Poemas
Quando nos deixamos levar
Chegará um tempo em que o esquecerei,
Pouco me importarei quem venha a ser você.
Talvez venha ser injusto em seus pensamentos,
Mas, quantas vezes foi tão injusto a mim?
Lembrar é tudo o que fazemos em nossa vida,
E nem sempre queremos, muitas das vezes
É um verdadeiro atormento.
E quando a pessoa é ingrata, muitas das vezes
Não lembrar é necessário.
Quando esquecemos muitas das vezes não
Esperamos a visita de tal pessoa,
Talvez em busca de acolhimento,
E sempre vem sendo assim...
Os seres que desprezam
Os seres que pouco importam,
Os seres que se distanciam,
Os seres que morrem, os seres que vivem,
Todos esses seres, são muitos,
Mas todos buscam lembrarem,
Muitos buscam serem vistos,
Muitos buscam o amor,
Muitos se escondem,
Muitos demonstram,
E assim a vida vai seguindo.
Quando não mais lembrar de você,
Você lembrará de mim,
Posso está enganado,
Poderemos nos esquecermos eternamente.
De me um amor
Mais um momento sozinho
Perdido, isolado de tudo
Aguardando uma nova chance
Recomeçar, de onde deveria ter partido.
Um novo lugar
Um instante sem você
Mais um dia longo.
Mais uma história sem final feliz.
Dias de saudade batendo no peito
Momentos de insegurança constante
Uma vontade grande de recomeçar
Desistir de tudo por ti.
Nem só de palavras fizemos nossa história
Ainda a desejo você, mesmo sentindo que isso é dor.
Reuni forças dentro de mim
Lutei, mas fui vencido pelo seu amor.
Fui flechado,
Tentei te anula dentro de mim,
Mas, por mais que eu tentasse,
Te esquecer deixou de ser uma opção.
Dentre mil explicações
Me restou apenas:
“AMO VOCÊ”
Razão nunca mais terei...
Em meu peito bate saudade
Lutando para não te esquecer.
Por mais perdido que esteja.
Sempre estarei feliz ao encontrar você dentro de mim.
Guardada em um lugar especial,
Onde apenas nossos sonhos podem chegar.
O Tempo.
O Momento.
A Vida.
Três palavras de simples entendimento
para alguns, e muito complexamente
interpretada pelos outros.
Posso classificar-me, no grupo
"outros".
O Tempo passa corrido. Quando menos
esperamos, algo que parecia estar
tão distante e tão confuso, tornam-se,
repentinamente,
muito próximo, muito exclarecido.
Eu não entendo o Tempo.
O Momento é o agora. O presente.
Uma coisa instantanea que se revela
naturalmente ao abrir de nossos olhos;
no ar que respiramos. Esse, tem de
ser bem aproveitado e curtido.
Afinal, não sabemos o que seremos amanhã.
Eu não entendo o Momento.
A Vida. O que posso conceituar sobre a vida...
Emoções. Paixões. Sofrimentos. Alegrias.
Lágrimas. Perdão. Saudades. Amor.
Essa, é uma graça que recebemos,
e cabe a nós construí-la e
realmente vivê-la intesamente, como
se fosse o último Tempo,
o último Momento.
Eu não entendo a Vida.
Definitivamente,
eu não me entendo.
Namorar
Que fascínio é namorar!
Andar abraçadinhos a passear,
Beijar na boca, se acariciar,
Agradar, só por agradar.
O namoro é a maga fase
Da puberdade da relação,
É quando palmilhamos a nossa
Mais íntima e intrínseca descoberta.
É o sentimento do firmamento,
A formação da convicção
De que somos um par, ou não.
Em verdade, a corte é o tempo
E o templo da contemplação.
É o coração de porta aberta,
Como semideus da adoração,
Enfim, é a prefação da paixão
O namoro é ainda, a câmara
Que ensaia o romantismo,
Que nos checa o proceder,
Que nos revela um ao outro,
Que mostra como vamos ser:
Como vamos nos portar e
Importar com aquela a quem
Vamos amar.
