Poema Sobre Solidão
CAÇA OU CAÇADOR - 22/01/14
Parece papo medieval,
mas é tão atualizado,
quanto o dia de amanhã.
Ser caça ou caçador,
essa é a sina real,
que mais parece conto.
Entre quimeras e eras,
papillon já nos dizia,
que a fuga e a procura
são objetivos distintos,
sinônimos de esperança.
Um de escape sem dor
e o outro de conquista,
mesmo sendo ela dolente.
Tem uma máxima que diz:
Antes que o bicho te devore,
vá a caça do maldito!
CADÊ A SUA PERFEIÇÃO? - Almany Sol, 03/03/2014
Pregam e anunciam que deus é perfeito.
Então me diz cadê a sua perfeição?
Se somos feitos à sua imagem e semelhança,
então porque nunca estamos satisfeitos?
Porque então valorizamos tanto a vaidade,
se a estupidez do corpo é maculada pelo tempo?
Porque celebramos nossas riquezas e posses,
se o futuro é um investimento vazio e sóbrio?
Porque somos dependente de uma justiça humana,
se a sublime deveria ser suprema para tudo?
Porque então muitos morrem de fome e de sede,
por não serem merecedores da piedade divina?
Porque será que os desmandos e erros sagrados,
não são condenáveis, assim como são os nossos?
Porque será que acreditamos na excelência vã,
de uma entidade contestável e tão refutável?
Sabe, todas essas incoerências e outras mais,
provam que a perfeição não passa de uma ganância,
frugal de uma mera ilusão, assim como é o eterno!
Se as palavras fossem música
eu pra sempre cantaria...
mesmo sabendo que
você jamais as escutaria.
Já não tenho ilusão,
nem mais sofre meu coração,
palavras vou escrevendo
como se fossem canção.
E de palavra em palavra,
meus dias vou seguindo
na mais completa solidão,
sigo só... e só fingindo.
Se embora você for e sozinho eu ficar
Como viverei num mundo sem te sentir e sem te olhar
A inspiração irá embora e nunca mais voltar.
Hoje tenho certeza, já posso dizer que sim...
Estou dentro do seu coração.
A felicidade existe e mora dentro de mim!!!
A folha, o tempo
A filha do vento
A saudade, a dor
Os dias e seu resplendor
A vida e o amor
A estarem juntos
Julgarem mudos
Toda a solidão do mundo.
Só eu sei as dores que senti,
os caminhos de pedra que percorri,
os espinhos que encontrei,
os leões que matei
para chegar até aqui.
Agora vem você querer medir
tudo aquilo que eu sofri.
Quem você pensa que é?
Larga do meu pé.
Cada um sabe apenas de si.
Na busca do amor, só encontrei as incertezas
Plantei felicidade! Mas só colhi tristeza
Mas encontrei na solidão. Eu o papel e a caneta.
Eu nunca sei quando as estórias acabam. Por isso sempre fico preso entre uma e outra, ou entre nenhuma e nenhuma outra; entre um recomeço sem fim e um fim sem término.
Talvez por ser mais espectador ou coadjuvante, do que protagonista da minha vida, tenha essa enfermidade de não dar conta de quando baixa o pano.
As luzes apagam, o público sai, os colegas limpam a maquiagem e eu continuo lá: com a fala na cabeça, o texto decorado, aguardando a deixa.
A deixa que nunca vem.
Sempre tive medo das coisas e das pessoas. Um pavor e uma falta de fé. Talvez por isso eu tenha criado minha própria companhia teatral, onde sou diretor; contra-regra; atores e público.
Enceno só para mim uma tragicomédia.
A realidade me faz tão mal e me deixa tão fraco que fico, no fundo do palco, muitas vezes, a sussurrar o texto a mim mesmo.
Às vezes não ouço.
Quase sempre não ouço, porque sussurro baixo e minha voz é trêmula...
O público não entende a peça, logo, não aplaude. Eu, furioso, demito a todos: ao autor; ao diretor; aos atores...
Expulso o público do teatro e ateio fogo a tudo.
