Poema Terra
Estações amigas
A primavera alegra-me desde menina
Na natureza e nas pinturas de Linah
Na terra dos ipês a florada é perene
Assim como as orquídeas de Irene
O outono inspira-me e faço poesia
Sempre na lembrança as Marias
Heloisas, Lúcias, Anésia, Helenas
Loiras, ruivas, grisalhas, morenas
No inverno a circunspecção cotidiana
Lembrança da juventude com Eliana
Histórias partilhadas com Emiliana
E a poesia de Elzinha vem soberana
No verão o amigo sol com seu calor
Bendigo o pão de Sandras com fervor
Mara, Maris, Maíra, Marinês e o clamor
Tempos de Regina, Marilena com amor.
(Bia Pardini)
Há aproximadamente 400 mil anos vivemos conectados com a natureza, a mãe terra era (e ainda é) uma parte nossa, onde todos os recursos de nutrição, acolhimento e cura se podem encontrar. Muitos fatores nos distanciaram deste contato o que nos trouxe conseqüências devastadoras. Esse é um convite à conexão e à reconstrução da nossa casa. Ainda há tempo de reconstruir essa grandiosidade.
Soraya Rodrigues de Aragão
A liberdade é como um rio que se não pode represar.
Mas suas águas precisam fertilizar a terra da justiça.
A vida e a morte
Na morte o corpo na terra adormece
E a alma flutua no céu celeste
Ascentada no trono junto de Deus
A alma também se aquece
No coração de quem a alma não esquece
A vida se continua no todo e sempre
Para aqueles que a saudade sentem
E também para aqueles que partem
Somente em diferente aspecto
Porque um o invólucro perde...
Daí a vida e a morte, diferença se apresenta
Porque enquanto um num corpo se assenta
Se diz que vive no corpo vivente
E sem um corpo se morre ausente.
Aí que, se a vida pode ser um sopro
E a morte ser a eternidade...
Então é na morte que se vive de verdade?
se esta terra fosse surda
e os seus pés respirassem
mudos na penetrante calma
do Alentejo
talvez a isóscele sombra
que me encandeia o crânio
iluminasse
num só suspiro
o esplendor vítreo
do sono
e fosse uma cratera
ou criatura
viva e venosa
e litúrgica
fina e mansa
como um ritual
ganhando luz
sobre o solo
e não apertasse esquiva
a garganta da planta
que a raiz engole
e torna infértil a terra na terra.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "se esta terra fosse surda")
uma flecha que anoitecesse no tempo
lugar, pedaço de terra, erva ou árvore
uma flecha que resistisse implacável
à biologia de uma meia volta de Úrano
sem a subtracção de uma soma
este lugar contém o mesmo
azul celeste sem ser galáctico
poalha invisível sem ser cósmico
é este o lugar onde renascem
os primeiros homens órfãos
do destino sem distinguirem
a mortalidade do seu tempo
densos e altos e firmes poentes
ave, voo pleno ou plano boreal
desvelam frondosos sobre a água
o misticismo das sereias mudas
ninguém as vê plantando os peixes
ninguém as vê caminhando sobre o céu
ninguém as vê contando as pedras
e os peixes voam no céu como pedras.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "os peixes voam no céu como pedras")
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
Tempestade
Ventos uivantes
Relâmpagos que cortam o firmamento
E ricocheteia o solo
Fazendo a Terra amedrontar-se.
“Simão Pedro subiu e puxou a rede para terra, cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes; e, sendo tantos, não se rompeu a rede” (Jo 21:11).
Quantos problemas há em seu casamento?
Quantos problemas há em seu trabalho?
Quantos problemas há em sua vida financeira?
Quantos problemas há em sua saúde?
Quantos problemas há em seu corpo, mente e espírito?
Quantos problemas há em sua vida sociofamiliar?
Quantos problemas há em sua vida socioafetiva?
