lembrança viva,
Da história que não pode ser esquecida.
Que a força dos negros, ancestral e presente,
Inspire a busca por um mundo mais justo e consciente.
In, Machado Pesado levanta
Nos campos da vida, a beleza floresce,
Nas asas do tempo, a alma enriquece.
Cada momento capturado é um tesouro,
Uma lembrança que guardamos com estouro.
CORDELZINHO DA NATUREZA
Andei cedo pelos campos
Levei lápis e papel
Sentei numa sombra
Fui rabiscar um cordel
Queria numa tela pintar
Faltou tinta e pincel.
Levantei seguir andando
Quando vi dois passarinhos
Pousados no meio das flores
Sem furar os seus pezinhos
Aquelas flores tão belas
Eram cheias de espinhos.
O Sol estava sumindo
Levando a tarde embora
Estava tão entretida
Nem percebi a hora
Quando no caminho surgia
Uma bondosa senhora.
Seguimos juntas para casa
Começando uma boa prosa
Ela agachada colheu
Uma linda flor cheirosa
Perguntei que flor é essa
Ela disse, pra você é uma rosa.
Recebi das mãos bondosas
Com tanta delicadeza
No olhar ela transmitia
Toda a sua grandeza
De repente como fumaça
Sumiu no meio da natureza.
Até hoje me pergunto
Fico tão emocionada
Quem foi aquela mulher
Surgiu assim do nada
Parecia um anjo enviado
Doce e tão amada.
Autoria Irá Rodrigues.
Nos campos de batalha, um soldado cansado,
Coração exausto, o olhar esmaecido,
Espera solenemente o momento fadado,
Quando seu peito encontrará paz, sereno e atingido.
Imagens das lutas o assombram, como sombras,
Marcas de dor profundas, em sua alma entranhadas,
Anseia pelo instante em que as batalhas se escondam,
E em asas da fé, suas dores sejam abrandadas.
Cansado das batalhas, das feridas da vida,
Ele busca nos céus, alívio e guarida,
Seu desejo, tão puro, é descansar nos braços,
Do Pai Celestial, onde os medos são escassos.
A dor é um fardo que ele carrega, pesado,
Mas, mesmo assim, ele segue, ao lado do Amado,
A força da graça o mantém em pé, persistente,
Caminhando com Deus, na jornada tão intensa.
Em meio à fadiga, a esperança não morre,
Pois ele confia no Deus que o socorre,
E mesmo quando as lágrimas lhe banham o rosto,
Ele encontra conforto no abraço do Altíssimo, tão disposto.
Nos campos de batalha, um soldado prossegue,
Caminhando na fé, embora a carne fadigue,
Ele sabe que, ao final, há descanso prometido,
Nos braços do Pai, onde o amor é sentido.
Então, com o coração erguido, ele avança,
Na força da graça, na esperança que alcança,
Em Deus encontra forças, e a dor que o assola,
Transforma-se em poema, onde a paz o acolhe e consola.