Poema Quase de Pablo Neruda
Nenhum povo, como o brasileiro, tem o dom de odiar por motivos fúteis, julgar por aparências fortuitas e condenar por mera frescura.
Chega um momento em que precisamos dar um tempo a nós mesmos, precisamos de uma pausa para refletirmos acerca dos nossos comportamentos e insatisfações.
Já cheguei à conclusão de que o analfabeto funcional é invencível, pois, se você tenta explicar que a sua opinião não é aquela que ele contestou, ele logo inventa uma terceira e, atribuindo-a a você, passa a atacá-la com ares de superioridade ainda mais sublimes.
É o julgamento solitário que cria a verdadeira intimidade do homem consigo mesmo e é também ele que cria a distância, o espaço interior no qual as experiências vividas e os conhecimentos adquiridos são assimilados, aprofundados e personalizados.
A Bíblia diz para você buscar Deus e ao mesmo tempo recomenda que não gaste cérebro com problemas que estão acima da sua capacidade. Nenhum ser humano escapará da tensão entre esses dois pólos.
Não creio ser exigente, rigoroso ou moralista assanhado ao julgar as pessoas. Em noventa e nove vírgula nove por cento dos casos, nem ponho o cidadão em julgamento antes que ele tenha, por sua vez, me julgado e condenado.
Todo sujeito que julga as coisas com base menos na investigação dos fatos do que no desejo de dar impressão de equilíbrio, moderação e tolerância é um demagogo perigoso.
TODA moda cultural inventada por intelectuais de esquerda é prelúdio sedutor de crimes abomináveis. O multiculturalismo é o enésimo exemplo.
As pessoas que mais se angustiam na vida são aquelas que padecem de uma desesperadora falta de problemas.
Se descrever não significa se limitar, apenas saber o que procura de sii mesmo e se conhecer o bastante para dizer que não quer ser diferente, mais tbm não igual, quer ser apenas vc mesmo, da forma que achar melhor '
São as boas qualidades e não a beleza de uma mulher que fazem casamentos felizes. A mulher que nos ama sabe fazer-se bela.
“Conhecer a língua portuguesa não é privilégio de gramáticos, senão de todo brasileiro que preza sua nacionalidade. É erro de consequências imprevisíveis acreditar que só os escritores profissionais têm a obrigação de saber escrever. Saber escrever a própria língua faz parte dos deveres cívicos.”
Nunca estudei a filosofia de fulano ou beltrano para conhecê-la apenas, mas para ver se com a ajuda dela conseguia apreender algo dos objetos a que se referia. Se não me ajudavam nisso, perdia todo interesse por elas, mesmo porque não estava em busca de um DIPROMA.
Será que ninguém neste país percebe a diferença entre os que opinam em busca de vantagens grupais e o escritor que só expressa a sua opinião pessoal com sinceridade?
Não há nada mais difícil do que fazer alguém tomar consciência da sua inconsciência progressiva. É como tentar parar uma queda em pleno ar.
Saber o que os filósofos disseram sobre isto ou aquilo é, segundo Aristóteles, o começo da investigação filosófica. No Brasil é a finalidade dela.
Como não consegue acreditar seriamente que vai alcançar sucesso, o brasileiro acha mais seguro apostar no fracasso alheio.