Quantos problemas há…
Percebeu o que aconteceu com a rede repleta de peixes? Ela não se rompeu! Como, por quê? Porque Jesus estava presente. Quando Jesus está no barco, nada pode resisti-lo. Jesus detém quaisquer amarras: tanto para reter quanto para livrar.
Não importa a quantidade de amarras na rede, literal ou virtual; não importa o tipo de amarra; Jesus rompe com quaisquer tramas de qualquer rede. Mas para isso é preciso estar com ele, em comunhão com ele, buscando a sua santidade mesmo em meio às dificuldades da vida, mesmo em meio a tantas tentações, pois o simples buscar a Deus é o suficiente para nos manter em comunhão com ele. E àquele que persevera na presença do Senhor as portas se abrem, e porta que o Senhor abre ninguém pode fechar.
Ou seja, quando Deus está no controle, pois ele tudo vê e tudo sabe, tudo vai bem. Basta confiar e esperar.
Noite...dia...
O sol está aos poucos sumindo
Tudo esta tão parado
E a noite que vem caindo
Na terra aqui do nosso lado
O céu a azul todo riscado
De um vermelho quase alaranjado
É um silêncio engraçado
Parece um mundo encantado
Vejo no céu uma estrelinha
Já está começando escurecer
Começa uma brisa fresquinha
E um perfume de flores a me entorpecer
Agora o céu esta lindo
Todo de estrelas decorado
Vejo os satélites que vão indo
E os desenhos pelas estrelas formado
Aos poucos a bela lua
No céu vai aparecendo
Isto me traz lembranças tua
De saudades estou morrendo
O dia está amanhecendo
Ouço os pássaros a cantar
O sol esta aparecendo
O céu está a vermelhar
O sol está ficando forte
As plantas começam murchar
Quem tem sombra tem sorte
Pois o calor chega sufocar
O ar parece parado
É um calor insuportável
Esta bom para pegar um bronzeado
Ou nadar que é mais agradável
Eu só fico esperando
Que chegue o anoitecer
Pois é mais um dia findando
Para outro dia amanhecer
O coração é terra que ninguém vê.
A lágrima que cai
Veio do meu olhar...
No silêncio profundo
Hoje eu me ouço
Em meus devaneios.
Vivo na espera.
Quando chega o novo dia.
Algo vai me trazendo inspirações.
Em profundas emoções.
Sinto dentro do meu ser
Sana conciencia que vai desabando minhas ilusões.
No voar da borboleta....
Parece arrancar pedaços de mim.
Me deixando incompleto...
Que ainda irei sonhar
Aquele sonhado poema
Do eterno amor de um coração,
Que é terra que ninguém vê...
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Terra boa
Na minha terra tem brincadeira
O chão se cobre com algodão
Daquele pé de paineira
Nosso tão amado ... Barão.
Tem penca de criança na árvore
Tem tampão de dedão no chão
Criança virando kibe na areia
Esse é o meu Barão
De mãe pra filhas essa é minha herança
Corre, pula, brinca, chora
Vai levanta, não faz hora
Que eu seja uma eterna criança
Qual o nome da terra?
É aquela que o boi falô
É Barão Geraldo, nasci nela
E a carrego com muito amô!
Qual é a minha missão na Terra?
Achas que estás a deixar a tua marca para alguém a seguir mais tarde?
Acho que é uma pergunta de que nos perguntamos várias vezes.
Quando achas que estás a fazer algo de diferente, já estás a deixar a marca.Até porque o que é bom para ti, poderá não ser para outro ser e vice-versa.
Como vivemos num planeta de provas e expiações, acredito piamente que todos vimos sim com a "dita missão", agora a questão é se foi para nossa evolução ou evolução do outro, porque mesmo ao falharmos connosco,estaremos a contribuir para a evolução do próximo, porque aprendemos todos com os erros uns dos outros.
