Poema sobre Festa
OPINIÃO
Teu perfume
trouxe alucinação
quem tem razão
faz o palco dessa festa
quem protesta
nunca forma opinião
e o dragão
cospe fogo na floresta.
FESTA
O amor quer fazer uma festa
E não vê espaço onde possa
Espalhar mesas e cadeiras
E deixar um espaço para os que dançam.
Seu corpo solto, de um amor criança.
O amor quer brincadeira, quer fuzueira.
Deixar cair de sobre os ombros
Os encargos da dor, do ressentimento.
Pudesse o amor ter calma e só amar.
Batuca os dedos no granito frio
Das encostas do parapeito
Perto da veia que trinca o coração.
Aqui o amor tem morado.
Quando se sente dono, mas tem demorado
Em amar, o exercício dos calejados.
O amor quer a festa, que já comece
O ritmar da dança.
Bate coração faz força na mão.
E começa por uma sonata de Mozart.
Mozart que fica quarto em quarto.
O salão da festa, ganha espaço, avança
Mas o amor não gosta, não queria amar.
E se contrai mais que se esvai
E o coração quer a alegria dele
Já riu sozinho, até o espelho
Já se barbeou ainda cedo.
O amor madrugou fazendo planos
Para no dia seguinte juntar-se
Aos todos amantes,
E ensinar-lhes de entusiasmos
O que está em voga
Fora e dentro, pelos corações.
Ela: O que você aprontou?
Ele: Aprontei meu coração pra uma festa, festa qual você é a única convidada!
Amor amigo
Quando você chegou,
minha vida se fez festa,
meu mundo sorriu em flor...
Me vi através de você,
e senti o que se diz amigo-amor!
Tive-o em minhas mãos e em suas mãos
cá estou...[coração]
Num trago de te beber,no segundo de te
provar...[auge da amizade]
Escorres entre meus dedos, não posso
te segurar...[livre]
Tecemos uma grande amizade...
No ato de se tocar![aura]
Diz que me vislumbra e eu te digo:
-Me transponha,me decifre...[confiar]
Há partes em mim que ainda desconheço
e só você sabe que há!
Mais que um vislumbre,queria eu te
deslumbrar ! [te amo amigo]
Sou criança, sou uma dança
Sou uma festa, uma lembrança
Sou amor que em tu existe
A incerteza que insiste
Sou a dor do seu viver
Sou amor em uma flor
Eu sou silencio, sou a paz
Sou a vós, do leva e trás
Sou poema, eu sou uma rima
Sou olhar de uma menina
Eu sou um louco, muito louco
Sou uma árvore, eu sou um toco
Eu sou o eu, apenas eu
Sou palavras, sou museu
Sou um pensamento meu.
AmO... FESTA !
Sou . . .
o que de melhor posso ser!
. . . Sou côncavo,
. . .Sou convexo na
geometria do meu viver.
Complicadamente Simples,
simplesmente complicada!
Enigma da tradução na
palma da mão tatuada!
Somos Vips !
merecemos ser . . . F e l i Z e s . . .
Toda festa já passou
Mas quem fica na avenida da vida
Eu não vou deixar
Que a distância aumente mais
SEU SHOW TERMINOU
o show do qual você se imaginava
a atriz principal,
a dona da festa
terminou
mas o tempo passou,
seus shows, e festas
não estão mais em cartaz
e nada deles restou
hoje você é só solidão
revolvendo o passado
vem somente as lembranças
dos amores que teve
e desprezou
Alvoroço Ufanista
A festa é traiçoeira
Este lamaçal
É uma manifestação cultural
Em cujo céu coberto
De nuvens gordas
Contém os fabulosos
Animais do zodíaco
E eles valem muito.
A solidão é inevitável
A vida, uma miséria andante
Sobre a lama e sobre pedra
Alguns homens ganham o inferno
Falando sobre a história do mundo
A exploração humana.
Dizem que o destino está marcado
Estou musicando imagens
Com a ilusão dos mitos.
Foi uma boa experiência
Os mitos transformados em música
Sinto um frio imenso
Vejo a boca do dragão
No último grau de decadência
Sinto um vazio no estômago
Vejo cintilações palpitantes
E os argumentos são ridículos
Hesitantes e invisíveis
Tcham-tcham-tcham-tcham...
A luta é brava
Os monstros apocalípticos...
Socorro!!!
Engana-se quem pensa que o carnaval
é a festa das máscaras e fantasias.
