Poemas de Beijo
beijo é
medo de se despir da própria vida,
e como uma roupa vestir-se com a vida do outro,
medo de se esvair do seu existir,
e renascer na existência do outro,
é medo de se ver sumindo do seu aconchego
e se deslocar para um novo lar,
lábios..
beijo é
medo de não mais estar,
porque o estar vai ser transitório,
o estar será onde os lábios dela então levarem..
beijo
é medo...
medo da entrega...
mas o desejo é maior que o medo,
o que queremos sempre está além,
e depois que os lábios se tocam...
o que são os sentimentos como o medo?
[...]
beijo é quando
nada mais resta há não ser o momento,
o néctar dos lábios tão desejados,
e enfim alcançados,
não é só sabor, é cor, é aroma...
é calor e frio ao mesmo tempo...
é vento que sopra, são gotas de chuva...
e tempestades que não cessam nunca,
é nascente de águas jorrando...
é cachoeira escondida onde virgens se banham,
é tentar trazer para si a alma do outro pela boca..
beijo
é tempo que passa e não se sente,
é consumar mais que lábios se tocando,
e sempre mais...
Beijo é tocar a alma do outro,
ligar-se a ela de uma forma física...
através dos lábios,
as almas fazendo amor..
beijo
é sentir no contorno dos
lábios um do outro
o encanto das almas,
e colocá-las para dançar,
e fazer com que se alegrem,
Beijo de quem ama,
Alma..
Em meio a essa pandemia um beijo inocente pode causar tanta tristeza, por culpa de um vírus maldito todo afeto e carinho perde sua beleza. A bravura dos profissionais de saúde que junto com Deus nos ajude. Estão sempre em riscos, mas nunca faltam com seus compromissos.
A bravura provém do sangue, literalmente na enfermagem tudo é feito com atenção, prudência e ponderação...
ela causa tempestades
de sensações,
os olhos faíscam raios e
relâmpagos,
seus beijos, como trovões
estremecem céus e terra..
O meu melhor beijo, foi o nosso...
Aconteceu na semana passada...
Nos encaramos demoradamente... Para não perder o costume, eu tomei a iniciativa e lhe dei um selinho demorado e bom. Você se aproximou e nos beijamos de uma forma muito entregue, pois foi um beijo que mais pareceu uma viagem surreal. Foi maravilhoso como eu imaginei que seria. Foi quando meus olhos se abriram, e percebi que não passara de um lindo sonho. Fiquei meia hora sorrindo com o teto e as paredes, agradeçendo aos céus por ter finalmente beijado você.
Amar é verbo em movimento,
É sangue, suor, lágrimas, beijos,
É coração carregado de desejos,
É um êxtase na alma,
Que traz paz e acalma,
Quebrantado os mais duros corações...
Ainda lembro do beijo
Meio apressado, meio ligeiro
porém muito gostoso.
Ah! Quem me dera, beijar de novo.. esse beijo
Doce, suave, meloso, quente
Eram meus lábios molhados
tocando nos teus e sentindo os afagos...
adrenalina à mil, desejo meu e seu.
E na euforia, no calor do corpo
da mão envolvida em seu cabelo
da pele roçando na outra
Só lembro da tua boca. Que diacho aconteceu?
Eita danado!
Que beijo arretado,
excitante, "malvado",
me levou à loucura.
Que só de lembrar, advinha?
Que boca.. Que toque...
Quero ter a sorte.. e de novo,
sentir sua boca na minha.
AMOR DEBUTO
Trova o teu olhar esplendida cantata
E há, no teu beijo, desejos encantados
Como que o terno tilintar em serenata
D’almas em suspiros tão compassados...
Bendito o amor assim que se desata
Toada suave dos ditos enrabichados
Coração sonorizado dos apaixonados
Pulsando sempre em poética volata...
Alvor amado dos dias meus sonhados
Despertando os sonhos em ressábios
Ó doces lábios, de sabores molhados...
Que me invade numa ventura furiosa
Vai-se a minha paixão em um cortejo
Repleto de sensação e sede amorosa!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/06/2021, 09’10” – Araguari, MG
Estação.
Descuidos do passado.
Hoje, só me restam lembranças do seu beijo.
Aquele que você me deu em outro estado.
De minha parte não foi apenas um simples beijo,
E sim,
O doce sabor dos seus lábios.
Naquela estação, estava eu na solidão.
Sozinho esperando aquele trem.
Na medida,
Na hora certa chegaste a mim e puxou assunto,
E nem esperando eu estava.
Me pegastes no momento mais frágil.
Recordo-me de cada detalhe.
O primeiro assunto foi sobre a sua viagem.
Após isso passamos a conversar sobre as passagens.
E por final ficou aqui em mim.
Aquele inesperado momento gravado da tua imagem.
Sabe,
Eu sempre tive um coração duro como pedra.
Segredos escuros e trancafiados.
Mas o seu olhar e o toque de suas mãos
me acolheram e fizeram meu coração chegar ao pó.
Sua boca parecia implorar pela minha.
Enfraquecido,
Não tive certos cuidados.
E agora,
Olha eu aqui.
Jogado nessa estação,
Observando cada trem e cada vagão passarem.
E por horas fico atento para ver se você em algum deles está.
E fico relembrando aquele beijo e aquele toque,
Com sabor do amor e da paixão e também do pecado.
Inexplicável,
É a saudade que me bate,
Me faz vir aqui para lembrar de ti .
E para reviver os meus descuidos,
Do passado.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Da sua boca fiz um poema
Lembranças que não tem fim
Daquele beijo demorado, das caricias
sem intervalos, mas é na mordida que eu viajo, virou boas lembranças aquela..."Viage"
Uma chuva fria desse jeito..
concede meu desejo..
de provar teu beijo..
De ser seu espelho...
De adimirar seu corpo inteiro...
O beijo é como o vento...
Pode ser doce, suave...
Ou intenso, forte...
Qual será o melhor?
O BEIJO E O VENTO
Marcial Salaverry
O vento que aqui venta,
aí venta igual...
O vento não inventa,
ele só venta...
Quando está ventando,
sempre os beijos vai levando...
Não estou inventando...
Quando em vento falo,
não invento, e nem me calo...
Apenas ao vento entrego,
os beijos que por amor não nego...
Sinta o vento que pelo corpo passar,
como um abraço que pode te abraçar,
como um beijo que pode te beijar...
Esse é o vento que se pode sempre desejar...
Marcial Salaverry
MINEIRINHA NAMORADA AFAMADA
Era cedo quando ela chegou,
Um beijo na testa ela me deu.
Pão de queijo ela comeu,
Essa mineirinha come mais do que eu...
Essa mineirinha do interior tem meiguice e ternura,
É uma flor de formosura.
Sem pedir licença meu coração, adentrou,
Com seu sorriso e jeitinho, me conquistou.
Essa mineira é danada,
Deixou minha alma amarrada.
No meu corpo se fez morada,
Hoje posso chamá-la de minha namorada.
Sabe fazer um feijão tropeiro,
Que de longe sinto o cheiro.
Torresmo acaba ligeiro,
Frango caipira ela pega no poleiro.
Minha namorada é prendada,
Em pouco tempo ficou muito afamada.
Meu ciúme anda titubeante à margem da estrada,
Meu medo é que meu coração deixe de ser sua morada.
Élcio José Martins
É carnaval
Esqueci do mundo pelos beijos teus
Me perguntaram o que aconteceu
Não soube explicar e nem consegui falar