Poema sobre Existência
Bordar a alma
Já não estou mais só
Tenho uma pena
Ela quem me leva a voejar
Pintando a tela de minha existência
É um aparo comum
lança no papel pensamentos
Apenas em minha mão ela pinta
o que tem, em mim por dentro
Poucos podem compreender
ás linhas que moldam um sentimento
Também é difícil descrever
quando acontece de momento
Palavras estéreis são
para quem não quer entender
Pois eu bordo a minha vida
com a essência do meu ser.
22/11/13
Me desatino tentado entender as confusões interiores
Gesto tolo costurar os dedos e querer entrelaça-los
De olhos fechados se veem os circos invertidos
Lonas em preto e branco e palhaços chorando
Um suicídio do ser tentando deixar de acontecer
O ódio tentando sucumbir o existir dos alvos
E meio a revolução sináptica o equilíbrio terce os tecidos
E os recursos da mente humana fazem suas acrobacias
Na sincronia fragmentada das danças o vento canta
A vontade emocionante de dar sentido a imaginação
Se recria nos sentidos racionais e conscientes.
Cada um dá a sua vida a significância que lhe convém ;)Neste sentido eu prefiro significar a vida no plano mais objetivo e real do que apostar no desconhecido e improvável. Sem discursos maliciosos e sem maiores pretensões, procurarei apenas aproveitar as passagens, observar os ciclos e condicionar a efetiva reciprocidade como elemento chave da minha existência. Comporta-se a plenitude da vida como uma dádiva elementar. Aceitar-se como receptáculo diante do júri da existência e poder sempre escolher entre a razão e a emoção. Fazer juízo do incompreensível aceitando-me diante do eminente desatino do delírio. Reconhecer-me como peça fundamental nesse jogo trivial da subserviência humana. Prefiro enriquecer-me de virtudes no esplêndido engenho da disposição do que estribar-se na moralidade infundada da razão insólita. No meu mundo, regozijarei-me apenas do que me apresentar como forma de vida, e assim firmarei a minha essência como parte de algo completo e definido. Serei na vida engrenagem que procede de maneira volúvel para que possa sempre buscar compreender e aceitar a existência do jeito que a própria nos apresenta. Significativa em sua condição de interação, porque interagir é o que mais importa nesta vida.
Diego Góes
Deus (o Sonhador) pode ter emoções? Resposta: Não! É a resistência ao ato único de Vontade do Sonhador – e a sua consequente e natural permanência – que cria a ilusão de oposição. Essa prolongada resistência do Elemento Primordial à Ação Primeira da Vontade de Deus é que faz com que todos os Universos e seus planos (o Sonho e suas camadas) venham à manifestação.
(Em "Ensaio Filosófico sobre o filme 'A Origem'": http://wp.me/p2EJn7-44)
O SER HUMANO "EXISTE"?
RESPOSTA: o homem não existe! O homem tão-somente subsiste! Esse é o verbo — subsistir (do lat. "subsístere") — que descreve o ser que manifesta-se sob determinadas condições, age sob certas leis e, na maioria das vezes, é atuado e limitado por essas leis (requisitos, limites, vicissitudes, necessidades, etc.).
Nem mesmo se o homem estivesse livre dessas vicissitudes e limites poderíamos dizer que ele existe, pois sendo ele livre, poderíamos trazer à baila a possibilidade, para ele, de não ser livre. Estar sujeito à simples possibilidade de ser não-livre já relativiza sua pretensa liberdade. Assim, sua “liberdade” subsistiria sob determinadas condições.
Se, e somente se, o homem não dependesse de uma tal liberdade é que ele, verdadeiramente, não seria atado a nada. Estar ou ser relativo a algo já exclui a hipótese de existência. A necessidade perfaz a condição "sine qua non" para haver manifestação de algo ou um ser.
(Em "O ser humano existe?": http://wp.me/pwUpj-1lA)
Felizes são os sabedores da palavra e dominadores de tal poder.
Bem aventurados aqueles que a tomam por sua pacificidade harmônica
e candura. E piedade àqueles que a inflamam, deturpam e tomam-na
por arma, adaga que fere o próximo. Sangrar uma alma, qualquer alma,
não frutifica em nada além de cicatrizes e marcas eternas em si mesmo!
Por sorte, esta ampulheta em que se resume a existência terrena,
como um oráculo, oferece ensinamentos aos dispostos. Contudo as cicatrizes trazidas pelas duas pontas ferinas de uma mesma lingua, serão sempre o algoz de seu proferidor. Para não mais tornar a fazê-lo.
Vivo ou zumbi?
Existe gente com medo de viver...
Eu tenho medo de não viver,
Não quero ser um mero vegetal,
A vida é uma jornada com fim programado,
Se fosse ruim nosso pai celestial não o teria estipulado.
