Poema Sobre Solidão
Sobriedade
sob a morte o desejo
tudo revela um momento translucido,
voz se cala na solidão,
num ecoo desperta sensações...
para o qual involuntariamente
prejulgo o tal sentido que desdem ao profundo
sentimento de balelas se dão no desfrute...
Quero você
"Minha angústia se revela no silêncio da noite, quando a solidão invade minha alma.
A escuridão vai passando diante de meus olhos, sem que eu consiga adormecer.
Meu coração palpita num ritmo alucinado, é impossível controlar a invasão de pensamentos que vagueiam por minha mente.
Todos os meus sonhos escondidos se despertam na madrugada, eis que surge sua imagem enigmática diante da escuridão da noite.
Quem é você? Homem tão cheio de mistérios, um convite que desperta certas vontades em mim.
Aguça meus desejos, inflama todo meu corpo com um fogo abrasador que me faz delirar só de pensar em tê-lo em minha cama.
Teu olhar diz tantas coisas sem dizer se quer uma única palavra.
Esses seus olhos escondem tantos segredos, me faz querer desvendar tua alma, descobrir teus encantos.
Quando me olhas atiça minha mente a
desejar-te, incentiva meu corpo a querer se misturar ao seu.
A noite vai passando... Eu imaginando tudo que poderia haver entre nós.
Por um instante a insanidade me possui, imagino ao amanhecer correr pra você, dizer tudo que faço contigo em pensamentos quando anoitece."
(Roseane Rodrigues)
Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto. Muitos estão cercados de pessoas, mas não tem amigos os quais dividem as alegrias mas também angustias que tomam o seu coração.
Por mais que os padrões cotidianos apontem para outro sentido para a palavra sucesso, entendo que o sucesso de alguém não se baseia nos bens materiais que o trabalho duro a fez alcançar, mas sim em quem se tem ao seu lado quando nada mais importa ou quando as coisas não vão bem.
Apesar dos percalços que tenho enfrentado, me considero um homem de sucesso, pois tenho amigos que não são de mentira, pois refletem a verdade sobre quem eu sou a cada momento que passamos juntos.
DISPO
Dispo a alma do corpo
Visto-me num sonho
Mergulho na solidão
Entre as gotas de felicidade
Das lágrimas caídas
Sentimentos das emoções
Que nasceram vazias
Morrem de tantas sensações
Nas palavras escritas
De tantos amores
Esquecidos, perdidos
Nos sonhos inventados
Por caminhos desconhecidos
Que nos levam a viajar
Pelos caminhos do amor.
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Solidão, Ação Bela;
Deixo a Sociedade e Fico Só;
Mas Não Pelo Fato De Precisar;
Mas Sim De Querer, Com Uma Vontade;
Insaciável De Apenas.. Ficar Só.
Amor virtual
A solidão da distância
Poupava-se sem se ver
Sentia com a alma, mas as mãos não podiam alcançar,
e na distância dos corpos, acariciávamos o paladar com a poesia do luar.
Assim deixamos o término
As reticências ocupam o parágrafo final...
Deixando a imaginação voar solta, como um balão, rasgando o céu sem fim,
desafiando o infinito.
Belo, belíssimo no seu livre arbítrio.
Arbítrio que me leva até você, desafiando as fronteiras pelo meu bem-querer, querer você, sentir-te de perto, do virtual ao presencial.
Chorar lhe alivia o coração
Lava a alma de tristeza e solidão
Mas o choro da o aval dessa imensa dor
De perder um amor tão bem construído
Tão bem amado,
Apreciado e delicado
Mas no fim foi degradado.
Em conjunto com o mundo
Gritos agudos
percas sem dó nem piedade
Eu choro o choro de solidão
E rio para disfaçar
Disfarço a solidão
Que me aprisiona
Nessa minha concepção
Hoje me vejo em uma triste solidão que assola meu coração,
E me desespero pensando em você.
Poeta Marcos Nascimento
Guerreiro da Solidão...
Então olharam para mim, o último entre os meus que ainda vivia...
Todo aquele exército calado olhando um cadáver que insista em viver... E os abutres pediam para eu tombar pois clamavam minha carne...
A dor era intensa e a morte certa... Que seja! Pensei por debaixo do elmo pesado...
Porém uma voz em mim dizia:
- Persiste, Persiste!
Uma respiração profunda....
Está certo!
E a carcaça ainda com vida ergueu a densa armadura banhada em sangue...
Todos deram um passo atrás quando me pus em pé...
Só em ver o respeito das tropas inimigas foi recompensador, seus rostos não acreditando no que viam...
Abismados e calados ficaram enquanto eu caminhava em direção a eles com toda firmeza e honra...
O elmo escondia a cara de dor, escondia as lágrimas e o medo....
O elmo não permitia que vissem o homem, mas somente o imortal Guerreiro da Solidão...
Não tombei mais naquele dia...
Não tombei mais até hoje...
Porém um dia Deus me permitirá não precisar mais levantar, permitirá tirar a armadura e o elmo, e em fim respirar sem dor.
