Poemas
Ilusões partidas
de: José Ricardo de Matos Pereira
Cessar ilusões,
Reter significados,
Depurar sentimentos...!
Sou eu,
Rascunho de meu querer,
Alfarrabo da virtude emblemada no verbo que cintila,
Que impactua no desejo que deseja a tua pele,
o teu lindo sonho...,
Restringir rancores,
Perpetuar emoções,
Colecionar felicidade...
Sou eu,
Vestígios do querer que urge,
Retrato do sentir que aflora...,
Orvalho que banha o norte de meu desejo e,
que ao sul,
transborda de emoção o sentir,
O querer,
O frasear do amor...
“Amor de Menina” (Rick Jones Anderson)
Amor de Menina... Paixão, eu Suponho...
Talvez de Outra vida... Talvez de Algum Sonho...
Quisera esse Amor... Trouxesse a Minh'alma...
Um Misto de Cor... Com um Pouco de Calma...
Tomara a Menina... Me Fosse Mulher...
Leal... Companheira... Pro que der e vier ...
Que me desse a Verdade... Já tão esquecida...
Também Cumplicidade... Por vezes esquecida......
Finalmente, Menina... Pra quem eu componho ...
Um Amor Verdadeiro ... É o que te Proponho...
(Dedicado a Suellen O.Jones)
Para onde vão as coisas que não fomos capazes de sentir?
As palavras que não dizemos naquela manhã
Lembranças que não tivemos naquela tarde
Experiências que não vivenciamos naquela noite
Tudo isso fica dentro do nosso peito, nos sufocando
Na forma de uma linda rosa com espinhos cortantes
Quanto mais o coração bate, mais a rosa floresce
Quanto mais floresce, maior ficam os espinhos
Por isso que amar é sempre doloroso
Mas o que mais dói nisso tudo
É tentar impedir o coração de palpitar
Para não nos machucarmos mais ainda
SONETO DO AMOR AFETO
O afeto amor, nos faz revestido
Da jura mais atraente do fervor
Enche os dias de colorida cor
E o coração de olhar conhecido
Se dele se é um querer fingido
Aos seus apelos nenhum dispor
Culposos encantos no propor
E dor nos sonhos então parido
Pra não ter ilusão e ter sabor
Tenha poesia no doce sentido
E nas mãos uma ofertada flor
Mas, se não quiser ser querido
Jamais será dele um coautor
E de ti então, o amor, terá partido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, março
Cerrado goiano
DESENCONTRO
Que sorte forasteira é esta
Que caminha sem sentido
Riscando rumo partido
E pouca ventura empresta?
Finge ser o destino, direção
Sussurrando ser boa nova
Se mais parece uma cova
Exílio arquitetado pro coração.
São desencontrados gestos
A nos jogar feridos ao chão,
Criando silêncio na emoção,
Com tais sonhos indigestos,
Que viram amarras pra ilusão,
Solidão nos desejos incertos,
E nos fazem boquiabertos...
Sem ter o amor, ah isto não!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
ELA
de: José Ricardo de Matos Pereira
E ela surge em meio à multidão...
O ambiente se transforma em
apenas três,
Ela...
Eu...
E o desejo soletrado,
Ritmado pelo nuance de seu
quadril envolto nos meus...
Sonhos e contemplações,
Virtudes e desabafos.
E ela urge...
Capciosa e repentina,
No reverbo do amor ensandecida.
Ela aparece feito fada em meus sonhos...
E tudo se renova!
As lágrimas já não são gotejadas,
A lâmina da solidão já não me corta,
E já não se reprisam os desafetos e
rancores que me torturavam...!
Nao existe conquista sem sacrificio
É meramente claro,que não precisamos ser chicoteados, pendurados e até pregados na cruz.
Mas com o exemplo do filho único de DEUS, temos que nos sacrificar por aquilo que desejamos.
Quando se pronuncia a palavra ”sacrifício“, fala-se concretamente de que todo sacrfício exije dor e renúncia.