O ideal seria noivar sem perder o cativar, E casar sem perder o entusiasmar
O namoro não devia, jamais terminar.
O noivar, seria o namoro maduro,
O casar, o namoro eterno
As bodas de prata e as de ouro,
Seriam apenas, aniversários do namorar!
CRÔNICA DE UM LEIGO
de: Eduardo Pinter
Uivamos ao clamor da paz mundial
Nesta terra que o apocalipse parece reger.
Esta humanidade desumana viciada em desordem
Perdeu o que talvez nunca teve: um coração.
Jornais televisiveis, escritos e caricaturados
Amam em ênfase a dor do próximo por audiência.
E a pergunta mais imbecil que possa existir
À família que acabara de perder um ente próximo:
" como vocês se sentem?"...
A falta de sensibilidade ou inteligência à questões cruciais
Parece reinar sobre qualquer noção significativa
À ordem humana ou racional.
A impunidade, a diferença social, colabora com a violência;
Mas os poderes dos poderosos só existem
Quando um povo desolado porém, coerente de suas razões,
Não se unem para uma mera questão:
UNIÃO -- não para obter privilégios próprios,
Mas para abraçar causas nobres onde todos deitarão
Sobre a consciência voluntária e verdadeira em harmonia com a Unidade.
26 Abril 2013
Eduardo Pinter
Da saudade
Saudade palavra agridoce
Contigo o mel e o amargo
Na secessão é tão precoce
No desengano desencargo
Da solidão
A solidão não é estar só
Seu silêncio é necessário
Tem seu charme seu xodó
Quietos no nosso breviário
Ter solidão é de ti sentir dó
E não ter qualquer destinatário
Da tristeza
De ti triste tristeza
Só nos traz incerteza
Afasta o belo da beleza
Ora nos traz profundeza
Ora nos traz aspereza
Que seja então breve
E nas tuas ruínas, leve
Da sabedoria
A sabedoria filha do entendimento
Tão desentendida pelos homens
Homens de guerras e sofrimento
Na ganância de ter bens
Como se fossemos dono de alguma coisa, somos momento.
Da alegria
Da alegria trago o sorriso
Gargalhar se faz preciso
Pro fado se fazer conciso
E o pleno prazer indiviso
Do amor
Do amor se espera encanto
Sem se frustrar na emoção
Do outro se quer santo
Se santo não é o coração
Então se cria o espanto
E no espanto a desilusão
Mesmo assim, queremos tanto, tanto...
Luciano Spagnol
"Saudades"
Sinto saudades de seu ser
De suas mãos me acariciando
E seus lábios tocando os meus...
Saudades de seu abraço gostoso
De seu sorriso as vêzes malicioso
De seu olhar carinhoso
Conseguindo ver o mais fundo do meu "eu"...
Sinto saudades da saudade que tu és
És uma saudade ardente, saudade envolvente
Que se apossa de minha mente
E dilacera meu coração...
És uma saudade que alucina
Que minha alma contamina
Mas meu ser não desespera
Ele para... e te espera...
Espera que venhas
Talvez um dia quem sabe
Para acabar com a saudade que em meu peito
Não da mais pra suportar...
Sei que um dia viras
E com seu grande sorriso
Ira no ar... alegria espalhar...
E por esse dia eu vivo a esperar...
Vêm... é preciso que tu venhas
De longe sua mão acena
Assim como pra me avisar
E eu correrei para em teus braços me aconchegar...
Para teus labios beijar
Meus dedos entre os seus entrelaçar
E juntos, como num encanto
Toda essa saudade matar...
