Poema Terra
O beijo das estrelas
O teu corpo de terra e água
Onde a quilhado do meu barco
Onde a relha arado
Abrem rotas e caminho
Teu ventre de seivas brancas
Tuas rosas paralelas
Tuas colunas teu centro
Teu fogo de verde pinho
Tua boca verdadeira
Teu destino minha alma
Meu mundo tolo
Teus olhos de mel e vinho
Bem que o mundo não seria
Se nosso amor lhe faltasse
Mas as manhãs que não temos
São nossos lençóis de linho
Que vem o beijo das estrelas.
Fazer o possível, para não passar pela Terra, simplesmente
Com um imenso Copia e Cola dos outros, palavras lindas
Copiadas do Google, para causar dúvidas, na sua Crença
Ou conceitos religiosos, e na velhice, e extrema doença
Vai se consolar com Deus e seus Enviados.
Você nunca dançou com ódio de verdade.
Dos limites da terra ao esplendor do céu, nada é mais belo, nada se faz realmente mais lindo quanto tua alma suja e estilhaçada em cacos afiados.
Veja em meu olhar o ódio, não poderá negar a essa dança, e então irei lhe mostrar o ardor em chamas, mas traga todo teu ódio em teu suor, que brilha fascinante em tua epiderme pálida e fria.
Baby, não há verdades nem mentiras no nosso novo mundo, não há honra no tolo e frágil amor de almas tão rasas.
Apenas dance a música que apenas tua alma degradada sabe tocar.
Sol, Lua
Céu, Terra
Dia, Noite...
Todos parecem ter alguém...
E eu fico feliz com isso.
Mas não sei se posso desejar o melhor
quando me vejo fora dessa soma.
Sou o que restou?
Apenas um numero a mais?
Tento não olhar
Poi ao ver essa cena
Tudo o que consigo
É sentir pena
Não do mundo
Nem desse amor
Porém de mim mesmo
Por aceitar essa dor.
Mas tudo bem
Sei que vai passar
Então por enquanto
Fico a esperar.
Pelo dia em que os planetas se alinhem
E nós possamos nos encontrar.
RIQUEZA DO SERTÃO
Nordeste de lampião
Terra seca e Juazeiro
Cuscuz tripa e buxada
Canta galo no celeiro
Rapadura com farinha
No meu sertão forrozeiro
amo a minha terra
quer seja inverno ou verão
trago dela a primavera
e o outono no coração
deixei nela minha figura
da qual não resta nada
só a saudade perdura
no peito sempre acordada
Noto no frio que te cerca
um sorriso aberto, lindo e vibrante
Mesmo noutro ponto da terra
Que olhar doce, terno e marcante.
Nós somos os seres
Mais apegados da terra,
Ate males quando se vão
Disfarçado de amor,
nos fazem chorar.
Caminhos e encontros
Atravessando oceanos
Cortando continentes
Procuro a terra do sol nascente
O caminho que me leva até você
Do monte aonde me encontro
Respiro o verde da esperança
Me deparo com oito caminhos
Cada um deles com a sua energia
Cada um deles com a sua particularidade
Que refletem uma profunda visão sobre a vida
Cada distância percorrida me aproxima mais do objetivo maior.
O encontro com o brilho dos seus olhos.
Por isso atravesso esses caminhos
Para meus olhos encontrarem o seu
Para meu abraço sentir o seu calor
Para meu coração se aquietar na saudade que quero matar.
Sou grata pelo o que terra me oferece, pois sem ela não existiria o que chamo de lar.
Vivo em conflito com meus erros e vaidades, onde na verdade necessito é de água comida e calor.
Quando meu coração aperta lembro da minha terra, onde tem mato, mar e um sentimento que chamava de amor.
Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará;
As aves, aqui vivem em cantoria,
Não como lá, que fogem da luz do dia.
Sim nosso céu tem mais estrelas,
E as mais belas e raras flores,
Nossos bosques têm mandacarú, chique-chique e faxeiro
Nossa vida mais umburana e melhor o umbuzeiro.
