Poema Sobre Solidão
Me sinto sozinha
Não é que eu esteja sozinha
olhe quantas pessoas ao meu redor!
Mas...
Mas porque?
Porque eu me sinto tão sozinha
Me sinto afundando na minha propria solidão
UaU!
Tem tantas pessoas ao me redor!
Tem tantas pessoas que dizem que me amam
Tem tantas pessoas que dizem que eu sou importante
Mas porque?
Porque esse sentimento de solidão me persegue!
Porque esse sentimento não vai embora!?
Já percebi!
Percebi que não importa quantas pessoas estiverem ao me redor
Ainda me sinto sozinha
Ainda me sinto triste e solitaria
Me sinto como uma alma vagando a procura de vida, luz, cores e sentimentos
Quero ser feliz
Mesmo tentando, nem sempre conseguem enxergar os dois lados da moeda.
Afinal, o de cima brilha, tem uma bela cor e possui um desenho mais elaborado. Já o outro lado, é mais escuro, difícil de se enxergar, seu brilho já está fosco e sua estrutura é envelhecida, apagada e deformada.
Pela beleza do lado de cima, só enxergam ele, esquecendo completamente que o outro também existe, também sente e também se importa.
Possui sua história, afinal, tudo que possui uma história carrega suas marcas, as cicatrizes e as feridas do passado que muitas vezes ainda não estão coaguladas.
Essas feridas gangrenam, ardem, machucam e cortam aos poucos o coração do lado de baixo, que com esse isolamento só se enferma cada dia mais.
Pouco a pouco, a cada dia mais, em cada segundo, só se aproxima mais de um abismo, que nunca mais sairá.
E nele, o lado de baixo sempre se encontrará, sozinho, desolado e triste.
Mas esperançoso que um dia as trevas não o cercarão mais, e que um novo capítulo, sua vida proporcionará.
Nele, o lado escuro será lapidado, tomado de luz e adoração. Pela primeira vez será adorado e valorizado como sempre sonhou, nunca mais o irão excluir, isolar e ignorar. E dessa forma, sua vida finalmente vingará aos que o deixaram para baixo, proporcionando felicidade ao lado de baixo, que agora é o brilhante lado de cima.
►Vela ao Norte
Passei por lá hoje cedo
Esperava te avistar na janela
Ao não te ver, senti um medo
Como se não fosse mais vê-la.
.
A labuta foi árdua pela falta
Minha mente estava toda em ti
Pensei em sair cedo para ir a sua casa
Mas o dever me proibiu de ir.
.
Logo ao tardar, lá passei novamente
A janela continuara fechada
Toquei a campainha brutalmente,
Esperando que viesse toda empolgada.
.
No silêncio da noite acendi uma vela
A encostei perto do nome ao Norte
Admirei por um tempo sua foto bela
Até me adormecer sob o aroma da morte.
Parece-me que pouco a pouco o tempo consumiu o que existia entre nós dois,
Parece que agora o silêncio é a nossa melhor forma de se declarar, e que a nossa virtuosa aliança hoje apenas comprime os nossos sentimentos.
Talvez estivéssemos tão focados em sermos novatos apaixonados, que esquecemos que o tempo existe, e que ele consome tudo que tem vida.
À DERIVA
Faz 20 anos que não sei
mais o que é amar alguém.
E 10 que não me apaixono.
Será que o tempo-oceano,
que naufraga céus e sonhos,
foi me afogando também?
Decidir me afastar de tudo e todos que não me faziam mais bem, aprendi que no final sempre vai ser eu por mim, e que nem sempre amizade é essencial para se viver a vida.
E que a vida é constituída primeiro pelo amor próprio antes de qualquer coisa.
Nem sempre amigo, família e conhecidos vai te trazer felicidades, por isso aprenda a curtir sua jornada sozinho daí você verá o quanto é bom ser feliz sem depender de alguém.
