Poemas de Balzac

Cerca de 134 poemas de Balzac

O amante é um arauto que proclama onde existe o mérito, o espírito ou a beleza de uma mulher. Que proclama um marido?

As paixões perdoam tão pouco quanto as leis humanas, e raciocinam com mais justeza: não se apoiam elas numa consciência que lhes é própria, infalível como o é um instinto?

Nunca a polícia terá espiões comparáveis aos que se colocam ao serviço do ódio.

A maior felicidade para o ser humano é de poder viver para aquilo pelo qual estaria pronto a morrer.

Tome a mesma moça aos 20 e aos 30 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro.

As leis são teias de aranha pelas quais as moscas grandes passam e as pequenas ficam presas.

No amor, é certo que se dermos demasiado não receberemos bastante.
A mulher que ama mais do que é amada há de necessariamente ser tiranizada.
O amor durável é o que tem sempre as forças dos dois seres em equilíbrio.

O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se.

Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.

Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado).

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

A longo prazo uma profissão é como o matrimônio; apenas se sentem os inconvenientes.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

Não haverá, entre um espírito que abarrota de invenções alheias e outro que inventa por si próprio, a mesma diferença que vai de um recipiente que se enche de água à fonte que a fornece?

As dívidas são bonitas nos moços de vinte e cinco anos; mais tarde, ninguém lhas perdoa.

Os escolares preocupam-se em segredo com o mesmo que preocupa as raparigas nos internatos; faça-se o que se fizer, elas falarão sempre do amor, aqueles das mulheres.

Censuram-se severamente defeitos à virtude, ao passo que se não poupa indulgência para as qualidades do vício.

A avareza é um nó corredio que aperta cada dia mais o coração e acaba por sufocar a razão.