Poemas de Arthur Schopenhauer

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Os Mandamentos de Schopenhauer:

-Não conte a um amigo o que seu inimigo não pode saber
-Considere todos os assuntos pessoais como secretos, e mantenha-se distante até de amigos próximos. Se os fatos mudarem, saber de algo, por mais inofensivo, a seu respeito será desvantagem para você
-Metade da sabedoria consiste em não gostar nem odiar, Ficar calado e não acreditar em nada é a outra metade.
-A segurança é a mãe da desconfiança (provérbio francês, que ele endossava.)
-Esquecer os defeitos de um homem é como jogar fora dinheiro que se custou a ganhar. Devemos nos proteger da familiaridade e da amizade idiotas
-A única forma de um homem se mante superior aos demais é mostrar que não depende deles
-Desconsiderar é ganhar consideração
-Se temos alguém em alta consideração, devemos esconder tal fato como se fosse um crime
-Melhor deixar que os homens sejam como são do que acreditar no que não são
-Jamais devemos demonstrar raiva e ódio, a não ser nas ações. Os animais de sangue frio são os mais venenosos.

Um ponto importante da sabedoria de vida consiste na proporção correta com a qual dedicamos a nossa atenção em parte ao presente, em parte ao futuro, para que um não estrague o outro. Muitos vivem em demasia no presente: são os levianos; outros vivem em demasia no futuro: são os medrosos e os preocupados.

Arthur Schopenhauer
SCHOPENHAEUR, A., Aforismos sobre a Sabedoria da Vida

Só o presente é verdadeiro e real; ele é o tempo realmente preenchido e é nele que repousa exclusivamente a nossa existência.

É inteiramente insensato repelir uma boa hora presente, ou estragá-la de propósito, por conta de desgostos do passado ou ansiedades em relação ao porvir.

Arthur Schopenhauer
Aforismos para a sabedoria de vida. Lebooks, 2020.

O ser humano tornou-se uma caricatura, um monstro; o simples fato de vê-lo já é algo repugnante, que se destaca até pelo branco de sua pele, não natural a ele, e pelas conseqüências repulsivas da sua alimentação à base de carne, que vai contra a natureza, bem como das bebidas alcoólicas, do tabaco, dos excessos e das doenças. Ele surge como uma mácula na natureza!

Um fluxo constante de pensamentos de outros pode parar ou amortecer seu próprio pensamento e sua própria iniciativa.

É realmente inacreditável o quanto a vida da maioria dos homens, quando vista do exterior, decorre insignificante, vazia de sentido e, quando percebida no seu interior, decorre de maneira tosca e irrefletida. Trata-se de um anseio e tormento obscuro, um vaguear sonolento pelas quatro idades da vida em direção à morte, acompanhado por uma série de pensamentos triviais. Assemelham-se a relógios aos quais se deu corda e funcionam sem saber por quê.

A compaixão, sozinha, é a base efetiva de toda a justiça livre e de toda a caridade genuína.

Para vivermos entre os homens, temos de deixar cada um existir como é, aceitando-o na sua individualidade ofertada pela natureza, não importando qual seja.

O romantismo: o romantismo é um produto do cristianismo. Religiosidade exagerada, veneração fantástica às mulheres e valentia cavalheiresca, portanto Deus, a dama e a espada são os símbolos daquilo que é romântico.

Esse é o pior dos mundos possíveis. Com todas as suas variantes e diferenças, com toda a sua multiplicidade, durante o seu desenvolvimento, a realidade íntima do mundo e do homem é sempre a mesma vontade onipotente; a própria história é sempre a repetição do mesmo acontecimento sob aparências diversas: a vontade de viver determinado o sofrimento como condição humana: Viver é sofrer.

O mundo no qual cada um vive depende da maneira de concebê-lo, que varia, por conseguinte, segundo a diversidade das mentes.

Por mais que o orgulho seja, em geral, censurado e mal-afamado, suspeito, todavia, que isso venha principalmente daqueles que nada possuem do que se orgulhar.

A base de todo o querer é necessidade, carência, logo, sofrimento, ao qual o homem está destinado originariamente pelo seu ser. Quando lhe falta o objeto do querer, retirado pela rápida e fácil satisfação, assaltam lhe vazio e tédio aterradores.

Se possível, não devemos alimentar animosidade contra ninguém, mas observar bem e guardar na memória os procedimentos de cada pessoa, para então fixarmos o seu valor, pelo menos naquilo que nos concerne, regulando, assim, a nossa conduta e atitude em relação a ela, sempre convencidos da imutabilidade do carácter.

O valor que atribuímos à opinião dos outros, e a nossa preocupação constante em relação a ela, ultrapassam, via de regra, quase toda a expectativa racional, de modo que tal preocupação pode ser considerada como um tipo de mania difundida universalmente, ou antes, inata.

Visto da juventude, a vida é um longo futuro; a partir da velhice, parece um curto passado. Quando partimos num navio, as coisas na praia vão diminuindo e ficando mais difíceis de distinguir; o mesmo ocorre com todos os fatos e atividades de nosso passado.

O que alguém pode ser para outrem tem limites bastante estreitos; no final, cada um permanece só.

Muitos ricos sentem-se infelizes porque estão desprovidos de uma verdadeira formação espiritual, de conhecimentos e, portanto, de qualquer interesse objectivo que os possa capacitar a uma ocupação espiritual.

Se alguém nota e sente uma grande superioridade intelectual naquele com quem fala, então conclui tacitamente e sem consciência clara que este, em igual medida, notará e sentirá a sua inferioridade e a sua limitação. Essa conclusão desperta o ódio, o rancor e a raiva mais amarga.