Poemas Bahia

Cerca de 341 poemas Bahia

Gosto de ter olhar de estrela, apesar das minhas fases de lua. Gosto de escutar o que o brilho do sol tem a me dizer em cada nova manhã. Gosto de recomeçar com o pé direito no chão sem limitar os meus sonhos. De cantar e dançar no silêncio da minha solidão. Gosto dos acasos dos encontros inesperados. Do amor que me leva pra tomar um banho de chuva. De uma flor que nasce entre rochas e espinhos. Gosto de
escutar histórias para torná-las boas referências ou apenas para guardá-las de recordação. Gosto do cheiro de infância que uma cidade provoca e de ser o cúmplice de um abraço que mata a saudade. Gosto das perguntas difíceis e das respostas objetivas. Do sorriso que me deixa leve. Do coração que me abriga. Do beijo que me embriaga e me relaxa. Não gosto muito das certezas, mas é bom tê-las algumas vezes. Dúvidas ferem e deixam feridos. Por falar nisso, gosto das minhas cicatrizes. Elas me dão o mapa dos caminhos a seguir.

As portas se abrem, os ciclos se fecham. A vida passa e o tempo voa feito um passarinho batendo asas enquanto apanhamos da saudade do que a gente perdeu por não dizer que ama. Por esquecermos que tem gente que espera contar com a gente.
Quem será que dará o abraço que não pode ser mais dado? E sobre aquele beijo que esteve ali o tempo todo do nosso lado e agora já não existe mais? Porque damos tanto poder ao não enquanto o sim espera lá fora, no frio, atrás de porta que só deixamos fechada. Por medo. E permitimos que o orgulho vencesse o amor, que o costume confundisse a história que nem era mais nossa. Será que é humano ficar parado olhando o tempo voar? Será que ninguém conta, em alguma idade da vida, que também temos asas? Ou sempre será tarde demais para ousarmos alcançar o tempo?

O pior não é o "beijo entre mulheres", e sim, mulheres sendo assassinadas, devido ao machismo. Todos os santos dias ao ligar a televisão há um caso de feminicídio diferente, homem mata mulher, mulher é assassinada... A sociedade se torna hipócrita, preconceituosa, quer sempre julgar, condenar o outro pela escolha sexual!

Saudade

Saudade não tem idade
não tem tempo nem momento
não se mostra por fora
mas aperta por dentro.

Saudade é algo que faz pensar
reviver por alguns segundos, momentos especiais,
talvez por isso doa tanto...
Pois depois desses segundos mágicos
acaba todo o encanto.

Tudo retrocede ao ponto inicial
e lembramos que aqueles segundos se foram,
e tudo voltou a ser igual.

É um momento em que nossos pensamentos
leva-nos a um trajeto astral,
é como um retorno no tempo
uma viagem tridimensional.

Alias... Eu nem sei o que é saudades!
nem sei sobre o que estou a falar!
pois saudade é pra se sentir
e não pra explicar!

È algo que existe pra viver e reviver,
uma viagem a qual devemos apenas embarcar
encher o coração de sentimentos
e sempre nos emocionar.

Aceita você. Aceita o que você é, o que você representa. Aceita as suas curvas, as suas marcas, as suas lágrimas e as suas dores. Aceita tudo que lhe transformou e todos os erros que você, dolorosamente, reconheceu que cometeu.

Aceita o seu cabelo, a sua cicatriz. Aceita logo tudo o que você precisa aceitar e quem não gostar que se exploda. Aceita que você irá perder algumas pessoas que não aceita essa sua mania de se querer tão bem.

Aceita o jeitinho que você enfrenta o mundo. O jeito duro de você enfrentar tudo. De enfrentar quem tenta limitar os seus passos e o seu caminhar.

Seu nome é liberdade, não esqueça. Não esqueça jamais. Aceita que voar é o seu destino. Que amar é a sua sina. E que a sua intensidade é o seu melhor sentimento.