Muitas vezes na caminhada
já em passos bem cansados
segue o viajante que divaga
sobre o que lá atrás há deixado
Seu coração pede aconchego
está quase desistindo de lutar
mas a vida manda- lhe um adrego
encontra sempre um jeito de se adaptar
Adapta-se à lágrima e à dor
consegue até dar algum sorriso
sem saber que foi Deus, o Criador,
que lhe mandou tudo que foi preciso
Segue então de novo seu caminho
muitas vezes sem ter mais a solidão
pois encontrou quem lhe dê carinho
seja um amor ou um abraço de irmão
***Adrego : acaso ou casualidade
Solitude
Não é que eu seja solitário, não é isso. Eu só aprendi, com a vida, que de vez em quando é necessário estar a sós com minha mente, para que ela e meu coração apertem as mãos e percebam que se completam. Auto-conhecimento e equilíbrio são duas coisas que não se pode ensinar... É preciso que a razão e a emoção se abracem. Nem todo mundo precisa de companhia o tempo todo... Essa é a diferença entre solidão e solitude: a solidão é uma sensação de profunda tristeza e abandono, por achar que não tem com quem contar; já a solitude é se colocar em um estado de reflexão, aonde vc já entendeu que tem pessoas ao seu redor com quem pode contar, mas mesmo assim, prefere se aproximar daquela que é mais íntima de ti, minha flor. Você.
Texto inspirado na música Sozinho de Caetano Veloso
"Às vezes no silêncio da noite", a gente chora, a gente ri, agradece, ora, pensa, repensa…
"Às vezes no silêncio da noite", a gente pensa em desistir. Mas depois de tanta luta, não dá pra largar tudo e dá adeus aos sonhos.
"Às vezes no silêncio da noite…", a gente se decepciona. Lembra das amizades antigas, das novas amizades, das que deram certo, das que nem chegaram a ser amizade… das que pensamos ser amizade.
"Às vezes no silêncio da noite", a gente reconhece os erros. Relembra os acertos e rir de si mesmo pelas mancadas, dos micos que pagou…
"Às vezes no silêncio da noite", conversamos sozinhos: "tá vendo? Eu te falei… Você já disse isso para si mesmo? Eu já.
Ah! Às vezes o silêncio da noite é solitário, frio, melancólico, triste.
Todos temos o nosso momento de silêncio. Basta parar um pouco.
Quer saber? Parece triste. Mas no decorrer de um dia cansado, entre o deitar e o momento em que o sono chega, fique em silêncio. Fale com você mesmo. Fale com Deus. Ore. Agradeça. Peça. Seja forte. Faça o simples, mas o faça com vontade. E quando acordar, bem, aí é com você. Seja feliz. Boa noite.
Quero ser seu mundo
(03/04/2021)
Você já foi o mundo para alguém?
É tão bom, né?
Mas, de repente, a vida corre e você vira uma lembrança, apenas um passado.
O mundo segue girando e você segue vivendo a vida.
Você trabalha, você vive, você mal respira.
Você segue do seu jeito,
Segue não pensando para não sentir falta.
Porque a grande verdade é que é tão bom quando se respira o mesmo ar onde o amor está.
Fazer falta para alguém.
Ser o mundo de alguém.
QUEM DEFINE É VOCÊ...
Uma tarde de chuva, as gotas escorrem pela janela e tudo que você tem é um bom livro e uma xícara de café quentinho.
Nada mais que isso importa, apenas você e seus pensamentos.
E por falar em pensamentos, eles te remetem a um encontro com o passado e com isso a lembranças de momentos em que você sofreu por coisas que não valiam a pena.
Quantas lágrimas derramadas, promessas não cumpridas e quantas ilusões de uma vida feliz e perfeita.
Então você olha pela janela, janela essa que ampara as gotas da chuva, mas que reflete também o rosto e com isso você percebe que o seu olhar não é mais de tristeza, com isso enxerga o quão importante você é, pois não precisa de ninguém para ser feliz a não ser você mesma (o).
Você respira fundo, olha em volta, senta na poltrona em sua sala olhando para a janela.
A chuva cai, você toma o seu café com o livro em seu colo...
Se o momento é de liberdade ou solidão ?
Você Define.
Renatto Oliveira
Eu morri.
Não sei exatamente quando nem onde
Mas eu morri
Olho no espelho, não reconheço este rosto fora do padrão, olhos assustados, cheios de lágrimas...
Penso comigo "essa sou eu?"
Engraçado, não me lembrava de ser assim.
Mas torno isso natural até a próxima dor.
Vivo em um corpo morto, cabelos ralos, unhas quebradas, dentes amarelos, um psicológico fraquíssimo, me pergunto: Eu morri?
Sim, eu morri ha muito tempo, mas meu espírito se nega a desistir de sua missão, porem, eu morri.