E ali dentro fico eu, junto às cortinas e aos holofotes, incandescentes; queimando, queimando, queimando...
Tenho duas companhias que não quero; são detestáveis; mas presentes.
Não as desejo, mas são fiéis, por mais que eu não as queira, elas persistem em permanecer.
A Solidão e o Silêncio!
Passo horas e horas sem ouvir alguém, nenhuma voz, nenhum sussurro, nenhum olá, ou um tudo bem!
Só ouço o silêncio, que de tão alto e estridente me fere os ouvidos.
A solidão, áh essa é a mais fiel.
Eu saio, demoro a voltar para casa, mas quando chego lá esta ela, me esperando, sem reclamar.
As vezes estou rodeado de pessoas, converso, sorrio, brinco, mas ela esta ali, de braços dado a mim.
São companhias terríveis, indesejadas, não as quero, mas o mais terrível é que estou me acostumando com essas companhias.
Certo dia a Paixão sentiu-se só...
E olhando pela janela de sua casa, contemplava o horizonte ao longe,na busca pelo fim de sua solidão.
Fixava seus olhos no sol, que majestosamente escondia-se atrás das montanhas,e vinha a lua e suas canções, e as estrelas e suas sapequices...
Novo dia acontecia, e ali estava a Paixão, tentando entender a solidão...
A Rosa toda discreta, a dias observava a amiga
Fazia de um tudo para ser notada, mas a Paixão olhava longe, não se fazia presente!
Foi então, que num esforço sobrenatural, o maior e mais belo botão se formou, e era tão viva sua cor, que impossível não chamar atenção!
Neste dia, a Paixão entendeu que a solidão nada mais é que o resultado do não querer ver, que em algum lugar, alguém te ama, olha por você!
E que nas coisas mais simples, talvez mais perto do que se possa pensar, o Amor se revela de forma sublime...
Foi tão intenso o aprendizado, que a Paixão virou Amor, e a Rosa...
Ahh a Rosa...
Esta dedica-se até hoje a nobre missão de aproximar os corações solitários, a fim de que troquem olhares, para que no meio disso tudo, o Amor enfim aconteça!
O que resta pra alguém que não é amado?
Beber vodka e fumar até pôr os bofes pra fora..
Ver romances malfadados sozinho na madrugada..
Ir pra uma festa e passar o rodo?
Enfiar as mágoas nas mangas e nunca mais tirá-las de lá, e ficar como num dia quente no qual você não pode tirar o casaco pra não mostrar as cicatrizes…
E tudo fica desesperador como quando acaba a vodka e você não está chapado ainda, ou quando se está com insonia e o cigarro já acabou. Misturemos tudo então: Você chega da balada, não está bêbado, apenas levemente embriagado, o que te torna mais sensível. Vê que o cigarro acabou e que não consegue dormir, então liga um romance meia boca que te faz entender o porque de estar só. Acaba dormindo ali no sofá mesmo, babando na almofada, tendo sonhos bizarros, amanhã… Cara, amanhã é outro dia.
Eu sinto saudade. Eu a tenho presa comigo, rolando em meus lençóis, no úmido do travesseiro, é ela que me caiu dos olhos.
Em cada centímetro de uma cama vazia, que mesmo eu estando ali, não há ninguém. Falta o seu cheiro no meu edredom.
Tenho saudade de sonhar com você, tudo o que eu queria era que um dia ao despertar eu olhasse pro lado e pudesse te ver.
Eu sinto falta de mim, no canto mais solitário da casa, ali encostada na parede, estou eu, a cama e a saudade.
Canto Escuro
No meu canto escuro, adormeço
Sonho com o passado e o presente
Penso em um futuro, um começo
Onde tudo será diferente
No meu canto escuro eu choro
Penso que a Felicidade não existe
Sofro com tudo, eu imploro
No meu canto escuro a solidão insiste
Vivo na solidão, sorrindo, chorando
Angustiado, desamparado
Me sinto fragilizado, com o coração desolado
No meu canto escuro
Começo minha solidão
Me fazendo rir, chorar, implorando por atenção
Translúcida a pedrinha derretendo
no amarelo líquido.