Chego a pensar que a passagem para outro nível seja uma sensação prazerosa.
Arriscar-se é uma necessidade,
aposte no seu ideal,
crie oportunidades,
viva como se não houvesse amanhã.
faça o que lhe der prazer,
se somos considerados "normais" perante a sociedade, esta tudo certo. "Para ela".
Mas isso te faz feliz?
Seguir padrões que são contestáveis,
Se o que é errado ou certo aqui é totalmente controverso em outras culturas?
Vivemos em um mundo onde valores são distorcidos nos quatro cantos.
Seja você mesmo, sorria, agradeça, ajude, cumprimente independente de
retribuição ou não.
Se te faz sentir-se bem sendo, caridoso, solidário, humano;
Faça, continue assim, você será o mais beneficiado,
Fazer o bem, desejar o bem nos atrai energias positivas,
danem-se as críticas, inveja e pessoas pobres de espírito,
elas precisam de gente como nós para poder sobreviver,
são pessoas de pouca evolução,
critica-las não resolve nada.
É dando amor que se recebe amor,
não necessariamente das mesmas pessoas.
Não direi que será fácil,
houverão muitas perdas e decepções,
pessoas que você ama perderão o contato com você, partirão, se afastarão e talvez nem saibam que são especiais para você.
Muitos sonhos serão realizados e automaticamente criaremos outros, é assim que a vida é feita; de sonhos e esperanças.
Então vivamos avida que é uma dádiva que não pode ser desperdiçada.
A vida é curta, Seja feliz da forma que lhe é mais conveniente, mais seja feliz...
Impaciência
A impaciência é própria do ser humano, que a cultiva por estarmos limitados em nossa existência. É causada pela ampulheta da vida, que teve o seu primeiro grão de areia caindo no exato momento do primeiro suspiro.
Recordou-se que ali já esteve, mesmo não sabendo o que era estar ali, e à princípio sendo guiado pelos seus dissimulados sensores epiteliais notou sua própria existência tênue, calorosa e agradável.
Com receio de que aquele ínfimo momento se extinguisse quebrando aquele devaneio, permaneceu de olhos fechados, apenas existindo no meio de tudo aquilo.
Ouvira sinos de outono na copa das árvores, ecos de aves canoras ao longe, movimentos de raízes tocando a terra ao balanço de brisas prolongadas como suspiros de moça.
Tudo era melodia naquele delicado momento em que aprender à se amar.
E me sinto assim
feito um barco
em alto mar,
flutuando nas ondas
do meu eu,
seguindo o fluxo
da existência
sem mais pensar
em oferecer
alguma resistência.
Nascemos, crescemos, construímos, usufruímos depois partimos; ciclo natural da vida.
Ciclo terminado é um elo cortado, uma existência inexistente de alguém que nos fundamentou no mundo em um passado presente, lembranças de uma vida que foi parte da minha.
Enquanto existimos fazemos parte de tudo, podemos influenciar o mundo, escrever historias que se tornarão perpetuas, deixar o exemplo de um caminho percorrido com êxito ou o exemplo de um caminho frustrado; o que quero expressar neste simples texto, é o fato que um ciclo pode ser rompido a qualquer momento. Somos tão frágeis... Eu redijo este texto hoje; mas será que amanha poderei Lê-lo? Somos atingidos pelo mal da morte, o medo da separação definitiva; percebendo as desvantagens que a sepultura sentenciou a nós.
Mais a nela uma sensatez escondida que se é revelada, durante o séquito percorrido, pois é neste momento que entendemos a existência inexistente, vemos o tamanho da circunferência feita em nós.
Eu amo!
Como um louco eu amo.
Não espero retribuição, apenas o encanto de saber que amo acima de minha existência, acima de todas as coisas, a entregar a minha vida por este amor.
Eu amo e não desisto do meu amor!
Não acredito quando dizem que num rio uma água só passa por ele uma única vez. Por isso questiono: a água que me mata a sede, quantas vezes realmente já matou a minha sede?
Não só sede de água, mas de tudo que existe, que existe para que eu exista.
E que existindo consuma o que me for dado como empréstimo para um existir que me faz cada vez mais vivo, mais eu.
Sem saber realmente de onde vim, para onde vou e porque me fazem estas coisas existir cada vez mais, vou sedento de vontade de consumir tudo o que a mim se apresenta, a fim de continuar essa minha saborosa existência.
Antes de começar o seu dia lembre-se:
Que independente de qualquer coisa você já era feliz sem a existência de qualquer ser, o acréscimo de alguém ou a falta dele é apenas um detalhe que pode ser substituído.
Ainda hoje andando pela rua me deparei com um motor homes antiquíssimo.
Apesar de ser um objeto deteriorado pelo tempo, ele ocupava um espaço naquele lugar. Mesmo não iluminando mais, os seus faróis eram originais e estavam alí.