Joga os seus cabelos ao vento e vai. Aceita que vai doer menos. O preço da liberdade é se gostar cada dia mais. (Edgard Abbehusen)

Avô Sabará

A batucada me emocionou
o swing da negada {apaixonou}
no toque dessa levada eu vou eu vou
o cortejo e a pegada {me encantou}
Cadê meu avô sabará?
Saiu pra jogar dama e nada de voltar
Cadê meu avô sabará?
Nas ruas dessa Bahia foi se jogar
Cadê meu avô sabará?
Atras do trio elétrico foi sambar
Cadê meu avô sabará?
Ta tomando uma e nem pra chamar
Vou lá encontrar, eu vou
Antes que ele vá pr'outro lugar
Meu querido avô sabará

⁠Ilhéus
Sim, fui para Ilhéus
e pude sentir
a magia e os encantos
da feliz cidadela.

Cheguei em Ilhéus
Senti o cheiro do mar
sabor do chocolate
do cacau que nasce nela.

Andei por Ilhéus
terra de Jorge Amado
do Bataclan, do Vesúvio
Onde a vista pro mar é bela.

Voltei de Ilhéus
de suas ruas calmas
lugares que fazem
lembranças da forma mais singela

Voltarei para ilhéus
cidade de gente querida
terra da poesia
casa de Gabriela
Cravo e Canela.

⁠Estrada

Estou te procurando,suco de manga, olhos castanhos e dragão de São Jorge .

Sinto que seu amor me chama
em meio as chamas de uma cidade
em guerra com a saudade que sinto

O relógio avisa que já não temos tempo
que o tempo que tínhamos
você picotou junto com as poesias
que eu ousei escrever um dia

E no meio dessa agonia
nessa cidade que é você
em som, cor, tom e imagem
Minha vida entra em guerra
ao tentar acalmar um coração
que te escuta e ao te escutar
ouve o meu nome

E nada faz mais sentido
pois estamos sós
cada um em um canto
sofrendo e morrendo de amor
aos poucos.

Bem que o relógio avisou
‘O tempo é cruel’
e faz amores morrer em vida
para que nada mais faça sentido

Inserida por mairacastro2013

SALVADOR

Viagem curiosa esta,
Não paguei e estou a
Ver o mar. Olha lá!
A roda de capoeira,
O sotaque baiano,
Cá estou na primeira
Capital?! Mistura de
Cores enfeitam as
Ruas. Dança e cantoria
Denotam a magia do
Candomblé. O farol
É lindo! Seja bem vindo!
Disse Severino. Oxalá!
Quem dera voltar logo
Após o despertar...

Inserida por carolinabastian

Será lembrança tua,
ou é o samba de Dalva
Nas margens do Paraguaçu?

A impressão é que te vejo
Quando ouço a voz de Sine, aqui do lado
conversando teorias sistemáticas
de viagens que ele acabou de fazer.

Pode ser a vontade
ao ver Edson Gomes
Atravessando a ponte
Vindo pra cá, cantar
numa mesa de bar,
Sorrindo com todos em Lomba
Numa quinta-feira longa
Até o sol nascer no rio

Não sei se é tu ou Cachoeira
no porto, em seus becos e ladeiras,
ou cheiro do licor que esquentava
enquanto os pretos velhos dormiam
E as nossas almas de amor se consumiam.

Não sei se são lembranças,
Se é Cachoeira,
Ou será adiante, apenas, saudade.

Inserida por mairacastro2013

As vezes me pego pensando nessas águas. Chego a sentir
o cheiro da areia molhada.
Outrora parece que ouço a sinfonia da correnteza...
Saudade boa do rio corrente.

Inserida por LITYERE

Como um filho rebelde Eu fugir de casa
na esperança de conquistar o mundo
virar um andarilho em busca da sorte
mas nunca me bateram tão forte
como a vida longe de você
mas hoje o que posso dizer
é que me resta essa saudade louca
e sinto o gosto do azeite na boca
e começo a me indagar
ó Bahia quando iremos nos reencontrar.

Inserida por BrunogamaBrandao

Escrever é cometer um crime a cada linha. Ler é cometer dois a cada palavra.

Bernardo Almeida

Inserida por robertleroy

Intimidade

Intimidade não é somente
Roubar os beijos grossos
Da mulher que passa e – sem fôlego –
Perder a noção do perigo!