Vêm... pois tu és
Aquele que me faz sonhar
Viagem (Walmir Palma)
Já não me estresso com o ruído de um motor
Se aumentam o volume do televisor
Se enquanto eu canto você conta
Se deito e você se levanta
Já não me espanta qualquer filme de terror
Enquanto leio pensamentos de Foucault
Você enterra os olhos no computador
Essa canção se espalha pelas ruas
Entre os que buscam no clarão das luas
Outra maneira de curar tamanha dor
Eu plantei meus fícus
Escrevi meu livro
Eu já tenho um filho, meu amor
Tudo é passagem
Fiz minha viagem
Eu vindo e na volta eu vou
Já não me irrita uma canção que é só tambor
Se em vez de abajur preferem refletor
Ou vendem ilusões de luz neon
Se poucos leem o Drummond
Se a tolice insiste liga o reator
Nem o silêncio dos gurus adiantou
A natureza está mostrando o seu tumor
Quando ela grita eclodem seus vulcões
Seu choro inunda civilizações
Não tem senhor, não há remédio seu doutor
Vejo cataclismos
Rescindirem sismos
Quanta indiferença meu amor
Sobra incompetência
Tanta imprudência
O poder não tem nenhum pudor
Roça
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça! Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
Vou pegar trilha, vou tomar banho de rio,
A vida pede pra gente ficar por lá!
A natureza todo o dia está no cio.
Tempo no mato não tem pressa de passar!
Mas como é bom ouvir bom dia todo dia,
Sentir as mão e semear, plantar, colher...
Dormir ao som de uma viola caipira,
Pisar o barro, dar aos pés o dom de ter!
Adeus cidade! Eu vou- me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!
Quero o silêncio das manhãs de passarinhos,
Ouvir as folhas, respirar a plantação!
Viver de novo a eternidade de um carinho
Que o meu amor me dá de todo o coração!
Até parece que se volta a ser menino,
A gente lembra que é feliz e ri à toa!
Luar na roça é uma bênção do divino!
Viver na roça! Ai! Meu Deus, que vida boa!
Choveu na roça! Felicidade!
Eu vou-me embora. Adeus cidade!
Eu vou agora. Eu já vou tarde!
A terra flora! Bateu saudade!
MINHA PROPOSTA...
Tenho uma proposta irrecusável para você!
Mas chegue pertinho...
Porque é segredo,
Não posso falar alto:
Psiu! Ei... você topa fazer um assalto?
É... podemos juntar uma rapaziada
E fazer a quadrilha da web.
Calma! Fica frio!
Não estou te pervertendo não.
Garanto que não dá prisão!
Vamos sair por aí.
Roubando das flores,
Um pouco de perfume.
Roubando do sol,
Uns raiozinhos de calor.
Roubando dos pássaros ,
Umas notas de alegria.
E do mar, umas gotas de serenidade.
Roubemos das árvores
Um pouco de vitalidade.
E das nuvens brancas
Um pouco da leveza.
Roubemos da terra
A profundidade.
E das formigas
A solidariedade.
Organizemos o nosso assalto
Com cuidado
E com zelo guardemos
Aquilo que arrecadarmos.
Em nossos corações,
Processemos os nossos lucros
E pelos caminhos espalhemos
As alegrias que daí obtivermos.
E de repente veremos
A nossa riqueza multiplicada
E nossos cofres cheios
E a nossa felicidade sem tamanho.
E aí, topa fazer o assalto?
Topas?
Te aguardo...
Vou esperar sua resposta!
O poeta e o povo
E os poetas, os poetas
Necessitam falar,
Tirar tudo o que esta preso por dentro,
Sem medo, tem de falar
Para o povo, muito mais
Do que sente.
O poeta não pode calar,
Diante ao sistema,
Diante a tudo o que se passa,
Diante a opressão,
Diante ao massacre social.
O poeta tem de falar
O poeta tem de escrever,
Nada pode calar a boca do poeta,
O poeta tem de ser livre,
Tem de romper barreiras.
O poeta tem de respirar
E se o ar esta poluído
Buscar uma forma de falar
Se a água está poluída
Buscar uma forma de falar,
Se estão matando a natureza
Buscar uma forma de falar,
A sociedade precisa saber,
Que estão destruíndo
O que há de mais precioso,
A natureza.
