Poema que Fale da Vida

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Este é o único motivo pelo qual não nos podemos queixar da vida: ela não segura ninguém.

Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos.

Na vida de um homem não há dois momentos de prazer parecidos, tal como não há duas folhas na mesma árvore exatamente iguais.

A vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha.

Há duas coisas a que temos de nos habituar, sob pena de acharmos a vida insuportável: são as injúrias do tempo e as injustiças dos homens.

A vida é em geral alegre. O que nos torna injustos em relação a ela é que a alegria não é recordada. Ao contrário, a inquietude, essa, permanece.

A arte, um dos grandes valores da vida, deve ensinar aos homens: humildade, tolerância, sabedoria e magnanimidade.

O ciumento passa a vida a procurar um segredo cuja descoberta lhe destruiria a felicidade.

Se a sua vida for a melhor coisa que já te aconteceu, acredite, você tem mais sorte do que pode imaginar.

A consciência de amar e ser amado traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer.

Os ignorantes, que acham que sabem tudo, privam-se de um dos maiores prazeres da vida: aprender.

Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.

Temos de descobrir segurança dentro de nós próprios. Durante o curto espaço de tempo da nossa vida precisamos encontrar o nosso próprio critério de relações com a existência em que participamos tão transitoriamente.

O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém.

Ver e ouvir são as únicas coisas nobres que a vida contém. Os outros sentidos são plebeus e carnais. A única aristocracia é nunca tocar.

Fernando Pessoa
SOARES, B. Livro do Desassossego. Vol.II. Lisboa: Ática. 1982. 264p.

Quem encontrar na vida o verdadeiro amor, deve escondê-lo, longe do mundo, como um tesouro.

Num certo momento da vida, não é a esperança a última a morrer, mas a morte é a última esperança.

A um homem bom não é possível que ocorra nenhum mal, nem em vida nem em morte.

Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas. Por um triz não sou uma bruxa.

Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa.