Poema Sobre Solidão
se a morte deseja até maquinas que te fazem viver
descanse em paz,
na cidade de ilusões seja mais um terror
bebida que se destila nas profundezas da alma.
nos falta tantos sentimentos
sinto que tua alma se perdeu
nos dias que se passaram.
não respiramos mais
tantas evidencia de amor...
fantasmas...
sentimentos que devoram
ousadia,
que s passa pelo tempo...
lagrimas que dissolvem
nessa linhas que se expressam,
involuntariamente,
o custo de gostar,
reprime se num espaço vazio.
Porto, Coração
Que porto estranho é este?
Não aportam barcos ou navios.
Guindastes soltos, containers
vazios.
Ninguém passa, nada existe,almas
por aqui devem vagar.
Talvez seja o porto da própria
solidão.
Porto perdido entre neblina e fumaça.
Quem sabe aqui não ancore a saudade?
As brumas brancas não existem só a
escuridão o invade.
Assim fica o coração quando o amor
parte e não volta, não há vida tudo
morre.
Um coração sem amor,é um porto perdido
pelo espaço.
Vive sempre vazio abriga o fracasso.
Com o tempo só lhe resta entregar-se
às ilusões, e a corrosão das águas da
saudade.
Ah! pobre porto, pobre coração.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Às vezes é preciso matar o sonho pra que alguém possa viver seu próprio sonho,
E nem por isso deixa de ser uma prova de amor.
Edney Valentim Araújo
Conhecidos
Estranho! somos conhecidos.
Ah!.. estes olhares que se cruzam no repente
Pra se prenderem apaixonadamente...
Assim você ganhou o meu amor e o meu coração.
Mais estranho é saber que desse jeito eu já fui visto
E sou amado por alguém...
Que me ame esse alguém,
Se não você, não me seja outro alguém.
É frio o desencontro desses corpos
Que se vem a vagar distante d’alma gêmea,
Meu corpo, outro corpo, são só corpos vazios
Que se juntam para enganar a solidão do desamor.
Posso escolher não te querer,
Mas não há como enganar o coração.
Posso me acompanhar de um outro alguém,
Mas não posso sentir teu calor.
São muitas as paixões que movem a vida ou morrem com os sonhos,
Mas é único o sentimento que nos faz viver, o amor.
Às vezes é preciso matar o sonho pra que alguém possa viver seu próprio sonho,
E nem por isso deixa de ser uma prova de amor.
Edney Valentim Araújo
Há anjos de Deus cuidando de nós
Portanto, ainda que nos sentirmos sós,
nunca estamos verdadeiramente sozinhos.
Exílio do teu coração
Estou fugindo desse amor
Já partido de alma e coração.
Deixo para ti o meu calor
Caso chegue frio inverno da solidão.
Se lembrares de que eu te amei
Saiba que é mentira!...
Ainda hoje eu a amo apaixonadamente
Mesmo que não more em teu coração.
Para onde eu vou sabes tu,
Vou para o exílio do teu coração.
Não é a minha morada, é meu castigo,
Viver perto de você e tão distante desse amor.
Terá em mim um coração aberto,
Venha quando quiser...
Seja do teu jeito,
Se me amares, sempre será bem vinda.
Edney Valentim Araújo
pensar e pensar pois sonho é sonhar,
entre dias e noites,
sonhei que sonhar puramente ser o coração
ainda sentir o vento soprar,
diante o beijo que me deu,
vou sonhar como um dia sonhei em pensar
no sonhos são desejos,
que brilham como estrelas no amor
neste brilho que universo
se expande na tua voz o algoz
que espalha se entre as nuvens
o sentir de tanto sonhar...
Resquício
De você sinto um resquício
Dentro do meu coração
Por muito tempo foi meu vício
Hoje, apenas solidão
Eu não te reconheço mais
Sempre tão alegre e singela
Hoje permanece bela
Mas sua alma apenas cai
E ouço o seu pedido
Fraco, singelo, franzino
Mas implorando por abrigo
E implorando por paixão
Passado
Eu viro e reviro o passado
em busca de uma solução pro presente
mas acabo ficando à deriva
presa dentro de minha própria mente
As feridas que um dia me causaste
permanecem sem se fechar
e ainda não compreendo o motivo
pelo qual continuo a te amar
Talvez seja o medo da solidão
quem sabe uma leve esperança
de tudo voltar a ser flor
e ti sentir novamente o amor
que sentia algum tempo atrás
luz inóspitas
dores da alma
simplesmente...
tais como a chuva,
busca o sentimento intermitente,
digo o algoz do fel extremo de um sonho,
terrores, que perturbam,
mero ar que desdem do vulto
que se diz o amor.
Meus amigos me deixam no vaco
E olha que eu nem sou tão chato
Só preciso de um abraço
De alguém ao meu lado
luz paira nos momentos,
que o desespero é um sonho...
em vestígios que o ar do teor,
medonho para linhagens do tempo,
transpõem em marcos do infinito.
abrange nos espaços que uni a escuridão...
vertigem, sombrias as horas são profundas.
-MAIS UMA VEZ-
Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.
ENGANO
A noite é minha agonia
As janelas se fecham,
me despeço do dia,
os pássaros não cantam,
não há alegria.
Tenho medo “dele” ....
Sussurro pelos cantos.
No principio
o encanto,
Mas depois de alguns anos.
dizem que já não amam.
Percebi foi engano,
era tarde demais,
mergulho em minhas lágrimas,
tentando encontrar acalanto.
sonhar, minha saída.
meu momento de paz.
Você tem medo que as pessoas não gostem de você, então você não gosta primeiro.
Você tem medo que as pessoas se afastem de você, então você se afasta primeiro.
Você tem medo de se magoar na convivência, então você vive sozinho.
Você tem medo de tudo o que possa te fazer mal, então abre mão do que pode ser bom também.
►Aos Anjos
Sinto pena de quem almeja o mundo
Sinto pena daqueles que valorizam o outro bruto
Estão sendo ignorantes, impuros.
Às vezes me canso de escutar desprazeres
Pessoas dizendo sofrerem todos os meses,
Mas que estão melhores que muitas outras,
E dizer sem contras, mas se parecem com os burgueses
Pessoas que nunca estão bem,
Mas que adoram dizer isso para alguém
Me enjoa a falsidade, a dramaturgia, a maldade
Às vezes me pergunto se não estou melhor sem ninguém,
Pois talvez seja melhor estar com quem me faz bem.
Assim como amarelinha, tento pular os erros da minha vida
Assim como esconde-esconde, eu me escondo, com medo,
À procura dos anjos
Eles não sentem o desespero, eles são vazios, são outros seres
Quero ser como eles, não gracioso,
E sim, sem gosto, amargo, mas saboroso
Quero me afastar do mundo odioso,
Das pessoas que atraem as outras para o poço.
Eu sinto medo da realidade, da malandragem
Me resta a humildade, com um coração que bate com vontade
Pela cidade eu vejo, testemunho a carnificina
Dos produtos que infeccionam e contaminam várias vidas
Que aprisionam seus hospedeiros em ruas sujas e fedidas
Eu tenho medo, anjos, peçam um novo dilúvio,
Pois essa história foi mal escrita.