Poemas Campos
MUCURI
Terra nobre, pequena e saudável!
Águas líricas, verdes campos...
Caminhos que levam à saudade
Mucuri, lamúrias por ter te deixado.
Fonte de prazer, do brilho ardente do sol.
Da frieza da brisa de primavera
Do cantar saudoso do colibri
Mucuri, horizonte azul de minhas quimeras.
Seu infinito é um pouco de meu pranto
Tuas muralhas afastaram-te de mim
Doce jaqueira, pequeno pomar de paz!
Mucuri, terra fértil onde nasci...
chuva sua linda
seja bem vinda
molhai os lirios dos campos
para que possamos admirar
a beleza da natureza...
enchei os rios de vida
alegria e contentamento
e tudo que for bom e do bem transborde...
limpai a imundície da alma
livrando-nos das imperfeições
das nossas atitudes descabidas...
matai a sede daqueles
que não tem nada de bom a dizer
molhando os lábios
com palavras de perdão e amor...
fazei brotar a vida em nossos coracoes
renovada e transformada sempre
para o melhor que pudermos...
umidificai nossos olhos
com lágrimas de reconhecimento e felicidade...
refrescai nosso espírito
da chama que arde no fogo
da consciência pesada...
obrigada Pai
por ouvir minha prece!!!
❝...Sou imensamente grata aos amigos
que tenho, são sol em dia de chuva,
são flores em campos desertos, são
companhia em dias de solidão. Amigo
é como irmão, faz parte da família
e são guardados dentro do coração...❞
-------------------------Eliana Angel Wolf
Áridos Campos
Sou flor nascida no frio,
colhida antes do tempo,
trazida ao árido estio,
pelo triste som do vento.
Só não sei ainda, o quanto,
de caminhos percorrer,
por isso este seco campo,
faz meu coração arder.
Saudade levo comigo,
de tudo que já que se foi,
deste céu, faço um abrigo,
para encontrar o depois.
Hoje canto, um canto triste,
céu escuro, quero vê-las,
sonho só o que não existe,
danço só, a luz de estrelas.
Dou a mão ao vento norte,
que sem rumo ele me leva,
em busca de outra sorte.
Minha alma é menina!
Ainda corre pelos "Campos Gerais",
e lá, ainda colhe as flores azuis,
ainda come amoras verdes,
ainda se banha no rio,
ainda arquiteta travessuras com o irmão.
Nas nuvens ainda vê desenhos de príncipes e dragões.
Ainda diminui o passo para tomar chuva de verão.
Sim, minha alma ainda é Menina!
Cika Parolin
A meninice ficou longe,
mas não esquecida!
A rosa, as nuvens, o canto;
os campos, o riacho, as amoras.
Os sons, os aromas, os perfumes, o pranto...
Tudo o que vi e vivi, naquele tempo,
habita a memória
e ainda preserva em mim
o doce sabor das manhãs de sol
da minha aurora.
Fé
Por esse campos de destruição,
Aconteceu o batismo de fogo,
Basta ter fé e auto-determinação,
Abraçar a causa de um louco.
Causa que eleva o espírito,
Que cura toda doença da alma,
Causa de um povo restrito,
Projeto que requer muita calma.
Calma simples e milenar,
Ensinada por um grande mestre,
Capaz de um coração aflito curar,
Sem precisar fazer o teste.
Teste da aceitação,
De um mundo livre do pecado,
Mistérios de uma grande devoção ,
Futuro, presente e passado.
Basta caminhar com os olhos abertos,
Não temer as investidas do inimigo,
Há promessa que Ele estará por perto,
Fiel,parceiro e amigo.
Nascer, crescer e viver,
Acreditar,lutar e aceitar
Ser é muito melhor do que ter,
Amar,sonhar e conquistar.
Ventos sussurram em meus ouvidos,
Despertando algo na memória,
Ele ouviu os meus gemidos,
Me proporcionou uma nova história.
Lourival Alves
Deixe-me espalhar nos campos,
O doce perfume das flores que recebi,
Assim como o mundo precisa de amor, nós precisamos de sonhos...
