Poema Sobre Solidão
Tantos venenos na minha mente
o sofrimento parece menor
quando sentimos a morte,
e ninguém compreende...
tudo é animizado pois veneno acalma,
o sabor de outra vida parece ser bom.
Nota-se
especialmente
em algumas noites
nenhuma urgência
a nos agitar por dentro
nenhuma palavra
usada (ou esquecida)
à exaustão
nenhuma história
mal contada
nem pias
ou pilhas
de coisas
ou coisas
de filho
apenas
a noite o quarto a cama
sem nenhum passo
em falso
Jesus te olha e te vê
E diz: Filho, vou te socorrer
Do pó das cinzas eu vou te levantar
Sou o Teu Deus, é só Meu nome clamar
Sei que os sonhos se perderam no caminho
Estás sozinho e entregue à solidão
Mas Sou o Deus, que tudo pode e tudo vê
Nesse momento vou abençoar você
desvendo os sentimentos escritos na borda das estrelas,
conjugando o momento único que a ilusão se impõem....
diante o desejo
seja o frasco mais puro de amor.
Nunca houve momento em minha vida em que me sentisse tão só. Gosto de sustentar a imagem de alguém que não se incomoda com isso; de ser alguém que não sente o espírito esmagado pela solidão. Não gostaria que me vissem em toda minha vulnerabilidade.
De uma perspectiva de fora, estou feliz. Estou na melhor fase da minha vida. Estou rodeado de amigos e minha família finalmente começou a me respeitar.
De uma perspectiva de dentro, me sinto pequeno, impotente, desprovido de reais conexões humanas, incompreendido, invisível. Sinto-me esmigalhado.
No topo de tudo isso, tento manter as flutuações do meu humor dentro de uma margem segura. Às vezes o único a se fazer é isolar-me em casa, onde posso dar vazão à minha ira, onde posso estraçalhar um objeto ou liberar toda minha fúria contra uma parede.
Sinto que o contraste entre a imagem que tento passar e o que acontece dentro de mim me transforma em uma bomba-relógio.
Tique-taque, Tique-taque.
Desnecessário
Podia ser mais fácil
Mas não teria emoção,
Podia ser mais simples
Mas não teria graça,
Podia ser diferente
Mas não seria você.
Se prefere o silêncio
Não precisa sumir,
Se prefere a solidão
Não precisa fugir,
Se prefere carinho,
Só precisa ficar.
Vento
Toda menininha cresce,
Só não cresce a menininha
Que me encanta em teu olhar.
Ah! Se tu soubesses me amar,
E não apenas me gostar.
Nunca mais iria me deixar.
Esse vento!!!
Que te levou pra tão distante,
Mas nunca pôde me afastar...
Seria apenas uma brisa,
Que ao nosso amor
Teria vindo afagar...
Edney Valentim Araújo
1994...
Quântico
Somos Elétrons solitários na multidão. Entramos e saímos por Fendas, baseados na incerteza.
Somos Energia, somos Eternos.
Ninguém escreve nada bonito as 3 da tarde de um domingo
A arte vem do caos
Da bagunça
Do desespero
A poesia é para os perdidos
Que procuram conforto em camas de estranhos
Romantizam suas dores
Se aprisionam nas próprias mentes
Por que não suportam a monotonia da realidade
A poesia é para aqueles que se embebedam de palavras
E só se sentem inteiros
Vomitando letras
Tão bonitas
Quanto aquelas sobre você
_O dias de melhora num caos que falta ar,
mesmo momento vejo as limitações da falta de ar.
parece dias cinzas frio rebatem a dor iminente,
para alguns dias o tempos se torno oblíquo...
nos extremos abraço o teor amargo.
enquanto vejo mundo num ar caótico...
a falta de ar não parece tão ruim,
enquanto são são ludibriados num instante...
tudo dito como banda podre aonde esta a dignidade politica.
Completar
O amor é só em parte...
Fragmentos de um todo
Buscando alguém pra completar.
Um dia precede o outro,
E o que se vai
Recebe o dia que virá...
Quem ti vê assim distante
Quando cruzas o meu olhar
Não te vê os pensamentos,
Se estou neles,
Ou passou sem me levar...
Não te olho pra te ver
Eu te toco em um olhar...
Tu que moras em meu peito
Sem que eu possa rejeitar.
Sabes em teu seio
Que és parte deste todo
Que me pode completar.
