Poemas Bonitos
Sede de viver sede de pensar
O passado nos faz acordar
E regressar para as velhas montanhas
E para os corcovado das emoções
Afinal somos curvos como chuva das monções
Somos delimitados como sede que não se mata
Como um vôo sem pouso
Somos um destino sem fim e um fim sem começo
E é isso que nós amedronta
Nem sempre sabemos o que somos
Mas descobrir pode tirar o sentido
Da vida, dos contos de fada
Somo júrias de paz
Razão do raio que causa chamas
E da dor que aquece nossos nervos
Mas ainda não sabemos o calor da nossa essência
O sabor de tal efervescência
Que arrepia e mata cada fio de cabelo
Afinal o que somos?
Senão passos que morrem cada vez mais
A cada dia
Somos a doença que nos torna fracos
Mas somos a cura que nos faz renascer
Somos a sombra de toda ignorância
Mas somos o fruto do pensar e crescer.
Somos as histórias perdidas
Somos sonhos realizados
E nem toda a esperança dos poetas
Pode hibernar nossos instintos
A humanidade que se perde
Encontra o novo cada vez mais longe
Vai e faz o grito da fúria
Rogue e torture todos os teus medos
Mas são os medos que nos fazem ir em frente
São os medos que criam as coragens
E os covardes não sentem medo
Ou o sentem demais.
Cale-se, enriqueça-te dos seios dos rios
Atravesse os mares com teus dedos
Sussurre no ouvido da flor
Faça júrias de fé
Ou injúrias de amor
Mas não esqueça de quem é.
Ela era alegre, bondosa e carinhosa
Ficava feliz só em ver pessoas felizes
Mas um dia tudo isso acabou
A menina, sorridente sumiu
A menina, carinhosa morreu
A menina, bondosa esta sendo procurada
Tudo por culpa de vocês
Ela dava carinho e recebia pedradas
Ela ajudava e não era ajudada
Isso fez o lindo sorriso dela desaparecer
A menina que nunca chorava tadinha... Agora só anda chorando
Oque ela mais precisa agora é de carinho
Mas nem mesmo os pais dela dão
E com isso ela foi se tornando fria
Sentimentos? Ela não sabia mais oque era isso
Seu coração como ta ? Parece que foi congelado pela elsa do frozen
Mas ninguém percebia nada
Ela deixou de sair com seus amigos tadinha agora so anda trancada em casa
AUSÊNCIA
Uma angústia e a solidão invade o meu ser
Sinto tua presença em todas as partes
A saudade me consome
A intrusa entra sem permissão
A melodia da consciência
Entre soluços doloridos
Contempla tua face
Entre prantos e gemidos
Minha alma solitária
Clama por compaixão
E como acalento
Sinto o aroma do teu perfume
O relógio tic tac tic tac
Revela as marcas da tua ausência
Uma imensa solidão revelada
Entre quatro paredes
E por segundos ouço uma funérea canção.
MINHA DELÍCIA
Quando a noite chegar
Quero lançar me em teus braços
Quero enroscar me em teu corpo
E sobre a tua pele sedosa bailar
Quero entoar o meu canto
Envolver me em tuas delícias
Enroscar me em tuas carícias
Quero me perder de amor
Até me encontrar em teus prantos
Entre gemidos e suspiros
Quero me afogar em teus delírios
E sem muito temor quero ser
Como uma abelha que suga a flor
Quero gemer de prazer
Sem muita cautela
E se me consentes
Quero me deliciar
do mel suculento da sua boca
E nunca quero estar contente.
Pobre Coração
Depois de tanto tempo
Ressurges como um fantasma
Atormentando o meu pobre coração
Tua imagem surgiu como um relâmpago
Despertando o passado adormecido
Em dores que causastes
Ao meu pobre coração
Trovões me orbitavam
Respiração ofegava
O peito palpitava
Todas as lembranças
Submergiam em pensamentos
Vagarosamente
Ressuscitando sentimentos
naufragados pela tua ausência
Em segundos as folhas secas
Ressurgiam...
Uma angústia tomava conta
Do meu pobre coração.
Sagrado e Profano
Entre o Sagrado e o profano
Entre não poder
e o querer
Minha alma atormentada
Entre a razão e a emoção
Sou um ser ilimitado
Entre a virtude
E o pecado
Minha alma se consome
O meu corpo arde
Em chamas
Entre o conceito e a contradição
Estão minhas escolhas
O meu ser se dilacera
Sou um ser inacabado
Talvez um moribundo
Nesse triste vendaval
Minha consciência consome
Minha paz.
Fotografia
No silêncio da minha nudez
Solitária sofria, amava, repudiava, delirava...
Sua falta me consumia
Fantasmas atormentavam o meu ser
No silêncio da minha alma
Tua presença estava
Em todos os lugares
Tua falta me atormentava
Eu suplicava tua presença
No silêncio dos meus pensamentos
Eu vagava como uma folha seca
Sem rumo, sem direção
Sedenta me envolvia
Em simples fotografia.
Viagem Longínqua
Um poeta vive no seu mundo ilusório
Sua imaginação faz uma viagem longínqua.