Lampejos ocras pulam da minha retina.
O relógio de parede me diz
que é tempo de cazuzear.
Lá vou eu,
já vou eu
tirar o pano que cobre as estrelas.
Garimpar sorrisos na água turva de mesmices.
Procurar alguma mágica
na bacia das almas desesperadas.
Trarei alguém comigo pra medir
o tamanho da minha solidão,
pra doar uma metade
do meu viscoelástico.
Quando sinto teus olhos dentro dos meus,
é porque meus lábios estão a tocar os teus.
Essa emoção a flor da pele me contamina
toma conta de meu coração e me domina!
Almany Sol, 19/07/14
Amanda abriu a janela do seu quarto repousando a cabeça sobre os braços, olhando o céu escuro se perguntou aonde estaria a sua estrela.
Tantas estrelas, passadas na vida dessa menina lua. Menina lua que é tão intensa a cada gesto, que ama eternamente cada estrela que se passa.
Corre corre pelo espaço e a sua estrela nunca vem. Menina Amanda, que se ama como no próprio nome te julga. Suspira fundo e fecha os olhos querendo uma constelação inteira só para si. Moça diferente, que veio ao mundo para mostrar que a lua também ama e mesmo parecendo tão grande, acesa e dominante, também é pequena, meio apagada e chorona. Amanda fecha sua janela com a decepção nos olhos, não encontrou sua estrela certa. Menina lua sorri agora, pois o espaço todo já conquistou.Repousa sua cabeça naquele velho pensamento do que já passou,do que já viveu. Suspira fundo e olha a lua la fora, que ao contrário do que dizem, nunca está solitária.Amanda lua, é como a lua que se julga diferente, que se julga tão sozinha, mas nem desconfia quantas estrelas se apagam na espera dessa lua as fazerem brilhar.
POSSO OFERECER PRA VOCÊ O MEU BEM MAIOR
MAS, TAMBÉM QUERO TER DE VOCÊ SEU FAROL
POIS ATÉ MESMO ESSE MEU CORAÇÃO DE SOL
PRECISA DESSA TUA MÁGICA LUZ PARA BRILHAR!
Almany Sol, poeta iluminado! 22/07/2014
APENAS VOCÊ
TUDO CERTO SE VOCÊ ESTA AQUI
PERTO DE MIM
PERTO DE MIM
ESQUEÇO ATE DO TEMPO
A TODO MOMENTO
SEM VOCÊ AQUI
PERTO DE MIM
OS DIAS PARECEM NÃO PASSAR
E AS NOITES SÃO FEITAS DE ILUSÃO
ESPERO A CHUVA ME MOLHAR
QUERO GRITAR PRA MULTIDÃO
QUE EU TE AMO E TE QUERO
QUE EU PRECISO DE VOCÊ
OS DIAS PARECEM NÃO PASSAR
E AS NOITES SÃO FEITAS DE ILUSÃO
ESPERO A CHUVA ME MOLHAR
QUERO GRITAR PRA MULTIDÃO
SENTIMENTOS PUROS (Almany Sol - 12/04/2001)
Não me identifique pelas frases, letras,
poemas, mensagens, fotos e tudo mais.
Não me julgue pelo que falam e dizem
ou até mesmo pelo que pensam de mim.
Sou muito mais que tudo isso, acredite.
Sou minhas atitudes, os meus sentimentos,
as minhas idéias que denotam maturidade.
As vezes posso me portar como uma criança
ou como um adulto cheio de experiências,
mas não quero ser nada disso, somente.
O que realmente me faz ver e acreditar,
que vale a pena estar vivo e insistir,
não há filmadora ou maquina fotografica
e nem tão pouco livro que possa registrar.
Natureza e destino se combinam nesse rumo,
fazendo de minha vida um livro de contos,
onde as Surpresas, gargalhadas, lágrimas,
e tudo que possa emitir sentimentos puros,
definem e determinam esse cara que sou eu.
Enfim o que eu sinto e quem eu sou certamente,
você só vai perceber quando olhar em meus olhos,
ou melhor, quando VOCÊ puder me ver além deles.