Poema Sobre Solidão

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⁠Interrogação -

Percorrem-me ainda
no sangue-dos-sentidos
células-de-solidão.

Cavalgam-me medos,
lentas e poderosas dores ...
... agonias ...

Todas as veias do corpo
se me entopem de lamentos!

Sinto-me ainda desgarrado,
distante de um porto de abrigo
onde a face-de-Deus
como límpida água
sacia qualquer sede,
liberta toda a dor.

Onde, neste Universo tão dual,
poderei Eu encontrar
a verdadeira Natureza
do Coração-de-Deus?! Onde?!

Inserida por Eliot

⁠as vezes a vida quer que você se afogue em um mar de angústia, medo e solidão
mas nade
nade até a superfície novamente
mesmo que você vá morrendo lentamente.

Inserida por aliceewb_

⁠Suprema Ângustia -

Sinto que ausência é falta,
lástima, vazio,
solidão aconchegada!

Sinto que morte é nada,
e que nada é saudade,
angustia, silêncio e nostalgia!

E nada falta na ausência,
só o que não dói!
E o que dói sempre está em mim,
tão presente na ausência
num nada que não tem fim ...

Mas se o vazio fosse nada
não teria escrito estes versos!
Porque estes versos estavam contidos
na nostalgia do nada
que há em mim.

E sempre fico num vazio poético
de intima ternura, intensa espera
que m'aglutina os sentidos ...

E sou ferida fera que consome
aos poucos em fria espera
tantos Poemas perdidos ...


(Sobre as angustias que nos povoam os sentidos da Alma ...)

Inserida por Eliot

⁠Passo de Solidão -

Eu sou no mundo
um intenso respirar d'angustias!
Sou na vida um imenso passo-de-solidão...

E rasgo a noite sem dizer que vou ...

Choro e escrevo poemas de dentro da Alma.

Mas ninguém me vê como realmente sou
porque eu só passo á hora estranha
de ninguém!

Sou aquele que está onde ninguém passa ...
Sou o que passa onde ninguém está!

Eu sou no mundo um intenso respirar d'ângustias!
Sou na vida um imenso passo-de-solidão!

Inserida por Eliot

Suspiro o meu último pensamento,
A ideia da solidão cessa por fim,
Da descrença naquilo que aparento,
Desapareço nos sonhos que há só em mim.

E esta locomotiva fugaz que passa
Desperta o que mais rotineiramente temo,
O demonstrar de um vazio sem graça
E faz morrer um pouco mais do que é supremo,

O sentimento que marca o enredo
E esmorece correndo do relógio,
Me afasta da infância que pela ilusão entendo,
Que me vê em lágrimas, feliz, ao som d’um mau presságio.

Inserida por glenngould

⁠Solidão a dois -

Perto de Ti são frios e espinhosos os caminhos,
longe de Ti as roseiras mansas não dão Rosas,
porém, juntas, nossas bocas silenciosas,
são como pássaros erráticos sem ninhos ...

Vejo um cão, perdido, triste, abandonado e só!
"- Cão vadio vem que te faça uma festa,
já que somos desta raça - que dó -
ser vadio é o que nos resta ..."

E que dor tão funda no meu peito!
Solidão-a-dois que nos ultrapassa,
juntos e tão sós, tudo desfeito ...

E sinto que há em mim algo que morre!
Do Amor que nos foge, nada fica, tudo passa ...
Adormece Solidão, que o Tempo corre ...

Inserida por Eliot

⁠A cada Jovem que morre -

Jaz morto e inerte
num campo de solidão ...
Tão novo!
Rodeado de lirios,
doces e brancos como Ele ...
Ele, um suspiro,
esperança-fria
que o Tempo alteia,
louco e apodrecido.

E grita o vento, destemido:

"-É morto! É morto!
Triste, só e absorto...
É morto! É morto!"

Seu corpo, agridoce-veneno,
jaz sepulto, em repouso,
num campo d'açucenas,
rodeado de pombas,
coroado de penas ...

"-É morto! É morto!
Triste, só e absorto...
É morto! É morto!"

Um jovem, tão novo,
Poeta, ignoto ...
Tão jovem, tão morto,
tão morto e tão jovem,
seu corpo, ignoto ...
É morto! É morto!