Se querem cortar os direitos
Trabalhistas, o poeta tem de falar
Se o povo não tem como
Se sustentar, o preço
Dos alimentos estão auto
O poeta tem de falar,
Levantar o povo
E juntos protestar,
O poeta não pode morrer,
O poeta tem de sobreviver
O poeta tem de buscar,
O poeta, o poeta tem que
Ir além da poesia,
O poeta tem que ter ousadia
O poeta pertence ao povo.
PEDAÇO DE MAL CAMINHO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)
De me o endereço de seu sorriso
E a distância entre nós dois será mínima
Vem ver o meu olhar sem juízo
Querendo examinar o seu que me fascina
Meu número de telefone pede numa prece
Para sentir o carinho de seus dedos
Talvez seja onde nosso romance comece
E onde desvandamos nossos segredos
Não deixe que o dia seguinte
Te faça esquecer meu rosto
E te faça jogar meu número fora
Sou um excelente ouvinte
Tenho um bom humor e gosto
E estou pensando em você agora
De-me sua mão sem hesitação
Não deixe que a timidez lhe proíba
Deixe que nos embale a canção
O momento de alegria nos convida
Diga me seu nome bem baixinho
E sei que soara como uma poesia
Eu não quero ficar sozinho
E com a minha mão vazia
E festa, e sol, e vida e e Brasil
Seu charme enfeitando o meu lado
E gloria e nota mil
Por favor, deixe-me ser seu namorado?
Pra estar ao seu cuidado
Sempre
Meu pedaço de mal caminho
Que faz meu coração sorrir
Contente
(c)2007 Globrazil/Islo Nantes Music(ASCAP)
METADE
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...
Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão...
Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.
Você estará para sempre em minhas lembranças, porque deixei em minha memória um pedaço do tempo para pertencer somente a nós dois. Quando estou ao seu lado, parece que tudo fica mais fácil, mais leve, mais seguro, é como se eu abrisse os meus braços para a liberdade. E neste momento parece que o nosso amor é tão fortificado que nossos corações penetram um ao outro, virando apenas um ser, um só coração, um só sentimento. Quando você fica longe, fico com saudade de você, e não vejo o minuto de estar novamente aos seus braços, no encanto de nossas vidas, sentir seu abraço forte e aconchegante, sua respiração envolvente, seus olhos me olhando e me encantando, me levando a sonhos, ao amor. Os ventos que sopram me fazem lembrar você, até nas chuvas te vejo em meus pensamentos vindo para me abraçar. Nas ondas do mar, as lembranças suas fazem acalmar meu ser, sozinha me vem o sorriso, porque sei que logo vou te encontrar. Que saudades de você nestes momentos que fico sem te ver, que vontade de estar sempre ao seu lado, sempre, sempre, sem ter estes intervalos sem você.
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.
Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
Desejos
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr do sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Meu Momento que Ainda é Seu
Fiz uma canção para você
Com acordes imprecisos e inesperados
Com letras enfatizando mágoas e flores
Retiradas de tuas lágrimas e sorrisos
Fiz uma cantiga de ninar
Com meu sorriso bobo e olhar encantado
Dedilhando meu violão há tanto esquecido
Dedicando teu sono em sonetos monocórdios
Desenhei teus olhos em folhas canzon
Com meus lápis 6B e meus traços irregulares
Trouxe novamente tua atenção à mim
Trouxe novamente ressentimentos e um pouco de giz pastel
Escrevi um poema com teu nome
E nele meus parágrafos eram desconexos
Que terminavam sempre em reticências
Para nunca terminar o que a realidade me afanou
Ofereci meu dia-a-dia
Te tratei como poesia
Lutei com frenesia
Te enalteci em forma de supremacia
Hoje deixei o dia voltado à mim
Pintei meus quadros acinzentados
Terminei meus textos de frases inacabadas
Mudei meus móveis de lugar (...)
Dediquei meu dia à você
Os cinzas deram cores as tuas cores preferidas
Minhas frases dedicaram as letras do teu nome
E voltei a deixar meu quarto do mesmo modo como você o deixou
Fabiano da Ventura
Guarulhos, 11 de Fevereiro de 2013.
