Poema Sobre Solidão
Pessoa rara
A presença basta
A solidão afasta
A felicidade espalha
Pessoa rara
No coração faz casa
A dor sossega
E a paz não tarda
Pessoa rara
Vê tudo bonito
Na chuva dança valsa
Em tudo acha graça
Pessoa rara
A criançada se avizinha
Passarinho se aproxima
De manhã até a tardinha
Pessoa rara
Não é difícil encontrar
É só olhar devagar
E em cada coração encontrar
Solidão,
Fiel companheira,
Do parto à partida.
Se aquieta com a vinda de um novo amor,
No aguardo de uma nova ferida.
Na escuridão de uma bela noite
Na solidão de um poço sem fundo
Acompanhado pela luz da lua
E todas estrelas do mundo.
E eu estava em paz, na minha solidão...
Por um momento havia te esquecido.
Mas então você chamou, sem querer me lembrou do quanto eu te amo, sempre te amei.
O amor em sua forma mais pura, aquele que não pede nada em troca, mas como pedir? Você nem sabe o quanto amo você.
Mesmo sem perceber você me enche de esperanças, eu ainda acredito que um dia você vai me descobrir, me ver como vejo você, com os olhos do amor. A noite está passando, estou em meu quarto, olho para suas fotos, aquelas que você mesmo me manda, mas não imagina como elas me fazem sofrer e que também são meu consolo, elas me mantém perto de você.
Eu choro, vou dormir, buscar sonhar com você. Meu amor...
ESPAÇO (soneto)
Tragando a vastidão do cerrado profundo
A solidão num canto, a saudade devassa
Saudade do afeto que no peito arregaça
E que vagueia na dor, lamentoso mundo
E na esteira sem fim da tristura sem graça
Ei-la embalada na sofregdão de moribundo
Recostado no abismo sepulcral sem fundo
Do pesar, e encruado suspiro que não passa
Poeto. Me elevo em busca de um conforto
Vou pelo estro de encontro a outro porto
Pra aurorear a sensação com cheiro de flor
E nesta emoção que se tornou um lastro
No vazio. Cheio de pranto no árduo rastro
Cato a poesia para abrir espaço pro amor...
© Luciano Spagnol -poeta do cerrado
19/07/2020, 15’10” - Triângulo Mineiro
Aquele que humilha,
está na solidão de uma ilha,
no breu do seu eu,
na exaltação da sua ilusão!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Sou a solidão
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Sou os dias longos, os crepúsculos desolados, as noites sem fim,
as madrugadas tediosas e as auroras sem glamour...
Enfim, sou a solidão.
Sobre Viver
viver é
sobre
sobreviver a
solidão de ser
só poeira nesta imensidão
viver é
sobre
sobreviver a
sonhos que
se vão
viver é
sobre
sobreviver a
sentimentos que
se tornam imortais
viver é
sobre
sobreviver a tempestades
sazonais sem se deixar levar
pelos vendavais.
VERSAR MORIBUNDO (soneto)
Tome, solidão, está espada, e.… fira
Meu sofrente coração, tão azarento.
Que importa a mim ter árduo lamento
Se a sorte no destino é persistente ira
Ah! .... emoção lacrimosa e funesta lira
Que ao vazio regi, mirrando o momento
Que esbroa o plural tramite do alento
Polvilhando no peito essa dor tão cuíra
Ó silêncio! Que vem musicar saudade
Troando a minha vida em tempestade
Na aberração do infortúnio fecundo...
Mas a atormentada trava da teimosia
Infeliz. Catuca a inspiração da poesia
Sangrando o meu versar moribundo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 09’12” – Triângulo Mineiro
“Encontrei o amor no vazio
do seu coração, te peguei
em meus braços e te tirei
da solidão, me perdi em seu peito
e encontrei seu coração.”
Daniel B. Souza
ROMANCE DA PEDRA
Se não tivesse a solidez da solidão
porque do solo a aridez lhe fez a ilusão
e derramar-se assim num lago
enfim que algo afim lhe fez lágrima,
pedra de perde-se entre entulho
e que orgulho de obstaculizar caminhos,
nenhum carinho a lhe arremessar às valas
mãos embrutecidas sem noção
exata de viagens no espaço
o que teremos sidos em não topa-las,
em não pisá-las em não percebê-las
jamais saberemos que um dia foram estrelas
CONFIDÊNCIAS (soneto)
Eu fui falar, vexado, da minha solidão
Ao cerrado; e aos arbustos torcidos
Querendo pacificar a minha emoção
Dessas pequenas queixas e alaridos
Incomovido permaneceu sem alusão
Não quis a lamentação dar ouvidos
Nem cessar as cantilenas na imensidão
Pôs-se indiferente aos meus sentidos
Mas, devagar passou a prestar atenção
Aquietou-se mais, e mais ainda contido
Arregalou-se para a carrancuda aflição
E, em um ato inesperado, assim, dizia:
- Caro poeta acabrunhado e, aturdido
Da melancolia me converto em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/07/2020, 07’30” – Triângulo Mineiro
Solidão de Céu estrelado !
