Poemas Brisa
Em meio ao trabalho puxado
Surgiu um fio de tédio
Esperando respostas
Suspirei um cansaço.
Senti uma brisa
Você veio com ela
Acordou na minha mente
Troquei os pensamentos.
Vasculhei algum papeis em branco
Aos poucos foram ficando pretos
Sorri pra eles
Senti sua presença.
O som da moeda caindo
Me despertou
Daquele sonho acordado
Deu vontade de realiza-lo
Mas pensei bem
E voltei a trabalhar.
Ou será que eu pensei mal?
QUARTO
Quarto simples.
Uma cama, um espelho, penteadeira
com as gavetas abertas perfumes
sobre ela.
Na cama, um lençol branco de seda.
Janela aberta, brisa do dia por ela
entrando.
Deitada estás, com o lençol tentas
cobrir teu corpo, mas não o consegues,
sorris te espreguiçando.
Como és linda,com o teus braços abertos
a mim chamas,teu corpo agora fora do lençol,
mostra o encanto que és.
Durante horas esse quarto, do amor é a residência.
De minha parte, dele sair vontade não tenho,
e de ti , para que eu fique maior é a insistência.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
QUASE VENTO.
Sopra o vento,
mas tão suave o faz
mais parece brisa
resvala leve em teu cabelo,
não o desmancha,apena o alisa.
Tens o rosto voltado ao céu.
Que pensamentos tu terás,
estarei eu,entre eles.
Quem dera eu estar.
Como o vento,
gostaria eu de ser.
De leve roçar teus cabelos,
em teu rosto, como um carinho
minha mão passar,
e entre uma brisa e outra,
passar bem de mansinho,
e em teus lábios...ficar.
(Roldão Aires)
Noite
No silêncio, a noite avança com um frio penetrante
O sono se aproxima lentamente, mas é corrompido por pensamentos dançantes
O corpo treme e busca abrigo, se emaranhando em tecidos que aqueçam sua alma
O corpo acalma, mas a mente é insana
A brisa fria é cintilante e o pensamento, que faz curvas coloridas, começa a encontrar
seu caminho
As cores se perdem, a palidez predomina
Nuances de cinza, mesclados de preto, uma tela borrada e confusa
Ele chegou
Vento que me leva
Brisa boa, vem me bate me leva, me traz, árvores, plantas, rosas sussurram aquela boa brisa que passou despercebida, me tira do sério, me leva pro seu mundo, me arrebata, mas não me esconda sua leveza e suavidade tão bela e bonita, brisa boa.
só
o meu eco escuto nas
esquinas
de minha alma...
è um eco
alto
insano
de busca..
pela tradução da
verdade em
ilusões...
um medo exaustivo
sorri
em meio a alegria
letargica...
borrada pela espera...
e no beco
do meu ego aquele que
só eu
reconheço..
espero
a brisa leve do
anonimato....
é chegada a tua hora....
a hora do
meu
eu...
À Minha Volta
Os meus olhos...
Alcançam toda a magia que vive a minha volta!
As cores, a brisa, perfumes e delicadezas, são algumas delas!
Momentos Da Minh’alma
Há momentos,
em que
minha alma
é calma,
como canteiros
verdejantes da natureza.
Regada por gotas de sonhos
e suavizada
com a brisa do meu amor!
Inverno, brisa e canção
A mistura inverno, brisa e uma bela canção romântica é tão desafiador aos nossos sentimentos quanto uma conquista em pauta. Uma nova paixão quando se frustra o seu lamento é menor ao se comparar a um do passado que queríamos que desse certo ou até mesmo que tivesse sido do jeitinho que imaginamos quando a brisa acompanha a canção. Para onde quer que nossos olhos se fixem tudo perde o sentido,a graça e regressamos a um lugar que desconhecemos, não sabemos onde, quando ou com quem, apenas temos uma única certeza, a certeza do que foi bom e que poderia ainda ter sido.
O toque gostoso de uma música fala aquilo que sabíamos, mas que apenas adormecia em nossos corações. Nesses momentos que percebemos que amamos sem alguém para amar, pois o lado vago da cama fria, ainda espera o calor daquele que nos aqueceria nessa longa e duradoura solidão onde o travesseiro nos fazem companhia ao meio das pernas e braços ocupando não o seu, mas o meu lugar junto ao teu.