A placa apesar de ilegível, ainda o identificava e permanecia no seu lugar específico.
Suas janelas por osmose viviam abertas. Através delas corria o vento, a corrosão do tempo.
Os pneus apesar de desgastados, ainda o sustentavam.
Conquanto "ele" chamou-me a atenção por seu detalhe singular, por seus cortes únicos, pela segunda capa que o protegia: A poeira.
Assim devemos seguir...
Apesar do descontrole dos dias e da mudança do tempo, ora produtivos, outrora temíveis devemos estar observando, sendo observados e deslumbrar a quem nos olha.
E mesmo que para muitos estejamos passados de fase, ultrapassados no ciclo de vida, digamos:
Muito prazer! Eu existo!
Você pode extrair de
dentro de si, tudo aquilo
de que necessita para
concretizar sua missão
sobre a terra tendo uma
existência farta e
repleta de tudo que lhe
traga a felicidade
Algumas pessoas ainda
não acordaram para os
imensos poderes que
têm dentro de si.
Tudo terá seu fim;
Enquanto isso que aproveitemos nossas efêmeras existências;
Manchadas por ignorância, ilusões, mentiras;
Efêmeros egoísmos que chamamos de felicidade;
Numa tolice existêncial marcada por uma crença de "somos especiais";
Meros seres, cânceres desse planeta, destinados à extinção;
Uma verdade sem mais;
Do nada viemos, ao nada iremos; (?)
Damos significados a uma vaga existência, num vago planeta dentre bilhões;
Estamos sós? "Sós" fomos, somos e seremos, sós em nossas efêmeras existências.
O HOMEM E A MÁQUINA
A história mostra que a evolução do homem partiu da utilização do objeto para satisfazer suas necessidades (pedra utilizada para acender o fogo). E, durante essa existência, o homem foi ameaçado várias vezes de diversas formas por suas criações, mas ele ainda não criou algo que tivesse iniciativa própria e a capacidade de resolver novos problemas, essas características ainda são só humanas e enquanto isso for preservado estaremos preservando nossa existência utilizando a máquina a nosso desenvolvimento.
O Criador voltou!
As Pessoas estão em pânico..
O que aconteceu, com as pessoas porque elas andam assim... O que são essas bolas de fogo caindo do ceú..
Então eis que a pessoa perdida se faz presente e diz, arrependa-se!
Talvez uma frase elaborada de um sonho, nunca deva fazer sentindo para nós, porém eu sempre quis entender o motivo dos sonhos, o que significa!
Em momentos de felicidade e compartilhando das informações em determinado lugar não se damos ao luxo de perceber que muita das coisas faladas não são parte reais de um momento livre, olhar as pessoas falando sobre o trabalho, sobre o seu dia, sobre uma pessoa que não gosta, muita das vezes participamos porém se não se envolvermos podemos ver por fora, e se perguntar... O que estou fazendo aqui nesse lugar??? Para onde irei depois, estarei seguro, amanhã será que tenho minha rotina de vida normal?
É no sonho ou pesadelo que no momento só sem termos alguém para proteção, que nós em imposto a realidade que não queremos enxergar, a realidade da hora de sermos humanos, fracos e limitados.. "Do pó viestes, ao pó voltarás (Gn 3,19)"
Em um canto qualquer do oceano, ouve-se uma longínqua voz. Não de linha reta. Mas de oblíqua. Não uma voz certa. Mas sinuosas ondas de espera. Não uma voz livre. Mas uma voz de cautela. Voz nascida antes do universo. Para além do multiverso. Sussurro antes do verso. Da nossa face o inverso. Nosso lado controverso. Nosso fardo subverso. Nosso ser igual. Diverso. Eu me despeço. Cresço. Amadureço. Esqueço. Viro semente. Lembro. Você descrente
Percebo. Escrevo. Não leio. Distribuo papeis em branco com a minha assinatura. Viro escritura. Defiro com firma reconhecida. É preciso encarar a vida. Cansa minha face descrida. Minha face precavida. Impossibilidade de qualquer enlace. Resisto. Insisto. A angústia me abate quando desisto. Vale tudo. Vale o que vier. Só não vale desistir da vida, deitado em uma cama qualquer. Seja homem. Seja mulher. Nem só de pão vive o homem. Nem só de direitos vive a mulher. Debruço-me no parapeito. Eu posso voar se eu quiser. Seguram-me pelo pé. Poderes mágicos, para quem tem fé. Todo colar é amuleto. Todo tempo é obsoleto. Deito-me. Não durmo. Uma nebulosa no meu peito. Rejeito. Enfeito-me. Faço cachos nos cabelos. Arrumo a coluna. Encaro a tribuna. Ninguém me excomunga. Sou água profunda.
Monalisa Ogliari