Poema sobre Existência
Não te ensinaram que existe um mundo dentro de cada um de nós e que está tudo bem não se encaixar no mundo do outro.
O voo desconcertado de uma borboleta entre flores amarelas enobrecidas por raios de sol desvela a beleza harmoniosa na existência dos seres e das coisas.
É assim, nas voluntariedades do mundo que a natureza desfila como desfilam as palavras em festival de poesia
Os mesmos sentimentos que já tomaram conta de mim uma vez, voltam a me atormentar, me deixando fraco e incapaz, questionando até mesmo o motivo de estar aqui ainda, eu me sinto mal por magoar alguém, por kdecepcionar certas expectativas, por ser menos do que as pessoas esperam de mim, eu realmente queria ser mais, bem mais confiante, bem mais motivado, bem mais feliz! mas eu prefiro me afundar cada vez mais nos meus erros, não repetindo-os mas é como um ferida que nunca se cicatrizasse e que toda vez que tirasse o curativo voltasse a arder! eu nunca me esqueço do já fiz e nem eu mesmo me perdoo de certa forma, tentei começar a partir do zero, ser uma nova pessoa, ser cada dia melhor, mas talvez minha tendência seja a ser o mesmo rennan de sempre, e é só mais uma lágrima, só mais um dia no quarto escuro, só mais um dia a me torturar!
Inicialmente poder -se -ia dizer que está necessidade de expressão e eloquência nos soa como uma cruel fatalidade de ego ;todavia poderia soar igualmente como um ilusório refúgio para mentes frenéticas que estão transbordando de idéias , indagações e tudo que diz respeito a cruel tentativa da compreensão da própria existência .
Fui me afastando quase devagarinho, sem programações, respeitando mais a minha intuição, priorizando o que o meu coração deseja, e estou sentindo que, neste (des)caminhar, tenho me aproximando mais de mim mesma, da minha essência, sem perder de vista a minha existência.
Pensar palavras para descrever o que se desconhece é o mesmo que pensar no que não existe, sempre descrevemos com o que conhecemos.
Apenas botânicos e fotógrafos de natureza realmente sabem por que não existiriam as folhas se não existisse a luz.
“A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida” (§ 2270)
Sou incoerente com este mundo, porém não sou aquele que se deixar levar pela coerência criada para se satisfazer.
Deus nos criou e depois descansou no 7º dia, por quê? Será que Deus cansa, “sua a camisa” pelo trabalho despendido? E mais, tem ele camisa, calça? Obviamente que não. Deus descansou porque deu a nós a incumbência de completar a sua obra. Na verdade, e acredito piamente nisto, estamos vivendo o 7º dia da criação. Deus vive através de nós, age, cria, completa a sua criação, usando nossas mãos, por isso, nossa função é terminar a Obra.
"Homem não chora" - e foi assim que seu corpo fora adestrado pelo discurso do outro, tornando-se casco onde antes poderia ter brotado flores.
O discurso demasiadamente moralista foi, e sempre será, o melhor meio de encobrir desejos inconciliáveis ao Eu.
Seria mais fácil elaborar nossas perdas se com elas também fossem embora suas representações. Mas não, elas permanecem, e não se despedem.
Carregamos na linguagem um laço feito do material do nosso Desejo e, inconscientemente, nos enlaçamos no (desejo do) outro.
E mais uma vez sozinho, escrevendo tentando entender o caminho que sigo, sozinho; fico ocupado com minha mente e não vejo o tempo passar, não tem ninguém pra me espelhar nem mesmo pra me guiar, a luz do fim do túnel não existe pra aquele que sua loucura nunca a de acabar, escrevo para aqueles que como eu nunca vão parar ate o dia em que sua mente contemplar o ultimo feixe de inteligência que restar, o ultimo pulso elétrico por seus cérebro passar e aqueles que o cercam olhar e pensar: Pobre rapaz, tinha tudo pra ser bem de vida e perdeu por nunca pensar.
É pura ingenuidade da humanidade querer entender o mundo, sem ao menos conhecer o CRIADOR e entender motivo da sua própria existência.