Poema sobre Existência
Ainda não descobri o que é pior: a vida ou a morte. O calafrio do desconhecido, ou o medo do que se conhece, qual poderá ser o mais temível?
Se meditarmos sobre o estado no qual nos encontramos, ficaremos diante de dois abismos: podíamos estar em condições melhores, como também podíamos estar em condições infinitamente piores. Numa escala de comparações veremos que poderíamos ser bem mais felizes do que somos ou ainda mais desgraçados do que julgamos ser.
Tenho certeza de que se algumas pessoas pudessem prever o tipo de morte que lhes esperava, teriam preferido suicidar-se antes!
O segredo da felicidade é não desejar: Quando há desejo, pode haver fracasso, que resulta em frustração. A frustração gera a tristeza que pode evoluir à depressão. Portanto, a apatia não deveria ser vista como um defeito mas sim virtude e fator de proteção.
Algo raro construído com dedicação determinação e exaustivo foco se chama perfeição, nem que seja em um curto espaço de tempo.
Talvez pudesse viver sem escrever, mas não creio que pudesse viver sem ler. Ler – descobri – vem antes de escrever. Uma sociedade pode existir – existem muitas, de fato – sem escrever, mas nenhuma sociedade pode existir sem ler.
Atitudes e palavras são sempre a representação dos valores existentes na subjetividade de cada pessoa. Não cobre afeto ou sentimentos de quem é oco ou razo. A dor existencial dessas pessoas as faz acreditar que são auto-suficientes. No fundo do oco que as habita, o que reverbera é o abismo do medo. Apenas acolha e sinta compaixão.
É a história de como o nosso mundo se criou. Sabendo o que existe no nosso mundo, também temos que saber o que não existe por aqui.
Só sou eu mesmo acima ou abaixo de mim, na raiva ou no abatimento; em meu nível habitual, ignoro que existo.
Eu não sei ao certo porquê o mal existe entre as pessoas de bem, mas sei que enquanto eu existir, nenhum mal irá me consumir.
E por ser algo a priori, entendi que o que eu percebia pelos sentidos, e aquilo que imaginava tinham o mesmo peso. Nesse momento, não importava o quão só me encontrava, mas me firmava na verdade, e sentia um fragmento da manifestação de Deus em toda parte, e isso me completava, me preenchia, aquela agonia ansiosa de existir, e sempre faltar alguma coisa.
Ora, a alma apesar de perene ainda deseja, mas não como o corpo deseja o mal e o relativo, mas o verdadeiro, o eterno e imutável.
As instituições públicas devem estar ao serviço do povo e não estarem vergadas as lutas de interesses individuais, a ponto de se perder a essência da sua existência.
Meus átomos me farão eternamente parte dessa realidade e das próximas que ainda há de existir, na inconsciente forma perene da matéria e da energia.
A luta é constante, não apenas contra o mal que assola a humanidade; sobretudo, contra o mal que há em nós mesmos, o qual enfrasca a vida com a própria existência.
Existem coisas importantes e outras insubstituíveis. De umas gostamos mas podemos abrir mão, de outras depende nossa própria existência. Rever prioridades e ética é importante. Vamos começar agora? Eu vou .