Poema sobre Cultura
Em termos culturais, os antes invisibilizados estão tão visíveis que sua presença massiva (logo, e tome um absurdo ou uma redundância: opressora) já cria novos invisibilizados.
O melhor das artes plásticas e visuais brasileiras estão aqui, o brasileiro tem que aprender olhar para dentro de si mesmo e encontrar. Parar de vez com esta sobrevivência torta e capenga de só valorizar segundo a uma autorização colonialista estrangeira.
Os primeiros sinais graves da perda da referência artística, cultural, histórica e educacional e uma gravíssima negligencia da necessária política pública cultural para evitar à desvalorização e a queda monetária do real valor patrimonial do bem histórico é observado quando o valor dos bens artísticos são oferecidos e comercializados no mercado, a preços vis ou melhor com valores bem menores que o seu próprio e o exato valor alcançado e praticados pela comercialização isolada dos materiais empregados na criação à peso em um dos desagradáveis e trunculosos desmanches ou sucateiros.
Pelo menos, artístico-culturalmente o Brasil do século XXI deveria se sentir e se ver mais pobre e negro do que se sente.
Temos pelo menos dois tipos básicos de interpretação e aprendizado da arte em nossa vida.A primeira como um opção de ocupação, que demanda conhecimento de uma técnica e um controle de administração do tempo.E a segunda como a opção de expressão que demanda a sem fim pesquisa incessante de todas às técnicas e uma total liberdade inovadora criativa sem fim e sem começo, uma inquietação muito além de qualquer tempo.
A reconhecida capital mundial do samba, a cidade do Rio de Janeiro por falta de politicas culturais de verdade vai constituir em pouco tempo o declínio e a descontinuidade da festa e do entretenimento do carnaval.
Todo e qualquer patrimônio artístico, cultural e patrimonial público necessita de pelo menos um inventário governamental de qualidade, que seja minucioso, especializado e gabaritado por verdadeiros profissionais competentes de verdade dos setores, dos mercados e das áreas inventariadas. Sem este material fidedigno fica quase impossível qualquer ação de busca, recuperação e resgate.
No Brasil, além da grande diversidade cultural existente, existe o agravamento da multiplicidade da oferta e dos modismos regionais temporais. Sendo assim, por meio do intenso multiculturalismo dominante, despejam no frágil mercado cultural nacional um infinito número de propostas artísticas, outras pouco expressivas e algumas delas sem o menor valor. Logo, não existe a madura realidade para edificar o que seja bom a seu tempo, geralmente só cabendo êxito quando acontece a valorização do que é bom e tem real valor cultural, pelas releituras, estudos posteriores e reavaliações de mérito.
As obras de arte póstumas, sem permissões e sem interferência autorais verdadeiras no mercado de arte no Brasil Cultural de hoje são crescente. Mau comparando seria como se tivéssemos indiscriminadamente a farta e irresponsável emissão de uma avalanche de moedas monetárias não pelo estado de direito sem o uso do papel moeda adequado e sem o lastro necessário das garantias dos valores. Logo antes de adquirir uma obra de arte no Brasil, consulte um renomado especialista.
Bem mais que ser diferente do que existe no Brasil de hoje, o mais importante é mostrar que é sim possível tudo mudar e com o coração puro sem nada barganhar, espalhar e semear mudanças.
Ao contrario que muitos pensam, o estudo cultural e o conhecimento social não gera maior importância a ninguém e sim sempre maiores responsabilidades, principalmente com o ambiente carente dos invisíveis.
Ainda na cidade do Rio de Janeiro como em todas grandes cidades injustas culturais consumidoras e socialmente sufocadas pelo mundo, existe uma conexão cultural magica entre o que aparece na televisão, principalmente nas novelas e os novos hábitos de consumo espalhados nas favelas e periferias. A moda quando explode, pega, agrada e minimamente se transforma em semelhante de baixo custo mas conservando o impacto visual e a identidade, mesmo que por um período efêmero.
Se algum dia, por um instante de devaneio eu me conceber, tal qual, como uma pétala esverdeada da pequena flor na vasta Grande Floresta colorida da vida, humildemente já me darei por satisfeito e em lagrimas sorrirei na janela, eu murmurarei bem baixinho, em pensamento. Valeu a pena.
Uma boa imagem vale muito mais do que mil palavras. Grande parte da historia do Brasil , foi na verdade inventada e recriada, bem longe da realidade. Encomendada pelos governos passados a grandes mestres das belas artes brasileiras, para romantizar e mascarar, a feia, desumana e triste realidade do que em verdade aconteceu.
A arte não é o bonito que combina com o sofá. A arte é a linguagem de impacto, do falar das emoções e devaneios existenciais presentes na vida que nem toda oralidade e toda sonoridade ainda foi capaz de intuir e submergir.
Todo governo autoritário tende a diminuir a expressão opositora da comunicação, das artes, da educação e da cultura.