Poema Sobre Solidão
Ricardo Cabús
"As cores do palhaço põem cinza em meus olhos
E o vento frio não leva solidão"
(Cinzado - Cacos Inconexos)
Ricardo Cabús
"(...)nem botões há em minha camisa amarfanhada
Para afagar a solidão."
(Amarfanhado - Cacos Inconexos)
Avesso
as dores
a solidão
de repente some tudo
não fica nada
sem o pé no chão
a flutuar na intenção do amor
da vida querida
amigo
presente pertinente
diferente
o apoio a cobrança
o desespero
vida de falsas alegrias
correntes sementes
brotam e desaparecem
do nada
no universo a navegar
ganhando esperança
confiança
canta
solidão
A solidão é transparente...
É parente da saudade
É prima de uma prima ausente...
A solidão é irmã de quem não veio,
Amiga de quem faltou,
A solidão é multidão em lugar nenhum...
Moveis empoeirados, teias de aranhas
Catando assombração...
Passos no porão...
Um gotejar inoportuno madrugada afora...
A solidão é um riso sarcástico na lembrança,
É uma lembrança fugaz de um doce momento,
É vulto passando, e cortina balançando com o vento...
A solidão me fez poeta,
E cria espaços, mas me aperta contra a parede,
Mostra-me um mar de desejos
E me mata de sede...
A solidão mente,
Diz que eu posso voar da cobertura,
É uma ternura delinqüente
Me oferecendo chocolates com cianureto
Infinita solidão
De uns tempos pra cá, sinto-me envelhecer mais rápido que o normal.
Pelas experiências,pela vivência,por esta cansada aparência,que,por noites e noites longas acordado a ascender e apagar infinitos cigarros.
Vejo cinzas por toda a casa,até meu cachorro notou a minha nostalgia. Eu aqui sentado em minha velha poltrona com o controle remoto invertendo locais,as vezes nas mãos,as vezes ao chão despilhado e caído.
Minha xícara de café que era sempre quente e bebia atentamente,observando o jornal. Hoje ela se encontra caída no canto do tapete,gelada e cheia de formigas a passear. E eu ? Não ligo,nem se quer me levantei para atender ao telefone que uma vez ao mês,raramente acontecia de tocar. Poderia ser um cobrador,ou um vendedor. Não importa,se não for quem quero que seja a me procurar, não atenderei tão cedo,não me levantarei do lugar.
No espelho eu vejo o que jamais imaginei,minha velhice se aproxima,me abandonei demais.
Cabelos grisalhos,pelos espetados,olhos vermelhos e inchados. Meu descuido foi maior,meus cigarros faltam, a garrafa de conhaque vazia. Pensamentos distantes,choros de angustia são constantes.
É o que sobrou de mim,após sua partida. Abandonou-me. E logo após eu me abandonei,esqueci de me cuidar,esqueci de me amar,esqueci de viver. Talvez eu nunca soube mesmo como era.. Como era viver sem você.
O meu coração chora e até mesmo clama para que alguém me encontre para me tirar da solidão que acaba com os meus dias;
Tento me fazer viver, mas sem o carinho e atenção que me aqueça não consigo me mexer nem pensar como deveria;
Quero minha vida desde então mudar para que a felicidade invada os meus princípios para o meu satisfazer;
Boa noite
Esta noite vou acompanhar o caminho das nuvens, conversar com elas e falar que a solidão é uma grande mentira.
Ale✍️
A solidão no momento é minha melhor companheira,
Com a solidão me sinto mais a vontade,
Somos parceiras de longa data,
Com minha companheira a Solidão sinto coragem de me despir, de ser quem eu realmente sou sem medo de ser criticada.
Amor...
Que aparece em uma solidão...
De um dia qualquer...
Desejos impuros...
Querer o vazio do coração...
Num mar ausente...
De tudo lhe desejo.
Lembranças
Ainda lembro-me dos dias de sorrisos, assim como os de solidão, lembro do seu rosto e das batidas do seu coração, dos nossos segredos, dos erros e das brigas sem razão.
Lembro-me das promessas que já não existem mais, lembro das conversas, dos beijos e abraços que deixamos pra trás.
Sou mais fraco, eu confesso.. Deixei o medo me tomar, até em minhas próprias palavras deixei de acreditar e talvez não seja tão fácil quanto pensei, talvez não hajam asas pra voar tão alto quanto cegamente eu sonhei.
