Poema sobre a Agonia
Ao raspar o cabelo
lhe veio a agonia
naquele dia perdeu
a idade
o fio de esperança
não segurava a lucidez
acabava de perder
o colorido da primavera
sentiu-se feito de cansaços,
definitivamente era o fim!
Ainda tinha uma noite
e seria a mais bela
tinha fé!
cambaleando acendeu
uma enorme vela
esboçou um lindo sorriso
antes do silêncio
― do adeus.
Minha Alucinação
Agora não. Em outro momento, outra hora, outro dia; dia de intensa agonia, revoada de emoções, instante agonizante, desgraça em sintonia.
Fujo e rogo no dia a dia; me refugio na filosofia e pergunto amiúde à Alma Mater: “O que é a teogonia?”
Sem entender seu significado, cambaleio desnorteado. Caio, grito, choro, vou a nocaute outra vez.
Volvendo à caminhada, me surpreendo: Eu encontrei minha Pasárgada! Meu Deus, que alento!
Tempo bom já foi passado e à Bandeira, meu amigo do rei, eu agradeço, mas já chegou certo tempo em que muito provavelmente já dizes: “Certo, perdeste o senso”.
E eu vos direi, no entanto: “Enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto”.
Eu canto novamente: para entender a mim - falso, louco, demente – e a teogonia que venha a ser contraparente, terás que, como Bilac, ouvir estrelas.
Algoz de minha alma
voz da agonia que tortura...
nos céus a onda que mexe com você,
na loucura dos dias inflamo o coração,
na luz que abre uma esperança...
que assim que morre num ato solitário...
quando mergulha na escuridão...
o espera ter mais nada pode ser visto.
O que dizer da agonia e do desespero incrédulo quando percebemos que alguém que nós amamos tanto está, aos poucos, indo embora?
Quando aquela mente outrora inquieta começa a apagar-se tal qual lamparina úmida?
O que dizer das cordas desamarradas e da âncora já içada que permite ao barco navegar para a eternidade sem o capitão que o comanda, desaparecendo na neblina densa lá no fim do mundo?
Não acreditaria,
no grande erro cometido.
Antes das mil noites de agonia,
foram mil dias de euforia.
O som cintilante da luz viajante
a liberdade do infinito andante
o nada do ser numa pedra quebrada
davam luz à alma mais amada
a eternidade desumanizada.
Perambulou fixamente
procurou perdidamente
sonho meu estar tão sozinho
ninho da paz dum passarinho
Praia vazia, na pedra batia
a água dum tempo de mitos trazidos
Tão simples tão calmo, enlouquecido
o homem cedido ao fim do destino
O mar de carnes e sangue exaurido
ao ser trouxe a mágoa do infinito perdido
Das pedras em chamas que caiem dos céus,
sinto teu perdão, em chamas que transformam...
agonia sonsa em esperança permanentemente...
tantos cortes o sangue corre em mares,
mesmo os céus azuis denotam o amor,
beba a vida sinta a eternidade...
podemos caminhar entre todos e
ninguém vai sentir a diferença,
mesmo com seus olhos negros
somos lobos que estão em meio
ovelhas mortas... não temas
pois a água já é vinho,
tudo o que temos caiu dos céus...
quando nossos corações estavam magoados,
a espera de dias melhores,
e sangue escorreu das nuvens...
Amanhã !
Para cada agonia um motivo.
Para cada dor uma tristeza.
Para cada desistência uma perda.
Por isso, amanhã será um novo dia e para um novo dia, renove sua fé!
Bom dia !
Dia após dia.
Há sim que se fazer poesia
à noite ou de dia,
para não deixar a agonia,
fazer morada em nossa mente.
Não permitir que a tristeza
e a descrença nos atente,
neste mundo sempre descontente,
entretanto demente.
Que as lágrimas possam ser,
de alegria e de fantasia,
dia após dia.
Tempos de agonia somos definidos pela coisificação...
Apreciar o linear desta época é ser feliz.
Esperança de dias melhores...
Beijos e abraços...
Te amo a cada momento vivido...
Somos incríveis pois sabemos amar...
Definição de nossas vidas é quantas vezes sorrimos juntos e quantas lágrimas derramamos juntos...
Observo cada amanhecer com fosse o último...
Pois a verdade somos feitos de poeira das estrelas...
Poética transmoderna
Por onde o poeta pisa,
abre-se
um verso em agonia,
e, aberto, avisa
que num caminho
amor
só dura um dia.
Agonia.
Um velho homem já encostado em seu sofá em dias belos e calorosos de domingo, onde o vento passando e uivando por de trás de sua janela enferrujada trazia a perceber que o tempo já era um companheiro nativo.
Ele retardamente se levanta, segura sua bengala e se dirige até a cozinha para tomar uma xícara de café, onde para por alguns minutos e olha para a cortina cinza e sem graça onde sua mulher havia comprado em uma loja de tecidos.
Naquela cortina ele aprofunda seu olhar como um grão de areia no mar, olhando fixamente percebe que não há formas ou contornos que o remeta uma simples mensagem naquela velha cortina. Após alguns minutos ele pensa consigo se a sua vida é como aquela cortina, não por ser sem forma ou sem contornos, mas sim por ser cinza em um belo dia ensolarado de domingo.
Como dói a falta que a falta faz
A agonia de não ter que sentir nada
Desejo infreável do querer cada vez mais
Gana secreta de sonhar em ser amada.
Estar no mundo sem pra que e nem por quê
A procura de um amor pra te aquecer
Alguém pra junto rir e chorar
Não importa com quem, eu só queria estar.
Fui abandonada até pela solidão
Que antes insistia em me achar
Na escuridão em que me encontro, e sem clarão,
Almejo a imensidão do desejar.