Rodeado de Estrelas !
Brilhantes é alegres !
Me sinto sinto feito a lua!
Brilhando de solidão
A tristeza é dolorida,
é ferida sem cicatriz,
numa noite estrelada,
me sinto azarado,
pois essa tristeza está em mim, Sou a lua,
sou o céu,
sou grande
sou sozinho,
todas noites me rodeio com a lua,
ela sempre triste e todos acham isso lindo.
Infinitamente
Quanta solidão
Amarguei
Até chegar
No teu beijo
Quantos dias ásperos
Tive que digerir
Na fome
Do teu corpo
Faminta de ti
Entre brumas
Da imaginação
Recordarás
Que nunca é sempre
Na lembrança
Você é meu
Meu desejo
Sempre
Infinitamente
Meu.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
No vazio (cheio) do meu ser
Meus caros, não percam nunca a deliciosa companhia da solidão.
Ninguém conhecemos mais que a nós mesmos, e todas as almas e espíritos que nos enche o peito.
Acostume-se a ser sempre a sua melhor companhia, fale e ouça aos sons dos seus ouvidos, cante, dance e sinta vibrar o teu riso de alegria.
Acostume-se a olhar o teto com ternura, e ouvir a voz de dentro da parede, que seja a sua melhor companhia para todos os teus dias.
Sejas o teu melhor sorriso no espelho, seja a voz que gostaria de ouvir, seja luz dentro de si, seja calor de um bom abraço a apetar ti em tuas alegrias e angústias, seja dedicado em cuidar do teu corpo, onde vive tuas almas, seja necessário, seja a tua melhor companhia.
Ouça o teu interior, teus instintos, sinta o perfume do teu ser a exalar pelo teu lar e agrade-te com ele, olhe dentro de si e aplauda-o, mova-se, deixe a monotonia deveras esquecida, cresça, mas seja a tua melhor companhia.
Grite se achas necessário, chore, cobre, enfureça, entristeça, mas amadureça e saiba o valor da tua solidão.
Cá dentro sejas um grande ser, que luz transpareça de ti , lá fora que esta mesma luz trasborde em imensidão, e que ouças o som dos pássaros a cantar aos teus ouvidos melodia de paz, que borboletas voem a fazer cócegas no teu estômago, que se agrade com o brilhar do sol sobre teus olhos pela manhã, que sinta a leve brisa a soprar teus cabelos, que seu coração palpite de alegria ao cair da chuva sobre a luz, seja a tua melhor companhia,
Minha riqueza, tua riqueza seja a mais deliciosa sensação de estar completo, e sentir mais um grão caloroso de solidão a germinar-se.
Somos tão sozinhos afinal, somos sempre nossa companhia afinal, somos o nosso melhor bem afinal, somos solidão em extensão e tempo, somos nossa melhor companhia.
Que seja a tua, sua melhor companhia, e suma...
Solidão será que é uma escolha?
Perguntar ofende?
Contar serve para alguma coisa?
Dizer o que quero
sei lá?
Não deu certo
Sabe quando você parece ter prazer
em estragar tudo?
Como pode né?
Às vezes eu só queria fugir de mim
Como tenho a capacidade de estragar tudo
Não quero desistir de mim
Nem de você
Nem de nós
Sabe o tempo?
Aquela sucessão de momentos.
É uma troca
Um depois do outro
O que fazemos em cada um deles é importante
Mas depois de feito não se desfaz
Sabe as vezes parece que tenho o dom de estragar tudo
Eu tinha tudo.
Já ouviu isso.
Eu tinha tudo? Pois é eu tinha.
Eu andava cantando pela rua
Eu não tenho como fugir de mim
Onde eu fugia onde está?
Eu só queria descer.
Minha vida é minha escolha?
Sinceramente não sei
Me perdi.
SOLIDÃO EM RÉ MENOR
A mente que sempre mente
Ao ser vazio
Triste cantador solitário
Viajante das estrelas
Visionário do caos
Carcaça arrastada
De rua em rua,
Bar em bar,
Cama em cama
Numa música única
Azul a insistir na mente
Deglutidora lenta
Do céu e do inferno
Solidão em ré menor
Eis a canção do cantador
Ainda sobrevivendo
Amanheceu
E a solidão me acompanha
Vago, divago
Sonho acordada
Sem ninguém ao meu lado
Pois estão dentro de mim
Carrego no coração
Que é para não
Nos perder pelo caminho
A vida com vocês é mais feliz!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
"E eu me olho no espelho e vejo o reflexo da solidão.
A tristeza em meus olhos, me faz querer arrancar meu coração.
Passou o tempo e percebi, que o amor é o grande vilão.
Vem embrulhado de prazer, mas sua essência é de dor e decepção.
Amor e felicidade, sua mutualidade? Pura ilusão.
O tempo passa, o tempo fecha, mas não me leva essa louca paixão.
Me afogo no leito, fico sem jeito, em um turbilhão.
Prosto os joelhos, rogo aos céus, imploro o perdão.
Por desejar ter nascido frio e sem coração..."