Poema Terra
Dia de Portugal:
Esse Porto do Graal;
essa Terra Lusa
tão cheia de Mistérios e de Glórias...
Não queria pertencer a outra Pátria!
A poesia chega, de repente,
E se abriga na gente.
Faz, de nós, sua morada.
Hoje, sou terra habitada.
Madrugada de Junho
Chamam-me Zé, da terra do rei. Apesar disso, um humilde plebeu.
Cidadão orgulhoso, hébrio eventual e desafortunado, estudante bem sucedido e intelectual fracassado.
Há dias não durmo. Não muito. Não.
Soluções das mais diversas foram-me apresentadas. Como meu caráter, contudo, são falhas.
Como ciência, deixam a desejar. Como técnica, ineficazes. Como crença, continuam no plano imaginativo. Um fracasso.
Ontem testei um remédio. Dormi junto ao despertar do sol.
Hoje foi diferente. Álcool. A alvorada se foi há horas e ainda escrevo estes versos.
A agonia já deixou de ser amante. Casei com ela e a traí. Raiva, minha nova paixão.
Desespero será o meu futuro. Desesperança, após ele.
Quero chorar. Também desejo vomitar. Tristemente, não tenho mais controle sobre o próprio corpo.
Minhas mãos tatilografam amontoados de rabiscos estranhos, os quais a autoria negarei pela manhã.
A falta de memória será a prova.
O sono não vêm. A angustia bate frenética a porta de meu coração. Descobriu a traição e agora cobra seu preço.
Suspiraria de alívio se ela apenas pegasse as malas, preferisse meia-duzia de ofensas, desse meia-volta e só voltasse meia quinzena depois, com um oficial de justiça e uma intimação. A dor de cabeça séria menor.
Decadência.
Ao menos não estou sozinho. A tristeza é companhia fiel. Durmo com ela às vezes, mas durmo.
Mal posso esperar pela próxima visita.
Niilista? Não, não tenho tanta sorte e nem tanta esperança assim.
Ó, Tristeza, quando voltarás? Desejo-te, fiel amiga. Se quiser-tes, caso-me contigo. Aceitarei teus egoísmos, desejos e tuas traições.
Sono, eis o que quero em troca. Apenas isto. Aceitas a proposta?
Fico feliz...
O senhor colocou nos meus lábios.
“Porque esta Terra, mesmo sendo usurpada, massacrada, e vós filhos, que à tempos tem vivido aos prantos cultivando a minha paz, dou a experimentar continuamente o descanso, mesmo apostando corrida com os cavalos e atravessando os matagais do Jordão, vos coloco o vigor da juventude e adorno macio para suas cabeças.
Giovane Silva Santos.
"Caminho feito de flores,
Presença de boas vibrações,
Centelha de amor,
Que abrasa a Terra
Alimento espiritual,
De beleza, paz, amor e alegria"
Citação do livro 'DESPROGRAME-SE'
Em 27 anos, 324 meses, 9855 dias... resumindo o tempo em que resido na Terra. O que é o tempo?? Tão presente em nossas vidas e muitas vezes difícil de se entender. Tempo esse que passa depressa em períodos que vai desde o nascimento, passando pela juventude, encostando no amadurecimento e chegando a "melhor idade" como dizem no popular. O tempo é "vilão" ou nós que não sabemos aproveitá-lo com sabedoria? Já dizia Albert Einstein: "o tempo é relativo". Nesse sentido, nas alegrias parece que passa rápido demais como em uma fração de segundos, no entanto, nas dificuldades temos a percepção que o relógio para e o tempo se arrasta em longínqua agonia ainda mais quando se vive em tempos de pandemia.
Se olharmos a imensidão do universo conseguimos enxergar como somos pequenos e que esse tão falado tempo de passagem nessa Terra passa em "um piscar de olhos" e costumamos não utilizar bem esse tempo tão pequeno que temos.
Como em Eclesiastes no cap.3 em suma diz que, existe tempo para todas as coisas, então que saibamos utilizá-lo esse tempo tão exíguo em que temos no planeta azul de forma sábia.
