Poemas Boca

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Abra sua mente antes da boca. Mas talvez a madrugada seja pra pensar e não pra dormir.

Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos

Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso!

Fernanda Mello

Nota: Trecho de pensamento de Fernanda Mello, que costuma ser erroneamente atribuído a Clarice Lispector.

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Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Deus dotou o homem de uma boca e dois ouvidos para que ouça o dobro do que fala.

Muitas pessoas são bastante educadas para não falar com a boca cheia, porém não se preocupam em fazê-lo com a cabeça oca.

Tem homem que é melhor de boca calada. Tem homem q é melhor de zíper fechado. O difícil é arrumar um que seja bom nas duas coisas abertas.

Faça sempre lúcido o que você disse que faria bêbado. Isso o ensinará a manter sua boca fechada.

Tenha cuidado para que a sua vida não transcorra contrário ao testemunho de sua boca.

Primeiro é o beijo quente, procurado. A língua procurando a outra e vendo se a boca combina. Se combina o beijo, meio caminho andado.

Cazuza

Nota: Trecho da música Qual a cor do amor?.

É melhor manter a boca fechada e parecer estúpido do que abri-la e remover a dúvida.

Desconhecido

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Mark Twain.

O amor vive neste sutil fio de conversação, balançando-se entre a boca e o ouvido.

Passei a ocupar meus dias pensando sobre o que, afinal, é isso que todo mundo enche a boca pra chamar de amor

Conheço apenas o medo, é verdade, tanto medo que me sufoca, que me deixa a boca aberta mas sem fôlego, como alguém a quem falta o ar; ou noutras alturas, deixo de ouvir e fico subitamente surda para o mundo. Bato os pés e não ouço nada. Grito e não percebo nem mesmo um pouco do meu grito. E também às vezes, quando estou deitada o medo volta a assaltar-me, o terror profundo do silêncio e do que poderá sair desse silêncio para me atingir e bata nas paredes das minhas têmporas, um grande, sufocante pavor. Eu então bato nas paredes, no chão, para acabar com o silêncio. Bato, canto, assobio com persistência até mandar o medo embora

Anaïs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, Assírio e Alvim, 1993

⁠nenhum de nós está feliz
mas nenhum de nós quer desistir
então continuamos nos machucando
e chamando isso de amor

⁠eu estaria mentindo se dissesse
que você me deixa sem palavras
a verdade é que você deixa minha
língua tão fraca que ela esquece
a linguagem que fala

⁠quem chegar depois de você
vai me lembrar que o amor
precisa ser suave

ele vai ter
o gosto da poesia
que eu queria saber escrever

⁠eu sempre
me enfio
nessa confusão
eu sempre deixo
que ele diga que sou incrível
e meio que acredito
eu sempre pulo pensando
que ele vai me segurar
na queda
irremediavelmente eu sou
a amante e
a sonhadora e
isso ainda
acaba comigo

⁠não vou deixar que você
me arrume um lugar na sua vida
quando
o que eu quero é
arrumar uma vida com você

⁠tenho tanta dificuldade
de entender
como alguém
pode derramar sua alma
sangue e energia
em alguém
sem pedir
nada em
troca