Ide e espalhai nos campos,
O doce perfume das flores que te dei,
Assim como o mundo precisa de amor, nós precisamos de luz para viver..
Minha amada, minha flor
À vista dos meus olhos
Floresce a mais linda flor,
Os campos que te cercam
Transbordam o teu perfume
Na essência desse amor...
Nos teus olhos há o brilho
Mais intenso e reluzente
Que já me veio iluminar...
Neles mora a menininha
Que me fez apaixonar.
O tic-tac do relógio
Já não parece importar,
O tempo que se passa
Só me faz
Mais e mais te amar...
A cada dia um novo dia,
A cada ano esse amor...
A flor que me encanta
Não perdeu o seu louvor.
Minha amada, minha flor...
Edney Valentim Araújo
1994 / 2019
12 de junho
►Campos Floridos
Estou sentindo aquele vazio
Estou escutando os meus suspiros
Aquele medo que antes eu sentia,
Está retornando, mais intenso, quem diria?
Aquela solidão que outrora me tinha,
Hoje está voltando mais forte do que eu lembrava
Adeus à alegria, autoestima ou estima
Estou em afogando em depressão, em dilúvio
Queria escrever uma canção de amor
Porém, estou mudo, em total desuso.
Todos esses versos voariam ao vento,
Se ela estivesse aqui, mas, faz tanto tempo
Não consigo me lembrar de nossos momentos
Arrancados e destroçados pelo tempo violento
Minhas lágrimas fazem serenas ao se recordarem dela
Minhas palavras se dedicam descrevendo minhas sequelas
Deixadas por aquela que sempre me fazia sorrir
Deixadas por aquela que fazia eu me sentir feliz
Aquela, que hoje não está mais aqui.
Deus, me diga, para onde o senhor a levou?
Por que, senhor, ela se foi e me abandonou?
Não me deixou uma simples carta em despedida
Não me deixou um só fio em minha coberta macia
O que farei agora? Se amá-la era o que eu mais adorava
Se amá-la era o que eu sabia e apreciava em minha vida?
Como continuarei esse conto romântico sem a atriz preferida?
Viva a vida
Inserida
Plantada em campos...
Veredas de sonhos.
Alma verdejante
Que sonha
Ama...ri...
Cresce
Cuida...
Se faz linda
Em sentimentos
Se doa
Perdoa e acolhe
Nutre bondade
Compartilha afeto
E segue levando consigo
Doçura e paz !
11 de novembro 2018
Campos
Um dia falei sobre sementes,
Um dia falei sobre as estrelas
E o fogo que se encontra entre elas, consumindo-as.
Eu sou um fogo consumido,
Eu sou o consumidor.
Sou um frágil senhor de campos,
Sou um questionável agricultor de sonhos,
Sou um terrível semeador da bondade
Sou um péssimo acampante de desejos,
Um desastroso lavrador da realidade.
Uma abominável peça de um jogo,
Marionete dos destinos alheios,
Entregue a misericórdia divina,
Semeador dos mais belos vales de rancor.
Sou a desesperança,
Sou o infinito clamor,
Dividido em um breve conto de desapego.
Eu sou um senhor,
Um péssimo agricultor,
Tudo o que era meu a chuva levou,
Sou uma eterna estiagem,
Sou tudo aquilo que a seca criou.
Minha Cidade pacata!
Sem Rio, sem nada;
Sem Flores nos Campos, mais com um Jardim de Tristeza e Mágoas.
Minha Cidade pacata.
Me abro em campos de gratidão,
Tem gente linda desabrochando no meu coração.
É céu de amor,é mar de amizade,é vida em harmonia,
É sol de poesia,
É o colorir da alma,é o sagrado...
É Deus regando a terra com essa gente
Maravilhosa disposta a fazer o bem.
Tenha Karma!
Disse o Camponês, tentando usar o Inglês para corrigir o Português.
Saiu dos campos em prantos, pois na sua época não haviam pratos para ofertar aos santos...
