Poema Sobre Solidão
Solidão/PE
A Solidão que descrevo em verso
É o horizonte promissor do sertão
Um espaço bucólico no universo
Que encanta e comove em oração
Terra de gente singela
Que sonha à espera da sorte
Enquanto constrói com cautela
O caminho para manter-se forte
Do menino ao velho sábio
Histórias de fé não faltam por lá
Romeiros em visita incansável
Buscam conforto, entoam cantos como sabiá
Sob as bênçãos da Senhora de Lourdes
Toda Glória para a cidade e seus filhos
Uma grande família e união, suas virtudes
Querem, ó Pai, que lhes indique os trilhos
Na praça sob a sombra e frescor
A boa prosa dura o tempo esquecido
O ir e vir de um povo acolhedor
E o ficar sob o azul mais unido
Com o xaxado é festa, é magia
Com a sanfona é cantoria, é prazer
As carências não sufocam a alegria
Pudera todo filho neste berço permanecer
Não conheço a terra Solidão
Mas de longe cultivo carinho
Imaginando o viver na região
De certo ninguém lá é sozinho
Encerro estes versos com esperança
De um dia todo o povo abraçar
Até lá o meu desejo é bonança
E conquistas possam todos celebrar
Flores do Jardim
Renê Góis
O amor não nasce em vão.
Paixão ou solidão dentro do peito
Palavras lá no chão, são frases
feito rosas no jardim.
Se eu não abro mão
das coisas que criei
aqui por dentro.
Razões pra chorar;
Razões pra sorrir;
São coisas que o coração faz.
Momentos assim...
Pra mim são sem fim.
São coisas que o coração faz.
Solidão é uma caixinha
De ideias acumuladas
Que quando estamos com ela
Elas serão reveladas.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
26/03/2024
Na solidão as palavras
Conversam dentro da mente
E é deste conversar
Que acontece o despertar
E nos encontramos com a gente.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
16/12/2024
Solidão é o caminho
Pra encontrar nosso eu
E nos mostrar com alinho
O rumo do apogeu.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Me sinto cheia de vazios
Repleta de solidão
Inundada em saudades
Imersa nessa louca paixão
Não entendo meu coração
Ele sabe que é errado
Sabe das consequências
E mesmo assim te quer
Mesmo assim te deseja
Busco não pensar na gente
Faço tudo diferente
Troco os caminhos
Mudo as canções
Mas nada é suficiente
Tudo que faço para te esquecer
É mesmo que nada fazer
Sinto dolorosamente a solidão tomar meu ser
Vou levando a vida
Sigo tentando não te amar
Dizendo não para meu coração
Inventando um novo jeito de viver
Criando novas histórias
Imaginando um mundo onde não haja você
Vou lutando em vão para te esquecer
Tentando explicar para o meu coração
Os motivos pelos quais ele não pode te querer.
"No silêncio da solidão, ouço um enorme eco do meu coração, gritando por quem nunca veio me encontrar."
By Amauri Alves
"Na inquietude da solidão, a alma deixa de ser mera espectadora para se tornar autora de sua própria história. É no silêncio que assusta que encontramos o diálogo mais honesto com nós mesmos."
YakuzaMoon § JWC Autism
Solidão
Sorte minha
Ter só minha
Solidão
Sorte dele
Ter só dele
Multidão
Sorte nossa
Ter só nossa
Compaixão.
INCÓGNITA
Eu brado dentro de mim
Onde encontro a solidão
Descolorindo o carmim
Do meu triste coração
A tristeza é o caminho
Que eu trilho sem noção
Traduzindo a incoerência
De minha efêmera razão
Meu sentimento indefeso, confuso
Se esquiva da paixão
Que tenta fazer morada
No meu eu sem compaixão
Após as léguas tiranas
De tristeza e solidão
Aporto minha incerteza
De que sou, o que não fui ontem
Abrandando o coração.
SOLIDÃO:
Na escrivaninha do quarto
Encontro-me com a solidão
Que me aflige e me inspira
A escrever em versos
Tudo, tudo...
Que a razão e a lógica humana nos suprimem
E deixa embalar o ego a suprimir a razão
Como se um nobre a reprimir seus vassalos,
O poeta exibe-se
Na certeza de que seus pensamentos
Percorreram os quadrantes do universo
Qual Morfeu, filho do sono e da noite
A percorrer o planeta num instante a fio.
ESCRITA. A ODE DA VIDA:
A bela arte de escrever.
Recorrente à beleza da solidão,
Vertente de sutil inspiração.
Manifesto de amores e atores,
Quiméricos personagens,
Precursores da paixão.
Quiçá, antagonistas da razão.
