Poemas

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Horário de verão

Roubada hora
E o tempo não para
Adentra o dia, à noite a fora
Nesta roda vida, que mascara
A madrugada mais cedo
O entardecer que não chora
Embora,
O Relógio já não marque as horas!

Inserida por LucianoSpagnol

Sentimento desbotado

E este vazio,
desenhando solidão
aromas aflitos, frio
arranhando a emoção...
No coração mofos, rabiscos
cheirando a passado
emoldurando a alma em riscos
desordenado, agrosseirado...
E eu, dentro de mim calado
com os sonhos paralisados
deitado sobre meus pensamentos
de angustias e sofrimentos...
Nodoando a poesia, assim,
num desbotado sem fim...

Inserida por LucianoSpagnol

Desejo...
Deixa que eu me perca neste contorno
Deixa que eu seja este apetite
Sem limite!

Inserida por LucianoSpagnol

Araguari (Cidade Surpresa)

És primeira e última morada
De ruas suaves próprias de ti
És tu minha terra encantada
Ufania mineira és tu Araguari

Enlevo causa quem por ti passas
Suas calçadas cheias de história
Ornada por suas tão belas praças
Do Triangulo é princesa e glória

Ciciante cerrado e perfumadas matas
Grotões poéticos e matinais serenatas
Água mineral tem em suas cascatas

São suas as serras azuis sinuosas
Que encantam e cantam em prosas
Herdades saudosas e formosas...

Inserida por LucianoSpagnol

Cerrado

À sombra do pequizeiro
Delirei a vida a sonhar
No uivo do guará faceiro
Chora o meu recordar

Nos galhos tortuosos
Brotam as saudades
De cheiros maravilhosos
De infância, alacridades

Tem gosto de gabiroba
Aridez do sol a rachar
Vigor doce de mangaba
Buritis a nos sombrear

Constrói o João de barro
Nostalgias em todo lugar
O vaga-lume tão bizarro
Ilumina o meu poetar

O horizonte é sem fim
Onde põe a lua a repousar
Lobeiras talham o jardim
Das savanas a enfeitar

A arapuá em sua cabaça
Ornam o beiral do passado
Ipês em flor pura graça
Desenham o meu cerrado...

Rio, 22/03/2011,
17’07”

Inserida por LucianoSpagnol

Rio cenário

Amanhece os 40 graus
De luz e melodia
É ginga de samba, carnaval
Do Tom ao Vinício ousadia
Garota de Ipanema sensacional
O Rio das esquinas e botequins
Da cultura capital
Arcos da lapa, madame Satã, Maria
Do fim de tarde na lagoa, parque dos patins
Aquarela de nostalgia
Chico, beco das garrafas, Copacabana
Chapéu de palha, Cartola e Noel
A magia do despacho da cigana
Drummond mineiro um carioca fiel
Madureira, cidade maravilha
Burguesia, favela em confraria
Matas, aterros, baia e suas ilhas
Rio de Janeiro canção e poesia

Inserida por LucianoSpagnol

Cordão da saudade

La vai um cordão puxado por confete e serpentina
La vai um cordão puxado por samba e marchinhas
La vai um cordão de índios, mascarados e colombinas
La vai um cordão de farra nos pés das cabrochinhas
Lá vai um cordão de ilusão de quatro dias de folia
La vai o cordão da minha saudade destes dias
Hoje sentado na janela vendo o que foi só alegria
Tornar-se sem inicio e sem final
No gosto de quero mais na nostalgia da quarta feira
Num emaranhado e desengraçado carnaval.

Inserida por LucianoSpagnol

Navegar pela leitura é preciso
Traz emoção, sonho, destino
Nos aventurando no paraíso
Do fingidor, do sábio, do divino
Inspiradas no poder conciso
Da junção grifada no livro.
Tente! Experimente!
Assim, sem qualquer compromisso
Se deixando levar pela mente
Mergulhada na imaginação
E não mais que de repente
Vai estar apaixonado pela composição...
De corpo e alma ao ter o livro nas mãos.

Inserida por LucianoSpagnol

Verão

Nos raios de calor do verão
O filtro solar tronou-se fator
O aquecimento global apreensão
E o tempo um mero espectador

Se o Sol tornou-se em demasia
O vento um bravo na destruição
As tempestades vilãs num só dia
O homem artesão desta mutação

Mas és ti Astro Rei, eterno douto
Genitor do afável abrigo o souto
Mestre da natureza o nosso couto

E em ti debruça toda nossa vida
Por nós temos que render a partida
Da ruina, pois tu és a nossa ermida.
(Salve o Verão! E sua alegria seja bem vinda).