Na Ótica filosófica não existe nenhuma conquista sem “sacrifício”.
Por isso se você deseja alguma coisa na sua vida deve sacrificar-se,pôs, se assim não for, nada concretizarás na sua vida.
ALÉM DO INFINITO AO AMANHECER
de: Eduardo Pinter
Ande aos passos largos
Em busca do cálice entorpecente que alivia a razão
Busque a oração do sagrado
Envolto as sobras do ontem cristalizando os sonhos das manhãs
Conte as sementes dos maus
Fertilizando o bem que as noites navegam antes do precipício
Diga o que ninguém deseja ouvir
Desde que não fira a ferida alheia
E não desgrace a desgraça dos outros
Sonhe o seu sonhar
E não acorde o pesadelo que devaneia por luzes obscuras
26 Abril 2013
Eduardo Pinter
POEMAS (soneto)
Navego os poemas, linha a linha
Ergo mastros, porta e tal janela
Por ela, os devaneios donzela
Em nudez, trespassam, asinha
Nesse instante imaculado, vela
O verbo e, que no senso avinha
Onde velejo com a alma sozinha
Que esmoe olhar e dor em tutela
Nesta maré anino, e gavinha
A solidão na ilusão que fivela
Cada estória na história minha
Então, faço versos tal caravela
Navegante e, tal qual grainha
Na vinha, germino em aquarela
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março, 2017, 05'02"
Cerrado goiano
BALADA DO TEMPO (soneto)
... e o tempo passa, indiferente
apático, indo embora sem saber
poente na saudade, o alvorecer
mais um, outro, apressadamente
... dono dos gestos e do prazer
tristemente, tal uma flor dolente
que traga o frescor vorazmente
no ato da ação do envelhecer
e o tempo passa, inteiramente
sem que escolhamos perceber
e na lembrança, assim, assente
passa o tempo, e é para valer
sem que nada dele ausente...
Presente! Pois vale a pena viver!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Subversiva
A solidão
Quando vem
Respeita nada não...
Nem lembranças tem.
Quando ela fica sem noção
Há suspiros, também.
De qualquer de seus abismos
Desconhece o coração
E é cheia de egoísmos
Relincha
Nos seus fanatismos,
Então, a alma guincha.
Só depois da sofregdão
Reconsidera: no silêncio
E deixa a ventura na mão
Em um poema sombrio...
De farta imaginação.
No vazio!
E promete incendiar a razão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Paráfrase Ferreira Gular
ONDE (Walmir Palma)
Inda que a gente não queira
Há o abismo
A vida gira em sua beira
Quando se quer ser profundo
Risco corre quem deseja
E quem não corre
Se reprime a vida inteira
Trancado em seu próprio mundo
Por isso é que existe o "OU"
Nos mares da vida vou mais longe
Há uma maré que é baixa
Mas é no fundo do oceano
Que se acha
Guardado o seu conteúdo
Sei que que a vida breve passa
Para viver cada segundo
Apenas basta sentido para o mergulho
Nos ares da vida voo
Quem fica não é e eu sou meu ONDE
SUAVIZANDO A PAISAGEM
de: Eduardo Pinter
Os ventos de ontem com os rumores dos amanhãs…
Endiabrados conceitos que ninguém se faz entender
Costuram as sombras dos males infernais
Com a dor saudando saudades de invernos passageiros
E contaminando verdadeiras mentiras em prol de um câncer maior:
Nossa certeza não tem certeza de nada
E a Imprensa só imprensa o que não pensa
E o esgoto deste riacho que nos contenta
Só nos interessa pois de fato é da ignorância
Do que realmente nos alimenta.