Intimidade não é somente
Maldizer os deuses que saíram de férias,
Levando consigo o adeus
A imortalidade e a graça!

O íntimo pode se revelar
Na distância (real ou aparente)
Entre as almas, os sapos – pois tudo que
Respira se entende sempre!

Inserida por voualivoltoja

Salvador

Grito forte, grito alto na cidade baixa
E os verdes amores dos tons das flores, eu esqueço, mas tenha piedade de mim, Deus
Nas noites frias dessa cidade
Pego o elevador e vou até os teus museus, os olhos dos velhos, a pele negra
O segredo do teu povo está escrito nas paredes, a sede, a fome
Amanhã eu era, ontem não fui, vim parar aqui, onde não entendo
A morte vem fardada sobre os trilhos de sangue nas ruas, e os cachorros latem a noite me assustando
O vento nas árvores, a lua me constrange, eu minto sobre o sol
Mas não me escondo da lua, ela não me julga, não me queima os pés descalços quando piso o asfalto
Nada é como ontem, que pena.
E as moças dançam para os moços
Que não ligam para as moças, a morena o leva a cama, mas só a branca ele ama, e a branca o levará a morte, se por sorte.
Ou o fará vagar pela cidade como covarde.
Como sem vida na ida, como sem corda na volta, se enforque, se mate hoje, assim é o ontem
Nosso sacrifício diário, suor e sangue sem valor
Os senhores da alta nobreza na cidade baixa desfilam riquezas, riquezas da vida
Mas a vida é terrena e pequena

Inserida por Gabrieloiola

Da ginga eu ginguei,
nas ladeiras doutro tempo,
miles de sonhos atinei,
mas vida correu depressa,
apenas com a poesia fiquei.
Saudades da Bahia, da Ritinha,
da capoeira que joguei,
daqueles olhos amanteigados,
daquela boca que beijei.

Inserida por ranish

Meu coração é nordestino.

Meu coração é nordestino
Ele bate mais forte no mês Junino.
Corre no vento contra o destino
Que eu escolhi desde menino.

Apaixonado pelo nordeste eu sempre serei
Eu amo a Bahia posde crê meu rei
Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Ceará estados com beleza e muita história para contar

Entre o frevo e o forró,
entre Zumbi e Mestre Vitalino
está Pernambuco com o seu sotaque fortíssimo

Visse, cabra arretado óia só oque vou de falar aqui tem quadriá e quentão, pamonha e salão com muito forró para dançar.

Inserida por TarcioFellipe

Ela vai pro baile das santinhas. Ela dança e desce até o chão. Explode o sorriso e grita ao mundo a sua alegria. Ela é Bahia, é fé e é afoxé. Ela é o dendê
queimando tudo aquilo que lhe faz mal pra transformar em um delicioso abará
completo e axé. Sim, ela vai de joelhos subir a as escadarias do Bonfim. Vai, sim, amarrar a fitinha e fazer quantos pedidos ela achar que tem o direito de fazer.
Santinha. No baile, na vida e no amor. Beijando e dançando. Rebolando e rodando a baiana que existe dentro dela.
Maravilhosamente linda e fascinante.
E entenda uma coisa:
Ela é santa, porque ela é livre.

Inserida por mairacastro2013

Olha como ela passa sabendo que em tuas passadas existem rimas de uma poesia de axé. Seu coração, ouço daqui. Não bate, batuca. Tambores do Olodum, no ritmo do amor que ela se dedicou a espalhar no mundo com a tua beleza. Soteropolitana de fé. Viciada em acarajé. Em sol. Até quando o sol não vem, é praia pra ela. Salvadora de si. A bela mainha. Sem aspas, mesmo. A nossa mainha. De quem vem de fora olhar o verão. Dança.
Nos carnavais de chegadas o ano todo. Ela, sempre linda. Soteropolitana.
Ritmando pores do sol. Com esse sotaque que é a sua melhor lembrança. E ela nem sabe que tem. Brilha, sempre.
Em festa. E força. De Salvador pro mundo é pouco. Ela vai sempre além.
Soteropolitana. É mais que um gentílico. Por isso, sol se tem na Bahia.

Inserida por mairacastro2013