Inserida por LucianoSpagnol

Baú

Purgando a resenha de meus sonhos
Deparei com meus fados empoeirados
Num baú de olhares de risos tristonhos
E venturas soltas em escritos amassados

Cambaleei entre minhas fragilidades
Tentando ocultar as minhas fraquezas
Como se possível fosse rasgar verdades
De tantas alegrias e de tantas tristezas

São tempos passados e repassados
Agora relembrados num canto peculiar
Se esquecidos também guardados
No puro encanto de sempre amar

Já nem lembrava de alguma situação
Que faz vivar a alma em miragem
De afeto, de amor, fé e de emoção.
E que a esperança é que nos dá aragem...

(Renascidos neste baú de gratidão...
Pois aqui estamos só de passagem!)

Inserida por LucianoSpagnol

O que a esperança é, que nos dá aragem...
Renascidos em gratidão...
Pois aqui estamos só de passagem...

Inserida por LucianoSpagnol

Carta de amor

Amor, nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu pensamento
Que me fazem nesta carta confessar paixão
Letra por letra, ponto por ponto, argumento
Que já não sei amar mais ninguém
Do que você! E neste meu firmamento
Está o meu rimar que me leva além
Dos sonhos sonhados, do chamamento
Nas noites solitárias, frias, porém,
O que mais importa neste momento
É saber que você também me ama
E que juntos estamos neste planejamento
De vida, de cumplicidade, afinidade, chama
Assim, assino com o meu poetar
Esta carta de afeição
Grifada com o seu doce olhar
E versada com a nossa paixão...

Inserida por LucianoSpagnol

Amor nestes rabiscos desenho só sentimento
Em cada linha a saudade nodoando o coração
Com seu cheiro, seu gosto, seu afogueamento
Nestes versos de reconciliação

Inserida por LucianoSpagnol

Serenata pra lua

Ó lua que me vê aí do céu
A cada face nova fase surge
Nos braços me faz de réu
Dos amores que no peito ruge
Segredados a ti no apogeu
Das lágrimas que o tempo urge
Em poemas de chegadas e adeus
Com travas rimas que a vida tuge
No ritmo dos versos de saudade
Desenhadas nas ondas de bafuge
Que refresca a doce felicidade
Ó lua que no céu desponta!
Crava na parceria fidelidade
E nos sigilos a fiel desmonta
Guardando contigo na eternidade

Inserida por LucianoSpagnol

Acordado sonhei
Sonhei dormindo
Acertei e errei
A vida foi seguindo
Ao sonho falei
Me calei, outros sonhos foram surgindo
Novamente sonhei...

Inserida por LucianoSpagnol

Toada de amor

O afeto para ser encantador
Tem que ter toada de amor
Tem que ter ritmo no coração
E na melodia versos de emoção...
Aquelas notas que nos fazem sonhar
São também rimas a nos encantar
Adormecendo o olhar no abraço
E acordando a paixão no compasso
Da vida, do carinho, do aconchego
Que ritma a alma de sossego
E a ternura de casualidade
Assim, criando possibilidade
De um acorde parcioneiro
Cheio de cadência, cheio de cheiro
Na fluência de querer repartir
No aguardo afável porvir...
Uma toada de amor
com sintonia, com fulgor

Inserida por LucianoSpagnol

O afeto para ser encantador
Tem que ter toada de amor
Tem que ter ritmo no coração
E na melodia versos de emoção...

Inserida por LucianoSpagnol

Quando chove no cerrado

Quando chove no cerrado
Metamorfoseia por todo lado
A natureza num abraço apertado

Cada gota no chão empoeirado
Sinfonia dos céus anunciado
Alegria, pois chove no cerrado!

Molha o chão, chão molhado
Cê bem vinda! Esperado, rogado
Quando chove no cerrado...

Inserida por LucianoSpagnol

Quando chove no cerrado
Metamorfoseia pra todo lado
Molha o chão, chão molhado

Inserida por LucianoSpagnol

Eu em você, você em mim

Hoje, preciso de você
com qualquer humor
com qualquer sorriso... Pode ser!
Mas venha com amor
Aqui estou pronto para oferecer
Aqui cheio de terno calor
E também louco por ter
Se juntos podemos dispor
Porque não então viver
Caminhar lado a lado, onde for
E ser eu em você e você em mim
Transpassado o desencontro e a dor
E nesta solidão por fim...

Inserida por LucianoSpagnol