Por muito tempo eu achei que poderia ser feliz, cultivando a solidão;
Porém das noites não vividas com a pessoa que completasse o vazio que havia em meu abraço, percebi o quanto precisava viver esse pensamento;
A minha imaginação era detalhista, desenhava a pessoa, o sentimento, o lugar, a ação e até o ar que eu respirava;
Era como um sonho realista, os sentidos se perdiam, os desejos se desprendiam, minha boca enchia d'água;
Até que o meu realismo se tornasse como uma pintura com tinta porosa;
Haaaa, se o destino permitisse que eu sentisse o frescor de tal sensação...
Eu experimentaria o caminho da felicidade junto a alguém;
A esperança diz como quero ser, com quem devo ser e o lugar que devo
A begônia Silenciada
Cheia de luz
Mesmo com a solidao aflorada
ela sorria para
Encontrar seu noivo em casa
Metrô vazio
Nao sabia que o pesadelo o acompanhava
Um vento sem vida
Uma noite sem estrelas
Poucos minutos que perpetuariam na sua memoria sem vida,
Aquele cheiro
Suor e vomito
Sem dignidade ela perdia seus sonhos
Violentada
Acabada
como um adeus
Aquele homem cujo sobrevivia de dor e desespero das suas vitimas
Olhou em seus olhos de medo e sorriu
Logo atirou
Desfigurada
violentada
Begônia,a flor silenciada.
Espaços num manto de solidão,
são resquícios de lembranças,
de onde a luz foi roubada,
bem num estante senti essa luz
que devorou meu amor...
estamos nos perdidos de tantas formas,
que achamos que tudo está bem...
Evos de solidão
És como águas mortas
de um bruto solipsismo...
que nasce do egocentrismo
nos teus diques e comportas
e impede-nos navegar
nos teus rasos oceanos...
reflui desse imo insano
ardis de cunho vulgar
e lastra em teu caminhar
vislumbres de escuridão
de juízos inumanos
porto que ninguém aporta...
dédalo de tantas portas
sendas a comuns engano
contemplações do ser ufano
sugerem indefinição...
viajor de histórias tortas
em teu destino há respostas
pros evos de solidão...
A solidão é meu nome
convém-me ossos roer
e sem visão d'outro norte
lastimo a dor de meus cortes
desditoso por aceder
vegetando, sem viver
me amofinando entre enfados
há cada dia há um fado
d'invernos que me consome
a solidão é meu nome
d'infernos fui apenado.
Sem visão d'outro norte
À solidão condenada
E inane, refém da dor
por não saber dar valor
a quem se deu qual morada...
inconsequentes pancadas
me fez aquém de poder
além de excluir querer
também me pôs contra a sorte
e sem visão d'outro norte
convém-me ossos roer...
Desertos
Quando sentires solidão
Semeie flores nos teus
Desertos
Abra portas e janelas
Quando o sol penetra
Nos labirintos, da alma
Tudo que é cabalístico
Vai embora...
A solidão da idade, reina sem parar.
Sol e Lua, Sol e lua, paro a pensar.
Atrologia, minha ferramenta, me ajuda a raciocinar.
Onde estão as características?
Nele, cada detalhe.
Vejo, penso e vivo.
Perdido em seu olhar.
Ninguém sabe quem sou, muito menos eu.
Minha vida mudou, e de repente me esqueceu?
Por que não posso tê-lo? Se ele é tudo que Deus me deu.
Fico curioso para saber quem ele escolheu
Recife
Recife é noite
Recife é dia, sol inflamável
Recife é amor e tristeza
É solidão de ponte a ponte
Recife de Manuel Bandeira
Recife das batidas do maracatu
Recife dos manguezais
Mistério tu és demais, Recife
Recife brasileiro como a gente
A poesia está em cada olhar
De cada pernambucano
Cada inverno, cada verão
Recife tá no coração
O que seria de nós sem essa cidade?
O que seria da nossas vidas sem o trânsito irfernal da Agamenon?
O que seria de Pernambuco sem Recife?
O que seria do Brasil sem Recife?
Um Brasil com menos brilho
Recife é poesia brilhante
É uma gota de orvalho linda
Recife é uma melancólica felicidade infinita.
Recife é vida que nasce, é vida que se vive
É sonho que se realiza, sonho que se morre
Recife é imortal
Azar do estado que não tem Recife como capital.
A TUA DOR, IRMÃO
Doem-me todas as palavras
No teu corpo de solidão
Enquanto a madressilva me sorri.
A Liberdade de um grito
Cravado em mim
Que desconheço.
Doem-me inclusive as sílabas
Dos teus lábios de silêncio
Em redor da enseada.
Doem-me castiçais de prata
Transbordando corvos feridos,
E sementes que jamais germinarão.
Dói-me este pão de cada dia
Irmão,
A tua fome que encerro em mim,
O teu frio que me rasga por inteira.
Dói-me este sangue de traição,
Esta ânsia de jasmim,
Este beiral de pardais,
Pedaço de ti.
Dói-me a luz da cidade desperta.
Mata-me o desassossego do fado
Que me liberta e santifica
Num altar de cravos e madrugada…
…e finalmente já exausta de mais um hino à tua, nossa Dor
Meu irmão,
Todas as palavras me doem,
Seja qual for o Caminho!
© Célia Moura – Do livro “Enquanto Sangram As Rosas…