Poema seu Rosto Lindo
Teu rosto sugere a poesia
e a fuga de um sorriso,
que contagia.
O teu olhar sedutor
preto no branco,
parece dominador.
Era cedo...
Lavei e perfumei meu corpo...
O vento frio bateu no meu rosto trazendo-me a vontade de um café bem quentinho...
Existe um tempo certo para tudo...
Os amores são como os grãos de café na máquina de moer...
Primeiro um...
Depois outro...
E depois mais outro...
E todos vão para o mesmo destino...
Próximo?
Sandro Paschoal Nogueira
Não tem ser humano no mundo
Que possa suportar a dor que agora eu tô sentindo
Em tudo que faço, só lembro seu rosto
Olhando pra mim com esse lindo sorriso
Eu não era assim,parece até, que hoje sou outra pessoa.
Me recordo do meu rosto no tempo passado,hoje ele é cansado e enrugado,com tristeza marcada.
Meu sorriso brilhava como diamante,nas tarde quente de sol ardente.
Até minha alma era alegre,os olhos que me via,não é o mesmo,hoje é triste caído,sem brilho e sem cílios.
Onde fiquei? No passado?
Ainda me surpreendo quando me vejo no espelho, não me reconheço,tudo foi devagar se modificando,quem nem dou conta se falo mesmo de mim.
As rugas do nosso rosto
São mensagens insistentes,
São relatórios da vida
Que o tempo escreveu na gente,
Para alguns, elas são males,
Para outros, são presentes. [...]
Do que vivi na casa antiga
restou distância
e o tempo escondido
em momentos infantis
Daqueles amigos
dormem no peito
saudades e peraltices
Outros sonhos,
embarques sem fronteiras
tomados de esperanças
e desejos a realizar
A vida é um caminho
Alguns decolam fácil,
criando futuros novos,
oportunidades a mais
Foi ontem que nos despedimos
Em cada rosto vi saudade,
angústias de afastamentos,
certezas de esquecimentos
Cada um levou uma alma minha
A vida vai me dando outras
Mas as almas daquela época
foram-se todas (as que eu tinha).
Quando olho pro meu rosto,
Vejo um fundo de espelho.
Como se tivesse exposto,
As longas orelhas de coelho.
Essa imagem é um pressuposto,
De quem segue o bom conselho.
Avanço sem orgulho e bem disposto,
Mas se cansar, eu dobro o meu joelho!
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Tatuei na minha alma seu rosto
O meu paladar já tem o seu gosto
Então, me fala como apagar
Como não lembrar, como não gostar
O sorriso de ti
Os teus olhos mostram o sorriso de ti.
De ti a tua alma transborda no teu rosto.
Do teu corpo vivem as cicatrizes do tempo,
das mágoas,
das saudades,
das ansiedades,
das certezas,
dos carinhos,
das emoções,
das sensações,
dos arrepios,
dos gemidos,
dos gritos (em silêncio...)
Que foram ficando...
E os olhos, o rosto, os lábios,
o corpo o vão mostrando.
Porque não dizes não.
Porque dizes sim.
Porque não dizes....
E tu és uma amálgama dos "nãos"
vividos como sempre foram os teus "nãos"
para que os "sims" pudessem fazer o seu caminho
Nem sempre o teu caminho.
Nem sempre o caminho.
Os teus olhos são o sorriso de ti.
O teu rosto a tua alma.
O teu corpo o teu silêncio que não sai,
que não sabes dizer
porque apenas sabes ouvir
Alexandre Silva
12/05/2014
Seu rosto, seus olhos...
Seu rosto vive em minha mente,
luto contra o tempo para não esquecê-lo,
espalhei pelos cantos preferidos
cópias em vários tamanhos das
poucas fotos que restaram,
as primeiras mostram seu jeito acanhado,
com suas mãos escondendo parte de sua face corada
e seus cabelos de propósito desarrumados,
gosto de todas, mas há uma especial,
a que registra seus olhos expressivos e delicados
que me diziam tudo que eu precisava...
Quando toda a água salgada escorrer
pelo nosso rosto é porque o coração
já esta doce e pronto á recomeçar.
Olhando pelo retrovisor vejo um passado acenando para mim.
Vejo nada além de fantasmas, de faces borradas e enevoadas; pois já não são o que foram.
Vejo amigos de escola que nunca foram meus.
Miro os amores impossíveis que tive, daqueles que nunca se estabeleceram.
Fito os fantasmas dos quais peguei carona, um a um...
Ficaram perdidos no passado, esquecidos em uma curva ou jogados ao limbo em uma parada qualquer.
E com o passar do tempo, resolvi que amar era bobagem. Bobagem tamanha que; Oh, Deus! Quantas infindáveis vezes me apaixonei.
As metas que tinha ficaram num canto esquecido, oculto, ou quem sabe se foram com um sopro, ou num suspiro, tal como um fantasma que sempre fui.
Um fantasma sem rosto, sem forma e sem raízes.
As metas que tinha se foram com o vento, provavelmente por estarem pessimamente presas num varal qualquer, estendidas num quintal que nem ao menos lembro-me qual era... Talvez porque, no fundo, rábulas não tenham memória. Rábulas não tem passado.
O que sobra-me, afinal? O que fica?
Pois olho no passado e, fixando-me nele, não vejo nada dele refletido no que sou. Nada além de um borrão.
Porque meu passado, minhas metas, meu anseios... Se foram... Todos levados por um vendaval.
O perfume exala,
inspirando o rimador.
Quente é a poesia.
Seu rosto é retrato
de vapor abstrato,
desenhado no espelho.
O verso cafeinado
ascende os sonhos
dá asas aos pensamentos
enobrece a criação
e
a
ternura
poética
voa.
A palavra bateu no rosto
e desmanchou o branco.
Emudeci.
Corei no silêncio,
ante o abismo.
O oxigênio distante
ignorou o meu sufoco.
Inventei vidas
minhas.
Adivinhei pensamentos,
em ares abstratos:
- Sobrevivi.
Esse rosto teu
quero-o eterno na minha jornada
em telas manchadas
traços borrados
em rochas esculpidas
em filmes sem censura
ou nas linhas sujas dos meus contos mais obscenos.
O ROSTO POR TRÁS DO VÉU
Cerro a porta antes que o vento a bata,
E em seu enigmático olhar,
Busco impreterivelmente,
O rosto por trás do véu.
Que revela-se ser tão nostálgico,
Quando assumi-se ser imortal.
E passo trazer-te rente a meu corpo,
Provando da oculação indecente,
Cuja minh'alma rendeu-se.
A mulher do povoado de minha mente,
Incerta e romântica em si,
Transpassada de uma verdade,
A qual, não quis contar a mim.
Lembrar
Teu rosto voltas dá à minha
frente.
Os meus olhos ficam esperando
pela volta, e logo lá estás.
Não sais da lenbrança.
Por tua causa, pelos dias volto
a ser criança.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B. - S.J. do Rio Preto - SP
Membro Honorário da A.L.B. - Votupornga - SP
Membro da U.B.E