Poema sobre Cego
Um olhar cego
Um raciocínio incerto
Uma confusão de pensamentos
Um padrão de ação
Levado pelo coração
Com o impulso presente
Com muitas atitudes inconsequentes
É a paixão inconsciente
Meu conselho pra ser milionário,
Veja a luz e siga. mas não fique cego
Escreva tudo, mas nem sempre o certo,
Bata nessa tecla, martelo no prego,
Faça ela virar bem mais do que um duelo,
Faz isso virar uma luta, mente e verso
Eu estava cego, eu estava surdo.
E por causa disso, demorei pra ver o que estava diante dos meus olhos.
Um homem, mas não um homem qualquer, e sim o Nazareno, que me amou e ainda me ama. Infelizmente eu demorei para encontrar este amor que sempre esteve diante dos meus olhos. A minha ignorância me fez cego, a minha ignorância me fez surdo.
Tem pessoas que só entendem o que as interessa.
É como querer que cego veja e surdo ouça.
Livro: O Respiro da Inspiração
o cego que não quer ver,
pode ter sido pago para não enxergar;
o mudo, em silêncio,
pode ter sido pago para se omitir.
#BALANCEIO
Sou só...
Um silêncio de olhos vendados...
Cego caminhante...
De uma, duas, mil vidas...
Em erros passados...
Escondo-me...
Não porque quero...
Mas porque temo...
Sonho...
Ah...
Como eu sonho...
E me perco...
Disfarço meus desejos...
Não são puros...
Torturam meu coração...
Seu olhar sobre meu corpo...
É chicote que me fustiga...
É sofreguidão...
Que me alucina...
Não mudo...
E por você...
Me deito no chão...
Me invade...
E feliz choro...
Me entregando...
À sua devassidão...
Giro e reviro...
Arranho o chão...
Mordo meus lábios...
Enquanto lhe dou meu coração...
Amando num balanceio...
Tenho na pele o cheiro do amor...
Em você procuro aquilo que não tenho...
Enquanto satisfaço o seu anseio...
E esqueço...
A escuridão de meu peito.
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
Ainda que eu fique cego, escreverei.
Ainda que eu fique mudo, escreverei.
Até surdo, escreverei.
Vou escrever tanto que um dia terei escrito
o meu próprio mundo.
"O amor é cego"
Ah! A cegueira que atinge até a razão
E lhe faz agir apenas com o coração
Talvez não visualize o quão exuberante e esplêndida é ela mesma
E ainda lhe resta esperança numa mudança nunca inicializada, apenas contada
Dita aos 4 cantos da terra: "EU MUDEI! EU MUDEI"
Mas não comprovada nem pelo próprio Deus que tudo vê
O basta sempre chega
E diferente de outrora, não lhe é necessário sofrer parar assim decidir
O momento, é dela
A decisão, é dela também
O coração, ah! É dele
Mas cabe a ela tomar de volta para si
Afinal, quem um dia foi motivo de suas lágrimas, hoje não merece o seu lindo sorriso
BH
ponto cego
o outro é exigência do olho
que perscruta os rasos
pensando serem profundos.
mas eu - ponto cego -
não sei revirar meus forros
e por isso mesmo
desconheço meu dentro.
Um dia me perguntei, o que é o amor?
Uma resposta me veio à mente.
O amor seria está cego para tudo e para todos e só enxergar um dia lindo de sol, não ver a chuva, não sentir o frio da noite, não percebe a fome que te assola, seria esta preso em uma bolha sem escutar ninguém, onde nada mais importa , nem sua própria vida, o amor seria o ódio disfarçado, seria o vazio, onde apenas o que você ama importa...
#namastê #ubuntu #gratidão
O que muda indo na escuridão do íntimo,
À visão do cego que queria enxergar.
Visão enxergada pelo cego que tudo conseguia vê.
O íntimo revelando-se a olhos despidos
Olhos da divisão do corpo entre a alma;
Alma de olhos profundos,
Que não almeja jamais as coisas obscuras e irrelevantes desse mundo
Por vezes tão impuro.
Certa vez se encontrou um homem numa rua deserta.
