Poema sobre Pobreza

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‘‘ Não existe feiúra ou beleza, bem ou mal, certo ou errado,
pessoas normais ou loucas, pobreza ou riqueza, melhores ou piores.
Existe apenas pontos de vistas diferentes, que são alimentados por seus
maiores e mais profundos desejos. ’’

Não precisamos da violência.
Não precisamos da miséria.
Não precisamos da pobreza.
Não precisamos de mortes sem sentido.
Precisamos de amor...

A pobreza e a esperança são mãe e filha. Ao se entreter com a filha, esquece-se da mãe.

A pobreza é indispensável à riqueza, a riqueza é necessária à pobreza. Esses dois males engendram-se um ao outro e sustentam-se um ao outro. O que é preciso não é melhorar a condição dos pobres, mas acabar com ela.

A riqueza tem as suas vantagens, já a pobreza, embora tenha feito algumas tentativas nesse sentido, nunca provou ser vantajosa.

A pobreza não tem bagagem, por isso marcha livre e escuteira na viagem da vida humana.

O amor dá-se mal nas casas ameaçadas de pobreza. É como os ratos que pressentem as ruínas dos pardieiros em que moram, e retiram-se.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Anos de Prosa, 1863

A economia, que é uma virtude, é uma necessidade na pobreza, um ato de juízo na mediania, e na opulência um vício.

A súbita pobreza abriu-lhes os olhos, que a riqueza lhes havia mantido fechados.

RIQUEZA E POBREZA

Um dia um pai de família rica, levou seu filho para o interior com o firme propósito de mostrar quanto as pessoas podem ser pobres.
Eles passaram um dia e uma noite na fazenda de uma família muito pobre.
Quando retornaram da viagem o pai perguntou ao filho:
- Como foi a viagem?
– Muito boa Papai!
– Você viu como as pessoas podem ser?
E o que você aprendeu ? – O pai perguntou.
O filho respondeu:
- Eu vi que nós temos um cachorro em casa, e eles tem quatro. Nós temos uma piscina que alcança o meio do jardim,
eles tem um riacho que não tem fim.
Nós temos uma varanda coberta e iluminada com luz, eles tem as estrelas e a lua.
Nosso quintal vai até o portão de entrada, eles tem uma floresta inteira.
Quando o pequeno garoto estava acabando de responder, seu pai ficou estupefato. O filho acrescentou:
- Obrigado, pai, por me mostrar o quanto pobres nós somos!

MORAL DA HISTÓRIA:

Tudo o que temos depende da maneira como olhamos para as coisas.
Se temos amor, amigos, saúde bom humor e atitudes positivas para com a vida, temos tudo! Se somos “pobres de espírito", não temos nada.

Dia da Criança

Luzes nas ruas, risos, cores,
brilho das vitrines em festa.
Um carro, vestido novo, um trem.
Gente que passa e não presta
atenção nos que ficam à margem
do encanto das luzes,
no espanto do menino
que erra sozinho,
perdido na cidade.
Que fere, maltrata
e destrói com maldade
os sonhos de criança.
Que rouba no berço
o carinho da mãe,
que cedo levanta
e tanto trabalha,
escrava submissa
do asfalto,
alheio e sem dó
de seu filho, tão triste
e tão só.
Com sua vozinha, fraca
e cansada,
fica nas ruas perdido
a pedir por presente
apenas um dia só seu;
pois não sabe, afinal, distinguir,
como alguém, que com fome
cresceu,
nos anúncios das lojas
que gritam e proclamam
que ele também é criança
e esse dia é o seu.

Barraco (minha casa?)

O governo anunciou!
Vão trocar seu barracão,
por uma casa de verdade,
com janelas, porta, tem fogão.

Casa pintada, de telhado
sem goteiras, como aquela,
lá no morro.

Coitado!
Já nem pode mais dormir,
só pensando nesse dia.

Ele vai ser proprietário.

Como lhe faz bem ouvir
este nome de magia.

Proprietário, proprietário!

Vão trocar seu barracão.

Bem, é o que diz
o semanário

mas, doutor,
será que vão?

As guerras, a pobreza e as injustiças sociais são o maior atestado do primitivismo, do egoísmo e da incompetência humana.

Quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro – existe a quem falte o delicado essencial.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Manhã - Soneto XXIX

Vens da pobreza das casas do SUL,
das regiões duras com frio e terremotos
que quando até seus deuses rodaram à morte
nos deram a lição da vida na greda.

És um cavalinha de greda negra, um beijo
de barro escuro, amor, papoula de greda,
pomba do crepúsculo que voou nos caminhos,
alcanzia com lágrimas de nossa pobre infância.

Moça, conservaste teu coração de pobre,
teus pés de pobre acostumados às pedras,
tua boca que nem sempre teve pão ou delícia.

És do pobre Sul, de onde vem minha alma:
em seu céu tua mãe segue lavando roupa
com minha mãe. Por isso te escolhi, companheira.

Onde tudo se tornou em vão.
Onde tudo se tornou em ódio.
Onde tudo se tornou em pobreza, caos e tristeza.
Há sempre um lugar onde tudo é pleno e bom.
Basta acreditarmos, basta temos fé, pois está dentro de cada um de nós um herói, um destino e uma vida cheia de incertezas.

Não existe pobreza maior do que duas pessoas que um dia, juraram eterno amor e se desfazem dele!
Passam a viver vomitando suas intimidades ao vento, como dois irresponsáveis sem terem conhecido o amor de fato!
Aprendam uma coisa! amar não é isso ou aquilo, amar é se desprender e se despir de qualquer tabu!
Não aceite nada que seja imposto por uma sociedade cujo o caráter é pura hipocrisia!

Mesmo que tenhas nascido
em condição de pobreza extrema,
não te acomoda,
estuda,
faz das tuas dificuldades
o trampolim da superação,
e salta para o alto,
acreditando sempre
no teu poder de superação!

O Mundo é um Espelho


Compadecido com a pobreza do rabino Jusya. Ephraim colocava diariamente algumas moedas debaixo da sua porta. E reparou que, quanto mais dava, mais dinheiro ganhava. Ephraim lembrou-se que o rabino Baer era mestre de Jusya. Viajou para Mezritch e cobriu de presentes o rabino Baer. A partir daí, sua vida piorou e quase perdeu tudo. Procurou Jusya e contou o ocorrido. "È simples", disse Jusya: "Enquanto davas sem pensar em quem recebia, Deus fazia o mesmo."

Santificaram a pobreza.
Mas muitos pobres preferem
a riqueza à santidade.
Satanizaram a riqueza.
Mas os ricos não se importam
se sua riqueza é satânica.