"-É morto! É morto!
Triste, só e absorto...
É morto! É morto!"

Sua Mãe, amarga e singela,
ferida, desgrenhada, assentida ...
É perdida, além-da-Vida,
tão pobre e tão sofrida.
É vencida! É vencida!
É Só! Tão Só! Tão contida ...

"-É morto! É morto!
Triste, só e absorto...
É morto! É morto!"

E em tudo, a cova que o recebe,
sua dor ignora - ó Deus,
que triste sina, desce à Terra!
A separação! É hora! ...

"-É morto! É morto!
Triste, só e absorto...
É morto! É morto!"

Inserida por Eliot

⁠Resumo de a Solidão...
Silêncio quando a noite cai.
Silêncio quando a noite vai em busca...de alguém e em resposta o vazio, A madrugada é fria não perdoa, e a mente trabalha 24 horas. O medo se aconchega ao seu lado e você se cala.
O final de um Desejo se vai.... Tantos sonhos.. e lá se foi, Sem Boa noite e sem Bom dia.

Inserida por carlos_Andradas

⁠Demora -


Tua partida foi em vão,
meu corpo anseia os beijos teus,
sem ti, em solidão,
não há nada, não há Deus ...

Recordo o teu sorriso,
o paladar da tua boca,
triste, só e impreciso,
nada mais me toca ...

Talvez não penses mais em mim
ou não esqueças quem te ama,
pode ser um triste-fim
ou renascer de outra chama ...

Passa a Vida hora-a-hora,
eu perdido neste cais,
escrevo frágil à demora
pois não sei se voltas mais...

Inserida por Eliot

⁠De Mim -

Saio à noite pelas ruas da cidade,
imerso em tristeza, mil horas de solidão!
Ai minha curta mocidade,
já sem orgulho ou ilusão ...

Ausente, alguém me vem à Alma,
e meu triste coração, pensa sempre e sempre em vão,
nesse Amor que grita, clama,
pelas ruas da cidade, pisando folhas pelo chão ...

E o vento chega sem perdão,
deixa sempre um lastro,
gelando o corpo e a solidão ...

Este Outono não tem fim,
já não passa outro Astro,
o que virá a ser de Mim?!...

Inserida por Eliot

⁠Évora de Sal -

Évora cheira a solidão,
frágil, doce como um punhal,
que nos enche o Coração
de pó e cinza, cinza e sal ...

Pó e cinza, cinza e nada
à deriva p'las vielas,
Évora triste, amargurada
na sacada das janelas ...

E um suspiro em plena Praça,
das entranhas da cidade,
paira do Geraldo à Igreja da Graça ...

Que de graça nos enlaça
no rescaldo das Idades,
Évora de Sal, qu'eterna nos abraça!

Inserida por Eliot

⁠Misticos Cemitérios -

Tudo em torno é silêncio e solidão.
Junto às sepulturas inda há gente que s’inclina,
buscando ouvir palavras, que em surdina,
os mortos, ao ouvido, lhes dirão – é vão!

Aqui, junto às sepulturas, apenas oração
que o caminho das Almas ilumine,
numa Espiral-de-Fé que as “fulmine”,
elevando-as ao alto em mística Ascensão!

Diáfano silêncio! A Voz-de-Deus
ressoando do Além, Paz vindoura d’outros Ceus,
sombreada por ciprestes e cedros de saudade.

Naquele Espaço-Etéreo há um doce encantamento,
uma Paz Religiosa, um puro sentimento,
Portal-de-Vida que vai da Morte à Eternidade …

Inserida por Eliot

⁠Triste Desengano -

O pior Tempo que vivi foi a Juventude ...
Impasses de solidão, expectativas e desejos,
tudo informe, deformado, sem plenitude,
num Tempo de fantasia e ensejo!

Sou mais antigo que o meu corpo ...
Não encaixo nesta Vida, intensa, concebida
além de mim, tão perto e tão longe, morto
numa infância, juventude deprimida!

Sou cadáver exumado, pronto a sepultar,
num chão salgado, sem destino,
p'ra não correr o risco de tornar ...

Alma viva em corpo morto - triste desengano!
Ó Deus é tão triste o meu destino
que o meu destino só pode ser engano ...

