Poema sobre Existência
Fecho os olhos para não ver a frota que chegou nem sei se do Atlântico ou do Pacífico. Viro o corpo, à direita e à esquerda, cansado de noites sem dormir à espera da alvorada. Dezembro, dezembro. É do natal passado de que me lembro.
No cemitério estão os mortos que já morreram; outros que vão demorar a morrer. Ainda há os que jamais morrerão: seus feitos construíram a eternidade e serão sempre lembrados.
Há uma cadência serena no andar de homens e mulheres que caminham passos regulares; os pés irradiam serenidade. Essa firmeza na jornada torna a alma da cidade mais amena.
No meu tempo de espera, que já dura décadas, posso ver o passar dos tempos nas retinas dos olhos com colunas de densas imagens. E elas são umbrais que sustêm as vergas do tempo. Quero ser um universo que se encanta no meu chão enfeitado com um docel de estrelas formado por cachos de uvas brancas da região do Minho.
Deus põe sal na minha moleira para me dar mais juízo. Um chapéu na cabeça me convém para me guardar do sereno. Ou, talvez, uma cadeira de balanço para sossegar os meus pensamentos que se afogam nas torrentes de águas.
Nervos dissecados de um corpo sem alma. Alma enterrada, numa mente sem corpo. Mente Déja-vi flutuante na memória do tempo. Bate o vento. Chacoalha o vácuo e ninguém contempla. Tenta. Faz o calor atravessar o sentido da existência. Não tenta. O ilimitado é perigoso, num instante teimoso. - Fora daqui! - Não há registro em tua língua. Suma! Você nunca existiu. Foi mera impressão... Igor Brito Leão
Sinto-me apta para trancar um ciclo, apta para banir os pavorosos pensamentos que muitas vezes me atacam. Não posso autorizar, nem consentir que a minha postura seja dobrada ou abatida pelas ciladas da minha existência.
Com o tempo, você acaba entendendo de uma vez por todas, que lutar contra o tempo é perder tempo. E que por sinal, esse passa e não fica.
Entende também, que o que fica é apenas o som dos ponteiros ecoando sob cada ação que você imortalizou enquanto vivo. Ou, a oportunidade de realizar as ações, que perdeu enquanto estava ocupado demais vivendo. E, essa última, por sinal é a que dói de verdade, pois remorsos e lembranças, ecoam para sempre na eternidade. Você é apenas uma pequena fração de toda a existência, mas que carrega consigo, o poder de mudar o destino de muitos. Para sempre.
Mãe, apesar da distância existente entre nós e com a impossibilidade de abraçá-la neste dia dedicado a você, meu coração chora de alegria por ter sido você o principal motivo de minha existência nesta vida
Amo-te de noite, amo-te de dia, amo-te ao entardecer, nas madrugadas frias amo-te mais ainda, tua essência, teu ser, tudo que envolve você me deixa completamente em transe, sua presença é o suficiente para me levar ao êxtase, sem ti não passo de um receptáculo vazio, minha existência perde todo o significado ante a falta da tua, não há sentido e nem cor em um mundo sem ti, não há música ou melodia que possam sensibilizar meu ser, não há musas ou divas, pois minha única inspiração é você.
Muitos parecem desconhecer a subjetividade, acredito que a ignorância é subsequente a falta de interesse ao conhecimento, muitos preferem estar alheios não só à compreensão humana como também à sua própria existência.
Não pedimos para existirmos como humano. Somos um acidente do universo que vai se reparando a medida que evoluímos para outras dimensões alheias ao homem comum. O processo e a caminhada não é nada coisa fácil.
se em uma vida você não conseguir fazer as pessoas que você mais ama felizes, seu corpo vivo se transforma em sepultura e sua alma em um cadáver perdido, vagando pela existência a procura de migalhas para ressuscitar.
A verdadeira essência da beleza revela-se na graciosidade de gestos e atitudes que afloram-se ao longo de uma existência e não na frivolidade tosca de uma aparência.
Nós somos o que pensamos e todas as decisões que tomamos são influenciadas pelas nossas condições emocionais.
Loucos somos nós, que vivemos sem existir. Pensamentos podem não ser a nossa maior forma de existência... Não querendo contradizer René Descartes.
As tempestades vêm para a gente observar algumas coisas que costumávamos cobrir nossos telhados de forma provisória, ou em partes. Muitas vezes precisamos mudar as telhas que envelheceram e que com o tempo se desgatam. Então, ao observar o telhado devemos entender que precisamos sempre edificar nosso lar com cuidado e entender que sempre teremos a oportunidade de olhar para o amanhã com outros olhos se pararmos para pensar que hoje podemos construir e reconstruir nossa morada. Partindo do princípio que tudo é movido pelos sentimentos de fé, amor, esperança e positividade. As tempestades sempre passam e deixam o tempo de aprendizado. É preciso saber apreciar todas as oportunidades dadas pelos céus. Deus conduz o tempo e a gente nosso livre arbítrio. Saiba conduzir os ventos que sopram a sua existência.
Somente através do relacionamento intimo com o Fogo Sagrado - seja lá qual for a sua forma de manifestação, a existência de quem assim procede, torna-se liberada do sofrimento imposto pela miséria originada no egoísmo.