O bicho-papão chamado SOLIDÃO
A solidão é um estado que assombra!
Faz sentirmo-nos desacompanhados, abandonados, desprotegidos, tristes e com medo...
Exige-nos a dependência do outro...
Aterroriza-nos com o receio de estar sem algo...
Traz-nos fantasmagóricas lembranças sofridas do abandono...
O que fazer com esse bicho-papão?
Apresentarmo-nos a ele...simples assim!
Porém, é preciso analisar se eu interiormente existo realmente.
Esta averiguação conseguimos através do diálogo interior, da restruturação de alicerces trincados, da descoberta de prazeres solitários, do enterro de velhos mortos, da liberação de estruturas egóicas, do controle da ansiedade do amanhã...
Qual foi a última vez que procuramos nos ver através de um espelho além do nosso ser externo?
Só olhamos para observar a arrumação do cabelo, da maquiagem, da barba, da limpeza dos dentes?
Conhecemos nossas fisionomias quando sentimos uma dor ou quando gargalhamos?
Desejamos um ‘excelente dia’ para nós mesmos? E quando vamos dormir?
Temos posto pontos e virgulas em pessoas e situações para que nosso interior se sinta confortável (ou pelo menos não tanto incomodado)?
Na verdade, quando tivermos certeza da existência deste nosso ser interior, nem vamos precisar apresenta-lo ao bicho-papão... Ele não existirá mais!!
Só quero a paz de estar só
e a solidão da minha paz.
Não quero um ombro, não quero o dó.
Mereço uma placa de “aqui jaz...”
Quero a carícia da terra fresca;
que ela me abrace e eu adormeça.
Refrão da solidão
Amarga solidão me deixa triste
me faz um pequenino sozinho e com
pouca emoção.
Amarga solidão entristeci a alma, apaga
a chama da paixão.
Amarga solidão esqueça que eu existo
e parta em quanto a tempo, não quero ser um futuro ancião amargurado por esta emoção.
Amarga solidão "ufa" já foi embora e a harmonia plena voltou a reinar, só espero que esta paixão plena agora seja verdadeira...
Pálida Flor
Em águas de outros tempos mergulhei.
E naquele mar de solidão sem fim
Que de improviso me deparei
Com intenso amor em mim.
Por sendas verdes caminhei
E entre eucaliptos e flores me deitei
Para ti, amor, eu me entreguei
Mas em outros braços te encontrei.
A noite escura se fez, de improviso.
Em mim se tornou dor a vida, sem teu riso.
Meu tempo se foi, nada mais tem cor.
Pálida é a flor do amante sem o amor.
Que toda ilusão, vire verdade.
Que toda solidão, vire paz, amor e tranquilidade.
Que toda poesia, vire realidade.
E, que todo pensador possa merecer o drama que faz de verdade.
SORTE
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Sou.
Só Sua; solidão.
Seu silêncio…
Suasivo sentimento,
Sempre sem saber…
Se, será sim (assim).
*
Surdez “sapientológica” soa sua solvência.
Sabedoria simbólica:
Soma, se sobra.
Solta, se sopra.
*
Siga(-me)!
Sete sombras, solos, signos.
Similar sabor secial.
Súbito sorriso, sórdida solidão.
Sua sina,
Sou sorte, sublimação.
O vento trás a flor
Ela cai no chão
Murcha como a solidão
Que acaba com o coração.
Mas pra que isso, se superar é o importante
A flor renasce ,a felicidade acolhe a alma
E você segue em diante .
A vida é como a flor as vezes é cheia de beleza e as vezes murcha e enche de tristeza .
Mas sempre há uma maneira de ser feliz se supere a cada dia e terá o que sempre quis.
Solidão é o mar que me levar
em cada nota da canção que
toca meu coração.
O que me resta na solidão
se não imaginar as batidas
do seu coração.
Solidão
Vivo um vazio sem você.
Lembranças e sonhos enganam a solidão
Abrandando a tristeza do meu coração.
Alimento-me a tua imagem refletida na memória,
Onde inefáveis sonhos revelam meus sentimentos
Negando por mais um instante a razão.
Efêmero sentimento
Na sinestesia desta emoção.
O que me sobra é de novo a solidão.
Edney Valentim Araújo