Na verdade é justamente em seus dias
que as verdadeiras faces, ocultadas pela covardia,
são expostas com todos os seus instintos,
excessos, anomalias morais e anseios inconfessos,
mostrando ao mundo a essência pervertida
de quem ao longo do ano regressa ao seu casulo
e adota uma identidade disfarçada!
Eu no meu apego,desassossego, não sei nada de mim.
Sinto falta de floresta, de fazer a nossa festa, de ser feliz sem fim.
Vejo tanto,em tanta gente;
corpo calmo, alma quente;
mente longe, palavras soltas e não entendes o que se passa em mim.
Esse tempo perigoso;
muita chuva,pouco esforço,
não tem retoque é simples troca e nada sobra pra mim.
Vai perguntar ao Caos, o que teus filhos fizeram de nós e qual dos Deuses é o do dia, o que me faz companhia, e o que será de mim?
Nosso destino
Foi naquela noite
Naquela festa
Naquele momento
Que tudo mudou
Você me abraçou
E de um simples paquera
Virou o meu amor
Agora eu só sei viver
Pensando e dependendo de você
Cada segundo é muito tempo sem você
Só o tempo e o destino
Vão nos mostrar e nos dizer
O que será de nós dois
Uma pequena passagem
Ou uma grande história de amor
Vivida por nós dois
A brilhosa e o órgão
Os cupins pararam de fazer festa naquela grande parafernalha velha de madeira. Quando ligada fazia um estrondo, parecia trovão. Mas quando se sentava ali, uma senhora toda brilhosa, elegante, conduzia o povo nos hinos antigos que eram entoados. Os cupins nem ousavam em destruir a madeira do velho Órgão. O ruído de trovão se transformava em música. A senhora toda brilhosa foi promovida, foi tocar no Órgão Celestial, onde não há cupins, nem ruídos estranhos.
Agora vai ficar a saudade do barulho de trovão, da brilhosa que tocava no monstro cheio de cupim. Ela que um dia disse pra mim: "Por que você ta sumido garoto? To sentindo a sua falta. Vê se não desiste ein!!"
Há pessoas que podem descrever isso melhor do que eu. Mas o que sei, o que vi e o que vivi, é que não haverá outro tetemunho de vida maior do que o da senhora toda brilhosa.
O velho Órgão que o diga, se pudesse falar novamente...
É... já não é tarde para se ouvir aquela tão famosa e popular música que diz: ♪Ah que saudade da Amélia. Aquilo que era mulher...
(Em memória da Dona Amélia, organista da IPB de Tingui - 21/08/2011)
O sol teu corpo vem dourar
O vento se faz brisa
Em teus cabelos a soprar
E o mar se faz em festa
Ao ver a linda flor
Das areias o fitar
Hoje tem festa no céu, chegando mais um poeta Barros Manoel!
Hoje chora a caneta morreu Manoel de Barros o mestre das letras!
Sergio Fornasari
Preciso de uma Festa!
Minha autoestima não podia estar mais baixa,
Preciso descansar dançando de frente de uma caixa
Com 500 decibéis minha mente se relaxa,
Me arredonda, me entorta, me engrandece, me esculacha.
Não gosto daqui onde a vibe te rebaixa,
É ruim demais viver aqui, onde você não se encaixa
Bom mesmo é uma gota bem no meio da bolacha,
Me enquadrada, me endireita e eu me sinto de borracha,
Nada me quebra, eu não me canso e o calor me faz derreter,
Sou livre, flutuo, danço, pulo e nem penso em sofrer,
Mas aqui é sem descanso, só dor e sem encanto,
Sem musica ou canto, estou vivo sem viver,
Aqui eu já me canso, escravizado e manso
Desarmado, e não alcanço, tudo o que eu quero ser.
COMO A VIDA MUDOU
Como a vida mudou
Como tudo estar lindo
Vejo todo mundo em festa
A natureza sorrindo
Nem parece o tempo
Que corria sangue pelo chão
Que reinava na terra
A Triste escravidão
Hoje podemos cantar
Podemos andar
Podemos falar de amor
Podemos curtir
A primavera em flor
Vejo sobre a natureza
Um mundo de esperança
O despertar do amanhã
Como um riso de criança.
A gente pensa que é feliz.
Conversa das risadas anda por ai.
Visita os parentes.
Vai a festa,se diverte,
Fica em meio a tanta gente.
Mas não tem um amor.
Um alguém para abraçar.
Quando então chegar a casa.
Não existe outro corpo.
Para sentir calor.
E assim caminha a humanidade.
Caminhando sem amor.