Simples?
Um fio de um raio solar
Simplesmente para iluminar
Um espaço entre o mi e o fá
Não posso encontrar o lá
Uma brisa suave e fria
Isso seria também sua alegria?
Um caminho para seguir
Algo novo para descobrir?
Um carrossel só pode girar?
A água desce e sobe
Pular de um precipício?
A vida não é como a água...
Que desce e sobe.
Você já ouviu a voz de um anjo?
É como o canto dos passarinhos,
o sorriso de todas as crianças do mundo.
É como um sussurro da brisa da manhã e as gotas de orvalho que se equilibram nas pétalas das flores. A brandura dos anjos nos inspira a sermos melhores...
Profª Lourdes Duarte
Essência
Fatigada da existência
Vejo ao fundo trevas crescentes...
Glórias passageiras...
Um barco à deriva.
Névoas a cobrir meu cenário.
Medo de estar a fazer tudo ao contrário.
É a noite afogando-se em chuva intermitente…
Procurando a saída
desta grande encruzilhada que é a vida…
Sinto-me acuada
Quero sarar as feridas
Olhando o passado…
Sinto que fui iludida.
Abro brechas em minha mente.
Vejo laços que me prenderam.
Tento abrir passagem...
Esvaziar-me dos sentidos.
Tento no curso que sigo
encontrar da minha vida o real sentido.
O que tem o tempo pra me dar?
O alívio da brisa?
Calmaria no mar?
Ou um fundo tão fundo que vai me afogar?
Num dia nublado, sozinho na praia,
parado, observando e pensando
diante do mar que desta vez
não está calmo, parece impaciente
como se fosse o reflexo
da inquietação da minha mente,
se assim o for, neste nexo de instabilidades,
que ambos possam alcançar
a calmaria com o refrigério
de uma brisa suave.
Às vezes, penso que isso é só umas brisa minha
Mas quando penso em você
A mão junta com a caneta e a letra se escreve sozinha
A brisa sempre é um alento,
não para, leva e traz recados,
percorre as paisagens do tempo,
tocando a face dos enamorados
Uma brisa leve, tão suave, toca meu rosto esta manhã,
de um frescor indescritível. E as nuvens formam no céu um desenho de esperança, esperança de que o dia será maravilhoso.
Alegre-se como as plantas e dance no ritmo suave do vento, dance, dance, como se ninguém tivesse te olhando.
Quem me dera morrer de mar
Como voar, olhar o horizonte, sentir brisa
Abrir os braços e fechar os olhos
Sentir-se um pássaro a alçar vôo
Peitando o vento como se fosse o mestre dele
Exigindo que tamanha força invisível exista em benefício de si
No desejo de caminhar na praia
Olhar a linha fina que separa mar de céu
Parece tão delicado, uma cama aconchegante para deitar
Mas é uma enganação
Porque esse pedaço de lençol azul que toca apenas as pontas dos seus pés
Pode em poucos passos te afogar
E quem me dera poder escolher minha morte
Por mais dolorida e aflita
A morte no mar é bonita
Em desespero afogando você vê turbilhões de vida em volta
Tocando sua pele buscando te reconhecer
Eu tentaria não me debater
Mas contemplar toda a vida brilhante que me cerca
À medida que meu espírito se esvai
Quem me dera morrer de mar
E fazer do oceano pro meu corpo morada!
Quiçá...
Perdoa-me quimera imaculada
Desprovida de manchas e impurezas
Em amuos que os ventos aplainou
Eu guardo em minh'alma teu sabor...
-- josecerejeirafontes
A brisa
Abro minhas asas ao vento, contra as amarras.
Prefiro a dor, que a escravidão.
Se não conseguir seguir com minhas forças, busco o céu e me deixo plainar no vento do destino.
Pode parecer doloroso, mas prefiro isso a me deixar escravizar pelo medo.
Aí, na brisa que me conduz, estou livre e pleno.
Não questiono o tempo, nem a chegada.
Sou dono de minhas escolhas.
Ivan Madeira