Poema sobre Cultura
A arte no Brasil me remete a época do descobrimento, as pessoas observam e sentem a mesma coisa que os índios sentiram ao receberem as plumas e os espelhos pela primeira vez, presenteados pelos portugueses vindo das caravelas.
Querendo possuir o mesmo que o outro tem, pendemos a ser todos iguais. Nem refletimos que nas diferenças de cultura é que está a beleza de se conhecer o novo.
É comum ouvir administradores de empresas e pessoas em geral dizerem que ninguém é insubstituível, correto? Se isso é verdade, pergunto: Quem substituiu Beethoven, os Beatles, Ayrton Senna, Frank Sinatra, Elvis Presley, Gandhi, Santos Dumont, Thomas Edson, Tom Jobim, Picasso, Einstein? E você, o que acha?
O que você está a pensar hoje e agora faça o esforço de falar hoje,porque amanhã não será a mesma coisa para dizer e nunca teráis a resposta concreta.
Aprende a falar a verdade quando as palavras não são suficiente para fazer compreender o que a realidade nos nega.
As atitudes tomadas por uma sociedade, são desencadeadas por reflexos determinados e alencados a postura das ações de formação predefinidas pela cultura em que se esta inserido.
O que tem de mais sensacional no aspecto cultural é que ele nunca acaba, é uma larica cerebral, quanto mais cultura se detém, mais a fome cultura aumenta.
Seja qual for o processo da criação artística, uma certeza: os artistas são seres especiais enviados para iluminar a existência terrena.
Aceita isso da forma que entenderes e vive com isso como tu decidires viver, e pensa nisso como quiseres pensar, mas nada nunca mudará o facto da tua cultura ser menor que a tua ignorância.
É possível entender o nível cultural de uma região só observando o modo como as pessoas caminham na rua.
E o fizemos em nome de uma tolerância sem virtude, de uma liberdade sem rumo e de um progresso falido.
Um logotipo criado com apenas traços simples e danificados, mostra a simplicidade e alto valor cultural da Periferia.
Se falta chuva o açude vai secar, mas a fonte do saber, jamais irá faltar pois tá sempre cheio, o coração do nordestino; de amor , de carinho e de cultura popular.
Queremos o tempo por inteiro, utilizado ao limite, e nos tornamos ansiosos. Passamos a incentivar a cultura do “fast”. O fast food das refeições, o fast track das decisões, o fast love dos relacionamentos.
O Brasil só terá um bom governo soberano para os próximos anos e com representantes mais comprometidos com a realidade nacional nas próximas eleições com um maior investimento na educação, na cultura e na cidadania. Sem isto os nomes mudarão sim, mas a ciranda da corrupção entre os poderes e o flagelo social de uma nação miserável e ignorante, permanecerá.
Nossa sobrevivência depende da transmissão do saber indígena de uma geração para a outra além de se munir da cultura do colonizador para fazê-lo entender que temos o direito de sermos diferentes. Não é o fato de nossas culturas serem antigas que nos impede de ser contemporâneos, na verdade enfrentamos o desafio de para poder sobreviver, dever fazê-lo em dois mundos: ser bilíngues em países que não reconhecem as línguas da própria terra, precisamos entender a burocracia e as leis que os colonizadores “globalizaram” no mundo, e lutar ara que a democracia nos contemple.
O ciclo de cada existência é como a vida de uma árvore, desde o inicio de suas raízes. Quando se perde parte das raízes, a árvore jamais volta a ser o que era antes, assim como o ser humano que esquece sua essência, mascarando sua verdadeira face, esquecendo que na vida ele não é dono de nada e sim parte do todo. A terra que pisamos não é nossa e sim parte do que somos, cuidamos dela e ela cuida de nós.