Sentimentos Atômicos
Ouço assobios vindo do céu
E vejo clarões aterrorizantes
Sinto a terra tremer meus pés
Pressinto o fim a cada instante
Ouço um choro constante
E vejo pessoas desalojadas
Procurando por onde se esconder
Dessa guerra que não acaba
Ouço outro estrondo alarmante
Que veio de uma cidade muito distante
Eu vi, o que já tinha sido visto antes
Ouvi a voz de um pequeno garoto
E o grito de um homem gordo
Eu vi as consequências trazidas
Que é vivenciada até hoje em dia.
Assim diz o senhor
"Chega a mim, dou a vós e não faço acepção o mais doce e puro mel da Terra, não faltará azeite na tua botija, sacio a tua sede e transbordo tua mesa, contudo aos que rejeita a mim e meu filho amado, estes dias amargos pereceram no colo."
Giovane Silva Santos
Paz na terra
Luz na vida
Fé constante
Confiança desmedida
Música no ar
Força para seguir
Dia a raiar
Deixa fluir
Orando para pedir a chuva
Deus pai todo poderoso,
Tu que criaste a terra e fizeste o homem a sua imagem e semelhança.
Na terra colocaste o homem para fazê-la frutificar, tirar dela seu sustento a fim de que seus filhos sejam alimentados.
Tu que esperas de nós que cuidemos bem de tudo que foi criado por ti.
Manda-nos a chuva , envia-nos está benção dos céus. Gotas abençoadas e salvadoras que fertilização a terra.
Senhor, eu te peço,livra-nos dessa terra árida onde nenhum broto verde emerge. Onde as pastagens estão secas e sofrem os animais sem o alimento natural. Onde em muitos lugares já está faltando a água, nosso bem tão precioso da qual depende nossa sobrevivência.
Senhor misericordioso,ouça o clamor desse povo sofrido que de ti espera a salvação.
Contamos com vossa misericórdia , Senhor. E desde já vós louvamos por tão bela criação e pelos dons e bençãos até agora recebidos.
Em vós espero, em vós confio!
editelima/Agosto/2021
Como tem gente
podre nessa terra,
Usa o nome de Deus na boca
E faz tanto mal as pessoas inocentes.
Sertanejo Guerreiro
Imensidão de terra, um punhado de coragem.
Terra seca, muito sol,
Terra árida regada pelo suor do trabalhador,
Calor que seca a esperança,
E faz brotar água nos olhos daqueles que vivem no Sertão.
Não falta coragem,
Porém sobra tristeza para aqueles que ali nasceram.
Vivem buscando maneiras de encontrar razões para ficar.
Coração cheio de incertezas do futuro, mas que não deixa de sonhar.
Maneira guerreira de levar a vida,
Sertanejo deixa no chão passos pesados, cansados,
Marcados pela rotina de sofrer.
Povo esquecido, sem direito, sem chão.
Maneira guerreira de lutar pela vida.
Carrega calos nas mãos, buscando na terra seca um punhado de ilusão.
Calor que seca a esperança
Que endurece o coração de quem ama o sertão!
Há uma tristeza estranha no olhar.
As almas dos nobres da terra são consumidas ao fio do pavor.
O inferno finalmente encontrou o seu lugar.
Ela caiu e o novo mundo não existe mais.
A carne podre queima ao passo da sega.
O fumo da promiscuidade contamina o ar.
Há uma tristeza estranha no olhar.
Homens caem e não terão um funeral.
As lagrimas secaram e não haverá choro.
Nem todos sentem o perfume da morte.
Há um gosto de sangue e metal.
O dia da vingança chegou.
Depois de mil anos,
O sentimento ainda é o mesmo
A promiscuidade polui a terra, contamina o ar.
Ninguém se importa...
Os homens ainda estão ao chão e não houve funeral.
O dia da vingança chegou...
O anjo terminou seu trabalho,
Separou os molhos e queimou a palha.
Suas mãos ainda não estão cansadas.
O dia da vingança teminou.
As lagrimas secaram e não houve choro.
Há somente o brado de vitória, cinzas e desolação.
Há uma alegria estranha no olhar.
A pura alma herdou a terra.
As lagrimas secaram e não ouve se choro.
E nunca mais haverá funeral.