Poemas Boca
A sabedoria é alta demais
para o insensato;
no juízo, a sua boca
não terá palavra.
BRANCA NO MAR DA SEREIA
Calo minha boca enquanto fala meu coração,
esse meu silêncio contrariado, de ouvir calado,
tanta amargura e inveja, tanta mediocridade.
Perco-me às vezes em pensamentos tolos,
De me rebaixar a lama da antiguidade.
Não sou poeta da antropologia, criação doentia,
Seja real ou o mais incrédulo pensamento,
não quero ser um notívago na memória.
Preencho cada palavra com irreverente humor,
Talvez seja mesmo um palhaço autêntico.
Só não entendo tantos anos perdidos,
Criando um mundo carregado de frustrações.
Seja preta de ódio ou branca sem vergonha,
O fétido odor sai do fundo da alma,
Para a eternidade imutável de um museu.
E ainda unidas corram,
pois que o tempo é carrasco,
E as velas continuarão acesas,
Fazendo sombra aos rostos frios e calados.
UNIÃO DE ALMAS
Agora ao beijar-te a boca
Abandono-me na profundidade do teu olhar
E neste integrar lúcido de almas
Percebo o quão forte é esta união
Outrora, universos paralelos
Agora, união envolta em emoção
Explícita, longa e intensa ação
A condensar nossas energias
Desde a primeira atração
Quando jovens éramos
E naqueles dias sonhávamos
Com esta vida cheia de alegrias
Do beijo
Tua boca em mim é pássaro que voa
É um olho pleno que ainda não fere
Não sabe o que é a louca solidão
Não percorre os melhores mundos
Tua canção jamais termina ardente
E se interrompida não se espanta
Apenas é acariciada pela mão que ama
Tão pequena, tão fria, tão cálida...
Que de saudade ainda nada sabe
Nem permanece na solidão eterna
Pois um dia nunca será tarde
Mas que ventos não voam asas
No toque ardente do mero silêncio
Os longos túneis do céu e corpo.
Boca me deixa louco para falar com sua boca
Que minha boca pode ser sua toda
Molhando a minha boca
Com o suor da sua boca.
Que me diz palavras rocas
Que sussurra em minha boca
E me conta verdades loucas
Que me canta a sua forma morta
Da musica que me toca
De sorrir com sua boca torta
Que me beija de muitas formas
Que me faz ouvir seus choros
Despertando os meus ruídos
Porque o choro que tu destes
São musicas em meus ouvidos
Nos escuro sua fala de desespero necessário
Com a boca se acontece o encontro com dos teus lábios
Desviado, coagidos entrelaçado com os dentes.
Do teu lábio apertado, mostra a dor que você não sente.
Com a boca e as palavras me sussurram um acordo
-Eu o amo meu amor, mas não me deixe sem seu conforto.
Quando ouvi essas palavras nunca, mas quis te deixar.
Foram palavras da sua boca que eu aprendi a amar.
Mente vazia, boca cheia.
De tanto pensar,
Acabaram as idéias.
De tanto sorrir,
Terminaram as piadas.
De tanto chorar,
Não há mais lamentos.
De tanto lutar,
Se foram as forças.
De tanto rezar,
Os sonhos vieram.
De tanto sonhar,
As coisas aconteceram.
Não quero mais ver sofrimento,
Assim acabam os lamentos.
Não quero que as piadas acabem,
Assim não canso de sorrir.
Não quero mais guerras materiais,
Assim não preciso ser melhor que ninguém.
Acredito no poder Maior,
Independentemente do Deus.
Quero realizar,
E mesmo assim continuar a sonhar.
Paz para todos que acreditam em dias melhores.
Por:Emerso Francisco
Palavras saem da boca
mais vem do coração
sinto um aroma
sem condição
eu lembro dela
a minha amiga inspiração
Céu terra e mar
olho pra qualquer lugar
mais é com ela que eu quero estar
o sol chora
mais suas lagrimas vira historia
um conto que nunca chega no fim
pra ela eu chego sem demora
hora certa marcada
eu chego la na hora
essa é minha marca
FEITIÇOS COMUNS
Apaixono-me pela magia de poder agarrar teu sorriso com a boca e só o largar quando estiver saciada por estar toda cheia de ti. Por poder parar o tempo feito uma feiticeira, e quietinha fazer danças de chuva e contemplar a lua inteira, decifrar teu humor, a nostalgia, o sentimentalismo, a perversidade, a compaixão, a pieguice, a teimosia, o sarcasmo, as ironias da vida. Posso dá um play na música, um start nas luzes e dar-te uma porção para adocicar a vida. Com um feitiço posso agarrar assim um momento, e transpor num ápice o sonho à realidade.