Como todo pai, considerava-se importante; deixou seu lado rompante e virou Protestante.
Protestava contra tudo!
A vida sem dilemas jamais terá conteúdos, falava o homem, meio sisudo.
Protestou tanto, que um dia ficou num canto, tomando sopa de canudo. Estado Vegetativo...
Melhor que Estado Islâmico, vociferou, quase sem voz.
A dor era atroz, sentia câimbras que davam nós, na garganta, no peito, deitado num leito, coberto de lençóis.
Um dia, meio chateado, protestou contra si mesmo e disse: Da vida estou cansado, meus filhos já estão criados, vou buscar o que sobrou de mim.
Partiu o pobre homem, que agora sentia fome, mas desta vez era diferente; não lhes doía a barriga, o que buscava era comida para saciar sua mente.
Saiu até do País falando que estava feliz, pois conseguira o que quis, deixar de protestar...
Voltou aos campos e prados, ganhou um cavalo alado, sonhou que estava montado e pôs-se a chorar.
- Tenha Carma, meu senhor!
Disse o camponês, tentando consolar o Português que chorava em inglês.
- Sou um homem sem noção, como ensinei religião, quando nem eu sabia?
Ah, meu Deus! O Senhor usou uma jumenta para me dizer que o cavalo sou eu!
Tenha Karma, meu rapaz, por favor, não vire Ateu.
Se compreender a palavra saberá que não as pronuncio errado, seu estado é delicado, todo verbo denota uma Ação...
Saia do seu "lugar sagrado", dê espaço a dúvida que precede a razão...
Não vou comprar seu belo cavalo alado, me convenci calado que o cavalo é você...Em outro tempo, em outro espaço, o cavalo será eu... Muita Carma nessa hora...
OITAVO HEXÁSTICO
poetas líquidos não enformam
voláteis são vãs plantações
semeadas em campos estéreis
espigas de milhos sem grãos
debulhadas não dar para o pão
não mata a fome de inférteis
Dos campos agrestes às ondas do mar
do vento entre os montes ao chilrear.
Há algo mais calmo?há algo mais sutil?
É como um canto, como uma melodia
cada gota a chapinhar traz uma sensação
de sossego, de harmonia e calmaria.
Algo que é tão forte e parece frágil.
Rompe com rochas e rochedos
molha a terra e os meus dedos
Quando me preciso molhar
sei onde posso sempre achar.
Nos campos no horizonte,
nas asas dos pássaros, na minha fronte,
e na ruína dos sonhos.
Escrevo seu nome.
No trabalho árduo dos camponeses,
no mar de barcos portugueses,
Em cada sopro da madrugada.
Escrevo seu nome.
No espelho português, no coração do indígena,
na dor insuportável da gangrena,
sobre a fruta cortada pela metade
DELÍRIOS
Olhai os campos, olhai os lírios,
Olhai a todos os desatinos,
Pensai em vossos delírios,
Pensai em vossos destinos.
Julgais fazer o bem,
Mas olham a quem,
Fazem prosperidade,
E condenam a caridade.
Chegará o dia do juízo,
E veremos quem se salvará,
E quem terá eterno prejuízo,
A todos a oportunidade se dá,
De buscar a salvação,
Quem não quiser terá perdição.
Autor: Agnaldo Borges
11/10/2014 - 23:02
#Vento #que #varre #minha #alma...
Que em campos floridos espalha meus sonhos...
Coração ora alegre...
Coração ora tristonho...
Abrindo os véus de ilusões...
Assim eleva meu espírito....
Ao céu cheio de azul...
Faz da vida ter mais sentido...
Me traga de volta à cidade...
Onde nasci...
Aonde mais rápido que ela...
Envelheci...
Aonde o menestrel canta à lua...
Pelas pedras azuis a caminhar...
Dos que partiram...
Da saudade aqui a ficar...
Na lembrança do abismo de mim....
Em pegada sem caminhada...
Só posso encontrar...
Estrela brilhante a me guiar...
Suave melodia a me encantar...
Mão a outra encontrar...
Outra alma para amar...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.