Poemas
A ponto de me tornar poeta!
Às vezes imagino que a única coisa inatingível em mim é a poesia,
Não queria ser frágil por isso luto pela força.
Sinto-me honrado em ser poeta, mas até mesmo esse dom,
Ou melhor, as características que temos por ter esse dom,
Trazem-nos um pouco de fraqueza, docilidade que é inútil no mundo em que vivemos.
É como se eu tivesse nascido tão fraco a ponto de me tornar poeta.
Somos seres de sentimentos escuros,
Fantasmas noturnos que choram,
Pelas tristezas que os devoram,
Nos pensamentos obscuros
Nossas almas melancólicas,
Vagam pela noite sombria,
Em busca da alegria ilusoria,
Perdida nas sombras exóticas
Vida destruida por desilusões...
Por favor não tenha medo
De uma alma q e triste e
Amaldiçoada
Trajando quase sempre luto,
Somos o estranho fruto,
Do mundo feliz que não existe
Poemas não são rimas ou combinações,
basta apenas tocar vossos corações,
fazer-te flutuar em emoções,
gerar grandes rebeliões de alegria,
ou até mesmo lagrimas de teus olhos retirar,
seus sentimentos liberar,
teu ódio em paixão tranformar,
Sou poeta, sou criador,
uma pessoa com muita dor,
jogando-as fora sem medo e nem rancor,
pois quem me magoou, o perdão eu dô,
meu ódio em paixão se tranformou
ENTÃO
Me traga dor
Saudade
Só não me deixe sem amor
Eterna felicidade
Pois, assim, é morte
Juntemos o sofrimento
Num sentimento forte
E neste aprendizado
Sorte
E façamos dele ansiado
Direcionando o norte
E o coração
Suporte
Encante, uma canção
Me dê amor!
Emoção
Oferte uma flor
Me deixe sem chão
Só não me tires o amor
Então...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
A Viagem
...E quando eu partir,
quero ir com dignidade.
Assim,
sem louça suja na pia,
o banheiro e o quarto,
todos bem arrumadinhos.
Na sala, porém,
que deixem a TV ligada,
e que seja num Telejornal,
porque a vida segue.
Nada acabou.
Sou eu apenas que vou passear,
alí, naquele outro mundo,
sem mala, nem passaporte,
levando só comigo
o cheiro infinito do nosso amor...
(Dinho Kamers)
Recado (Walmir Palma)
Eu lhe dei a liberdade
De entender os meus segredos
Eu plantei sinceridade
No deserto dos seu medo
Um oásis para a sede
Tão febril de sentimentos
Sua fonte de prazeres
Onde flora o pensamento
Você leu a minha história
Nem foi ao final do livro
Guardo você na memória
Para sempre já não digo
Como é simples a verdade
Descobri a sensatez
Eu colhi felicidade
Você a perdeu de vez
ADEUS ANO VELHO
Deste que passaram-se horas
Do velho ano
Do ano que já é outrora
Agora recordação, tempo profano
A cada segundo, minuto, hora
Dia após dia, quotidiano
O tempo vai, vai embora
Sorrateiro e ufano
Muito antes, antes de mim
Veloz e insano
Sem parar, até o fim...
No diverso plano
Vida que segue, "Quixotesco" no seu rocim
Adeus velho ano!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Poeta do cerrado
RUMA
Sidney Santos
Já pra que é abarbar
Poesias não vou fazer
Hoje só vou escutar
O que você tem pra dizer
Versos matuto
Tempo de reflexão
Hoje só escuto
Estou de prontidão
Fala o que tem vontade
Não importa exatidão
O que vale é a lealdade
Expressa no coração
Do coração, é palavra
Fruto de santa lida
Faina de boa lavra
É o sangue da vida
Em homenagens aos poetas repentistas deste País.
MULHER
Motivo de toda existência da humanidade
Ultrapassa barreiras que nenhum outro é capaz
Lapida seu nome na história por sua capacidade
Humaniza sentimentos cristalizando sempre a paz
Eterniza o equilíbrio aos filhos bem amados
Repousa ternuras almejando tudo o que é sagrado
Eduardo Pinter 08 Mar 2014
Incógnita
de: José Ricardo de Matos Pereira
Sempre quando o vulto do desejo paralisa alguns sentidos,
quando a seiva afoga na face a pretensão, e,
o, sentir escorrer pela pele saberás que ainda penso em ti,
que sua voz açoita, a solidão e
teu sorriso me faz abrir os olhos para um novo dia...
Te amo em devaneios...
Te amo acordado...
Te amo apenas por existir:
fagulhas de meu sentimento...
O verbo amar me consumir...!
O Café II
Café não se bebe:
Se saboreia.
Digo isto,
porque assim o faço.
Puro, adoçado,
não vem ao caso.
O importante mesmo,
é que seja saboreado,
assim,
bem devagarinho,
molhando a boca
como uma suave melodia...
Pois o café foi feito
para ser apreciado,
solene
até o último ato;
Quando a xícara já estiver vazia,
e a gente, alí,
viajando...
Totalmente inebriado...
(Dinho Kamers)
CANTIGA
Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...
Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
Óh pensamentos meus,
Que perturbam minha mente
a Cada passo para a
Insanidade,
E o que é insano?
Será o próximo passo para uma
Mente brilhante?
Isso me enlouquece a cada
Gole de conhecimento...
Observando o brilho do passado,
Vejo o quão pequenos somos, pois
A ilusão está nos céus e terra...
Mas será a real ilusão?
Ilusão e confusão,
Assim vou escrevendo
esse poema,
Um poema sobre a minha
Insanidade...
Me deixou
Ultimamente
Você tem se afastado de mim
Tem deixado de lado tudo o que temos
Ou tudo o que tivemos
Como se fosse chiclete sem gosto
No começo era incrível
Falávamos sobre tudo
Compartilhávamos segredos
Marcamos de nos ver
Marcamos de nunca deixar um ao outro
Marcamos
É estranho
Você vir e me levar nas nuvens
E depois ir embora e deixar uma depressão
Hoje essa marca tão profunda
Fica dentro do meu coração
Procura-se
Procura-se uma alma gêmea...
Ou ate mesmo um amor bobo...
Que me faça sorrir novamente...
Que me devolva o brilho no olhar...
E o sorriso bobo no rosto...
Procura-se...
Uma mão solitária...
Para nos caminhos da vida...
Andar colada nas minhas...
Procura-se...
Uma amante...
Que me faça nascer e morrer a todos os instantes...
Que me inspire...
E com o seu perfume...
Me seduza...
Me envolva....
Procura-se...
Viver é um desafio
Desafiar é viver
Por isso eu vou vivendo
Sempre buscando aprender
Para não ser devorado
Pela falta de saber.
Se posso dou um sorriso
Se não posso, um lamento
Mas não fico esperando
Sonhando sou avarento
E busco sonhar meu sonhos
Até no sopro do vento.
Nas gotas fracas da chuva
Que a terra vai borrifando
E faz levantar o cheiro
De chuva que vou cheirando
Eu sonho dias melhores
E levo a vida cantando.
Um Poema de Amor
Todas as mulheres
todos os beijos as
diferentes formas que amam e
falam e carecem.
suas orelhas todas elas têm
orelhas e
gargantas e vestidos
e sapatos e
automóveis e ex-
maridos.
na maioria das vezes
as mulheres são muito
quentes elas me lembram
torrada com a manteiga
derretida
nela.
está estampado no
olhar: elas foram
tomadas elas foram
enganadas. eu nunca sei o que
fazer por
elas.
sou
um bom cozinheiro um bom
ouvinte
mas nunca aprendi a
dançar — eu estava ocupado
com coisas maiores.
mas eu apreciei suas variadas
camas
fumando cigarros
olhando para o
teto. não fui nocivo nem
desleal. apenas
um aprendiz.
eu sei que todas têm
pés e descalças elas andam pelo piso enquanto
eu olho suas modestas bundas no
escuro. sei que gostam de mim, algumas até
me amam
mas eu amo muito
poucas.
algumas me dão laranjas e vitaminas;
outras falam mansamente da
infância e pais e
paisagens; algumas são quase
loucas mas nenhuma delas deixa de fazer
sentido; algumas amam
bem, outras nem
tanto; as melhores no sexo nem sempre são as
melhores em outras
coisas; cada uma tem seus limites como eu tenho
limites e nós aprendemos
cada qual
rapidamente.
todas as mulheres todas as
mulheres todos os
quartos
os tapetes as
fotos as
cortinas, é
algo como uma igreja
raramente se ouve
uma risada.
essas orelhas esses
braços esses
cotovelos esses olhos
olhando, o afeto
e a carência eu tenho
agüentado eu tenho
agüentado.
Este silêncio
Ah, este silêncio!
Aflora minha solidão.
Mas, confesso
Que há um gosto de sol da tarde:
Perto do amanhecer noturno
Que me agrada a alma
Que me ilumina à luz ao ser renascente
Do que leve se torna opaca
Ao que foi instaneamente
Meu.
E de instante e distante,
Neste exato momento, nada me importa;
Talvez a saudade me consola num violão
Em tons de lágrimas de notas ausentes.
27092013
Eduardo Pinter
SOFRÊNCIA
Depois de você
A vida passou a saber
Como é vasta a imensidão
Da noite com solidão
Que horas são?
Que importância tem
Se minha saudade vai além...
Sem você, também,
Me perdi nos por quês
A angústia ficou à mercê
Depois de ter você
Felicidade é querer em vão
Pela rua migalha a emoção
Sem você!
Tudo é sofrência
Num coração de aparência!
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Desvencilhar
É sentir o orvalho na face,
brindar com a lágrima que escorre no semblante
Recuar de tudo o que é lógico..
Procurar o inusitado... AMAR!!!
Sentir o desejo em sua maior plenitude:
“O querer”
Sem te querer não posso te amar, e, não te amando, apenas te versifico,
como devaneio,
como fagulha de um sentimento platônico que ainda resiste e reside em mim!
Ter. 07.05.2013 as 01.13Hs
JRicardo de Matos Pereira