"Carta Aberta para Rose"
Hoje não tem poesia, tem apenas o poeta, a escrever uma simples carta.
Vou falar sobre a rosa. Ou melhor, vou falar sobre a Rose.
Não precisei viajar o universo para conhecê-la. Nem tão pouco enfrentar monstros ou perigos mil.
Apenas precisei ter paciência.
Sim...
Muita paciência, pois esta rosa é arredia e arisca.
Se Bobear com ela, irá se espetar em seus espinhos.
É de sua natureza ser: Selvagem... Indomável... Aquariana...
Para os outros, ela não passa de um botão simples de flor, mas quando se ganha o seu coração.
Passa a ser uma linda flor. Passa a ser uma linda rosa ou Rose...
A cada ano, ela ganha uma nova pétala, e a cada ano que passa, ela fica mais bella...
Rosa, Rose. Rosa rose. Rose Rosa...
Sou amigo da rosa. Sou amigo da Rose.
Tenho um caso sério com a rosa... Tenho um caso sério com a Rose...
Tenho um amor pela rosa... Morro de amor pela Rose...
E assim, continuo em minha louca jornada...
Sentindo o perfume da rosa... Ganhando os beijos da Rose...
Sentindo os espinhos da rosa... Ganhando os puxões de orelha da Rose...
10 dicas transformadoras inspiradas na obra do grande poeta sufi Rumi
1 . Desafie o medo Fuja do que é confortável. Esqueça a segurança. Viva no lugar onde você tem medo de viver. Destrua sua reputação. Seja notório.
2 . Seja corajoso Não se contente com as histórias que vieram antes de você. Desvende seu próprio mito.
3. Seja grato Use a gratidão como uma capa e ela preencherá todos os buracos de sua vida.
4 . Aja Por que eu deveria ficar no fundo de um poço, se eu tenho uma corda forte em minhas mãos?
5. Tenha fé À medida que você começar caminhar, aparece o caminho.
6. Abrace contratempos Se você fica irritado com cada atrito, como você vai ser lapidado?
7. Olhe para dentro A sua tarefa não é buscar o amor, mas apenas procurar e encontrar todas as barreiras dentro de si mesmo, que você construiu para se proteger contra o amor.
8. Aprenda com o sofrimento A ferida é o lugar por onde a luz entra em você.
9. Não se preocupe com o que os outros pensam de você Eu quero cantar como os pássaros cantam , não me preocupar com quem ouve ou o que eles pensam .
10. Faça o que você ama Deixe-se ser atraído pela força pungente do que você realmente ama...
..
Carta de Março - (Poema Patético)
É estranho, mas hoje olho para o passado e vejo um fato interessante.
Em toda a minha vida, muitas juraram amor por mim, mas em nenhuma delas eu acreditei.
Eu no entanto...
Imaturo, imbecil e idiotamente poeta que sou; Jurei amor a apenas uma...
O que isso me ajudou no futuro????
Ajudou em nada...
Alias! Ajudou sim...
Serviu para mostrar que o futuro é feito de uma balança onde pesamos tudo que assimilamos em nossa existência.
Hoje, olho aquelas juras de amor que durante a vida recebi e vejo que eram mentirosas.
Hoje, percebo que não deveria nunca ter jurado olhando nos olhos este único amor que eu tive.
Pois, deveria sim, ter ficado calado, guardando-o apenas para mim.
Mas, Imbecil, idiota e imaturo que poeta sou.
Joguei o meu amor único ao vento e ele feito areia se dissipou...
Sábio ditado popular...
"Em boca fechada, não entra mosquito."
Infelizmente na balança da vida as juras mentirosas sempre vencem.
Neste caso o melhor a fazer é economizar o latim.
Pois, o que me resta deste amor único são poemas patéticos...
Patéticos como toda jura de amor...
Mesmo, sendo os feitos para um amor único...