Com seus pensamentos aflorados
Entra em uma eterna sintonia
Entre o passado e o presente
Desperta os segredos adormecidos.
A saudade geme no seu infinito
E como acalento
Ressuscita as palavras perdidas no
Tempo.
Doce saudade
Doce esperança
Doces sentimentos
És o refúgio desse eterno poeta
Sonhador.
Preciso morrer.
Preciso matar os meus sonhos.
Preciso rasgar minhas poesias
e jurar nunca mais escrever.
Não posso deixar nada pra traz
nenhum escrito, verso ou poema.
Preciso me despir.
Me desnudar e me anular.
Preciso me afogar em uma fogueira .
Queimar como queima o meu cigarro
Brasa viva morrendo aos poucos
até chegar ao filtro e depois apagado
ao ser pisado no chão.
Uma fogueira de sacrifício elevada aos céus
para diversão dos deuses.
Preciso arder em meu próprio copo
Líquido libertador
Gelado ou quente.
O último trago que arremata a lucidez
Preciso desistir, renunciar, deixar ir.
Não desejar, não amar e não sonhar.
Parar de te querer.
Preciso morrer.
Olhares
O olhar projeta a alma
A alma projeta os anseios
Os anseios da alma
Estão em desejo
O desejo de um beijo
Um beijo doce de lábios doces
Doces como uma pimenta
" Minha noiva!
Meu amor por você excede a extensão da terra.
Meu amor por você excede a profundeza do mar.
Meu amor por você excede o limite entre o céu e a terra.
Meu amor por você excede a capacidade psíquica humana.
Meu amor por você excede a coroa de espinhos, excede o martelo, o prego e o madeiro.
Nada supera meu amor por você minha noiva.
Pois eu sou o Deus de amor, e eu sou insuperável".
"Boto meu pijama e me deito, o sono vem tao rápido, parece que estou correndo,
Meus sonhos são atormentadores,
Me sinto preso a uma enorme pedra afundando a tona no mar,
parece não ter fim essa agonia, ela vem todo dia,
Me acordo em meio á noite, me olho no espelho e não me vejo,
Parece estar em um grande pesadelo, querendo acordar e nunca mais sonhar."
Sou silêncio e dúvidas
Incertezas e erros
Sou medo e traumas.
Isso me faz vivo e pulsante.
Pulso pelo que ainda estar por vir.
O meu passado, conheço bem.
O meu presente, estou vivendo.
O meu futuro...
Ahhhhh, eu me recuso a prever...
Aos que me conhecem não preciso citar meu amor pela leitura e minha compulsão por expressar em palavras esse turbilhão de sentimentos, sensações, pensamentos e humores que sou.
Nos meus textos me abro, me exponho, desnudo a alma sem pudores ou vaidade, ali está minha essência. Porém expô-la não a torna propriedade pública.
Aquela descrita, exposta e entregue tem nome. Não citá-lo é não só invalidar a história que quem os compôs com tanto zelo, mas também um crime.
Apreciá-los expostos é extremamente satisfatório, me torna um livro aberto e vivo aos olhos de quem lê. Une minhas paixões, leitura e escrita e cria um vínculo, uma relação entre autor e leitor.
A essa relação peço o primordial, respeito. Sem ele a relação definha e morre. Aos que me leem bem sabem que sou a favor de relações duradouras e hoje pude sentir o amargor de ver essa relação violada.
Aos que me leem sabem também da minha predisposição em persistir nas relações humanas as quais tanto valorizo. Em nome disso me coloco aqui novamente exposta e disposta a perpetuar esse vínculo pois sou feita de entrega. E você, é feito de que?
Iasmin Borges
Uma flor nasceu em meu coração.
E essa flor é linda.
Uma linda flor nasceu entre o concreto e o chão,
quando eu achei que não tinha
mais coração .
Uma linda mulher me fez a chamar de flor
Que vez questão de eu saber
Que nunca será minha.
Que lábios doce.
Que beijo gostoso.
Gosto de fruto proibido.
Que doce pecado.
Que me faz ser inconsequente
Adolescente e pecador
Profano sonhador.
Que vontade de repetir.
Preciso de algo que eu não sei se posso.
Preciso de algo que eu não sei se eu quero.
Preciso de algo que eu não sei que é,
Não sei se eu preciso.
Preciso de algo que eu não sei se consigo
Preciso de você.
Hoje eu me sinto um poeta, sou um sonhador
Me sinto um historiador
Que entre a história e a dor, escolheu o amor .
Se te prendes ao presente das coisas cotidianas
Te iludes,te enganas
Nesta falta de projeto
Chega a ser um retrocesso,
Não pensar no futuro.
Desse abismo escuro de inautenticidade,
Te arranco quando mostro a fatal realidade.
Só há vida porque há morte.
Parece devaneio, mas te mostro sem receio que caminhas para lá.
E sendo lá destino certo
Um ser para a morte nasce
E antes do desenlace
Agita-se, caminha, corre
O tempo já escorre por entre os dedos das mãos.
Tomando de mim ciência,
Não pereces na inércia,
Pois a morte te apressa a uma atitude tomar.
Diga aqui, pense o futuro
Jamais fique no escuro de uma vida a contemplar.