Poema Sobre Solidão

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Não amo ninguém; amo meu corpo e minha alma; amo a solidão que me faz companhia.

Solidão é tempo que precisamos para refletir o quanto é triste não ter a presença de amigos.

⁠Não é ruim ficar só, até porque, asolidão mais inclemente acontece quando estamos rodeados de pessoas

O medo, como a solidão, é a antítese das horas. Ele se aproxima de nós e nos faz companhia, sem que seja necessário chamá-lo. Ele aparece, sem subterfúgios! Nunca nos abandona. Os materialistas... Para esses sim, o medo é irrisório!

A fé resiste a dor, tristeza e solidão. Confie sempre que tudo pode mudar, nunca deixe de acreditar que sua vida é feita de batalhas e que elas existem para que você possa ganha-las e entender que não existem barreiras.

Ela estragou a minha solidão, a minha tristeza e a minha falta de esperança. O que será de mim agora?

Saudade:Palavra que doe,que transmite solidão,traz a tristeza nos olhos,e a dor no coração.

Se devemos à distância a solidão que nos concede, empresto do amor as lembranças de nós dois.

Eu já sofri, e sofri muuuuuito, de saudade, de dor, de solidão, se estar sozinha.. e com o tempo eu fui ficando mais velha, fui ficando fria e criando anticorpos pro amor, até que um dia eu descobri que estava totalmente anestesiada desse sentimento.. Sabe o que é ver uma pessoa ótima, na sua frente com as melhores intenções dizendo que te ama, e você não sentir nada, mais nada mesmo, nem pena..e sua unica reação ser dar um sorriso e dizer, não posso fazer nada... Depois que eu parei pra pensar, e refiz toda essa cena eu caí na real que meu sofrimento precoce me tornou uma pessoa fria, eu já tentei reverter esse quadro, já tentei me sentir bem do lado de qualquer pessoa e não consigo.. É como se eu tivesse levado o meu primeiro adeus a sério demais, deixando todo meu amor pra trás.. Isso também me fez uma pessoa com mais medos.. Na verdade o que eu criei não foram escudos, nem anestesias, isso são só desculpa esfarrapadas.. eu criei foi medo, medo de amar.. de sofrer de novo.. medo de sentir.. Saudade só faz bem quando pode ser curada, caso contrário vira dor.

Saudade!!! é sentir solidão... é sentir presente amor no coração... é sentir a amada ausente no presente...

Saudade... é a solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já.
Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida! Saudade é sentir que existe o que não existe mais!

Aguinaldo Silva

Nota: Trecho de fala de um personagem da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Pablo Neruda.

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O mal do século não é a solidão, nem a Aids, ou os barbitúricos. É achar errado aquilo que a gente acreditava ser o certo.

A literatura é essencialmente solidão. Escreve-se em solidão, lê-se em solidão e, apesar de tudo, o ato de leitura permite uma comunicação entre dois seres humanos.

Não me aproximo porque, veja bem, sabe lá quem habita a tua solidão. Hesito. Recuo. Me afasto tristíssima. E te imagino em poses e sorrisos, voz grave e cabelos desgrenhados, preso nas minhas fantasias mais loucas e movimentadas. Numa delas sou um bichinho invisível, com asas, que adentra tua casa e te observa em segredo. Faço o contorno do teu corpo todo com os olhos, parada contra a parede do teu quarto, imóvel, enquanto tu te atiras na cama. Cansado. Tu olhas para o teto imaginando mil coisas, memórias, compromissos, desejos, saudades. Te fito com dor. A luz do abajur faz sombra na tua pilha de livros, que folheei um dia e quis pedir emprestado mesmo sabendo que não havia intimidade para pedidos. Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. Procuro sinais de algum amor teu. Vestígios de noites passadas. Tu não me vês, estou incógnita a te observar. Como sempre estive, olhando pelas janelas, de longe, coração apertado. Nós poderíamos ser amigos e trocar confidências. Assistiríamos a filmes, taça de vinho nas mãos, e tu me detalharias as tuas paixões e desatinos. Nós poderíamos ser amantes que bebem champanhe pela manhã aos beijos num hotel em Paris. Caminharíamos pela beira do Sena, e eu te olharia atenta, numa tentativa indisfarçável de gravar o momento e guardá-lo comigo até o fim dos meus dias. Ou poderíamos ser apenas o que somos, duas pessoas com uma ligação estranha, sutilezas e asperezas subentendidas, possibilidades de surpresas boas. Ou não. Difícil saber. Bato minhas asas em retirada. Tu dormes, e nos teus sonhos mais secretos, não posso entrar. Embora queira. À distância, permaneço te contemplando. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro. Porque tu és o único que habita a minha solidão.

Às vezes me bate uma solidão, uma tristeza que não sei de onde vem... mas me deixa mal, e me faz eu me sentir tão pequena diante de tudo e de todos. Não sou uma mulher perfeita, sou cheia de defeitos. Sou romântica demais, ciumenta demais, compreensiva demais, paciente de menos. Sou feita de opostos e são poucas as pessoas que me entendem. Tenho poucos amigos já por causa disso, tem dias que eu não quero conversar, mas preciso que alguém venha falar comigo, só pra me dizer que não estou sozinha, mesmo que fique em silêncio, mas que esteja ali. Sou pessoa de antigamente, sabe? Gosto de me sentir protegida, de me sentir amada, mesmo que seja um SMS de bom dia ou uma flor roubada de um canteiro. É difícil sentir falta de pequenos detalhes que existem, e saber que essas coisas não vão acontecer tão cedo.

Em meus sonhos mais profundos nenhum animal viverá na solidão do abandono das ruas, ou mesmo no abandono de um lar sem amor, acorrentado, passando fome e frio.

Solidão é como independência; eu a havia desejado e conquistado no decorrer de longos anos. Ficava fria, ah, sim, mas também quieta, maravilhosamente quieta e grande como o espaço frio e silencioso no qual giram as estrelas.” (O Lobo da Estepe)

O diálogo enriquece o entendimento, mas a solidão é a escola do gênio; a uniformidade da obra indica a mão de um único artista.

Antes, eu achava a solidão triste e sombria, hoje me sinto mais eu, sem estar rodeado por falsas pessoas que nunca estiveram ao meu lado.

Por isso, caro senhor, ame a sua solidão e a carregue com queixas harmoniosas a dor que ela causa. Diz que os que sente próximos estão longe. Isso mostra que começa a fazer-se espaço ao redor de si. Se o próximo lhe parece longe, os seus longes alcançam as estrelas, são imensos. Alegre-se com esta imensidade, para a qual não pode carregar ninguém consigo. Seja bom para com os que ficarem atrás, mostre-se-lhes calmo e sereno sem os atormentar com suas dúvidas, nem os assustar com uma confiança ou uma alegria que eles não poderão compreender. Procure realizar com eles uma comunhão qualquer, fiel e simples, que não se deverá necessariamente transformar à medida de que o senhor mesmo se transforme. Ame neles a vida sob uma forma estrangeira e tenha indulgência com os homens que, envelhecidos, temem a solidão a que o senhor se confia. Evite dar alimento ao drama sempre pendente entre pais e filhos o qual gasta muita força destes e consome amor daqueles; amor que, embora incompreensivo, age e aquece. Não lhes peça conselho e não conte com a sua compreensão, mas acredite num amor que lhe é conservado como uma herança e fique certo de que há nesse amor uma força e uma bênção a que não se arrancará mesmo se for para muito longe.