Fraquejo mas não penso em desistir
Busco alguém pra que me faça sorrir
E caso também pense em encontrar
Chama por mim, pois estou a escutar.
Agonia de plateia mórbida, palmas seguidas e cabeças idiotas
Gritar, gritar, gritar, raiva, odeio, dor, esqueça vou procurar o doutor
Remédio pra loucura é o mesmo que pra dor de dente ?
Enrolar uma corda no pescoço, arrancar o dente e a vida
Corda flácida, mal sabe acabar com o tédio, me joga no inferno.
A alma outrora presa e adormecida agora grita de desespero e agonia. expressando a alegria
em meio as trevas da noite fria.
que acalenta os que a apreciam e sufoca os que a abominam.
Mártire da Agonia:
Mais uma noite a Lua não veio.
Mais uma noite de angústia e desespero.
Minhas veias adormecem com o silêncio,
e meu corpo esfria como gelo.
Nossos sonhos, amor, acabaram - se.
Tu tinhas prometido ficar até o alvorecer.
Mas, me deixaste ao relento e lhe vi pairando noite a dentro.
Tu me deixaste aqui lhe esperando.
Amor, quantos momentos juntos...
Quantas vezes me dizias que não irias me deixar,
mas agora estou morta por tuas mentiras.
No alvorecer me deixaste morrer.
Tu viste o meu sangue escorrer e,
não fizeste nada pra me socorrer.
Ajudou a me ferir mais o quanto podia.
Teu amor era apenas fantasia,
foi apenas um momento de carência e agonia.
Tu me deixaste a beira de um abismo,
tu me jogaste nele.
Verás que tua hora cheragás.
E teu corpo não mais viverás,
e eu estarei lá para lhe ninar,como
uma amada louca a sangrar.
Nos teus olhos verei o silêncio atravessar,
no alvorecer você sentirá a dor te dilaçarar.
Quando passo muito tempo aqui sozinho me vêm pensamentos que não sei exprimir, sinto uma agonia, sinto tua presença como se tivesse o pensamento em mim. Me da à vontade de pela manhã lhe perguntar - estavas inquieta? O que pensava ontem à noite a tal hora?
Estranho, como as pessoas passam tanto tempo dentro de nós e nos envolvem e nem percebemos ao certo por que. Esse... Isso... É nosso ou delas? É ilusão ou reflexo de um olhar um toque? É um sutil seduzir que não percebemos?
Questões que nos consome e, que nos faz ficar tão atônitos e enlouquecidos.
Surge forte um dia e urge decisão e, no outro, preciso lembrar de lembrar-me de você.
Estranho e inquietante sigo nesse paradoxo de amar o querer te amar, e não sei se quero, agora, amar. Quero sossego, solidão.
Porque você?
Ajuda-me diz algo, me faz entender o que apenas me confunde.
Ou apenas sorri e diz: É não sei o que é isso, também sinto esse encruzilhar dúbio de sentimentos ações e reações.
Porque você? Intensamente tomando conta de mim?
É o querer e não saber por que, e se tê-lo, agora o que fazer?
Viver???
É aquela agonia inexplicável até o efeito passar...
Um profundo sentimento de desamparo, vulnerabilidade, arrependimento, desespero, impotência e inadequação à existência, que dura horas até que ela vá embora...
Algumas coisas valem a pena pelo prazer causam, mas não valem pela dor paralela, numa ambigüidade que beira ao suicídio daqueles que não suportam o tempo determinado de sua vingança, é como se ela não quisesse ser usada, ou quisesse estar ali para sempre..
Agora Eu Já Sei
Duvidava, não entendia
Quando alguém me falou
Suspirava de agonia
Pra sentir esse amor
O tempo, mestre de todas horas e dias,
passou sem ver
Te amar de verdade, sentir saudade
Mas só de você, só de você
Agora eu já sei
Quando falta a respiração
É a prova que o coração
Já não sabe mais viver sem você
Agora eu já sei
Que me falta sempre a razão
Traduzir melhor na emoção
O que trago aqui bem dentro de mim
Dentro de mim...
O Mundo
Hoje eu sinto que não preciso da agonia.
Uma agonia besta,talvez aquela angústia
por ficar em casa sem nada para fazer,
por ver o nosso mundo como está.
Não me vem ao caso,estou muito feliz
do jeito que as coisas vão em minha vida,
eu só quero paz para minha mente e pro meu coração.
Hoje é o dia que o mundo só existe do jeito
que é em minha imaginação...
Um mundo surreal,delicioso. Diferente.
Sim,esse mundo existe e dentro de mim,nele eu mando.
Removo o rancor,e jogo mais amor.
Tiro a violência,e preencho com sensibilidade.
É um mundo onde todos vivem felizes,onde maldade não existe.
A felicidade me acalma secretamente. Faz com que eu veja as
coisas com mais clareza. É uma pena que eu não possa trazer
todos os seres pra esse mundo, mas todos esses seres tem
um mundo dentro de si que precisa diariamente a cada minuto
ser cuidado. Ser alimentado com umas pitadas de coisas boas.
Coisas que no mundo real,quase não existe mais. Onde se mata
por dinheiro,por comida,por ciúme... O que é isso? Não deveríamos
chegar a esse ponto. Mas para que toda essa situação mude,
é necessário que todos mudem,não do dia para a noite,mas aos
poucos e criando o seu mundo,compartilhando-o com todos.
Sentimento.
Saudade é sentimento forte,
Dor na alma, agonia,
O passado no presente, euforia,
Brisa leve que assombra.
Passado é presente na mente,
Repetente no ausente,
Resplandecente,
Que assombra meu presente.
Sentimento que corroe,
Destrói,
Reconstrói.
Sentimento que aparta,
Que reparte,
Que nos parte!