Poemas Bonitos
Noites de Agonia
Amanhece o dia
Me sinto renovado
Volta a alegria
Do sol iluminado
Longas horas de agonia
Do tempo passado
De uma noite triste e fria
E um choro respingado.
E a paz volta a reinar
Novamente nesta vida
Ate que retorne o tormento
Destas noites de terror.
Mais um dia amanhecido
Mais algumas horas de alegria
Esperanças de que volte
Aquele meu perdido amor.
Sou Mario Quintana, Sou Pablo Nerruda, Sou Vinícius de Moraes, Sou Fernando Pessoa e tantos em um
Mas sou singular
Sou a noite em silêncio perverso
Sou a intensidade da linhas
Sou a pluralidade caótica da minha personalidade
Sou vastidão do mares
Sou maresias das aventuras mais loucas.
Eu não preciso da música para ouvi-la
Não preciso do álcool para me embebedar
Não preciso de você, para ver-te
Não preciso do mel para ser doce
Nem do limão para ser azeda
Eu não preciso de bons motivos para sorrir
Não preciso da morte para chorar
Não preciso me machucar para sentir dor
Não preciso estar sozinha para me sentir só
Não preciso ver estrelas para saber que elas existem e estarão sempre no mesmo lugar
Eu não preciso de outras pessoas para seguir em frente
Não preciso dizer “Eu te amo” para que saiba disso
Não preciso ficar olhando no relógio para saber que o tempo não para
Não preciso de um violão para cantar
Não preciso de parques e palhaços para me divertir
Eu não preciso de acontecimentos para que haja confusão de sentimentos
Não preciso que me dêem lição de moral para saber o que é certo ou errado
Não preciso de algo material para selar um compromisso
Não preciso nem disso, nem disto !
Preciso de um porre sem álcool.
Um amor de filme
Risadas sem motivo
Música alta
Doces e azedos
Amigos, Família e um coração para bater !
É sobre quando o sol chega
E a luz invade
E o pássaro vive livre amando o ar
E os seus jardins ficam mais vívidos
E quando me faço chuva
Na imensidão de suas campinas.
Simples assim.
São poucos os políticos que sabem fazer política. Mas, quando um intelectual tenta entrar nesse meio, então é o fim do mundo.
Amazonas
Amazonas,
capital das sílabas da água,
pai patriarca,és
a eternidade secreta
das fecundações,
te caem os rios como aves, te cobrem
os pistilos cor de incêndio,
os grandes troncos mortos te povoam de perfume,
a lua não pode vigiar-te ou medir-te.
És carregado de esperma verde
como árvore nupcial, és prateado
pela primavera selvagem,
és avermelhado de madeiras,
azul entre a lua das pedras,
vestido de vapor ferruginoso,
lento como um caminho de planeta.
Ninguém vai chorar por você,
mas pela falta que você fará,
a companhia e a presença,
o tempo compartilhado,
os espaços preenchidos,
seu ouvido disponível,
sua voz consoladora.
A morte destrói o corpo,
não o amor que ficou,
embora em dor e saudade.
Lembrança é quase pessoa,
vagando por toda a casa,
perfume de coisas órfãs,
gemendo em cada lugar.
Qual o peso e o tamanho
da saudade que sentimos?
Que distância é a saudade
entre as pessoas ausentes?
Qual o tempo da saudade
para doer na perda
das afeições mais queridas?
Qual o peso da saudade
no coração solitário?
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares. Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade...
Alguém me disse, com a voz embargada, que agora, sim, estava convencido da existência de Deus, porque os trabalhos psicografados de Humberto de Campos eram evidentemente dele mesmo.
- Mas isso não prova a existência de Deus... Prova apenas a existência de Humberto de Campos.
Quem é que pode parar os caminhos? E os rios cantando e correndo? E as folhas ao vento? E os ninhos... E a poesia... A poesia como um seio nascendo...
No fim a gente acaba descobrindo que até a imaginação tem um teto. E muito baixo até.
Clair de lune, chiaro de luna, claro de luna... jamais os franceses, os italianos e os espanhóis saberão mesmo o que seja o luar, que nós bebemos de um trago numa palavra só.
O mundo do sonho é silencioso como o mundo submarino. Por isso é que faz bem sonhar.
Há certas coisas que não haveria mesmo ocasião de as colocarmos sensatamente numa conversa - e que só num poema estão no seu lugar.
E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas...Aí vai!
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.
Não me ajeito com os padres, os críticos e os canudinhos de refresco: não há nada que substitua o sabor da comunicação direta.