►Caro Sabiá
Sabiá, meu caro amigo viajante
Avisei a João que estou a caminho
Diga-o o quanto estou em romance
Peça-o para que me receba com carinho
Sabiá, sabes bem a quem fui a confessar lá nos mangues
Andorinha vizinha, Sabiá, que criaturinha linda em sorriso
Logo que a vi, piei, rebolei-me todo em sedução cativante
Atrapalhei-me, Sabiá, deixando-me levar pelo calor sem juízo
Voou tão distante a criaturinha, caro amigo, tão distante
Piei em dor ao luar, pensando se voltaria a cantar em delírio
Chorei, Sabiá, sem saudades de um amor correspondido para sarar.
-
Passei desta fase vergonhosa, Sabiá, pela dor sem motivo
Saí pelos céus a fora, até que ficassem alaranjados, em busca de um lugar melhor
Machuquei-me em encontro de alguns galhos em frente ao destino
Sabiá, busquei ela, admito, Andorinha que sempre sorria ao redor
Penso somente em suas plumas a voar no horizonte, como se não fossem voltaria
Nunca mais as vi, Sabiá, que saudade de quem não me conhecia, que dó
Sabiá, amigo, tudo o que desejo é que eu volte a vê-la, só um pouquinho
Então voarei a seu encontro, Andorinha linda, que desconhece meu amar.
Cala-te... Teu silêncio é teu refúgio, teu abrigo e uma única esperança.
Não busque inquietações a mais do que já te assombram, não fale, apenas fique em seu silêncio e solidão.
A solidão é um momento de reflexão e auto conhecimento sem igual, aproveite. Ao se sentir só, veja o que há dentro de você, a luz ou escuridão, mas tenho certeza, que nunca estará completamente vazio.
O vazio é estéril... Logo nada se têm e nem se produz. Portanto, a solidão é sua porta mágica, onde você pode fugir de tudo e todos, até de se mesmo, para assim, analisar os fatos de fora pra dentro, até conseguir se reencontrar e salvasse de se mesmo.
A dores bateram sempre em sua porta, mas a escolha é unicamente sua de deixa ela entrar.
Suspiro num último ato de misericórdia.
Ouço a decima terceira badalada, no momento
Em que me apercebo que o passado o presente e o futuro
Se convergem numa melodia feroz, obscura, oprimida.
Nessa noite soube que nada mais havia a ser feito.
Deixei de ver a luz, deixei de acreditar e comecei a viver.
CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho”.
Não julgue meu caminho por ter uma pedra
Peguei um atalho no desatino
Nasci na sombra dos esquecidos
Tenho fome de amor, de pão e de carinho
Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho
Entre a fumaça e o cachimbo
Tem uma pedra no meu caminho...
Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo
São dias e noites fadigados neste corpo franzino
No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...
DIA CHUVOSO
Dia chuvoso, dilúvio,
a maré cheia, alagada,
gotas de água no ar,
olho as faces molhadas,
céu relampeja, trovão,
a cegueira da visão,
alma fria, congelada.
RECIFE FRIO
Quando você foi embora,
meus dias foram sombrios,
na congelada existência,
pálido Recife frio,
e vi subir nível d'água,
e carreguei toda mágoa,
que devastou o meu brio.
Está frio aqui...está escuro
Meu único companheiro é o medo...eu não sei como vou sair...
Minha alma grita por socorro , as lágrimas de desespero molham meu rosto, eu tento resistir, mas sou levada pelo sofrimento, me tira daqui...eu quero voltar...
"Silêncio você tem que ficar quieta ninguém quer te escutar , não percebe ?
Você sabe que não adianta mais , já pertence a este lugar, sua mente é sua prisão"
Eu ...eu estou em minha mente...eu estou presa nesta sombra de inseguranças ....neste deserto de amargura, meu ser já não reage mais...esses pensamentos me castigam, essa dor insuportável está tomando conta de mim , meu ser não reage mais...
Onde está você para tirar deste lugar...me ilumine com sua luz , por favor minha estrela onde estás ?
A...você se foi
Já estou cansada, já estou exausta.
Já não sou mais humana, passo os
Meus dias me rastejando como
Uma verme inútil e patética.
Para a morte eu não demoro,
No fim, tudo isso não passa de
Uma piada egoísta e estúpida;
Minto para mim mesma a cada amanhecer.
Não mereço ser salva, abandonei
Minha humanidade há tempos atrás,
quando comecei a ver que estou
rodeada de pessoas com mentes imundas.