A vida na Terra tem seu limite...
Faça o melhor, para que seja lembrado pelo bem que espalha e não pelo desamor que divide...
Em breve será apenas lembrança e nada mais...
Percepção
Carlos Nery
Você já pensou se um dia
A nossa Terra se cansasse
De ter estado sob a gente
E ela toda tremesse, numa
Ameaça iminente?
Então, para onde iriam
O ciúme, o egoísmo e a inveja
Que ora à Terra nos prende?
Será que evitariam que nós
Caíssemos dela?
Ou iriam com a gente
Para o fim ou outra era?
Na terra calada
Fui deixando p'lo caminho,
desassossegos, que não eram meus...!
-- josecerejeirafontes
Meus passeios aqui pela Terra...
Afastam o meu pensar, da guerra...
Eles acalmam o meu ser e a cabeça fica nua...
Olhando para o céu, vislumbro uma bela Lua...
Penso: “Deus sempre foi muito bom comigo” ...
Porque, ser feliz, até agora, foi o meu maior “castigo”!!!
Trégua pra Terra
ou
Trava Língua Incompleto
e Trava Tudo
Vamos dar uma trégua
pra Terra!
Que tal um mês de férias
de nós pra ela?
Uma vez ao ano
Um mês por ano!
Uma vida a menos
que não nasça apenas
para consumir!
MINHA TERRA!
A imagem linda que posto
é do meu nordeste amado
essa eu defendo e aposto
que é lugar abençoado
tudo nessa terra eu gosto
porque sou apaixonado.
Minha terra, meu sertão
minha vida, meu destino
onde a flor brota no chão
onde nasceu Virgulino
peço a Deus em oração
se tiver reencarnação
ser de novo nordestino.
Oh meu Deus não permita que eu passe pela terra em branco.
Que eu seja como um raio de luz clareando as estradas sombrias dos corações aflitos daqueles irmaos menos afortunados, carentes do pão do corpo e espírito.
Oh meu Deus não deixeis..
Que eu volte de mais vazias e o coração triste,
Não deixeis meu senhor, não deixeis...
Desvenda senhor ! dos meus olhos o véu do egoísmo e do orgulho
Que eu me apresente a ti com as mãos vazias , o coração repleto de amor e consciência tranquila de quem fez luz na sua própria estrada ,e que foi um toque de luz na almas de todos que cruzaram o meu caminho.
13/09/2019
...o segredo da arte não está em ser compreendida, porém em ser apreciada.
(Contos de uma Terra Prometida, p. 50).
...A felicidade... [é] um instante abarrotado de infinidades.
(Contos de uma Terra Prometida, p. 50)
Tudo nessa terra eu gosto
terra do meu povo amado
todo verso que eu posto
é de um cabra apaixonado
por isso sempre resposto
que o nordeste eu aposto
que é um lugar abençoado.
PROCUREI-TE EM TANTOS SÉCULOS
Procurei-te na terra pelos séculos
E os cemitérios que não tinham o teu nome
Procurei-te a noite pelas sombras
Nos becos mais escuros que encontrei
Procurei-te pelas ruas da cidade, vila ou aldeia
Entre as tabernas, tascas ou cafés
Procurei-te durante dias pelos cantos silenciosos
Que a minha pobre alma tinha
Procurei-te na floresta pelos galhos das árvores
Dos pinheiros, dos chuopos, das oliveiras e rios distantes
Procurei-te nos campos de trigo, por vales
Lameiros e cada caminho escondido que encontrava
Procurei-te no mar nas suas ondas gritando o teu nome
Nos barcos, nos navios abandonados e nas rochas afiadas
Procurei-te nas profundezas mais sombrias
De mim que alguma vez eu tenha feito
Procurei-te entre as estrelas, as nuvens, a chuva
A neve, o nevoeiro e por todos amanheceres
Procurei-te nos meus sonhos e vi me esperavas a muito tempo
Nesta procura de tantos séculos passados a tua procura.