Escrever, seja talvez migrar
Ao infindo... Universo prosaico,
Que emana
Da alma do infinito crer,
Que respira a ode.
Que inspira o ser.
Vê-se à escrita, poética ou prosaica
O plasma!
O nume!
Assim diria o bardo
Em seu brado poético.
Não há alfa e nem ômega!
Quando se abre os olhos,
E respira-se a atmosfera,
Dar-se início a vida!
Ao fecha-los sem atmosfera,
Nada se consuma, a vida enfim,
Inicia-se.
Assim, à realidade da escrita,
Nem princípio, nem fim.
SOLIDÃO:
A solidão que vive
É a solidão que morre
A solidão que fica
É a solidão que vai
A solidão que alenta
É a solidão que mata
Solidão...
E faz os nossos sonhos
Viajar no tempo
Buscar nossos mitos
Se perder nos sonhos
Solidão...
E cada vez que teu relógio
Marcar mais um, mais um, mais um...
Ele está te dizendo menos um menos um...
Solidão...
POETIZANDO:
A poesia não pede palco
Não demanda aplausos
É solidão, intimidade e paixão.
É sentimento que freme
Num turbilhão de emoção.
A poesia é marginal...
O poeta capital.
Não possui ser nem autoral
É abstrata atemporal.
DIVINA TRAGÉDIA:
Eu tenho medo, medo da solidão dessas capitais.
Eu tenho medo, esse medo me faz ser capaz.
Medo, medo, medo.
Eu tenho medo da loucura das maquinas dos homens a malograr
Eu tenho medo sim, medo do progresso, esse ‘Deus” mendaz, capataz
Medo, medo, medo
Eu tenho medo da Brasília pomposa e tudo que há
Eu tenho medo de tudo isso, do porvir, regressar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos sonhos não sonhados, ou que há de sonhar
Eu tenho medo da distopia que não sabe sonhar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo do discurso formal que se faz capital
Tenho medo de tudo que é certo, de certo, se há
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos livros que não se ler
Dos tidos e lidos que se pode ver
Medo, medo, medo
Eu tenho medo dos verdes das “matas”
Do ouro amarelo do seu céu estrelar
Medo, medo, medo
Eu tenho do jardin de infância, seu vestibular
Eu tenho medo porque medo é constância em seu habitar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo pela cor do nagô pelas “moças” que há
Tenho medo dos rios que fenece sufocando o mar
Medo, medo, medo
Eu tenho medo das chuvas acetas à primavera que virá
Eu tenho medo da morte que mata o pulsar
Medo de seu tenaz preconceito e tudo que está
Medo, medo, medo
Que o medo me faça de resistir incapaz.
Medo, medo, medo.
FERA SEDUTORA
Solidão, essa ferra genial
Faculta-me companhia
Delegando-me nostalgia
Uma inspiração colossal.
Sob o pátrio Juazeiro
Nesta tarde mórbida e fria
Em verso e prosa lhe faria
Juras de amor em segredo.
Ó! Minha magistral parceira
Dama de minha inspiração
No Juazeiro ou na ribeira
Essa pantera me conduz
Caminha comigo ao lado
Em inspiração me seduz.
SINESTESIA
Todos nós somos sozinhos
Na pele e na alma.
Quando adolescente a solidão
Fazia-me sentir-se o mais infeliz dos humanos.
Hoje, sinto essa necessidade de estar sozinho.
A solidão é condição sine qua non do ser humano.
Adultos são tristes e solitários.
Apesar de perigosa e viciante
Nada assustadora.
Remete ao cerne das inspirações.
Sobre o amor a solidão se acalma.
Criança possui fantasia...
Às vezes, preciso encontrar a criança
Que deixei no passado a chorar
Solidão, a fantasia!
Viva a fantasia!
Colossais figuras humanoides
Viajam na imaginação dos amantes.
SOLIDÃO.
Meu coração se fez plumas.
Percorreu os caminhos da razão, solidão.
Eu nunca ansiei afastar-me dessa pantera austera.
Nunca tive medo de me sentir sozinho, porque sempre estive ao lado dos meus demônios e guardiões.
Antagônicamente, a solitude é dor que sara!
Condição sine qua non do ser humano.
Paradoxalmente carente de afetividade
À medida certa
MINHA FERA
Às vezes eu sou só fera
Espinhos ou solidão.
Noutras, posso ser flores
Leveza e compaixão
Se sou fera ou espinhos!
É porque nesse universo de feras
O indivíduo carece fera ser também
Nesse emaranhado de dúvidas
Que se chama compreensão
a casa
cheia de silêncio
recheada de solidão
a casa
não é a mesma sem você aqui.
eu
coberto de silêncio
vagando na solidão
do quarto pra cozinha
nunca mais fui o mesmo sem você!