Poema Soneto da Felicidade
ALEGRE SONETO CONTENTE
O meu alegre soneto contente
Canta, celebra, e feliz da vida
Esquece o peso, vai em frente
Na sua satisfação destemida
E nesses versos, tão presente
A extensa felicidade incontida
Que adentra a alma da gente
Alastrando na emoção sentida
O bem estar é são, tem clarão
Fazendo da vitória, boa razão
Enchendo de ovação e clamor
Meu alegre soneto, bem sabe
Que agrado, sensação, cabe,
Na fortuna dum grande amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 abril, 2024, 17’44” – Araguari, MG
DE MANSINHO
Por Paulo e Delaine Siuves
A felicidade vem brincar comigo,
vem chegando de mansinho trazendo paz,
me fazendo sorrir, me fazendo sonhar,
me fazendo acreditar que serei feliz.
A felicidade vem brincar comigo
ela foge das minhas mãos
vai embora como uma brisa,
e se transforma em tempestade.
A felicidade riu de mim,
E foi embora de mansinho.
indo morar em outro lugar,
a felicidade foi embora
e deixou o som das risadas no ar...
hoje a risada me tormenta.
Encontro
Um sonho esperado por um dia
Ansia uma felicidade antecipada
O pensamento voa numa melodia
E repousa uma alma ávida
Com olhar fixo no horizonte
Um riso estampado no rosto
O coração num suave deleite
Na busca por um afeto
Uma espera longa
Uma completa ilusão
Para fazer bem ao coração
Que traga o amor tão esperado
Para tranquilizar a alma
Sentindo seu aroma
@zeni.poeta
A felicidade interna
Vou tentar um poema engraçado
Para dar de presente a um amigo
Que põe o humor no seu calçado
Ou tenta fazer da lua seu abrigo!
Contudo, tudo o quanto consegue,
É ir ali onde a horta faz convite
Daí colhe repolho, batata e segue,
Come tudo e se farta com apetite!
Depois disso a felicidade aperece
No bom senso ele tenta o drible,
Porém, o inevitável acontece:
- A felicidade interna sai no puum...
A alegria é pra ele algo incomum
E a sequência prossegue: pum, pum!
O que afeta é a ditadura
Há à inércia apática da felicidade, a crença
Há à emoção da sensação, à paz felicidade
Há à isso regras ou leis e ditos espirituais
que seguem, insistentemente no desapego!
O que desapegar flutuará e será de quem?
De certo que ficará liberto no firmamento,
aberto feito a redoma limitada da sombrinha,
que desapegada de suas mãos irão em vão!
A inércia de seu reflexo te emoldura em ato,
em fato, em quadro quadrado ou bola redonda,
mas o triângulo é que tem ponta e aponta Deus!
Deus é o sol na ponta, o sangue na direita...
e o petróleo à esquerda, está aí trinidade
e a ditadura seguirá sobre o que afeta!
Anos vividos
Da vida, eu fui mais que se está vendo
Da felicidade eu fiz parada e repouso
E nem mais sei se fui tolo ou penoso
Nas trilhas de estar feliz ou sofrendo
Se estou enganado, ou fico glorioso
Não posso medir apenas no sendo
Sou fausto, e da paz eu vou vivendo
Tentando buscar só o bem precioso
Agora que a velhice é um havendo
Nada sei, eu persisto, e pouco ouso
Pois o fado não é claro no referendo
Disso, amei sem ter sido enganoso
Fui além, dum olhar, do só querendo
Na morte, vou do viver ser saudoso
Luciano Spagnol
20/06/2016
Cerrado goiano
Tem carro, casa, grana e ainda reclama.
Diz situações repletas de má fama
Faz drama, afinal grife é deslumbrante
Tem corte de cabelo que é ultrajante...
Expresso a frustração, por essa trama,
Do desperdício que nos leva à lama,
Desse egoísmo que nos faz distante
Nessa futilidade massacrante.
Com muito papelão em seu carrinho
O menino caminha na Teodoro
Sampaio aos seus catorze anos de idade.
Então, pense bastante sobre o vinho
Cabernet, tinto e seco (que eu adoro)
Mas que não muda a triste realidade.
VALER
Eu poetizarei um momento de riqueza
por uns termos tão poéticos e ditosos
que assinalem aos infelizes invejosos
a satisfação, esse bem que da certeza
Escreverei alacridades sem dureza
suspirando mimos tão carinhosos
que jamais serão atos caprichosos
pois, são vindos da doce gentileza
Pra quem servir, não tenho segredo
no agrado, é belo como o horizonte
do cerrado, com estupendo enredo
Nessa corrente, se sente, é fonte
de amor, paz, onde não há medo
inutilmente, e nem desmonte! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22/11/2020, 08’40” – Araguari, MG