Edney Valentim Araújo
1994...
Se ninguém vê
não se tem a resposta,
se ninguém te ouve dei graças,
pois o silencio alimenta a alma,
em tantos pedaços se inclui a vertente
magoas, são detalhes entre nos dois,
mentiras entre muitas verdades,
suspiro sem alivio,
carma num precipício,
ao longo do caminho
uma porteira,
e um momento que te amo.
me vejo mais para frente mais nada resta
além do que amei.
Tantos sentimentos e nenhum aplauso...
apenas momentos solitários...
vertem sobre os pensamentos,
uma musica ao fundo e nada mais...
Na revolta a voz do silencio é despedida,
está derradeira viravolta,
o suplicio torna se a revolta.
para ter se a verdade dos sentimentos...
lagrimas no silencio...
nada mais se tem...
o desespero,
nada mais...
posso de pedir algo,
apenas o vazio.
sob a madrugada o destino
que uni a depressão,
compreender o caos num gole de bebida,
seja o brando do amanhecer
os espaços para esquecer,
num outro dia...
palavras que se repetem...
nada mais.
o diga que restou...!
sou meus próprios medos,
na insanidades comprimidos aliviam
se sofrimento se tem desespero
apenas quero viver até morrer...
nas receitas tem se ironias
quando temos medicamentos
estamos sóbrios até termine a noite
as vozes tomam formas decadentes
sempre que se quer mais uma noite
o sono toma por tolo de teus sonhos
a futilidade é uma brecha da loucura.
entre os espinhos tens declarações de amor,
num espaço que as lembranças são tormento
a cada momento que se vê a realidade.
todos a tomam na decepção do repente
mais comprimido de outra cor para melhorar a dor,
nada mais seu peso parece bom nas alucinações.
tentei compreende você do outro lado do vidro,
gritos na minha mente apenas mais uma musica
tudo está escuro ainda sinto seu perfume.
as horas passam lentamente num espaço insuficiente,
tento gritar no isolamento, mas, palavras são destorcidas,
ninguém vem na tal visita, tento acordar preciso de outra dose.
Diga me amor,
seja minha loucura
apenas mais um momento
tente ser minha lucidez,
grite pois a paixão é proibida,
sobrevivi a tantos instantes
ainda sinto seu fogo,
sendo testemunha sem perdão
te desejo a cada momento...
esqueça todos sou um criminoso
que te ama de verdade...
te faz sussurrar pelos cantos
todos tentam te controlar
gosto do seu jeito selvagem.
e dai que todos acham
vamos dançar em seus túmulos,
depois comemora o ano que vem,
quem liga se estamos vivos.
Meus pensamentos mais obscuros
parecem ser reais ate o irreal se permitir.
na demência do clero da presidência,
seja unidas as nações
que deferem a floresta destruída,
para índios seja proferidos títulos
marqueses sem terras,
assim se declara a dependência
no forro paulista são todos livres
apenas alguns corruptos
são deleite de um louco,
para o amor de todos
estamos felizes
embora não tenha mais ajuda humanitária,
a floresta é pedaço de mato que morreu tempos.
vamos celebrar a incapacidade de pensar.
Uma carta à minha amada
Escreverei uma carta,
Uma carta à minha amada.
Quê direi eu ao meu bem querer,
O quê lhe farei conhecer do meu amor.
Falarei da beleza e o perfume das flores.
Sabe ela que és a mais bela e perfumada entre as flores desejadas,
E o cheiro do teu corpo
Em muito excedem as fragrâncias puras e raras.
Falarei do brilho das estrelas.
Sabe ela que a luz dos teus olhos
Iluminam os sonhos meus
Mais do que farol na escuridão a guiar perdidas naus.
Falarei de teu sorriso envolvente.
Sabe ela que me alegro no teu riso
Mais de que a menino inocente
Contemplando teus presentes.
Quê direi eu a minha amada?
Que meus braços em abraços
Só a ela se entregam.
Quê direi eu que não saiba minha amada,
Falarei eu da minha angustia e dor ansiando o seu amor,
Ou direi apaixonado que espero ser o seu amado.
Uma carta escreverei,
Uma carta à minha amada...
Uma carta aclamada à minha amada.
Edney Valentim Araújo
amor eterno,
calo me
pois a beleza eterna
seus lábios
beijarei para sempre,
única como a paixão
que se desdem num olhar.