Inserida por Eliot

⁠Morri por fraqueza.
Morri por orgulho.
Morri por tristeza.
Morri por solidão.
Morri por frustração.
Morri por falta de ajuda;
Morri pedindo ajuda.
Morri por falta de empatia.
Morri por esperar e por não esperar.
Morri por esquecer e por ser esquecido também.
Morri por amor e pela falta dele.
Simplesmente morri.
Por minha morte, não me tire por menos e não me tire por mais. Apenas entenda que morri e acho que estou em paz.
Morri no espaço transitório de onde minha vida se encaixava, ou seja, em trânsito nenhum.
Morri por coragem ou por falta dela.
Morri por forteza; assim como Morri por muralhas quebradas e destruídas.
Simplesmente morri.
Morri sem uma amizade verdadeira.
Morri sem o amor dos que são meus de sangue, mesmo sabendo que eu morreria por cada um deles.
Mas, morri mesmo por ter escolhido sentar no lado errado da mesa da vida.
E assim….
Simplesmente morri.
Morri simplesmente.

Inserida por Rilie778

⁠Transtorno -

A Solidão é densa pedra
onde afio a minha espada!
Estar vivo e não amar-te, quem me dera,
nesta vida que me mata ...

Há um pronuncio de morte
lá no sitio de onde venho.
Abandonado à minha sorte,
ter nada, é o único que tenho ...

Mudou a vida e com ela o meu lamento!
Hoje o poço é de água funda
onde afogo o meu tormento ...

Transtorno audaz e violento!
Sem ti, tudo em mim é escuridão,
chuva impelida, longínquo encantamento ...

Inserida por Eliot

⁠Minha Amada -

É densa a noite escura
mais escura a minha solidão,
solidão é falta de ternura
que trespassa o Coração ...

Minha fronte marmorizada
invadida de lamento,
uma Alma apaixonada,
um epitáfio, um tormento!

Minha Amada! Minha Amada!
Meu silêncio, meu quebranto,
de mim p'ra sempre separada ...

Meu segredo, minha ave, alada,
tão longe e tão perto, meu encanto ...
Minha Amada! Minha Amada!

Inserida por Eliot

⁠Évora Morta -

Évora morta curvada à solidão,
ruas tristes, tristes ermos, calçadas e janelas
que na dolência, ao passar, ansiando por perdão,
gemem pelas horas a desgraça das vielas …

Évora morta deleitada à solidão
terra seca de melancolia
que o tempo leva pela mão,
na brancura, dia-a-dia …

Évora morta num silêncio que vigia,
num espasmo de quimera
numa noite que inicia … e quase desespera!

Mas quando manhã alta o Sol desponta,
Évora desperta, Évora amanhece,
para logo anoitecer, e voltar a ser, Évora morta!

Inserida por Eliot

⁠Regresso à Solidão -

Vou alto! Tão alto!
Quão alto me encontro!
Pela Vida, sem asfalto,
poeta vivo, poeta morto ...

E batem palmas
aos versos que me rasgam ...
Tantas, tantas Almas
que me escutam e aclamam!

E por instantes, não estou só,
instante que será breve,
tão breve que dá dó!

Súbito, viram costas, fica nada,
e eu, novamente só,
que dó, regresso a casa ...

Inserida por Eliot

⁠Avenida -

Percorro passo a passo
a avenida da solidão!
Estou só, tão só
no meu cansaço,
que deixo pelo chão,
pedra a pedra, num abraço,
o meu malogrado coração ...
E porque me terá a morte
tão esquecido?! ...
Que esta Vida é triste sorte,
e minha morte,
é na vida estar vencido!
Tão perdido! Tão perdido!
Sem norte! Sem sentido!
Na minha solidão,
na minha loucura,
pela avenida, passo a passo,
deixo triste o coração ...
Lastro de um pecado,
de um erro sem perdão!

Inserida por Eliot

⁠Canta Fadista, Canta -

Canta fadista, canta
que o teu canto é solidão,
põe a Alma na garganta
e a garganta no Coração ...

Que o fado na garganta
sangra a Alma em solidão,
canta fadista, canta
que esse canto é oração ...

Fado é solidão, canto peregrino,
uma Alma noutra Alma
é fado, é destino!

Destino ou maldição,
canta fadista, canta
que o teu canto é oração!

Inserida por Eliot