25 Jun 2013
Eduardo Pinter
FIM DA VOLTA (soneto)
E pelo cerrado eu fui, prosseguia
No coração só saudades e medo
No olhar lembranças em segredo
O vento pálido em prece reluzia
Longínquo o horizonte, romaria
Espesso e truncado o arvoredo
Rasteiro, estava mudo e quedo
Nenhum pio ao derredor ouvia
Parca aragem, alma em degredo
Ferindo-me no silêncio aí eu ia
No peito a dor velava o enredo
Fim da volta, para ti eu partia
As mãos tomando-me um aedo
Tive que aprender nova alegria...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
À distância
À distância, amo e sou amado
Com a esperança de me encontrar
No momento certo e adequado
Com quem também vive a me amar.
Não importa quanto tempo leve
Para nosso encontro acontecer
Tenho a esperança que seja breve
Mas o tempo é quem irá responder.
Obstáculos estão entre a gente
Impedindo nosso pulcro abraço
Superaremos de forma prudente
Buscando juntos o mesmo espaço.
Enquanto isso não acontece
Vivo pacientemente a esperar
Com força e fé em minha prece
O dia perfeito para te encontrar.
Te amo.
Poetas e poesias
Quero ouvir Vinicius,
Sentir Castro Alves,
Pensar, Augusto dos Anjos e Tomé Varela,
Quero ver Camões, Márcio Catunda,
Ver pensamento ouvir sentimentos.
Poetas anônimos, poetas sem pseudônimos,
Quero ver o coração e a razão.
Eloquente indecente.
Quero ouvir, quero sentir.
Poetas consagrados, poetas desolados.
Quero ouvir seu coração.
Onde está a literatura?
Fernando Pessoa, Francisco Carvalho.
Onde esta o cordel?
Poetas desolados por falta de poetas.
Anônimos e sem pseudônimos.
Falta poesia para a falta de poeta.
Te procurei
Te procurei pela vida
Te procurei pelos bailes
pelos mares...pelos ares...
Te procurei a cada amanhecer
Pensei nao te encontrar na rua
E fui te procurar na lua...
Entre as estrelas te busquei
Ah...como eu te procurei
Te procurei nas feiras livres
Quanta esperança eu tive!!!
Pelas calçadas eu te buscava
Noa rádios e na televisão...
Incansável é este meu coração...
Te buscar é minha lei...
Meu castelo nao tem rei...
E minha busca jamais irá cessar
Ate o dia em que eu te encontrar
(Meu anjo eu te encontrei)
NAS SOMBRAS DA SOLIDÃO
Solidão não tem explicação
Talvez seja um vazio dentro de nós
Diferente seja à noite
E a gente só
Ouço então um sino ao longe
A chuva cai e banha meus olhos
Busco então me conter
E não sofrer
Entre a chuva e um sorriso
Procuro ver além dos espaços
Uma fuga, uma razão,
Para viver
Vago em sombras de meus pesadelos
Confundo então meus sentimentos
E me condeno, sem querer,
A solidão.........
escrita por Eduardo Pinter, Hilton Custodio Alves Junior e Renato Nova. não recordo a data.
Poema de um Amor Divinizante
Somos um, embora dois.
Assim como a flor e o perfume são, em essência, eles mesmos, a mesma coisa.
Numa única essência cristalina nos fundimos e me sinto sem forma, indefinidamente vivendo o Abstrato que traz em si o Substrato... do Imperecível, do Imortal, do Eterno, do Absoluto.
A divindade desse Amor que nos une também é sem forma, tal como Deus.
Assim, me sinto vivendo em Deus, sendo Deus, amando Deus.
Deus em mim é Deus em você!
Somos Deuses!
Eu O encontrei em você!
Que delícia!
Eu encontrei você!
DE POESIA EU PRECISO
De poesia é o que eu preciso
Da tua quimera e mais nada
Galgar a rota de sua escada
Sem vestir-se do ser narciso
A poesia é muito mais amada
Prazer d'alma, pouco ao juízo
Volteios de ilusão no paraíso
Da ficção, com lira misturada
Só preciso de poesia, teu guizo
Inspiração, silêncio, a tua pitada
Cheios de acordes e improviso
Poesia é tal qual uma estrada
Do fado vendado e impreciso
Que nasce da faúlha inspirada
(de poesia eu preciso!...)
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano