Poema sobre Cultura
Mesmo que eu tenha visto, reconheço que meus olhos se enganam pelas aparências e pelo que eu quero ver. No entanto, jamais duvido ou me oponho a tudo que sugere como verdade minha alma e meu coração.
Época infantil, sei tão pouco sobre tudo, hoje. Que as vezes me parece que tenho que reaprender tudo de novo.
Nunca busquei uma pessoa que me completasse ou me fosse semelhante mas sempre buscarei quem generosamente, já está preparada para receber.
Quem perdoa o outro, perdoa a si mesmo três vezes três. Da mesma forma que quando apontamos o dedo indicador para o outro apontamos abaixo dele três dedos para si mesmo. A tríade é sagrada e a base de toda geometria divina por semelhança, como é em cima é em baixo nos alertava Tremegistus, e no meio o universo paralelo.
Pelo menos as sociedades do Brasil Educacional e Cultural devem a tempo promoverem o resgate resistente da cultura indígena brasileira em suas diversas etnias. O Brasil soberano e civilizado contemporâneo inclusivo tem a qualquer tempo uma divida imensurável e impagável pelo triste abandono das politicas indigenistas por parte da sociedade e do governo federal. Desde a criação do Parque Nacional do Xingu, inaugurado pelo mestre Darcy Ribeiro a 50 anos atrás, nada mais de significativo foi feito para o índio brasileiro. Nenhum representante eleito da nova geração de políticos até hoje, pleiteou a criação de um Centro de Estudos Sanitários em prol das comunidades e mesmo um Hospital Indígena de Referencia, pela simples justificativa de não ter popularidade junto a causa e mesmo o não retorno de votos. Na velha máxima corrupta politica equivocada do toma lá e da cá.
Fazer o bem é crescer, independente como, por que e a quem. Se depender de nossas escolhas e julgamentos, não se vai além.
A verdadeira liberdade sempre remonta responsabilidades mas não ter, é ignorância, desrespeito e falta de formação moral. Principalmente a atual juventude midiática age assim perante os compromissos. Em contra ponto só se deve dar prioridade a quem nos tem como prioridade em liberdade distante disto é libertinagem selvagem.
Cada qual tem as suas próprias dificuldades para a superação, não existem pequenas e nem grandes, são personalíssimas. Portanto nunca se deve subjugar a luta interior de alguém por menor que lhe pareça. Quando ouvida deve se acolher atentamente e parabenizar por cada pequeno passo dado no caminho da libertação.
O verdadeiro ativismo cultural vive na zona sul e na periferias, em busca de novas historias, vidas e personagens mágicos que lutam a seus jeito para as superações, muitas vezes indo contra a toda uma falência das politicas publicas institucionais, que punem, flagelam e abandonam injustamente os invisíveis que sobrevivem esquecidos na parte mais baixa da pirâmide social e cultural. A verdadeira arte contemporânea tem um importante papel de linguagem quanto a isto e cada artista deve ser um ativo interlocutor.
A arte não é refém de governos e nem dos poderosos. Muito pelo contrario vive por criatividade em liberdade contra tudo que é imposto e não existe.
Entre as gravuras a xilo é a expressão mais antiga e ao mesmo tempo mais contemporânea. Por que o artista gravador tem que ter a habilidade de um mestre artesão ao arrancar da madeira sem volta toda a sua expressividade. O taco original e a xilogravura em papel de arroz são partes invertidas da obra inseparáveis.
Todo evento das agendas coletivas, humanitárias e universais devem escolherem ambientes inclusivos para o livre acesso no direito de todos.
Por mais que não pareça a arte indigenista nativa e a arte popular cabocla é o que há de mais valioso na cultura artística brasileira.
A morte é coisa do homem branco, para o indígena brasileiro, a alma é imortal e quando chega o momento certo,pega a grande canoa e sobe o rio contra correntena sua ultima viagem ate a terra dos ancestrais.Lugar sagrado de onde veio.
A arte indígena no Brasil revela seus primeiros passos na contemporaneidade, quando se afasta da colonização aritmética européia religiosa e vai em busca de sua verdadeira mítica ancestral. As historias contadas, a terra, os rios, a mata são elementos mágicos e sagrados. Assim como os sonhos oriundos de uma atmosfera sagrada. Na verdade não tem como dissociar a arte indígena do sagrado e espiritual. Uma faz parte da outra, arte e espirito.
Desde muito cedo na minha vida, luto em batalhas imaginarias em meu universo interior. O melhor disto é que muitas delas com o passar dos anos se tornam realidade no futuro, e acabo me sinto mais ou menos preparado.
Somos ainda primitivos e inseguros em face de uma ritualística binaria e religiosidade africana datável de mais de doze mil anos.