Mas falta-me algo: preciso de uma porção de fel, preciso desse líquido amargo para temperar o doce excessivo que há em mim existe. Falta-me uma porção para perder a vontade da vida, e outra para imortalizá-la. Falta-me o vodu para prender-te, faltam-me armas, e armaduras, falta-me o gosto pela guerra, para reconquistar o que é meu por direito, falta-me o vinho para criar surpresas, e as plaquetas para estancar uma hemorragia cardíaca.
Ela cuspiu pela janela
Molhou todo vidro
Escorreu pelo canto da boca
Limpou com os dedos
E depois deu a mão para seu pai
Pronto
Amor selado
E o ponto chegou
É melhor que eles tenham pressa
É melhor que eles desçam logo
Por que o motorista...
Corre que nem o tempo
Acelera junto com as horas
Assina uma boca pequena e sem vontade!
23h51min do dia 07-01-2010 estou sem sono, e estou escrevendo, deu vontade! Estou em casa, algo me aconteceu, algo realmente trágico me aconteceu, a fúria tomou conta do meu ser, a raiva domínio meus pensamentos e minha boca, palavras fortes e de tons agressivos saíram de minha boca pequena e vermelha, por quê? Mais porque eu! A vida há essa vida ensurdecedora que abala as minhas estruturas, não, estou mentindo a vida não é a culpada eu tenho as rédeas dela, a culpa é minha um ser pensante e errante ao mesmo tempo. Não tenho mais como explicar nem detalhar me pertence tudo o que há em mim me pertence, não posso continuar esse meu senso de liberdade de querer ser forte, vai acabar comigo! Palavras sem anexos, sem medida compreensão as deixo aqui!
Tudo quase nada
dá-me algo que arda
um verão, o fogo ou a boca
para por momentos esquecer
até a tua boca e chamas
tudo tudo quase nada irremediavelmente perdido
Em meio a tanto amargo
Sabe que precisa jogar um melzinho na tua boca
Mesmo que junto com o doce
As abelhas acabem indo de brinde
Picando teu corpo
Inchando tua garganta
Só pra te dar aquela sensação de
ai meu deus estou gorda
Pura insegurança ensaiada
Meu Amor
Quizera fosse, eu a te amar.
O teu corpo possuir
A tua boca beijar,
Sem ter com quem dividir.
Quizera fosse, eu o teu corpo abraçar,
Só assim eu teria a felicidade.
Quizera fosse eu, nos teus sonhos estar
Só assim a minha vida possuiria uma finalidade.
Quizera fosse você, que estivesse ao meu lado.
Eu andaria sorrindo, seria um vencedor,
E o mundo não seria tão complicado.
Quizera fosse eu, feliz meu amor.
Vivo na esperança
De um dia minha boca
Teus lábios outra vez encontrar
Me arrepio de corpo inteiro
Só em pensar
Outra vez contigo estar
E as mãos em teu corpo
Meu corpo tocar
Noite de verão
Prazer, fazer amor
Suspirar
Se de esperança
Vou me alimentar
Vivo a te esperar
Como beija-flor
Tua boca quero beijar
Sentir teu aroma
Teu néctar provar
De flor em flor
Voando a te encontrar
Teu perfume sentir
E nos teus lábios
Me embriagar
Incansável te procuro
Por bosques e jardins
Vou me embrenhar
Pois meu coração
Vive a te amar.
SINTO
Com a boca amargando sinto você se afastando,
E aqui dentro meu coração gritando,
Com raiva de você chorando,
Te amando e te odiando.
Seu beijo se apagando,
Seu olhar se distanciando,
E eu em lagrimas me afogando,
Como um pássaro sem bando,
Como uma loba uivando.
Te chamando,Te esperando,
Te buscando,Me encontrando.
Um olhar apenas,
Diz tudo aquilo que
A boca não consegue
Traduzir com palavras.
Um olhar apenas,
Diz tudo o que
Não conseguimos
Traduzir com gestos ou ações.
Um olhar apenas,
Diz tudo aquilo
Que está encerrado
No silêncio do coração.
Um olhar apenas,
Revela nossos sentimentos,
Sejam de angústia ou
Simplesmente de alegria.
Um olhar apenas,
Denuncia quem somos,
A situação em que estamos,
E aquilo que almejamos.
Um simples olhar
Pode dizer tudo isso
Sem termos que dizer nada!
Não é à toa
Que os olhos são chamados
O espelho da alma.
Tua boca é como o céu
Inundada de sentimentos.
Que encobre os pecados da terra
Menos os meus tormentos