Em aperriar, sozinho, à noite,
Mais tradição eu encontro lá;
Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará.
Minha terra tem riquezas,
Que tais não encontro eu cá;
Em aperriar, sozinho, à noite,
Mais tradição eu encontro lá;
Minha terra tem úmbu,
Onde canta o carcará.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte há misturar;
Sem que disfrute os sabores
da umbuzada ao vatapá;
Sem eu aconchegue na sombra do umbuzeiro,
Onde canta o carcará.
NORDESTE.
O nordeste é pra amar
lugar de gente pacata
tem a terra pra plantar
tem a água que hidrata
de um lado o azul do mar
do outro o verde da mata.
Não só terra e ar
são teu elemento.
A solidão que te cinge
é a circunstância-mor.
Povoado, o mundo mascara
e te confunde bastante:
família e amigos bordam
com palavras e abraços
a miragem das pontes
a ilusão dos laços.
Mas a tua carapaça
refratária, intacta
não trinca ao toque
de nenhum afago.
És sólido, insólito ovo.
(A vida latejando
recôndita, secreta,
na gema de pedra
que ninguém penetra.)
O planeta Terra e o homem…
Vamos tratar de ter muito cuidado;
com o nosso fazer, pelo planeta;
devido a tal se encontrar atulhado;
com nosso maltratar, como a valeta!
Valeta, cheia de tanta sujeira;
devido ao nosso desmazelar;
pelo passar da nossa vida inteira;
a nossa bola tanto conspurcar.
Vamos tentar voar, sem avião;
Vamos tentar andar sem automóvel;
Vamos boa energia procurar!...
Para que o bom respirar, possa então;
Como o papa andar cá sem papamóvel;
Por a sujeira em nós, não se encontrar.
Com esperança;
Quando vier sobre ti dias nublados, não se deixe abater.
Lembre-se que a chuva fecunda a terra , faz florescer e dar frutos.
Sandra Lima.
Afro-brasileiro
Sou afro - brasileiro
Filho da Bahia
Uma terra carismática
De diferentes etnias.
Com o gingado e a meia lua
A capoeira é alegria
É dança é luta
É a representação do negro na Bahia
Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho de ser negro
Construir uma cultura
Que sofre com preconceito
Vou cantar a luta
Contra esse mal social:
O preconceito contra os negros
Xenofobia e coisa e tal
Com muita resistência
Desse jeito vou vivendo
Valorizando minha cultura
Que com esforço está sobrevivendo
Diante da exclusão
Não baixo minha guarda
Seu preconceito é maléfico
Porém minha voz não cala
Minha etnia é forte
Meu caminho é só um
Sou amado e protegido
Com as armas de Ogum
Os orixás da minha terra
Eu respeito desde cedo
Mas cresci enganado
Por um forte preconceito
Isso me fez acreditar
Que oxu era o diabo
Olorum não existe
E oxalá era um pobre coitado
A crença prevaleceu
E o engano foi desfeito
Mas o baiano ainda vive
Com esse preconceito
Zumbi é meu herói
Respeito a minha história
Lutamos por igualdade
Em nome de sua memória
Sou afro - brasileiro
Tenho orgulho da minha cor
O povo negro, diante do preconceito
Resiste e vence essa histórica dor.
Iniciação
Se vens a uma terra estranha
curva-te
se este lugar é esquisito
curva-te
se o dia é todo estranheza
submete-te
– és infinitamente mais estranho.
Mina!
De fora não se imagina
como o nordeste é feliz
tem o mar azul piscina
e a terra fértil pra raiz
de beleza é uma mina
e a culinária nordestina
é a melhor desse país.
Sou a terra que caminho...
Sou a água que fluidifica...
Sou o fogo que trasmuta...
Sou o ar que respiro...
Sou a vida Infinita...
Sou filha da Mãe Natureza!