Ele se sentia só e machucado.
Estava cego de um olho e passava muita fome.
Aquele homem aparentava ter uns 70 anos, mas sua idade real era 41.
Ele caminhava pelas ruas sem parar.
Já havia perdido a noção do dia e da noite.
Já esquecera o cheiro da flor, a comida da mãe, o conselho do pai e o abraço do irmão.
Estava triste.
Durante anos ele procurava por alguém que o ouvisse e desse atenção.
Deixara um amor, um bem querer perdido na estrada.
Desejava morrer, como se a morte fosse vida.
Desistira da vida porque a vida já era morte.
Certo dia, como num sonho, alguém estendera a mão.
E esse alguém o pegou pela mão e o conduziu pra dentro de um carro.
Do carro, entrou num foguete, e viajara para o espaço sideral.
Pousara em um outro planeta, bem parecido com a Terra.
Porem muito mais abundante em flores, frutos e animais.
A moça que o colocara no foguete o pegara pela mão.
Se aproximaram de um rio azul.
Ela pegou um pouco de agua e tocara em seus olhos.
Pronto! Não estava mais cego!
A alegria havia dominado aquele homem.
Naquele rio ele tomara um banho e se vestiu com roupas limpas!.
Depois do banho a moça sorridente e acolhedora o conduzira a uma roda e o colocara no centro dela.
Lá Homens, mulheres e crianças sorrindo haviam dito:
- Fale!
- Fale tudo o que quiser!.
O homem passou 10 dias e 10 noites falando sem parar.
Depois chorou como uma criança e emudeceu.
Aqueles seres se aproximaram do homem e o abraçaram.
"BENGALA BRANCA"
Um cego vinha descendo a rua com sua bengala branca, pela sua deficiência até que caminhava rápido e conseguia desviar da maioria dos obstáculos, não levou nenhum tombo, não deu de frente com nenhum poste. E continuou caminhando rua abaixo apenas com a certeza que sua bengala branca o orientava.
Ele vivia na escuridão, não via, não enxergava, seus sentidos eram apenas o olfato e audição e a bengala branca. Com todos esses problemas sua face não esboçava tristeza, apenas a determinação de ir ao seu destino. Tomou certo cuidado para atravessar a rua, mas atravessou...Tinha Fé!!!
A Fúria é inimiga da alma,
te deixa cego e te desvia do foco.
O mestre era manso e sábio.
sejamos seus imitadores.
Eu provavelmente serei punido pela vida que levo
cego aos fatos
Bandidos condenados a prisão dos Deuses
com a mão nas pistolas
Rezando pra Deus, por favor, me perdoe
a polícia corre quando me vê
Te querer só pelo meu ego
Te faz ser meu tiro cego
Que não sabe onde vai acertar
E mesmo mirando no amar
Esse tiro pode nos machucar.
Pindamonhangaba, 21 de Março de 2023
CEGUEIRA
Cada cego vê o que sente.
Eu pouco vejo
Mesmo à minha frente,
E acabo por ser cego
De corpo e alma
Nesta cegueira que acalma
A esmorecer,
O pecado de ver...
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-05-2023)
O CEGO, E O OUTRO QUE VIA
Havia na estrada do mundo
um Cego, e um Outro
que via
O Cego tinha uma estrela
cujo brilho não sabia
A Noite não lhe era um mal
pois não via o que não devia
O Outro tinha três olhos
e pelo excesso sofria
pois via com o olho da sobra
tudo aquilo que não podia
Numa flor via seus átomos
e nessa profundidade desastrada
Toda beleza se perdia
No perfume sentia cheiros
(cada nota em separado)
pelo nariz lúcido e enfermo
que todo aroma dissolvia
E assim, pela estrada do mundo
Ia o Cego, e o Outro que via
O que via indagava a causa
e o Cego gozava o efeito
Sendo feliz porque não via
Contava-se nas estalagens
Por onde a estrada passava
Que Um era a sombra do Outro
E os Dois, partes de um mesmo ser
Cuja felicidade de ver
Somente estava onde não devia
[publicado em Recital, vol.3, nº1, 2021]